quarta-feira, 13 de abril de 2011

ONDE ANDA AS AUTORIDADES???.

                                                   Dirceu Ayres
SICÁRIO COMENTA SOBRE "KIT DEPRAVAÇÃO NAS ESCOLAS" Hoje, lendo o jornal O Sul de Porto Alegre, na página 12, há uma notícia sobre o trote aplicado nas calouras das faculdades de Agronomia e Veterinária Universidade de Brasília onde elas tinham de fazer uma encenação de sexo oral lambendo uma lingüiça coberta com leite condensado. O presidente do centro acadêmico, que deve fazer de tudo na faculdade exceto estudar, afirmou que ninguém é obrigado a participar e que quem se sente prejudicado de resolver fora da faculdade e não lá dentro. De minha parte reforço o que escrevi naquele comentário, sem medo de ser taxado de reacionário, careta, etc... Eqto. Tivermos uma sociedade pouco preocupada com educação, pouco participativa e questionadora governos continuarão a cometer abusos impondo aos pais leis, normas, estatutos de como SEUS FILHOS devem ser educados. Se sou o pai de uma destas meninas... Já teria feito o estudante profissional (pois se perpetuam em centros acadêmicos para doutrinar jovens) sentar na tal lingüiça adocicada. Vou continuar achando que preciso de um Psicanalista, pois penso assim: Acho que sou um personagem de vários atos e atores, exercendo minha cidadania e exercitando minha criatividade literária. (se assim posso chamar) Indignado de carteirinha, contador de histórias, alma de poeta, Maçom e espiritualista oportunista. Como setentão sou um otimista cético que tem por lema "nada é tão ruim que não possa piorar, mas se melhorar só acredito vendo". Os Políticos e ou as Autoridades estão tão ocupados com seus cargos ou brigando por eles que não tomam conhecimento das coisas que acontecem no Brasil imaginem em uma Universidade. Observe o que diz o senador que é presidente perpétuo do senado. Sarney sobre a sua tetra presidência: ‘É um sacrifício’ No passado remoto, sacerdotes sacrificavam uma ou duas reses para satisfazer os deuses. Hoje, José Sarney sacrifica-se a si próprio para satisfazer a si mesmo. Ouça-se o que disse o eterno presidente do Senado sobre a tetra presidência que seus pares estão na bica de lhe conceder:"Não desejava ser presidente do Senado. Estou fazendo com grande sacrifício. [...] Busquei que encontrassem outra solução...” “...Em face de o partido não ter encontrado, comuniquei ontem que ele podia e tinha concordância para submeter meu nome à bancada..." "...É uma convocação. Nunca fui presidente do Senado senão por convocação. Nunca por vontade própria". Nunca antes na história desse país um político oferecera à platéia prova de tamanho desapego. Vá ser altruísta assim lá no Maranhão. Ou no Amapá. (not. Folha de São Paulo) Meu comentário. Se ele que já foi Presidente e é senador “ad perpétuo” do senado faz como aquela autoridade que não sabia nem ouvia nada, vocês acham que vão se importar com mocinhas obrigadas a chupar lingüiça ou coisa pior em algum trote de Faculdade? Vou esperar prá ver.
Blog do Beto

