sexta-feira, 4 de março de 2011

Hábeas Pinho

                          Dirceu Ayres   (copiado de Ronaldo Cunha Lima)
Na Paraíba, alguns elementos que faziam uma serena foram presos. Embora liberados no dia seguinte, o violão foi detido. Tomando conhecimento do acontecido. O famoso poeta e ex. senador Ronaldo Cunha Lima enviaram uma petição ao Juiz da Comarca, em versos, solicitando a liberação do instrumento musical. 
Senhor Juiz. 
Roberto Pessoa de Sousa. 
  
O instrumento do "crime” que se arrola 
Nesse processo de contravenção 
Não é faca, revolver ou pistola, 
Simplesmente, Doutor, é um violão. 
  
Um violão, doutor, que em verdade 
Não feriu nem matou um cidadão 
Feriu, sim, mas a sensibilidade 
De quem o ouviu vibrar na solidão. 
  
O violão é sempre uma ternura, 
Instrumento de amor e de saudade 
O crime a ele nunca se mistura 
Entre ambos inexiste afinidade. 
  
O violão é próprio dos cantores 
Dos menestréis de alma enternecida 
Que cantam mágoas que povoam  a vida 
E sufocam as suas próprias dores. 
  
O violão é música e é canção 
É sentimento, é vida, é alegria 
É pureza e é néctar que extasia 
É adorno espiritual do coração. 
  
Seu viver, como o nosso, é transitório. 
Mas seu destino, não, se perpetua. 
Ele nasceu para cantar na rua 
E não para ser arquivo de Cartório. 
  
Ele, Doutor, que suave lenitivo 
Para a alma da noite em solidão, 
Não se adapta, jamais, em um arquivo 
Sem gemer sua prima e seu bordão 
  
Mande entregá-lo, pelo amor da noite 
Que se sente vazia em suas horas, 
Para que volte a sentir o terno acoite 
De suas cordas finas e sonoras. 
  
Liberte o violão, Doutor Juiz,  
Em nome da Justiça e do Direito. 
É crime, porventura, o infeliz 
Cantar as mágoas que lhe enchem o peito? 
  
Será crime, afinal, será pecado, 
Será delito de tão vis horrores, 
Perambular na rua um desgraçado 
Derramando nas praças suas dores? 
  
Mande, pois, libertá-lo da agonia 
(a consciência assim nos insinua) 
Não sufoque o cantar que vem da rua, 
Que vem da noite para saudar o dia. 
  
É o apelo que aqui lhe dirigimos, 
Na certeza do seu acolhimento 
Juntada desta aos autos nós pedimos 
E pedimos, enfim, deferimento. 
 
 
O juiz Roberto Pessoa de Sousa, por sua vez, despachou utilizando a mesma linguagem do poeta Ronaldo Cunha Lima: o verso popular.   
Recebo a petição escrita em verso 
E, despachando-a sem autuação,  
Verbero o ato vil, rude e perverso,  
Que prende, no Cartório, um violão. 
  
Emudecer a prima e o bordão, 
Nos confins de um arquivo, em sombra imerso, 
É desumana e vil destruição 
De tudo que há de belo no universo. 
  
Que seja Sol, ainda que a desoras, 
E volte á rua, em vida transviada,  
Num esbanjar de lágrimas sonoras.  
  
Se grato for, acaso ao que lhe fiz, 
Noite de luz, plena madrugada,  
Venha tocar á porta do Juiz.


AURICULOPUNTURA “Acupuntura na orelha”

