quinta-feira, 16 de junho de 2011

ALMA COMPLEXA

         Dirceu Ayres.

Olho-a e às vezes me pergunto se quando o médico põe o paciente psicótico trancado, não estaria enganado o Médico? Que personalidade estranha. Que complexidade de caráter. Às vezes tento analisar seu estranho comportamento e... Em vão, totalmente de balde meus esforços, começo outra análise. Eu e minha imaginação, resultados surpreendentes surgem em meu cinema mental. Vejo-a esguia, séria, um pouco CASMURRA, meio indiferente e introvertida, nela existe muito de bom e muito de triste, porém nada de mau, falta MALÍCIA. Deve amar profundamente (quando ama, é claro) ou for indiferente a amores. Tem vislumbres de inteligência brilhante, e às vezes me aparece uma alma IGNARA. Mas como eu sei que até o que achamos REAL é RELATIVO, que nosso mundo não é mais do que um mundo de ilusão, sei que o que lhe convém pode não me convir, que o remédio que lhe cura, pode me matar, que pólos opostos se atraem e iguais se repelem, ficarei aguardando, talvez um dia possa, prestar-lhe uma ajuda ou pelo menos possamos conversar cara a cara, ou como diria o poeta: “Coração para Coração”, ( então eu lhe direi que nosso mundo é um colégio e devemos aceitar e procurar passar nas provas, pois, caso contrário, repetiremos o ano e talvez sem as condições que temos agora e ainda mais, que devemos suportar as amarguras dessa existência cedendo um pouco em nossas exigências e aceitando as que não podemos mudar. Aí então, se ela aceitar esta filosofia de vida saberei se ela sabe sorrir, por que sorrir sempre foi o melhor remédio e sempre curou Nostalgia, pois, se não me engano esta é sua doença. Suponho que o que precisa é de apoio moral e um ombro onde possa escorar sua cabecinha e ter com quem cantar suas alegrias e chorar suas desventuras. Sendo de um signo considerado como mais perfeito do Zodíaco (Virgem) tendo quem lhe dê algumas coordenadas, seguirá mais feliz e eu terei concluído ou chegado ao fim de mais um ROUND em minha atribulada existência. Acredito muito que as pessoas tendem a ficarem triste quando o que pretendia que acontecesse não aconteceu. Aprenda a esperar, tudo é cíclico e com certeza as coisas que queria tanto e passou sem que pudesse ter, voltará só temos que saber conduzir a situação e tratar de tirar vantagem dessa vez pois esperar por outra é muito difícil chego a pensar que é como eclipse que só aparece de tempos em tempos.

