domingo, 5 de junho de 2011

O DERMATOLOGISTA

                                              Dirceu Ayres
                                         
Um DERMATOLOGISTA... Já era hora de procurar uns creminhos mágicos para tentar retardar ao máximo as marcas da inevitável entrada nos "ENTA". Na verdade, sentia-me espetacular. Tudo certo.Ninguém podia cantar para mim a ridí¬cula frase da Calcanhoto 'nada ficou no lugar....' Mas não sei o que deu no espelho lá de casa, que resolveu, do dia para a noite, tomar ares de conto  de fadas. Aliás, de bruxas. E mostrar coisinhas que nunca haviam aparecido (ou eu não havia notado?). Pontinhos azuis nos tornozelos, pintinhas negras no colo, nos braços, bolinhas vermelhas na bunda... olheiras mais profundas... Como assim??? Assim... Sem avisar nem nada. De repente, o idiota resolveu mostrar e pronto. Ah, não! Isso não vai ficar assim. Um "lista" novo na lista do convênio. O melhor. Queria o melhor especialista de todos os "istas"! Achei. Marquei. E fui tão nervosa quanto para um encontro 'bem intencionado' daqueles em que a gente escolhe a roupa íntima com cuidado, que é para não fazer feio.... nem parecer que foi uma escolha proposital... sabe como é, né? Pois sim. O sujeito era um dermatologista famoso. Via e cutucava a pele de toda a nata feminina e masculina da cidade...Assim, me armei de humildade. Disposta a mostrar cada defeitinho novo que estava observando, através do maquiavélico e ex-amigo espelho de meu quarto. Depois de fazer uma ficha com meus dados, o 'doutor' me olhou finalmente nos olhos, e perguntou: 'O que lhe trouxe aqui?' Fiquei vermelha como um tomate. E muda.Ele sorriu e esperou. Quase de olhos fechados, desfiei minhas queixas. Ele observou 'in loco' cada uma delas, com uma luz de 200wtz e uma lupa...E começou o seu diagnóstico. 'As pintinhas são sinais do Sol, por todo o Sol que já tomou na vida. Com a IDADE (tóin!) elas vão aparecendo, cada vez mais numerosas. Vai precisar de um protetor solar para sair de casa pela manhã, mesmo sem ir à praia. Para dirigir inclusive. Braços e pernas e rosto e pescoço. E praia? Evite. Só de 6 às 10 da manhã, sob proteção máxima, guarda sol, óculos e chapéu. Bronzear-se, nunca mais.' -Ahmmm... (a turma só chega às 11:00 !!!!) -'Os pontinhos azuis são pequenos vasos que não suportam a pressão do  corpo sobre saltos altos.Evite. Use sapatos com solado anabela ou baixos, de  preferência. Compre uma meia elástica, Kendall, para quando tiver que usar saltos altos. -Ahmmmaaaa... (Kendall??? E as minhas preciosas sandalinhas???) b -'As bolinhas na bunda são normais, por causa do calor. Para evitá-las use mais saias que calças. Evite o jeans e as calcinhas de lycra. As de algodão puro são as melhores... E folgadas...' -Ahmnunght?? ?? (e pude 'ver' as de minha mãe, enormes na cintura, de florzinhas cor de rosa..... vou chorar!). -'As olheiras são de família. Não há muito que fazer. Use esse creminho à noite, antes de dormir e procure não dormir tarde. Alimentação leve, com muita fruta e verdura, pouca carne e muito peixe. Nada de tabaco, nem álcool... Nem café.' E então a histérica aqui¬ começou a rir... Agradeci, peguei suas receitinhas e saí¬ rindo, rindo.... Me dobrando de tanto rir! No carro comecei a falar sozinha... Tudo o que deveria ter dito e não disse: 'Trabalho muito, doutor,... muitas noites vou dormir às 2h, escrevendo e lendo. Bebo e fumo. Tomo café. Saio pelas noites de boemia com os amigos e seus violões para as serenatas de lua cheia... E que noites!!!! Adoro os saltos, principalmente nas sandálias fininhas. Impossível a meia elástica (argh!!). Calcinhas de algodão? E folgadas??? Adoro as justinhas e rendadas... E não abandono meu jeans nem sob ameaça de morte!!! É meu melhor amigo!!!! Dormir lambuzada? Neste calor? E minhas duchas frias com sabonete Natura para ficar fresquinha como um bebê, cada noite? E nada de praia??? O senhor está louco é??? Endoideceu foi??? Moro em Caraguatatuba, com esse mar e tudo...E tenho só 60 anos.... Meia vida inteira pela frente!!! (será que chego aos 120 ???) Doutor Filistreco, na minha idade não vou viver como se tivesse feito trinta anos em um!!! Até um dia desses tinha 59... E agora em vez de 60 estou fazendo 90??? Inclua aí na sua lista de remédios... para as de 60 a 90, MEIA LUZ... Acho que é só disso que eu preciso. Um bom abajur com uma luz de 15wts...E um namorado que use óculos... É isso... só isso!!! Entendeu????' Parei no sinal e olhei de lado... e um cara de uns 25 anos piscou o olhou para mim. Ah... e ele nem usava óculos! Nunca fiz o que me recomendou o filistreco ... Minhas olheiras são parte de meu charme.. E valem o que faço pelas noites a dentro... Ah!!! se valem!  As bolinhas da bunda desapareceram com uma solução caseira de vitamina A, que quase todas as mulheres usavam e eu não sabia, até que contei minha historinha do 'bruxo mau'. Os sinaizinhos estão aqui... sem grandes alardes... e até que já acho bonitinho. O espelho é muito menor... o outro, eu dei a minha filha. E meu namorado diz que estou cada dia mais linda! Principalmente quando estou de saltos e rendas, disposta a encarar uma noite de vinhos e música. É claro que ele usa óculos. Mas quando quero ficar fatal, tiro os seus óculos... e acendo o abajur. No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é, e outras, que vão te odiar pelo mesmo motivo. Acostume-se....' O melhor ‘ISTA’ é ser OtimISTA OBS.: Não o texto não é meu, e eu o surrupiei. Kadosh ayres, desculpe só achei lindo. Recebi via email, mas não sei porque tirando a idade, tenho 46, não fumo também o que é ótimo, pretendo viver até 92 ou quem sabe um pouquinho mais, afinal minha avó tem 97, e está ótima, detalhe teve câncer de intestino a 25 anos atrás. Mas como ia dizendo esse texto tem a minha cara e a minha b...a O que não tem remédio, remediado está, é o que diz minha avó.(créditos para mulher de peito) kadoshayres@gmail.com

