quarta-feira, 11 de maio de 2011

HOMEMZINHO MAU

                                                                Dirceu Ayres
Ele vem chegando devagarinho, como quem não quer mais quer tudo. Quer dinheiro, poder e subalternos que trabalhem para ele, sem reclamar. Alguns de seus aliados são aqueles com cabeça mais fraca que deixam com que ele “faça” a sua frágil cabeça por meios de coisas convincentes ou com algum dinheiro, ou mesmo uma lavagem cerebral. Os outros são aqueles que têm o rabo preso consigo. Esses são os seus maiores defensores. Deixam até de ganhar dinheiro para não ter que descordar dele e acima de tudo apoiá-lo, talvez até por medo de perder a “boquinha”. Ele usa a mentira como um punhal bem afiado e a lábia como cicatrizante. É um bom orador, Hitler também o foi e levou um País inteiro à ruína e a desgraça, além do mal que fez a humanidade. E não devemos acreditar em nada que ele fala, ou discute, quando não depende dele, ou então escuta e faz que aceita, pois em não aceitando poderá ser prejudicado por ele, um sujeito tremendamente falso. A falsidade é uma de suas armas mais usadas. Se você depende dele, sei que é difícil, mas vá colocando aos poucos dúvidas em seu trabalho, em seus negócios e no que ele diz ser e até em sua amizade. Aquele velho ditado: Água mole em pedra dura..., Poderá ser aplicado, porque se todos se unirem e forem minando-o com acusações, das coisas erradas que ele anda fazendo, apresentar provas, um dia a casa cai. Toda a farsa desaparecerá e o monstro escondido surgirá.Todos vocês ficarão conhecendo o animal que veio de outro estado e fixou morada aqui em Brasilia e são Paulo, aqui ganhou e continua ganhando dinheiro e fazendo suas trapalhadas. Ajudou um irmão, Parentes, amigos e tdos os salafrários do Brasi a passar nos concursos ou sem concurso e acha que o Mundo está girando ao seu redor. Pernóstico, Estafermo, Energúmeno, um tipo Ogro, fede como Mefistófeles e na hora de comerciar ou angariar votos é capaz de uma Metamorfose incrível. Parece ter educação, fica dócil e finge ter atenção. Depois do comercial efetuado...Dane-se, já não me serves, vou prá outra. Homemzinho mau, sujeito tão desgraçado que assusta até gente grande. Com maneiras tidas pelos pucha sacos como graciosas, vendendo bem suas palávras e brincadeiras tendo mais de cem (100) processos na Justiça nas varas do Brasil, mais alguns nos Ministérios do bolsa famiia, e vários Advogados, Juízes, promotoresme autoridades de várias áreas em sua folha de pagamento consumindo uma grana preta vai furando e fazendo inimizades e amizadess por todos os cantos e se defendendo na Justiça até quando Deus quiser. Homemzinho desgraçado, vir lá dos confins do Nordeste já escorraçado pela Justiça da fome e faz morada como a maior autoridade de uma Nação. Que desgraça para quem o conhece e com ele tem a infelicidade de efetuar algum tipo de trato. Miséria pura, está tentando continuar usando a ignorância dos fracos brasileiros e se perpetuar no Poder, acha que sua sorte nunca mais acabará, mas está enganado. Vai acabar sim e voltará para amiséria que é seu lugar e não terá sossego em sua vida até Satanás o ajudar.