DÉ JÁ VÚ

  Dirceu Ayres



Dias atrás estava conversando com um amigo no escritório de Advocacia de um amigo, o Drº. José de Barros Lima, quando entrou um velho e querido amigo, o Antonio Lopes, e eles observaram que eu tinha conhecido e amado muitas mulheres, muitas, mesmo, até mais que outras pessoas que eles conheciam. Bem, pensei, existem as que se: Casaram por dinheiro; As que casaram por amor; As que não casaram; As que simplesmente casaram; As inteligentes. As menos inteligentes. As que descobrem que dinheiro não é tudo na vida, sentem falta de uma paixão. As que descobrem que paixão não é tudo na vida, sentem falta do dinheiro. As que não se importam com dinheiro e a paixão sente falta mesmo é de um homem. As que não entendem por que casaram. As que descobrem que ter inteligência não é tudo na vida. As que sabem exatamente onde erraram e tingem o cabelo de loiro. Vai para academia ou procura ajuda espiritual. Existem as que quando chegam aos 40 ou aos 45 anos: Abandona a ajuda espiritual e procura ajuda médica, com analistas e cirurgiões plásticos. 45 aos 50 anos: Graças aos cirurgiões sua bundinha e barriga voltaram ao normal, seus peitos ficaram melhores do que eram e explode uma paixão pelo seu analista ou um Boy bonito e bem mais novo e pimba... Apaixona-se. Após os 50 anos:   FINALMENTE SE DESCOBRE, SE ACEITA E COMEÇA A VIVER!... Mas aí vêm a osteoporose e o reumatismo e lasca tudo. Talvez eles não saibam, mas já andei procurando quase todas e quando encontro uma, ela diz: Eu sabia que você vinha me procurar!. Tento outra e ela me diz: que coincidência eu sabia que você iria me procurar!. (Repetição ou coincidência). Tento mais uma vez, encontro a criatura que dediquei mais atenção em toda minha vida e muito tempo com ela e, ela diz: Sonhei contigo e estava na esperança que me procurasse de alguma forma e vejo-o aqui agora, que felicidade!!!. Puxa vida!, Será que é isso que chamam de Déjá-vú?, Coincidência e repetição demais, só falta ir a um lugar onde nunca estive antes e sentir que já estive lá, ir a uma rua onde nunca estive e acontecer de conhecer onde ficam os melhores restaurantes, os Motéis, praça, até o caminho de casa... Putz. É assombração. Todas as mulheres tinham as mesmas respostas. Se isso é Déjá-vú, fiquem sabendo que é Déjá-vú demais para mim. Agora pense: uma mulher bonita, bem vestida, provavelmente cheirosinha, sendo assediada por vários homens. É o que toda mulher deseja, embora só aquela que é realmente sedutora consegue a atenção do Dirceu. As demais, lamentavelmente, encalham. É uma lei da natureza que foi transformada em preconceito. Os amigos que chegaram primeiro deram sorte. E foram logo agarrando a mulher que, de repente, pode fingir que está sendo subjugada. Mas também pode ser que esteja gostando. Quem sabe materializa-se o que habita no recôndito do seu cérebro, aliás, a única área inexpugnável e talvez a sede da liberdade de um indivíduo. Livre pensar, é só pensar, diria o genial Millor, indagação: afinal, o que deseja uma mulher?. Dizer que não sabe, pensa que existe, sabe que é verdade e finge que não conhece... Olha o Déjá-Vú, ISSO EXISTE. O certo é continuar amando até o dia do Juízo final.

