MORADOR DA PERIFERIA |
quarta-feira, 9 de março de 2011
A PERIFERIA
A VIOLÊNCIA
Alguns Políticos deveriam tomar mais cuidados com os discursos que fazem ou com o que dizem. Certos discursos estimulam muito mais a violência no Brasil aqui tem um bom exemplo que podemos citar. Em seu discurso a um grupo de educadores no Palácio do Planalto, o ex. Presidente mais uma vez vinculou a questão da violência e da criminalidade à precariedade do ensino e destacou a importância da educação de qualidade como elemento de combate ao crime: de certa forma tem razão, mas não no todo. Assim falou o ex. Presidente:
"Nós temos um estoque de 3 milhões de jovens, de 15 a 24 anos, que pararam de estudar e estão à mercê do crime organizado, de cometer barbaridades que vemos na televisão", disse o Presidente. "Ao invés de ficarmos discutindo apenas as exceções que devem ser punidas, precisamos cuidar dos que representam a regra: jovens pobres que precisam estudar".
Ora, o que é verdade é que quem não estuda na maioria das vezes é porque não quer. O brasileiro é um tipo indolente, preguiçoso e que não quer estudar de jeito nenhum. Estudar dá muito trabalho e até aborrecimento. A julgar pelas palavras do ex. Presidente, ele próprio, que não estudou e que vive falando que cresceu na miséria, com a Mãe analfabeta, se o dito do discurso fosse verdade teria sido mais um criminoso para dar trabalho a Polícia. Ainda que não afeito aos livros foi fazer um curso técnico no Senai, que aliás é uma escola que está no Brasil inteiro oferecendo cursos profissionalizantes, sendo a maioria de graça. Há ainda o Senac que também oferece cursos profissionalizantes. Repito. A questão da violência está desligada dessa ladainha de que o crime decorre da falta de educação e da fome. Isso não é verdade. Há escolas e ninguém passa fome no Brasil, pois não temos somente o Oceano, mais temos Rios, lagoas e outras fontes de alimento. Enquanto o ex. presidente da República fica falando esse monte de sandices que ouviu de algum desses intelectuais de boteco, a violência continua comendo solta. O Estado tem o dever de zelar pela segurança da sociedade e de promover a exemplar punição de todos os delinqüentes. Seja maior ou menor, não importa, cometeu um delito, de todo jeito, vai para a cadeia. Lá é que é o lugar de quem é criminoso ou ladrão. Todos sabem o tipo que não tem ou não quer recuperação; não é necessário ser um perito ou Psiquiatra para saber que quem comete delito grave e faz tumulto nas cadeias não está a fim de recuperação nenhuma. Estamos sempre a ouvir... Tumulto na Penitenciária tal, revolta na outra Penitenciária qual, e assim, temos sempre pelo menos, senão a fuga, a tentativa. Motins com reféns incendeiam as camas, os colchões, quebram as telhas e até a Penitenciária quase toda. Como se isso fosse pouco, ainda fazem curso de seqüestro, maltrato, terrorismo e até como torturar tanto a vítima como seus familiares. Nós ficamos sempre a pagar nossos impostos e sustentar os garotinhos que estão na cadeia. Vamos dar viva a violência, pois pelo visto tão cedo ela não acabará às vezes penso que existe alguém com muitos poderes que tem interesse que as coisas continuem assim. Pois de uma hora prá outra poderá precisar dos préstimos dos meninos. É como ter uma reserva de delinqüentes para quando precisar.
O PAÍS DESLEIXADO
DIRCEU AYRES
Num país que doente sofre, sem ter cura
ficará no passo sempre do terceiro mundo.
Que no poço desgraçado chegou ao fundo,
Sem nadar, não emergirá da noite escura.
Parece que no País engoliram a compostura,
Protegendo e ajudando os políticos senis
Que dividiram o Brasil para quem quis
Juntos assaltam o País de ponta a ponta.