MARCANDO POSIÇÃO


                Dirceu Ayres
declaração meio extemporânea do presidente do PMDB, senador Waldir Raupp, de que o partido está preparando candidatos para disputar a sucessão da presidente Dilma Rousseff, pode ser mais do que simplesmente uma ameaça para negociar cargos no governo. Também é parte dessa estratégia, mas reflete uma preocupação maior, que não é só do PMDB, mas de todos os partidos aliados do governo que têm projetos políticos de mais longo prazo, como o PSB e até mesmo o futuro PSD, mal nascido e já inquieto com a disputa do poder político paulista. A força política exagerada do governo, cooptando parte da oposição para o futuro partido do prefeito Gilberto Kassab e transformando a bancada oposicionista no Congresso na menor representação numérica de tempos recentes, certamente está provocando pensamentos estratégicos de longo prazo nas forças partidárias hoje na base aliada, que têm que buscar de um futuro sem o PT. A facilidade com que o PT está controlando o apetite do PMDB por cargos, e a voracidade que, sob nova direção, está anunciando em praça pública, mostram que será difícil a convivência nos próximos anos de governo, ainda mais se as turbulências econômicas que se anunciam começarem a colocar em risco a popularidade governista. O movimento de formação do futuro PSD mostra como é difícil ao político brasileiro viver fora do círculo de poder central sem que haja uma expectativa de poder real pela frente. O PT conseguiu ficar na oposição nos dois governos de Fernando Henrique, tendo se recusado a aderir à transição chefiada por Itamar Franco, justamente por que tinha uma expectativa de poder alimentada pela ida de Lula ao segundo turno da eleição presidencial de 1989 contra Collor. A derrocada do governo, comandada pela bancada petista no Congresso e pelos movimentos sociais nas ruas, deu a sensação ao PT de que chegara a sua hora. A alternativa partidária derrotada nas urnas mostrava-se novamente à disposição dos eleitores em 1994, e poderia até mesmo ter sucesso se os planos não fossem atropelados pelo Plano Real. Da mesma maneira, depois de perder duas vezes para o PT de Lula, o PSDB parecia ser a bola da vez em 2002, com dois candidatos aparentemente imbatíveis contra a falta de opção petista do outro lado. Como não supunham que a popularidade de Lula, e mais seu menosprezo pelos limites legais, pudesse eleger a candidata tirada do fundo da cartola, os tucanos resistiram a todas as disputas internas, e chegaram à eleição com reais chances de vitória. Hoje, a perspectiva é outra. A falta de expectativa de poder implodiu por dentro a oposição e resultou no PSD, um abrigo para todos que não querem ficar longe do poder que anuncia ter planos de permanecer muitos anos no controle da situação. Raupp anunciou que o PMDB agora tem dois nomes sendo preparados para disputar a presidência: o vice-presidente Michel Temer e o governador do Rio Sérgio Cabral. A verdade é que o PMDB tem o mesmo dilema do antigo PFL.O fato de os dois partidos terem se recusado a disputar as últimas eleições presidenciais explicaria porque não têm uma imagem política nacional, embora tenham dominado a política regional até pouco tem atrás, sendo que o PMDB mantém sua estrutura enraizada por todo o país. O último candidato próprio do PFL foi Aureliano Chaves, em 1989. E o PMDB "cristianizou" primeiro Ulysses Guimarães, depois Orestes Quércia, e nenhum deles passou dos 10% dos votos. O PMDB elegeu sucessivamente as maiores bancadas da Câmara e do Senado e tem o maior número de prefeitos. O PFL sofreu um baque nas urnas, tentou se reorganizar trocando de nome para Partido Democrata e radicalizando na oposição ao governo Lula e no programa liberal. Não deu certo e o DEM hoje se debate para manter o que resta da antiga estrutura de poder, mas sofreu mais do que esperava com a criação do PSD. Deixando que questões locais se sobrepusessem às nacionais, os dois partidos demonstravam uma vocação política restrita, assumindo o papel de coadjuvantes. PT e PSDB, por terem "vocação presidencial” desenvolvida em quatro disputas presidenciais, polarizam as disputas e têm uma rede de relacionamentos e interesses que proporcionou terreno fértil para que formulassem propostas para o país. Essa polarização tem menos a ver com o que acontece nas eleições municipais, e mais com um padrão de comportamento que os partidos brasileiros desenvolveram nas eleições presidenciais. À medida que a expectativa de poder vai se esvaindo, o DEM e mesmo o PSDB vão se perdendo em brigas internas que acabam limitando suas ambições a questões regionais, o que afasta ainda mais seus integrantes do poder central. Essa necessidade de ter um futuro político pela frente tanto é responsável pela montagem do PSD quanto pelo incômodo de PMDB e PSB diante da possibilidade de perpetuação do PT no poder. O PSD estaria, no sentido de relacionamento com o governo central, tentando mimetizar o sistema que produziu a força eleitoral do PMDB: uma ideologia flexível que permite ser aliado de qualquer governo, e um ajuntamento de líderes regionais que formam um partido forte, mas inorgânico. Será na teoria um aliado político importante, mas forte suficiente para tentar vôos solos assim que se considerar em condições. Como o PMDB ameaça fazer na sucessão de Dilma. E como o PSB se prepara para fazer também, em 2014 ou quatro anos depois.
Merval Pereira, O Globo





