quinta-feira, 26 de maio de 2011

QUEM COMPROU PALOCCI???

                                                    Dirceu Ayres
ADVOGADO DE PALOCCI
Diz Clovis Rossi: "Tratemos as coisas pelos nomes próprios: o caso Palocci é uma operação de compra e venda. Ponto. O próprio ministro confessa o lado "venda", ao dizer na nota divulgada por sua assessoria que a experiência ("única") no Ministério da Fazenda lhe acrescentara "valor de mercado". São mais que justas e necessárias as cobranças para que preste os esclarecimentos devidos. Mais justa -e mais importante- foi a cobrança de Fernando Rodrigues de que a presidente Dilma Rousseff apresente projeto para eliminar o que Fernando chama elegantemente de "vácuo institucional", mas que é esculhambação pura e simples. Refere-se ao duplo emprego de parlamentares, em especial dos que se dedicam ao negócio de compra e venda (consultorias). Resta apenas apontar o dedo para quem "comprou" Palocci, o que a leitora Cléa M. Corrêa fez à perfeição no "Painel do Leitor" de ontem: "O importante não é saber quanto Palocci enriqueceu com sua empresa de consultoria, mas saber quanto as empresas, seus clientes, enriqueceram com negócios ligados ao governo". Bingo. Repito o que escrevi quinta-feira: trata-se evidentemente de um caso clássico de tráfico de influência. Palocci pode até não tê-lo praticado, mas que as empresas queriam usar os contatos dele no governo para obter facilidades e/ou negócios, só o mais tolo dos tolos pode duvidar. Então, se é justo cobrar de Palocci que explique a quem se vendeu (ou vendeu seus serviços), é igualmente justo cobrar dos compradores que venham a público dizer a razão pela qual o compraram. Seria um exercício prático de "responsabilidade social", expressão que enche páginas e páginas de relatórios anuais em papel finíssimo. Ou os compradores da consultoria nem fingem ter "responsabilidade social” É incrível como o PT conseguiu não apenas chegar ao poder, mas sobretudo, transformar toda a escrotidão de Lula e seus sequazes num paradigma. Assiste-se a institucionalização da roubalheira, das consultorias e ONGs de fachada e o aparelhamento de todas as instituições estatais por um bando de arrivistas de subúrbio e nada acontece além do ar compungido dos apresentadores do Jornal Nacional. O principal programa programa jornalístico, o Jornal Nacional, visto diariamente pela quase totalidade da população brasileira, consegue edulcorar os dejetos expelidos por Lula e seus sequazes. Os jornalões leio pela internet por dever de ofício. O velho de guerra e ex-vetusto diário paulistano foi completamente aparelhado pela bandalha do PT. Há uma pasteurização e vulgarização do jornalismo que glamouriza a idiotia e trivializa iniquidades afrontosas como esse escândalo que revela o submundo do governo do PT sob o comando de Lula e Palocci. Essa chamada no site do Estadão é despudorada, porém emblemática, porquanto veicula um ato criminoso. Isto caberia no noticiário policial já que Lula está dizendo que o Governo tem que comprar, pagar, remunerar de alguma forma a dita 'base aliada'. Compreende-se. Lula despachou nesta quarta-feira na residência de José Sarney. O que resta da oposição - se é que se pode ainda designar PSDB e DEM de Oposição - pratica a autofagia numa bizarra luta intestina. Não teve nem a competência de convocar a imprensa e divulgar uma Carta à população brasileira denunciando que a Nação está entregue a uma quadrilha, fato que a torna cúmplice desse desgoverno que, além de pilhar o erário, destrói os últimos resquíceos do culto à honradez e aos mínimos padrões éticos respeitantes à moralidade pública. É inaceitável que tudo isto esteja acontecendo sem que se registre um pingo de indignação por parte da sociedade brasileira. E não podemos...É um povo Bundão. A sensação que se tem é que o mal conseguiu triunfar.