UM PAÍS SEM HEROIS

                                          Dirceu Ayres
O Brasil ao longo de sua existência, ou desde sua Descoberta, se caracterizou como um país pouco afeito à violência na formação de sua sociedade. As poucas rupturas, ou as mudanças de governo, as decisões políticas e até mesmo as ditaduras não tiveram o perfil de catástrofe ou trauma semelhantes ao que aconteceu em outros países. Osvaldo Epifanio lembra que na Europa, por exemplo, houve: “cenário de invasões, extermínios, guerras marcantes para o seu povo. A chamada Guerra Civil Espanhola -- apenas para ficar na ilustração --, foi um conflito entre duas frentes militares, ocorrido na Espanha entre os anos de 1936 e 1939, com a conseqüência da morte de mais de 400 mil espanhóis e uma queda enorme na economia, a queima de vários campos e milhões de moradias destruídas, um abalo financeiro e queda do PIB que demorou quase 30 anos para se normalizar”. Hoje, podemos aquilatar, é um país invejável, que cresce 3,8% ao ano. Não seria por isso – uma população que teve o destino de se livrar de tantas desgraças – que o Brasileiro não tem heróis? Heróis de verdade, como aqueles que transformaram uma época, uma vida; homens e mulheres que escreveram a história e que mudaram o pensamento humano em todo o mundo. Martin Luther King (Em 1963, liderou um movimento massivo, "A Marcha para Washington", pelos direitos civis no Alabama, organizando campanhas por eleitores negros); Giuseppe Garibaldi (1807-1882, principal figura militar e o herói mais popular na época da unificação da Itália que ficou conhecida como RISORGIMENTO. Ele é considerado um dos criadores da Itália Moderna); Ghandi (líder pacifista indiano 1869-1948, principal personalidade da independência da Índia), de frase memorável que atravessa décadas: “A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte.”; Winston Churchil (homem de incendiária oratória que permitiu a coesão espiritual do povo britânico nas horas de prova suprema que significaram os bombardeios sistemáticos da Alemanha sobre Londres e outras cidades do Reino Unido). Maximilien de Robespierre, advogado e político francês, uma das personalidades mais importantes da Revolução Francesa. Os seus amigos chamavam-lhe "O Incorruptível". (foi um dos raros defensores do sufrágio universal e da igualdade dos direitos, defendendo a abolição da escravidão e as associações populares). Ele defendia que "A mesma autoridade divina que ordena aos reis serem justos, proíbe aos povos serem escravos". No dia 8 de março de 1857, operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, como reivindicação pela diminuição da carga horária diária de trabalho, de 16h para 10h. Estas operárias - que recebiam menos de um terço do salário dos homens - foram fechadas na fábrica onde se iniciou um incêndio. Cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1903, portanto 46 anos após aquela terrível experiência, mulheres norte-americanas iniciaram o movimento histórico “Pão e Rosas” que mudou por completo o que se pensava sobre elas em todo o mundo. Se somados todos aqueles brasileiros que entraram nos livros didáticos como personagens históricos, ver-se-á um time de sortudos. São descobridores circunstanciais e festeiros (Pedro Álvares Cabral e Diogo Dias). Este, segundo o descobridor, (Fernando da Silva Correia). “Homem gracioso e de prazer, leva consigo um gaiteiro e mete-se a dançar com todo aquele povo, homens e mulheres, tomando-os pelas mãos, com o que eles folgam e riem muito ao som da gaita”. Vejamos aqui outro exemplo: Bandeirantes, aqueles mesmos tão celebrados desbravadores das terras paulistas e mineiras, eram marginais por vocação. ”A partir de 1619, os Bandeirantes intensificaram os ataques contra as reduções jesuíticas, e os artesãos e agricultores guaranis foram escravizados em massa.” (Waldemar de Almeida Barbosa). D. “Pedro I tinha uma vida marcada pela intempestividade, além de uma sexualidade pouco aceita para a época (Don-ruanismo exacerbado), que resultou em graves cisões no governo.” (Bruno da Silva de Cerqueira). Tiradentes, um espertalhão! Se ele quisesse realmente um Brasil melhor teria lutado pela abolição dos escravos, o que não fez, pois era riquíssimo e tinha fazendas e escravos. Incrível como o brasileiro é carente de heróis. Mudou, inclusive, a fisionomia de Joaquim da Silva Xavier: tornou-o uma versão moderna de Jesus Cristo, com barbas, cabelos e vestimentas iguais. Uma farsa. O mais grave é que há contentamento, passividade, aceitação, ou seja, há um sentimento de adoração em torno desses, digamos, acamaradados históricos. Somos todos mentirosos, empedernidos admiradores, satisfeitos com esse show de bestialidade. Historiadores, professores e povo se deleitam em apenas se abastecer do simples enredo dos fatos, pois os heróis permanentes, e não os casuais, nunca existiram. É o caráter simbólico da representação que envolve sempre um apelo a elementos emocionais. Se não existem heróis, não há história. Ou sem história não há heróis? Desejar a morte para garantir a autenticidade e a virilidade seria patético, insano e imensamente... Fúnebre! Mas a dor, definitivamente, não faz parte desse povo carnavalesco. A folia intrínseca brasileira é objeto de desejo de outros povos que, invejosos que são das nossas maledicências, afiam a língua em nos chamar de “bananas” e “tupiniquins”. São os corpos suados e morenos, os bumbuns ardentes em majestosas pernas roliças as grandes vedetes, os nossos heróis nacionais que fazem nascer o orgulho de Macunaíma. Sorte ou azar?

REFERENDO OU A CULPA É DO SOFÁ

Dirceu Ayres
Sarney diz que a população foi induzida ao erro no referendo de 2005. Eu sempre acho que a população é induzida ao erro sempre que vota nele. Entretanto, Riba está meio certo. A população estava sim sendo levada ao erro até que a companha começou e a maioria viu que estava sendo enrolada pelos “Salvadores do Homem” que, no lugar de reprimir o tráfico de armas e tirar as armas dos bandidos, queriam tirar a arma do cidadão comum. Como eu já disse, estão assumidamente se aproveitando da comoção do massacre no Rio para uma revanche oportunista de 2005. É o caso de perguntar: quantas crianças deverão ser arrastadas por criminosos menores de idade para que os parlamentares se comovam e resolvam fazer um referendo reduzindo a maioridade penal? Na ocasião do assassinato brutal de João Hélio os “salvadores”, os “virtuosos”, a turminha do “bem”, era enfática: não se pode tomar uma decisão delicada como esta movida pela emoção. E agora pode? O Brasil em 2007 era o 25º colocado num ranking mundial feita pela ONG DESARMAMENTISTA suíça Small Arms Survey. Na época, possuíamos 9 armas por 100 mil habitantes. A Nigéria, uma. Não me consta que a Nigéria seja um país para onde todos os desarmamentistas queiram se mudar. Já a Suíça possui 46 armas por 100 mil habitantes. Com certeza, muitos gostariam de dar palestras em Genebra… No ranking por homicídios por armas de fogo, o Brasil é o 2º colocado. Os EUA, com 90 armas por 100 mil habitantes, o 8º. Agora, um trecho do artigo de Peter Hof, do site Mídia a Mais: Como é possível, que esmagados pela tragédia de Realengo, com anjos e seus sonhos, mal chegados à vida ceifados sem a menor possibilidade de defesa, ainda tenhamos que ver o PT, fazer a mais sórdida política, de um oportunismo que fere a sensibilidade da nação, propor um novo plebiscito de desarmamento da população?! Por que não criar uma política honesta de segurança, reaparelhar as escolas, enquadrar o MST que passa para todo o país uma postura avalizada pelo governo de total impunidade? Por que não colocar como prioridade básica um grande mutirão de educação em todos os rincões do país? Que importa agora saber se o tresloucado foi influenciado por esta ou aquela seita fanática? O desarmamento da população serve a objetivos estratégicos, que fomentariam ainda mais os que realmente pretendem manter o povo completamente submisso a interesses totalitários! Caso um dia apareça um DITADOR e tenhamos revolta... Não teremos armas nem para nos defendermos, Esse é e sempre será pensamento do PT e nossos Políticos estarão por dentro.