ESSA SIM...TEM TIROCINIO...

                          Dirceu Ayres
OLHA SÓ O "FURO" QUE ESTA MENINA DESCOBRIU !!!!! O DIREITO DE IR E VIR BARRADO PELOS PEDÁGIOS Entre os diversos trabalhos apresentados, um deles causou polêmica entre os participantes. "A Inconstitucionalidade dos Pedágios", desenvolvido pela aluna do 9º semestre de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Márcia dos Santos Silva chocou, impressionou e orientou os presentes. A jovem de 22 anos apresentou o "Direito fundamental de ir e vir" nas estradas do Brasil. Ela, que mora em Pelotas, conta que, para vir a Rio Grande apresentar seu trabalho no congresso, não pagou pedágio e, na volta, faria o mesmo. Causando surpresa nos participantes, ela fundamentou seus atos durante a apresentação. Márcia explica que na Constituição Federal de 1988, Título II, dos "Direitos e Garantias Fundamentais", o artigo 5 diz o seguinte: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade " E no inciso XV do artigo: "é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens". A jovem acrescenta que "o direito de ir e vir é cláusula pétrea na Constituição Federal, o que significa dizer que não é possível violar esse direito. E ainda que todo o brasileiro tem livre acesso em todo o território nacional O que também quer dizer que o pedágio vai contra a constituição". Segundo Márcia, as estradas não são vendáveis. E o que acontece é que concessionárias de pedágios realiza contratos com o governo Estadual de investir no melhoramento dessas rodovias e cobram o pedágio para ressarcir os gastos. No entanto, no valor da gasolina é incluído o imposto de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), e parte dele é destinado às estradas. "No momento que abasteço meu carro, estou pagando o pedágio. Não é necessário eu pagar novamente Só quero exercer meu direito, a estrada é um bem público e não é justo eu pagar por um bem que já é meu também", enfatiza. A estudante explicou maneiras e mostrou um vídeo que ensinava a passar nos pedágio sem precisar pagar. "Ou você pode passar atrás de algum carro que tenha parado. Ou ainda passa direto. A cancela, que barra os carros é de plástico, não quebra, e quando o carro passa por ali ela abre. Não tem perigo algum e não arranha o carro", conta ela, que diz fazer isso sempre que viaja. Após a apresentação, questionamentos não faltaram. Quem assistia ficava curioso em saber se o ato não estaria infringindo alguma lei, se poderia gerar multa, ou ainda se quem fizesse isso não estaria destruindo o patrimônio alheio. As respostas foram claras. Segundo Márcia, juridicamente não há lei que permita a utilização de pedágios em estradas brasileiras. Quanto a ser um patrimônio alheio, o fato, explica ela, é que o pedágio e a cancela estão no meio do caminho onde os carros precisam passar e, até então, ela nunca viu cancelas ou pedágios ficarem danificados. Márcia também conta que uma vez foi parada pela Polícia Rodoviária, e um guarda disse que iria acompanhá-la para pagar o pedágio. "Eu perguntei ao policial se ele prestava algum serviço para a concessionária ou ao Estado.Afinal, um policial rodoviário trabalha para o Estado ou para o governo Federal e deve cuidar da segurança nas estradas. Já a empresa de pedágios, é privada, ou seja, não tem nada a ver uma coisa com a outra", Acrescenta. Ela defende ainda que os preços são iguais para pessoas de baixa renda, que possuem carros menores, e para quem tem um poder aquisitivo maior e automóveis melhores, alegando que muita gente não possui condições para gastar tanto com pedágios. Ela garante também que o Estado está negando um direito da sociedade. "Não há o que defender ou explicar. A constituição é clara quando diz que todos nós temos o direito de ir e vir em todas as estradas do território nacional", conclui. A estudante apresenta o trabalho de conclusão de curso e formou-se em agosto de 2008. Ela não sabia que área do Direito pretende seguir, mas garante que vai continuar trabalhando e defendendo a causa dos pedágios. FONTE: JORNAL AGORA REPASSEM A TODOS OS AMIGO Isto é o resultado de uma nova geração de brasileiros que está surgindo, para sacudir as anteriores, que não sabem quais são os seus direitos garantidos por lei ou não querem se aborrecer diante dos erros às vezes berrantes, para não serem chamados de chatos. Meus parabéns jovem e corajosa Marcia dos Santos Silva! Que vc seja um exemplo para este país de conformados, comodistas, ignorantes, inexperientes e os preguiçosos para saberem algo mais do que já sabem. Recebido por e-mail de Cida Terto