O RESTANTE DA MINHA VIDA

  Dirceu Ayres



Tem dia que esquecemos que temos uma vida e que essa vida é só nossa. E que minha vida é minha. Que apesar de não ter pedido para nascer, eu estou aqui e minha presença no planeta redondo é legítima. Eu tenho uma vida, ela é minha de mesmo, estou vivo (ainda) e posso fazer de minha vida o que bem entender. Posso ir ou ficar, trabalhar ou dormir, ter que viver de minha minguada aposentadoria ou até não querer mais nada de aposentadoria nenhuma. Posso voltar a trabalhar e ser autônomo ou empregado. Posso ser um vegetariano, budista, Presbiteriano, espírita ou ateu, ou mesmo até não ser nada nem querer religião nenhuma, fazer o que bem entender. Porque sou uma pessoa, tenho direitos. Tenho acessos a muitas coisas, tenho e posso dar passadas. Pernas que andam e, graças ao bom Deus, um corpo que funciona em quase um perfeito estado. Posso responder perguntas, contestar colocações, debater ou posso me calar. Tenho uma cabeça que pensa e pensa muito, são meus conhecimentos do passado, presente e que agora posso repassar ou deixar recolhido. Porque os dias passam, o mês acabou e o ano 2011 está em direção ao fim, quando será chamado de o final da primeira década do século XXI. E a gente esquece que é DONO, DONO de mesmo da própria vida. E que se, amanhã, você decidir fazer um curso de aramaico, Grego, Russo ou raspar a cabeça ficar careca e começar a correr pela rua, não é da conta de ninguém. (Desde que não esteja nu) Ninguém. Nem mãe, Nem Pai (que já não os tenho), irmã, mulher, chefe, vizinho. A gente vai se apequenando, se diminuindo, se acanhando, a desculpa é que está ficando velho e, como um carneiro velho e manso, vai obedecendo, não fala o que é preciso para não magoar ou mesmo desagradar a alguém e termina obedecendo, até perder o desejo das coisas da vida. Um belo dia pode acordar prá vida e tentar até mudar, como no livro do Leonardo Boff, você que nasceu águia percebe que virou uma galinha grogue, grogue e muito obediente. Muito Burra mesmo, aquele tipo de “Maria vai com as outras”. (Galinha vai com as outras) Sem energia para contestar, e é aí que a gente vira um maluco beleza, anda plantando bananeira ficando de cabeça para baixo. Não podemos nos tornar cavalinho bobo de carrossel, um passarinho de relógio cuco que de hora em hora sai pela portinha por breves segundos e volta para seu ostracismo. É hora de viver de verdade. O bem maior é a liberdade. Tenho certeza que não contribuí para a morte de JESUS, não forneci o isqueiro para acender a fogueira que matou JOANA D’ARC. Então porque esse castigo, ou depressão?, Ora bolas. Não vou mais pensar em nada, vou esperar que a vida por sua própria vontade, conta risco ou maneira resolva essas pequenas broncas que ainda me incomoda. Já que não sei ser um cara durão. Sou uma pessoa que professa a filosofia do “ajuda teu irmão” E Não vou infernizar minha vida com esse tipo de pequenez. Que Diabos de pequena estatura que costumamos usar ou achar que temos!!. Ninguém jamais provou que temos outra vida ou uma reencarnação, vivo em um País com um povo que parece já estar combalido, debilitado e já está sem esperanças, pois Políticos nesse País só para se arranjar ou arranjar dinheiro para sua Família e sua turma. Qualquer cousa, aumento, benefício, segurança, remédio ou tudo que a população sempre vive a precisar, dependendo de políticos... Esqueça. Viva a sua vida do jeito que for possível e curta em tudo que puder. Procure ficar dentro dos limites e não adoecer ou precisar dos Governos ou dos políticos, aí você se ferra. Nunca darão ajuda a quem é honesto, mas não pertence a um partido político. Você vale os votos que pode arrumar. Arranje uma boa garota e vá viver a vida como ainda puder. A morte nos espreita.


PORQUE NÃO TEM ONGS NO NORDESTE SECO??