 Dirceu Ayres
Visão tradicional chinesa Bem diferente é a explicação que podemos colher no berço da acupuntura, a milenária China.A visão tradicional da medicina chinesa está profundamente ligada a teorias baseadas no Taoísmo, sobre energias conhecidas pela dualidade Yin/Yang, sobre meridianos e outros conceitos bastante "exóticos" para a ciência médica ocidental. Contudo contribuições da Antropologia, mais específicamente da Antropologia Médica, vem facilitando a interpretação destes à luz da interpretação lógica das explicações mítico-religiosas compreendidas como sistemas etnomédicos capazes de dar respostas às demandas por cuidados de saúde de uma determinada população. O Yin e o Yang são aspectos opostos de uma mesma energia. No corpo do homem existe um equilíbrio energético que pode ser alterado por diversos tipos de influências, como alimentar, comportamental e muitas outras.A energia deve percorrer os meridianos e sua falta ou seu excesso podem ser reequilibrados através da manipulação de pontos determinados dos meridianos.Existem muitas formas de diagnóstico na medicina tradicional chinesa. Algumas delas são a pulsação, a observação e aspectos da língua, a cor e aspectos da pele. Um médico chinês costuma dizer que não se deve olhar apenas o paciente, mas escutá-lo, tocá-lo, cheirá-lo, provar sua urina e conhecer as suas fezes. Exageros a parte, uma consulta baseada no modelo tradicional chinês pode levar de vários minutos a algumas horas. O terapeuta questiona vários aspectos da vida (incluindo sobre a infância e expressão das emoções), da alimentação e costumes. A natureza das explicações tradicionais da medicina chinesa não tornam essa prática essencialmente distinta de outros sistemas etno - médicos, exceto porém por sua notável semelhança com a medicina hipocrática - a quem se atribui a origem da moderna medicina cosmopolita. O estudo de sua história revela seu rompimento com algumas tradições "mágicas" e incorporação do conhecimento empírico proveniente de cuidadosas observações, consolidado no que vem sendo chamado do paradigma do Yin - Yang e dos 5 elementos descrito nos livros clássicos para os orientais ou documentos etnológicos brutos para a antropologia estrutural. Entre os livros clássicos o mais conhecido é, sem dúvida o "Livro do Imperador Amarelo" cujo exemplar mais antigo foi encontrado em um túmulo da dinastia Han (Fu Weikang). História da acupuntura Atribui-se a China, a criação da acupuntura. Outros países do oriente, também têem em seus recursos terapêuticos a acupuntura, como Japão, Coréia e Vietnã. Os primeiros registros sobre a prática da acupuntura datam de mais de 6 mil anos na China, contudo, a primeira descrição histórica da acupuntura como terapêutica é feita por Ssu Ma Ch'ien no "Shih Chi", 90aC. O paradigma da Medicina Chinesa interpretava o funcionamento do organismo humano por sua comparação com fenômenos naturais, como o fogo, vento, umidade, etc. Na visão daqueles médicos antigos, a intervenção com agulhas permitiria alterar o comportamento de elementos externos, (Já que as patologias também eram interpretadas como invasão do corpo por elementos como o Frio, vento ou umidade) e dos fluidos e energia (Qi) do organismo. Em 1255, com a "Viagem à Terra dos Mongóis", William de Rubruk já fazia referências à Acupuntura. Monges Jesuítas, a partir do século XVI, cunharam o termo, em língua portuguesa, que significa "Punção com agulhas" perpetuando o erro de tradução.Mas foi a partir de 1971, com o relato do efeito da acupuntura no tratamento das dores pós-operatórias do jornalista James Reston e após 1972, com a visita do presidente Norte-americano Richard Nixon, à China, que a Acupuntura passou a ser estudada pelo método científico, no Ocidente. Órgãos Zang e Fu – As doenças causadas pelos sete fatores emocionais geralmente apresentam disfunções dos órgãos Zang e Fu e distúrbios na circulação do Q.I. e de Sangue. Diferentes mudanças emocionais prejudicam seletivamente diferentes órgãos Zang e Fu. Por exemplo, a raiva prejudica o fígado, o medo e a alegria excessiva prejudicam o coração, a tristeza e a melancolia prejudicam o pulmão, a preocupação prejudica o baço, e a apreensão prejudica o rim. Clinicamente, os distúrbios causados pelos sete fatores emocionais são vistos principalmente no coração, fígado, pulmão e baço. É um tipo de Medicina com mais de cinco mil anos, se não a conhecemos não é motivo para desfazer do que a acupuntura é capaz. Certamente se não sabemos ou não fomos instruídos a respeito de alguma coisa que ainda não conhecemos, não seria correto ficarmos colocando defeito ou falando mal sem nem sequer termos conhecimento dessa arte ou ciência.