AS OPÇÕES NA EDUCAÇÃO



                                                      Dirceu Ayres
O que antes imaginávamos serem regras básicas da educação, como tratar os mais velhos por senhor ou senhora, hoje virou sinônimo de intransigência, de que não seria isso que faria haver ou não o respeito para com eles.O simples fato de chamar uma pessoa assim poderia não mudar, mas muda sim, e muito. Não pelo simples senhor ou senhora, mas pelo fato disso fazer com que a criança entenda, desde cedo, que há, e precisa haver, determinada diferença, hierarquia, entre ele e seus pais, vizinhos, professores, e toda a sociedade.Para quem, como eu, sempre viveu próximo ao campo, isso é básico, pois em todo o reino animal e vegetal podemos observar certa hierarquia. Nenhuma semente nasce se coberta pela sombra de quem a gerou. Ela precisa ser movida por algum animal, ave, chuva ou vento para, longe dali, receber os raios de sol, a chuva e assim, brotar. Nenhum animal próximo do homem, como os bezerros e potros chegam perto do território de seus pais, touros e garanhões, e sabemos que nos animais selvagens ocorre o mesmo, com os leões, elefantes e todos os outros. Os leões jovens só se aproximam das fêmeas, tentando copular com estas, quando já estão em condições físicas de lutar com o adulto que as domina e derrotá-lo, assumindo seu posto. Enquanto seus pares estão no chão, colhendo bananas ou milho, um macaco fica no alto de uma árvore, observando tudo, cuidando de qualquer aproximação estranha. Como responsável pela segurança de todos, esse macaco apanha muito, de todos, se algo se aproximar do bando sem que ele veja e os avise. Na estrutura social, humana ou animal, cada um é uma peça, minúscula, mas possui seu papel no conjunto todo e, como em uma construção, uma peça mal colocada certamente enfraquecerá, diminuirá a solidez, a segurança, e pode provocar seu desmoronamento. As crianças nascidas nas últimas duas ou três décadas passaram a receber um novo tipo de educação, mais moderna como diziam seus pais, onde tudo passou a ser permitido e pouco continuou sendo cobrado. As consequências são facilmente visíveis. Notícias divulgadas quase que diariamente pela imprensa mostram crianças insultando e agredindo seus professores, brigas de verdadeiras gangues e até crimes nas escolas. Alguns professores, que tentam algum tipo de reação repreensiva com esses alunos, são responsabilizados até criminalmente pelos pais dos mesmos ou pela direção da escola. Um professor declarou que foi repreendido pela diretora da escola por chamar, diante dos colegas da sala, a atenção de um aluno por mal comportamento. Os cidadãos formados em escolas como essa jamais terão comprometimento com a sociedade, pois só possuem direitos, mas nenhuma obrigação. É o enfraquecimento, a desestruturação e certamente o desmoronamento total da estrutura social que hoje conhecemos, para dar lugar a um novo tipo que não saberia hoje explicar. Mesmo durante os horários permitidos para crianças os mais variados canais de televisão mostram cenas de sexo, uso de drogas, tráfico, violência e ultimamente, pela quantidade de vezes que mostram, parece que pretendem incentivar os relacionamentos homo-afetivos, como se isso fosse o normal. Pode ser permitido e aceito, inclusive legalmente e o homossexualismo praticado entre as mais variadas espécies animais ser até comum, mas não é o normal. O respeito, o direito e a obrigação são princípios básicos para a sobrevivência de qualquer estrutura social e, dentro desta, as opções são válidas, mas não obrigatórias e nem devem ser incentivadas. Postado por Pedro da Veiga Por ninguem nem nenhuma organização que seja as famigeradas ongs, ou qualquer que seja o nome que usa.