Para ninguém esse país não presta conta,
Roubam muito, com certeza a ninguém diz.
Num País que invadem as Fazendas.
Que sem terra se dizem ser esquecido.
De verdade quem precisa não é ouvido
Não tem miserável que dela entenda. .
Permitindo roubar em cada esquina
Esse grupo que na Constituição urina
Faz desse País uma enorme latrina
Poe seus dejetos como numa campina
gente que a todos impõe e até domina,
Mas o Brasil, precisa e fará sua faxina.
As leis da constituição são descartáveis
Não existem sequer os códigos corretos,
Multidões, senão milhões de analfabetos
Formando uma multidão de miseráveis.
Mas nos não temos políticos confiáveis
Estamos sem voz, sem vez, sem diretriz
Os políticos é quem têm voz e vez e bis
O respaldo de seus pares inimputáveis.
Um país desgraçado que político não diz,
Para esse País, somente DEUS será juiz.
ficará no passo sempre do terceiro mundo.
Que no poço desgraçado chegou ao fundo,
Sem nadar, não emergirá da noite escura.
Parece que no País engoliram a compostura,
Protegendo e ajudando os políticos senis
Que dividiram o Brasil para quem quis
Juntos assaltam o País de ponta a ponta.
Para ninguém esse país não presta conta,
Roubam muito, com certeza a ninguém diz.
Num País que invadem as Fazendas.
Que sem terra se dizem ser esquecido.
De verdade quem precisa não é ouvido
Não tem miserável que dela entenda. .
Permitindo roubar em cada esquina
Esse grupo que na Constituição urina
Faz desse País uma enorme latrina
Poe seus dejetos como numa campina
gente que a todos impõe e até domina,
Mas o Brasil, precisa e fará sua faxina.
As leis da constituição são descartáveis
Não existem sequer os códigos corretos,
Multidões, senão milhões de analfabetos
Formando uma multidão de miseráveis.
Mas nos não temos políticos confiáveis
Estamos sem voz, sem vez, sem diretriz
Os políticos é quem têm voz e vez e bis
O respaldo de seus pares inimputáveis.
Um país desgraçado que político não diz,
Para esse País, somente DEUS será juiz.
JÁ VELHO E ADOENTADO
DIREU AYRES
Tou me sentindo amassado e roto,
Tanto que doe meu corpo e o osso
Torção que existe em meu pescoço
Meu coração desarrumado e torto.
Traumatizado é como ele se chama
Encalhado, que age assim também;
Nunca me comparo com ninguém
Osmose também leva para a cama.
Comunicam-se vizinhos no ossuário
Conversando sobre antigos sentidos
Hoje morto, são separados e falidos,
Lembranças da morada nos ovários.
Como as virgens que a morte chama
Que vão apodrecer igual às moscas
Como a desgraça que leva as moças
E as virgindades, são reduzidas à lama.
Na degeneração do meu enorme sofrer,
Escapa o grito com um grande estouro,
A ribombar até a um século vindouro
Meu berro, meu desgosto, meu querer.
Não tem Psiquiatra nem sequer trator,
Que arranque de dentro do meu peito
Essa opressão que causa todo o efeito,
Maltrata-me, machuca-me e causa dor.
Furava-me o peito com a broca ou pua
Usando toda tristeza que me consome
Às vezes eu não sei mesmo meu nome,
Ou dos meninos que habitam lá na rua.
Nessa ânsia tenho um grande desconforto
Choro muito ainda pensa no que é lixo,
Lembrando aberrações, talvez um bicho
Que bebeu um veneno é mais um morto.
Lembrar das cabeças que pensaram
Em desgraçados sonhos tão nefasto,
Meu cérebro já cansado e bem gasto
Meus cabelos do braço se arrepiaram.
Inventariar quase tudo, já tinha sido,
Pensar nas coisas que já tinha possuído,
Lembrar lugares que eu já tivesse ido,
Serei celebridade, nunca serei vencido.
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