A MODERNA DITADURA BRASILEIRA

                                      Dirceu Ayres
Se fosse o caso de existir oposição no Brasil, algum oposicionista teria argumentos válidos para criticar os regimes impostos aos cidadãos da Venezuela, de Cuba ou de Mianmar? A resposta é não. O Brasil vive, há mais de oito anos, sob a ditadura dos acovardados, dos corruptos e dos vendidos. Na civilização ocidental, a principal característica das democracias reside na existência de uma oposição organizada, capaz de incomodar os governantes e, mais importante, capaz de ser a trilha para as manifestações de insatisfação daqueles que são representados pelas câmaras legislativas. Estados onde a oposição é fraca, omissa ou conivente nada mais são que ditaduras disfarçadas. Governos que consideram a oposição como inimiga, não passam de tiranos disfarçados. Os exemplos deste tipo de oposição e destes tiranos se repetem na história das nações e, infelizmente, o Brasil não aprende. O vergonhoso congresso nacional brasileiro que, há muito tempo se afastou dos cidadãos, vendeu-se ao executivo, por medo, por interesse pessoal, por fraqueza, por omissão. Os cidadãos brasileiros são reféns. Em conseqüência da conduta dos seus representantes – falsos - vivem, hoje, em plena ditadura, tanto quanto os cubanos e os venezuelanos, cujos representantes se venderam ao tirano do momento. Estamos diante da confirmação de que realmente o uso do cachimbo deixa A boca torta. De fato, a presidente Dilma não consegue esconder o seu cacoete autoritário, por mais que o seu marqueteiro se esmere em vender a imagem de uma presidente simpática e amável. Para retaliar o PDT, que não acompanhou o governo em 100% na votação do salário mínimo, a presidente determinou a exclusão deste partido da reunião que realizou com os líderes da base aliada, para agradecer o apoio que tem recebido de seus parlamentares. Dilma expôs os pedetistas – mais particularmente o seu líder na Câmara, Giovanni Queiroz e o presidente do partido, Carlos Lupi – à humilhação pública. Em vez de utilizar a discrição e chamar a atenção dos pedetistas de que ser governo tem bônus, mas também implica em assumir o ônus, a presidente quis dar uma demonstração de autoridade, agindo à base do “quem não está comigo totalmente, é meu inimigo”, ou será tratado como tal. Na verdade, ela quer que o PDT enquadre o deputado Paulinho, presidente da Força Sindical, um dos principais críticos à proposta do governo para o salário mínimo. A base governista é heterogênea e não é possível acreditar que ela estará sempre 100% ao lado do governo. Há partidos que têm história e compromissos com determinadas teses. No caso do PDT, a questão da valorização do salário mínimo sempre foi uma tese cara, desde quando os trabalhistas estavam unificados na sigla do antigo PTB. Para Brizola, fundador do PDT, esta sempre foi uma questão sobre a qual ele não abria mão, por considerá-la como de princípio. Parlamentares não são soldados submetidos à ordem unida nem podem a ser enquadrados, a ferro e fogo, pelo “centralismo democrático” do Palácio do Planalto. Eles têm questões de consciência e compromisso com seus eleitores. Imaginem o suicídio que Paulinho estaria cometendo, ao se, por acaso acatasse as ordens de Dilma e subisse à Tribuna para defender o salário mínimo de R$ 545! Como ficaria ele diante dos sindicalistas da Força Sindical? Por detrás do castigo que Dilma deu ao PDT, esconde-se uma relação autoritária com o Parlamento e seus membros, onde não é respeitada a autonomia dos partidos e dos parlamentares, em questões que eles consideram como relevantes. No limite, a presidente poderia até advertir os pedetistas que sermos governos tem seu bônus, mas há também o seu ônus. E, se achasse quer fosse o caso poderia até demitir o Ministro Lupi, pois esta é uma prerrogativa sua. O que não está certo é humilhá-los publicamente. Presidir um país é completamente diferente de gerir uma empresa. Com seu estilo “gerentona”, Dilma pode estar criando problemas desnecessários para o seu próprio governo. Na questão do salário mínimo, simplesmente recusou-se em se reunir com as centrais que apoiaram sua candidatura, determinando que eles tratassem do assunto com seus subalternos. Por enquanto, a quase totalidade da base governista tem se submetido ao seu cacoete autoritário. Mas em algum momento a sublevação virá à tona e ela pode amargar derrotas no Congresso, até em função do seu jeito de ser. O Parlamento e os parlamentares são autônomos e só podem ser tratados na base da boa política. Chicote e atropelamento podem dar, às vezes, o efeito contrário. O estilo autoritário de governar não é compatível com a democracia, pois ele inibe e atrofia a autonomia de outros poderes, entre os quais o Legislativo. É dever da oposição combatê-lo e denunciá-lo, antes que a presidente ache que pode tudo e cometa atentados mais graves ao ordenamento democrático.