CUIDADO COM LULA DA SILVA

            Dirceu Ayres
O marxismo-leninismo – doutrina materialista – que renuncia à qualquer fundamentação moral pela sua própria negação ética, em função do terror revolucionário –desde que foi implantada, houve e há perseguição religiosa (Cuba, China, ex-URSS); PARA GRAMSCI (Antonio) é um dever romper com o conhecimento em sua forma racional, para que indivíduo seja incapaz distinguir a verdade da mentira, abolir seu sentido crítico ocidental e inculcar em seu lugar a visão política do momento, convertida numa expressão e voz das necessidades do regime, das inclinações de seus líderes, das expressões de sua ‘classe social’, ou seja, instrumentos cegos do comunismo."Uma nação pode sobreviver aos idiotas e até aos gananciosos, mas não pode sobreviver à traição gerada dentro de si mesma. Um inimigo exterior não é tão perigoso, porque é conhecido e carrega suas bandeiras abertamente. Mas o traidor se move livremente dentro do governo, seus melífluos sussurros são ouvidos entre todos e ecoam no próprio vestíbulo do Estado. E esse traidor não parece ser um traidor; ele fala com familiaridade a suas vítimas, usa sua face e suas roupas e apela aos sentimentos que se alojam no coração de todas as pessoas. Ele arruína as raízes da sociedade; ele trabalha em segredo e oculto na noite para demolir as fundações da nação; ele infecta o corpo político a tal ponto que este sucumbe". (Discurso de Cícero, tribuno romano, 42 a.C.) Netchiaev, o famoso anarquista russo, pai espiritual do terrorismo moderno, em seu Catecismo Revolucionário, dizia em sua cartilha: “O revolucionário tem desprezo pela opinião pública e ódio pela moral social atual e suas diretivas. Para ele, o que é moral é o que é favorável ao triunfo da revolução, e o que é imoral e criminoso é o que a contraria.” Proféticas palavras de indiferença, frieza, perversidade e terror, é a moral do pensamento revolucionário moderno, de Lênin a Stalin, de Mao Tse Tung a Pol Pot, passando pelo atual terrorismo islâmico, que é apenas sua versão pseudo-religiosa. Dostoievski, quando escreveu sua obra, “Os Demônios”, inspirado nesse famoso terrorista russo, previu praticamente a mentalidade que ensangüentaria o século. De fato, o anarquista russo se tornou famoso, quando um correligionário, cansado do movimento, foi assassinado a mando do líder. Em nome da lealdade à causa revolucionária, Netchiaev mandou que um de seus discípulos matasse um dissidente interno da organização, esquecemos de Hitler, Mao tse tung, Lênin e tantos outros que não eram autoridades e desgraçaram seus Países e seu povo. Estão brincando com LULA 51 DA SILVA, Hitler não era autoridade nehuma, apenas um cabo do Exercito Alemão e desgraçou a humanidade. Não duvidem de Lula: Vão chamá-lo quixotesco e espicaçá-lo — ontem à noite, a rede petista já escarafunchava a sua vida para acusá-lo de uma penca de irregularidades —, mas o fato é que, nesses dias em que José Genoino recebe medalha do Ministério da Defesa, e Delúbio Soares marca a sua volta ao PT com uma festança, com João Paulo Cunha (PT-SP) brilhando da Comissão de Constituição e Justiça, não deixa de ser um ato de coragem o procurador da República Manuel Pastana, que atua no Rio Grande do Sul, encaminhar uma representação à Procuradoria Geral da República em que pede que Lula seja responsabilizado criminalmente pelo mensalão
PARTE FOI POSTADA POR GRAÇA NO PAÍS DAS MARAVILHAS