EXPERIÊNCIAS. VIVIDAS

 Dirceu Ayres



Talvez eu já tenha feito tudo e de tudo, em minha juventude, quando digo jovem quero dizer até os quarenta e cinco ou cinqüenta anos, pois tomo como base minha jovialidade de setenta e três anos. Jovem sim, mas não consenti e não consegui gastar todas as minhas “fichas” só em suposições e, nunca me achei tão velho que não servisse mais prá nada. Não recomendo a ninguém gastar ficha com suposições ou alguma coisa que não tenha certeza absoluta. A vida é e sempre foi como uma extraordinária aventura, mas como toda aventura tem seus perigos e acidentes inesperados, convém estar sempre alerta e levar em conta o velho provérbio que diz: “Viver sempre com um olho na missa e outro no Padre” ou se for mais prático “uma martelada no cravo e outra na ferradura”. Assim aconselha a experiência de vida. E quando a velhice chegar... O “Pano cair”, essa é a hora de prestar contas, senão a um Deus, pelo menos a se mesmo, a sua consciência, relembrar o tempo já passado, as coisas certas e as que não saíram tão certas. As coisas que era para melhorar e só pioraram, toda sua vida passando, como diria o Monge Lobsang Rampa; no seu Livro: “A Caverna dos antigos” E eu sempre a me perguntar se existe mesmo essa Caverna ou seria a Caverna do cérebro que sendo de uma pessoa mais idosa já acumularia muita experiência e sabedoria. O engraçado é que o cérebro do animal homem não enche, em todos os animais acontece tal limite e ele já não aprende mais. Com o homem existe esse privilégio, por mais que aprenda seu cérebro jamais encherá. Imagine um homem com muita cultura e inteligência que pelo poder do saber se torna um modelo superior. Mas, seu cérebro não fica cheio, sempre caberá e terá espaço para mais conhecimento e mais aprendizado. Se usar isso para mais saber e adquirir experiência e como se não bastasse passar essa experiência também para quem estiver precisando ou for carente de algum ensinamento, isso não só vai aumentar o seu saber, como ainda lhe dará créditos com a Divindade e a energia do Universo. Isso lembra que a pessoa que tem um Jardim dentro da caixa torácica e nunca abriu para ninguém, seu Jardim tenderá a murchar. As coisas belas como os Artistas precisam que as olhe, aplaudam, vibre com a beleza daquele espetáculo, pois a beleza também como os Artistas dão e são espetáculos. Tanto o belo como o espetáculo devem ser aplaudidos para não fenecer. A experiência de vida nos mostra que até os Artistas de um Circo Mambembe precisam de aplausos, como as flores de um Jardim: Regar todos os dias, conversar com elas e ter coração puro livre de maldades para que elas não venham a murchar. Assim também é a amizade por alguém, se esse alguém for um amigo sincero e desprendido de malícia e não for aproveitador, ótimo. Sendo amigo falso, invejoso e que como se diz na gíria:”queima seu filme” afaste-se, esse personagem beira as raias do perigoso...É um iconoclasta, não pode ver alguém ter mais sabedoria do que ele, ninguém pode fazer nada melhor, se você tentar, vai falar mal e é aí que “queima seu filme”. A experiência manda ficar bem longe dessa doença. Digo doença sim, porque de bom não espere nada, desse ser como um carrapato, carcaça dura e lisa, não podemos segura-lo e nem devemos matá-lo pois sua barriga está sempre cheia de filhotes e a coisa fica pior. Ponha carrapaticida e se livre o mais depressa desse imcômodo. Cháu e nunca mais.

O LIVRO

Dirceu Ayres 

O Brasil é um país que investe “pesado em cultura”, tanto que chega a ser interessante. Que o diga certos escritores de esquina, Bruna Putistinha, Adriane Galisteu com seu memorável best-seller "A mariposa voou" ou algo assim. Como já não me surpreendo com mais nada leio, no G1, que a Doris Giesse, que perdeu seu contrato com a TV Globo por ter declarado na revista Sexy que sua maior fantasia era encarar 6 negões de uma vez só, vai escrever um livro sobre a sua queda do oitavo andar do Edifício em que mora. É um direito dela, mas, pqp, se isso virar best-seller o mundo está perdido mesmo. Se ela pode, nós também podemos. Preciso cair na real, tenho mais de quatrocentas crônicas escritas sem nem uma ter sido publicada. Tinha um amigo de nome Haroldo Miranda que trabalhava na Gazeta de Alagoas (Jornal) e sempre estava levando e mandando publicar todos os Domingos os meus escritos. Agora meu amigo se foi, está com o criador e eu não acho apoio para publicar nem uma cronicazinha por pequena que seja. Uma senhora cai de um Edifício em que mora e vai logo escrever um livro e quem sabe isso tudo vai dar certo, putz grilo, já não sei e não estou entendendo nada. Ela tem um blog. E eu conheço. Nunca li nada que tivesse a menor importância ou um soneto (ela gosta de fazer) que pelo menos tivesse ou algum dia venha a ter rima ou algum sentido, como vou acreditar que ela vai fazer alguma coisa que presta?. Mas a humanidade é mesmo complicada. Tem uma Cantora que vai receber ou já recebeu do Governo federal a bagatela de:$1.300,000,00 (hum milhão e trezentos mil reais) Veja a fama que a Bruna Putistinha alcançou contando às transas que fez com os empresários, os casais, os Políticos e outros que poderiam ser Padres, Pastores etc. e não podiam aparecer. As pessoas gostam mais de coisas proibidas ou que possam gerar fofocas e dúvidas. Isso é a chamada curiosidade humana que nunca se satisfaz, não é comensurável não chega a ter mensurabilidade e ficamos meio perdidos. Certo dia eu perguntei em uma tipografia como proceder para editar um livro e o dono me respondeu que só a capa custaria cerca de cinco mil reais (5.000,00) e o livro dependeria de quantas folhas e se teria gravuras. Parei e pensei: Putistinha e Geesezinha devem ter patrocínio ou um amigo que ajuda, eu nem tenho e nem estou interessado em “amigos” para me ajudar, vou ficar no banco de reserva até ou arranjar um patrocínio ou o dinheiro para editar um livro. Sei que isso não chega a ser o fim do mundo, nem é tão difícil, mais difícil tenho certeza, será arranjar quem o leia. Como estou sabendo que as pessoas só estão lendo livros de auto-ajuda não iria se interessar por um livro de generalidades ou de crônicas do cotidiano de ninguém se não se interessaria pelo meu nem pelo seu. O Governo que: “investe pesado na cultura” Não vai lhe ajudar, a secretaria de cultura está muito mais ocupada com as denúncias de corrupção e com escolas fechadas ou sem professores, como daria atenção a alguém que quer publicar um livro?, Como se ele não faz parte de nenhum partido político?, É querer demais. Qualquer pessoa de bom senso diria logo que não é assim que funciona. Se você é amigo do político pode até ser cozinheiro que não importa, vai ocupar um cargo de diretor de um enorme banco estatal, uma firma enorme como Furnas e ou tantas outras. A “chave” é ser do grupo, do PT ou mesmo ser somente político e ter voto para oferecer, isso deve bastar. Assim vai editar, fazer, imprimir livros até a hora que não tiver mais. Isso deve ser o que eles chamam de Politicamente correto.