BANHEIRO DE MULHERES

                                                   Dirceu Ayres
Quando era muito menino, poucas coisas me fascinavam tanto quanto banheiros e vestiários femininos. Eu queria saber como era. Mais do que saber como era ser uma mulher, uma questão deveras interessante, queria saber como elas eram. O que elas diziam, como faziam as coisas, como se portavam diante de sua intimidade, de seus corpos misteriosos e descobertos? Era um universo a ser desvendado e toda a minha busca após a puberdade, toda a tentativa de descoberta de um abrigo em um corpo feminino ainda abrigava aquela ansiedade infantil: como será que ela é? Um gesto pode ser mais intrigante e impactante ao olhar do que um volumoso par de nádegas enorme, proeminentes, lisos, rotundo, igualmente macios e bem bonitos. Imaginava as moças se despindo sem ter a perspectiva intrusa do observador. Não queria que se despissem para mim, queria saber como era o mundo delas, entre elas, sem que estivessem tentando causar alguma impressão. Queria saber como era lá. Se elas eram, delicadas ou grosseiras, se cuidavam umas das outras e o mais importante...Se lavava suas calcinhas na hora de entrar (ou sair) do banho. Bem eu acho que deixar a calcinha para outra pessoa lavar é o cúmulo da desorganização e ante-higiênica, mas existe outro ato próprio das mulheres que pode subjugar qualquer homem. É quando fazem aquele gesto incrível para tirar o sutiã, larga uma alça que vem decaindo devagar, apóia os seios com a outra mão, vai soltando a outra alça e quando as duas alças estão soltas...Vai decaindo a peça e aparece o esplendor. Dois seios esplendorosos com mamilos róseos e ariscos (excitados), são mesmo uma loucura. Observem os banheiros dos homens, Jesus Cristo, que cachorrada incrível Tirando a maravilhosa possibilidade de mijar de pé - a única vantagem real que temos sobre o sexo oposto - tudo o mais no mundo masculino é chato e previsível. Homens entram, dão uma conferida no espelho fazendo cara de sério ou mau, isso pode ocorrer tanto na entrada quanto na saída. Acho que o subtexto é: "Tô com cara de quem merece respeito?". E desde quando mijar é algo admirável? Tem quem lave a mão, tem quem não lave. Há os que lavam a mão antes de pegar no pinto, sugerindo que a mão está mais suja do que o dito cujo pois o mesmo, após o banho, não esteve em contato com nada impuro; ao contrário das mãos. É, em vestiários é normal andar pelado pra lá e pra cá mas no mictório uma boa olhada para a diagonal inferior pode ser muito desagradável. Há os que tentem fazer tudo em silêncio e os que fazem o maior estardalhaço. É desagradável. Tem quem urine soltando gases sem dó nem piedade. Fazer o quê Não seria o banheiro o local correto para este tipo de coisa? Tem que ser no banheiro e quando estiver só? Pensando na larga experiência que tenho em idas ao banheiro. Observando a dificuldade que é balançar o dito cujo sem fazer com que o chão fique todo respingado, tenho minhas dúvidas sobre a vantagem única do gênero. Levando tudo o que mencionei em conta, percebo que banheiro de mulheres continua interessante por não caber, na minha fantasia, nada desagradável, tudo é bonito, principalmente ELAS. Ora tudo em mulher bonita é bonito. Agora as imagine tirando as calcinhas e sentando no sanitário, depois subindo a calcinha com aquele jeito como se estivesse sacudindo as pernas, corrigindo o elástico por trás... Hô,lálá é o fim.