O SEXO COM A DANI

     Dirceu Ayres
Hoje, posso dizer seguramente que não sabia o que era sexo antes de conhecer a Dani. Isso me remete há coisa de muitos anos atrás. O que nem é tanto tempo assim; muitos anos e poucos anos se confundem, se pensarmos em termos de história, mas que parece uma eternidade dada à insignificância dos envolvidos. Mas Dani não foi insignificante em muita coisa e até nas atitudes que eu deveria tomar. Menos no que mais importava: o sexo. Por isso, posso dividir minha vida sexual entre antes e depois de Dani. Não vou entrar em detalhes a respeito de sua compleição física isso não faz a menor diferença. Importa que o que a Dani me ensinou, macetes dos quais nunca mais abriria mão. E me fez entender uma lição, talvez a mais relevante que aprendi após sair da adolescência. A de que como tratar uma mulher na cama, seja ela quem for. Quase todas seguem um “modus operandi” que, desvendado, abre quase que literalmente as portas úmidas e quentes daquela gruta de amor que se usa para fluir a felicidade. Foi com a Dani que pela primeira vez notei que muitas dessas mulheres gostam de ser subjugadas durante o sexo. Ela foi a primeira que me pediu para sentar-lhe a mão nas ancas, dizer-lhe obscenidades no ouvido e chamar-lhe daquilo tudo que, em outra circunstância, as fariam registrar um boletim de ocorrência por calúnia e difamação. Sexo é uma questão de contexto, querido, sussurrava pelos poros, e pode anotar e grifar. Basicamente, eu acredito que não era atoa, Dani me entregava, sem qualquer ônus, um pacote de pequenas artimanhas que apenas uma devoradora de homens como ela poderia saber. Dani, gozava apenas quando comida de quatro. Posição essa que denota clara vontade de submissão e, por sinal, preferida por 9 entre 10 homens passivos ou ativos, segundo estou informado. Gostava e queria sempre ficar por baixo. Nada de dominar a parada, nada de se mostrar superior. Isso ela já fazia no seu cotidiano de mulher independente financeira e emocionalmente. Mas na hora de saciar seu desejo mais primitivo, gostava mesmo de ser dominada, domada e domesticada da maneira mais rude possível. Sexo com ela não era território para galanteios ou gentilezas, explicavam didaticamente seus gemidos gritados e empapados de suor e saliva. Ela era e continua sendo um animal, e assim deveria ser muito mal tratada. Com o tempo, notei que as dicas contidas no livro de regras da Dani valiam também para grande parte das mulheres com quem reparti uma cama, um banco de automóvel, uma pia de banheiro ou, se não me falha a memória etílica, uma sacada no 20º andar. Em todas as praças da Cidade e ruelas com várias meninas, até as amigas da própria Dani. Todas, de forma ou intensidade diferente, gostavam e pediam mais daquele preparado acre. Mas recém chegadas no meio dos entendidos nas transadas em geral. As garotas imaginavam-se, peladas e meladas, os cabelos endurecidos de esperma já pediam para serem enrabadas. É, isso me confundia às vezes. Porque quanto mais durona parecia a garota, mais submissa e indefesa ela se colocava ante um falus erectus.