UM ESGOTO CHAMADO ROMERO JUCÁ. DA GASOLINA AO SHOPPING CENTER.


                                                   Dirceu Ayres

O lobista Magela (abaixo, à esq.) diz que o senador Romero Jucá (no alto, à esq.) usou seu nome para comprar carros. Acima, o shopping paço Alfândega, aberto pela família Jucá com recursos públicos obtidos por meio da Lei Rouanet. Há duas semanas, ÉPOCA acrescentou algumas linhas à extensa ficha do líder do governo – qualquer governo – no Senado, o peemedebista Romero Jucá, parlamentar pernambucano que representa Roraima e mora em Brasília. Entre as principais novidades da reportagem, constavam evidências de que o senador ganhara um apartamento de uma empreiteira, relatos de como ele recorrera a laranjas tanto para abrir empresas quanto para buscar dinheiro vivo com doleiros – e, finalmente, documentos comerciais que demonstravam o inusitado crescimento recente do patrimônio de sua família. Jucá, um espécime raro de político – que aprendeu não só a pairar acima das rivalidades ideológicas entre PT e PSDB, como a lucrar (politicamente) com elas –, não quis falar sobre o assunto. Apesar do silêncio perante a opinião pública e seus pares, Jucá tratou de desmentir, em nota, o lobista Geraldo Magela, que concedera entrevista a ÉPOCA revelando ilegalidades cometidas ao lado do senador. Jucá mantinha havia anos amizade e negócios com Magela, relação rompida somente no fim de 2009, em razão de um calote estimado por Magela em R$ 3 milhões. Diante da reação de Jucá, o lobista Magela resolveu dar nova entrevista a ÉPOCA. Ratificou o que já dissera e contou outros episódios envolvendo sua convivência com o senador. “Estou ansioso para ser chamado pelos órgãos competentes e mostrar as provas das quais disponho”, diz Magela. Magela contou que sua proximidade com Jucá era tamanha que, no segundo semestre de 1998, o senador lhe pediu que registrasse dois carros em nome da Pool Comunicações, empresa de Magela. Eram dois Peugeots 206, presentes para os filhos de Jucá. “Não posso aparecer”, disse Jucá, segundo o relato de Magela. Magela aquiesceu e repassou os dados da empresa aos assessores de Jucá. “Dias depois, recebi as notas fiscais na sede da minha empresa. Os carros foram comprados por Álvaro Jucá (irmão do senador) em São Paulo, à vista, e emplacados em Brasília”, afirma Magela. “Como em outros episódios, fui apenas laranja do senador. Não gastei um tostão.” Cerca de um ano e meio depois, Magela afirma ter passado procuração para que os filhos de Jucá vendessem os carros. Nesse período, enquanto ainda tinham uma relação de absoluta confiança, Jucá teria pedido um estranho favor a Magela: queria usar o telefone e o fax de seu escritório. “Preciso mandar um fax para a Suíça, e só posso fazer isso na sua casa ou em Roraima”, disse Jucá, de acordo com Magela. O senador valeu-se do escritório de Magela em três ocasiões, sempre com o mesmo propósito. Com quem Jucá falava na Suíça? Qual foi o teor dos documentos enviados pelo fax? Jucá não quis responder a ÉPOCA. Magela prefere não fazer ilações: “Deduzi, é claro, que se tratava de um banco. Mas não perguntei, nem ele comentou, naturalmente”. Além das negociatas relatadas por Magela, a família Jucá também tocou prósperos negócios com o setor público. Nas últimas semanas, ÉPOCA investigou uma nova história desse segundo tipo de negócio. A família Jucá obteve autorização do Ministério da Cultura para revitalizar, com R$ 3,8 milhões em recursos obtidos por meio da Lei Rouanet, uma área histórica do Recife, em Pernambuco, terra dos Jucás. Uma empresa da família Jucá levantou o dinheiro com estatais e empresas amigas. Em seguida, a mesma empresa da família Jucá repassou a maior parte dos recursos a uma empreiteira cujo dono era sócio do filho do senador – e, com o que sobrou dos investimentos, a família Jucá abriu um shopping center na área. O negócio da família Jucá começou em 2002, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, em que Jucá também foi líder. Em junho daquele ano, a