A MOÇA MUITO LINDA





 Dirceu Ayres
Sempre tive o costume de passear no campo, sabia que andar na campina me deixava mais calmo, andar sentindo a umidade que o orvalho deixava no campo, nas flores silvestres molhadas, um cheiro conhecido de terra molhada e a diversificação de perfumes do campo. Distraído não tinha notado que a figura que tinha a minha frente era impressionante. Uma jovem de pele bem bronzeada, tipo quase morena ou cor de canela como diria o poeta. Que susto! De repente eu tinha em minha frente à figura de uma Deusa de cabelos negros que brilhavam como se tivesse passado óleo brilhante naqueles cabelos longos e ondulados, tinha olhos cor de mel, nariz arrebitado, seios Rígidos altivos e nádegas proeminentes. O conjunto parecia um convite ao prazer que muitos chamam de pecado. Imagine aquela figura sem estar coberta de um vestido branco mesmo sendo muito curto que deixasse a mostra seus joelhos e coxas bem torneadas já seria o bastante. Más o que eu estava vendo era muito mais que isso. Exígua vestimenta que deixava a mostra quase todo seu corpinho lindo, belíssimos seios que com as coxas, formava a completa aparição de uma das onze mil virgens. Dedo alongado unha bem feita, longas e voluptuosas, a pele parecia sedosa, macia e cheirosa. O Pecado ambulante diria o Padre da freguesia. Cheirava a flores e a sexo ao mesmo tempo, parecia querer levar a loucura a todos que dela se aproximava. Muitos tentavam se aproximar dela, não conseguiam, ela parecia dar mais atenção às borboletas do campo, aos pássaros que se encantavam como o beija flor que parou a vibração de suas asas para admirar quando o lado criança daquela Deusa-Mulher falava mais alto. Foi assim que iniciamos esse romance tão desconcertante. Mulher bonita, bonita de verdade, parecia uma rosa dos campos, com seu mine vestuário, seus encantos, sua beleza, sua cor, caminhava com tanta leveza que parecia flutuar sobre o chão andava sem amassar nem as flores nem a grama, levitava. Tinha uma enorme sensualidade, uma tentação ainda maior tomava todo meu senso de responsabilidade ao ver aquele ser que com aquele mine vestuário que “caia” em derrama sobre seu corpinho, pois a exígua vestimenta já estava muito bem sobre as curvas do seu corpo e que eu pretendia tirar com os dentes e com muito carinho. Uma vontade enorme tomava conta de mim, queria deitá-la ali mesmo no chão e fazer dela uma mulher. Má não poderia atacar assim de bruto, indelicado e grosso. Teria mesmo que dar tempo ao tempo, com jeito, calma, paciência e tempo disponibilizado só para esperar. Certo dia conseguiu me aproximar e ensinar os remédios que ela poderia fazer com casca, entrecasca e miolo das árvores. Na verdade, CARPO, ENDOCARPO E MESOCARPO más não sabia se podia falar termos que poderia ser de difícil interpretação para ela. Haja paciência até conseguir sua atenção que junto veio também seu carinho e sua sexualidade. Assim fomos amantes por um longo e gostoso período. Desse tempo ainda guardo imensas recordações daquela menina mulher que Deus enviou para meu caminho e melhorou muito e por muito tempo o meu viver. Viajou com os Pais para longe e nunca mais ouvi falar nada a seu respeito, sequer tenho seu endereço, ou o nome do lugar para onde ela teria ido com a família.