NEM VERGONHA NEM MEDO

                                                                     Dirceu Ayres
"Sorria, você está sendo filmado." Tínhamos isso em muitos lugares, isso em tempos passados e as pessoas entendiam. Há tempos, quando começamos com essa prática social de colocar câmeras em locais públicos, esse aviso tinha um sentido bem pertinente. A advertência, além de prevenir os mais incautos de que eles não estavam protegidos do olhar de julgamento do outro, fazia um apelo que ainda tinha sentido naquela época que, por sinal, é bem recente. A interpelação contida no cartaz em caráter imperativo, buscava fisgar o amor próprio de cada um que o lesse para que, assim, pudesse mostrar o melhor de si aos outros que o observassem. Afinal, ninguém queria ser flagrado em atitude considerada constrangedora e que pudesse provocar vergonha. Sim: havia vergonha, recato, decoro, boa conduta e educação. Bem, os tempos mudaram. As placas com o citado aviso se multiplicaram e as câmeras também, como um sinal visível de que vivemos numa sociedade do controle, mas isso não colocou freio nos Bandidos ou se preferem, nos Marginais. Entretanto, elas registram também o descontrole das pessoas e a desorganização do espaço social compartilhado, registram assaltos, crimes, roubos e furtos. Está certo que todos os adultos mantêm uma parcela de influência ou de infância que precisa ser superada diariamente, e essa é a tarefa árdua do exercício de maturidade, se Policiar. Mas parece que atualmente essa nossa cota infantil ou de influência por ser autoridade ou ter algum poder em nós, ao invés de ser superada, tem sido cultivada com esmero. Além disso, o julgamento do outro não mais nos incomoda nem importa. Não nos envergonhamos mais de nossos descuidos, nada mais parece nos constranger. O aviso "Sorria, você está sendo filmado" ganhou, portanto, um tom irônico. Adolescentes são tentados a fazer caretas e gestos obscenos quando sabem que alguém os observa. À frente de uma câmera, então, eles se superam e perdem qualquer pudor. É uma maneira de dizer "Eu sou assim, o que você tem com isso?". É um modo de enfrentar com insolência o mundo adulto, do qual acabaram de escapar e para o qual se encaminham. Os assaltantes já nem se incomodam com as filmagens das câmeras, assaltam e praticam os crimes que estão com vontade de fazer...E fazem. Pois parece que é dessa maneira que os adultos têm se comportado publicamente. Não nos importamos mais, aliás, parece que nos orgulhamos disso, de expor nossas piores qualidades e características aos outros. O roxo, uma cor que já foi associada à vergonha; na expressão: "roxo de vergonha". Passou recentemente para nossa história como cor que simboliza o orgulho que temos de nossas atitudes irrefletidas e muitas vezes violentas quando um presidente exclamou em um discurso que "tinha testículo roxo”. Nesse caso parece que o roxo não o ajudou muito, foi tirado do poder. Uma publicidade veiculada pela TV, ao mostrar tudo o que se pode fazer com o dedo indicador, mostra uma criança com o dedo no nariz enquanto o narrador diz, "limpar o salão". É isso: parece que já não queremos mais mostrar o que temos de melhor aos outros e sim o que temos de pior. Isso mostra um grande desprezo pelos outros, não? Mas não nos iludamos: isso não ocorre apenas em programas de TV, mas no cotidiano de nossa vida pública. Será que concluímos que o que nos une e o que nos equipara na convivência pública são nossas mazelas?