Alfândega Empreendimentos, empresa oficialmente em nome de Álvaro Jucá, irmão do senador, apresentou o projeto ao Ministério da Cultura. Na documentação entregue à pasta, a que ÉPOCA teve acesso, a empresa prometia revitalizar prédio na área da Alfândega no Recife, construído no século XVIII para abrigar os padres da Ordem de São Felipe, do qual sobravam então apenas ruínas. Pouco antes, a família Jucá conseguira convencer os padres da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia a alugar o terreno. Os Jucás estimaram o projeto em R$ 27 milhões, mas o governo liberou a captação de somente R$ 3,8 milhões pela Lei Rouanet, que permite às empresas abater do Imposto de Renda valores doados a programas culturais. A iniciativa resultaria num centro de cultura, lazer, gastronomia e varejo que “privilegie a divulgação da história, cultura e da gastronomia locais”, conforme a descrição enviada ao Ministério da Cultura. O tal centro resultou no shopping Paço Alfândega, inaugurado um ano depois, em 2003. Dotado de lojas sofisticadas, o Paço nasceu destinado à elite da capital pernambucana. O shopping foi construído em nome da mesma Alfândega, de Álvaro Jucá. O estacionamento do Paço, além de duas lojas de luxo, foi registrado em nome de Rodrigo Jucá, filho do senador. Enquanto construía o shopping, a Alfândega, com a autorização do governo em mãos, buscou patrocinadores. Sete empresas se sensibilizaram: Petrobras, Banco do Brasil-DTVM, BMG, Belgo Mineira, AmBev, Souza Cruz e Siemens. Petrobras e BMG foram os maiores doadores. Boa parte das doações aconteceu após a inauguração do shopping, em 2003. O doador que parece ter confiado mais na palavra da família Jucá foi o banco BMG, que pagou R$ 700 mil à Alfândega dois anos após o término das obras, em maio de 2005, quando Romero Jucá era ministro da Previdência. O maior negócio do BMG, como se descobriu no escândalo do mensalão, era o empréstimo consignado por meio do INSS, órgão subordinado ao Ministério da Previdência. Procuradas por ÉPOCA, algumas empresas negaram quaisquer motivações ilícitas para as doações e outras não se manifestaram. Onde foi parar o dinheiro doado por essas empresas? A maior parte dos recursos acabou nas contas de duas construtoras: SAM e JAG Empreendimentos. A SAM recebeu R$ 1,8 milhão; a JAG, R$ 984 mil. O dono da SAM se chama Marco Ferraz Junior, é parente de Romero Jucá e sócio de seu filho Rodrigo Jucá numa empresa que administrava a garagem do shopping. E o que diz Ferraz Junior? Que quase não fez obras no shopping. “No Paço Alfândega, fiz apenas pequenos serviços”, afirma. Quem construiu, afinal, o shopping da família Jucá? A JAG Empreendimentos. “Fomos a principal construtora do shopping”, diz Gustavo Miranda, o dono da construtora. “A SAM não tem nada a ver com essa obra.” A família Jucá não entregou qualquer nota fiscal ao Ministério da Cultura nem foi cobrada quanto a isso até que a reportagem de ÉPOCA alertasse a pasta. Em 2009, por causa das dívidas acumuladas pelo shopping, a família vendeu a maior parte de sua participação no Paço Alfândega. Mas comprometeu-se a restaurar outro prédio na região histórica do Recife: o edifício Chanteclair. Recebeu R$ 490 mil do governo, mas o prédio continua abandonado. Enquanto o governo não cobra explicações, o senador Romero Jucá roda tranquilo por Brasília a bordo de seu Jaguar prata X-TIPE, modelo 2007. A máquina tem motor 3.0 com potência de 230 cavalos e está avaliada em R$ 100 mil. Há três multas, por excesso de velocidade, atreladas ao carro desde 2009. Elas somam pouco mais de R$ 250. Jucá não parece preocupado em pagá-las. Nem precisa. O carro está em nome da empresa A.J. Consultoria e Participações Limitada, de seu irmão Álvaro Jucá. Jucá também não se preocupa com os gastos para encher o tanque de seus carros em Roraima. Em abril, Jucá declarou ao Senado ter gastado R$ 5.521 para abastecer no Auto Posto Roma. A quem pertence o posto? Ao filho dele, Rodrigo. A família Jucá não tem misericórdia. Revista Época. Globo. com

PALOCCI MORA EM AP. ALUGADO DE UM LARANJA, DIZ REVISTA VEJA



    Dirceu  Ayres

Ministro se defende e diz que “não pode ser responsabilizado por átos do locador. O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, vive em um apartamento cujo proprietário é uma “empresa de fachada que está em nome de um laranja”, segundo publicado na edição deste sábado (4) da revista Veja. O valor do imóvel, em São Paulo, seria de R$ 4 milhões.De acordo com a reportagem, o apartamento alugado por Palocci tem 640 metros quadrados e fica no bairro Moema. O dono é a empresa Lion Franquia e Participações Ltda, que pertence formalmente a um laranja de 23 anos “que mora em um casebre de fundos na periferia de Mauá, no ABC Paulista, ganha R$ 700 por mês e teve o celular bloqueado por falta de pagamento”.O laranja, ainda segundo a revista, seria Dayvini Costa Nunes, com 99,5% da empresa, e Felipe Garcia dos Santos, com 0,5%. Felipe tem 17 anos, mas foi emancipado no ano passado.Neste sábado, a assessoria de imprensa da Casa Civil divulgou uma nota de esclarecimento na qual afirma que o ministro não pode ser responsabilizado por “atos ou antecedentes do seu locador”.Palocci e sua família, informa a nota, nunca tiveram contato com os proprietários do apartamento, “tendo sempre tratado as questões relativas ao imóvel com a imobiliária responsável indicada pelos proprietários”.A assessoria afirma que o imóvel foi alugado em 2007 por indicação da imobiliária Plaza Brasil e renovado em fevereiro do ano passado. O contrato “foi firmado em bases regulares de mercado” entre Palocci e os proprietários Gesmo Siqueira dos Santos, sua mulher, Elisabeth Costa Garcia, e a Morumbi Administradora de Imóveis.A nota esclarece ainda que revista Veja não procurou a Casa Civil para obter explicações, “motivo pelo qual estes esclarecimentos não constam da reportagem”.Veja a íntegra da nota divulgada pela assessoria de comunicação da Casa Civil: Esclarecimentos em relação a reportagem publicada pela revista Veja: 1. O imóvel em que vive a família do ministro Antonio Palocci Filho em São Paulo foi alugado em 1º de setembro de 2007 por indicação da imobiliária Plaza Brasil, contatada para este fim. 2. O contrato foi firmado em bases regulares de mercado entre Antonio Palocci Filho e os proprietários Gesmo Siqueira dos Santos, sua mulher, Elisabeth Costa Garcia, e a Morumbi Administradora de Imóveis. 3. O contrato foi renovado em 1º de fevereiro de 2010 entre Antonio Palocci Filho e a Morumbi Administradoras de Bens, sucessora da Morumbi Administradora de Imóveis. 4. Os alugueis são pagos regularmente através de depósitos bancários, dos quais o ministro dispõe de todos os comprovantes. 5. O ministro e sua família nunca tiveram contato com os proprietários, tendo sempre tratado as questões relativas ao imóvel com a imobiliária responsável indicada pelos proprietários. 6. O ministro, assim como qualquer outro locatário, não pode ser responsabilizado por atos ou antecedentes do seu locador. 7. A revista não informou o teor da reportagem ao ministro ou a sua assessoria, motivo pela qual estes esclarecimentos não constam da reportagem. Nem com jeito vai dá para entender: O min. Antonio Palocci alugou de uns “laranjas” Que trabalhavam para uma firma “laranja” que era pertencente a uma imobiliária que não existia e a renovação do aluguel já foi com a sucessora da que não existia (era laranja ou fantasma) Meu Deus só no Brasil podemos ver essas coisas.