 Dirceu Ayres

Você consegue entender isso?. Vítimas da seca Quantos? 10 milhões Sujeitos à fome? Sim Passam sede? Sim Subnutrição? Sim ONGs estrangeiras ajudando: Nenhuma Índios da Amazônia Quantos? 230 mil Sujeitos à fome? Não  Passam sede? Não Subnutrição? Não ONGs estrangeiras ajudando: 350 Provável explicação: A Amazônia tem ouro, nióbio, petróleo, as maiores jazidas de manganês e ferro do mundo, diamante, esmeraldas, rubis, cobre, zinco, prata, a maior biodiversidade do planeta (o que pode gerar grandes lucros aos laboratórios estrangeiros) e outras inúmeras riquezas que somam 14 trilhões de dólares. O nordeste não tem tanta riqueza, por isso lá não há ONGs estrangeiras ajudando os famintos. Tente entender: Há mais ONGs estrangeiras indigenistas e ambientalistas na Amazônia brasileira do que em todo o continente africano, que sofre com a fome, a sede, as guerras civis, as epidemias de AIDS e Ebola, os massacres e as minas terrestres. Agora, uma pergunta: Você não acha isso, no mínimo, muito suspeito? É uma reflexão interessante. Vindo dos Pampas. O que podemos observar é que é da Amazônia que: A medicina popular ou rústica é a utilização pelo povo de drogas, substâncias, gestos ou palavras para obter mais saúde para as pessoas. Não é apenas uma coleção de plantas medicinais, usadas para prevenir e curar doenças. Há também o seu lado mágico, suas ações e orações que o povo utiliza na cura dos seus males físicos e mentais. A sua origem pode ter sido a observação. Vendo o teju lutar com uma cobra venenosa e, ao ser picado por ela, parar a luta e comer um pedaço de batata de cabeça de negro como antídoto ou vendo o cachorro comer capim para curar suas dores de barriga, o homem primitivo descobriu que certas plantas curam alguns males. O uso de remédios feitos com flores, frutos, folhas, raízes e tubérculos de determinadas plantas é tão antigo quanto os primórdios da história da humanidade. Asiáticos, europeus, africanos, americanos e australianos sempre buscaram e continuam encontrando nas plantas alívio ou cura para os seus males. Os laboratórios farmacêuticos só começaram a se desenvolver no início do século XX. Nas décadas de 1920 e 1930, os remédios eram preparados de forma artesanal - ou aviados, como se dizia na época nas boticas ou farmácias. No Brasil, ela é o resultado de uma série de aculturações de técnicas utilizadas pelo português, pelo indígena e pelo negro. A contribuição do pajé ameríndio, do feiticeiro negro e do bruxo europeu foi de tal maneira misturada que hoje seria difícil distinguir o que é puramente indígena, negro ou branco. Existem várias formas de medicina popular: a fitoterapia, a medicina mágica, a medicina mística ou religiosa, a medicina escatológica ou excretoterapia. A fitoterapia é a que utiliza as plantas medicinais, através de chás, lambedouros, garrafadas, ungüentos, purgantes, emplastros, remédios populares que são chamados de meizinhas na região Nordeste do Brasil. Algumas das meizinhas mais comuns são: folha de pimenta, em forma de emplastro, para picada de marimbondo; chá da folha do abacateiro, para problemas renais; sumo de malva com mel, para tosse; água de arroz adocicada ou chá da folha de pitomba, para hemorragias; sumo de arruda, para convulsões. É uma herança que os índios nos deixaram e uma das mais antigas formas de tratamento de doenças. Os africanos também trouxeram suas ervas nativas que se mesclaram com especiarias do Oriente. Os portugueses disciplinaram o seu uso e investigaram com mais profundidade as propriedades terapêuticas de cada planta, cabendo aos jesuítas as suas anotações, o que fez com que fossem difundidas pela Europa e o mundo científico, as propriedades terapêuticas, por exemplo, do quinino, da ipecacuanha e do curare. A medicina mágica procura curar o que de estranho foi colocado pelo sobrenatural no doente ou extirpar o mal que o faz sofrer. Está muito vinculada aos ritos afro-brasileiros e indígenas, especialmente os de macumba, candomblé ou umbanda e dos catimbós. Baseia-se também em tabus alimentares ou de conduta. Os índios nos transmitiram os preceitos mágicos da cura pela defumação; dos negros malés, vindos da Nigéria, assimilamos os conceitos do mágico e dos demônios como causadores de doenças. As técnicas empregadas na medicina mágica são as benzeduras, conjunto de rezas, gestos ou palavras ditas por pessoas especializadas como o curador, rezador ou benzedor; as simpatias, uma forma de benzedura, mas que podem ser executadas por qualquer pessoa; os patuás, amuletos, santinhos e talismãs, elementos materiais capazes de prevenir e evitar doenças e perigos, entre outros. A medicina mística ou religiosa usa a religião como força mágica da cura. Faz-se uma adivinhação simbólica para saber qual é a divindade ofendida, pela quebra de um tabu ou desobediência de uma determinação divina e, através de ritos, busca-se homenageá-la, como por exemplo, é feito no candomblé. Na devoção popular alguns santos da religião católica romana são invocados como especialistas em um ramo da medicina. Umas orações visam à proteção das pessoas, outras, a cura das doenças: São Sebastião cura feridas; São Roque cura e evita pestes; São Lourenço dor de dentes; São Brás protege das enfermidades da garganta e salva de engasgos; rezas para São Bento protegem contra mordidas de cobras, insetos venenosos e cães hidrófobos; Santa Luzia as doenças dos olhos; Santa Ágata os pulmões e vias respiratórias; São Lázaro a lepra e as feridas sérias; São Miguel os tumores malignos e benignos; Nossa Senhora do Bom Parto a gestação e o parto. A chamada medicina escatológica ou excretoterapia utiliza como método terapêutico substâncias ou ações repugnantes ou anti-higiênicas, como fezes, urina, saliva, cera de ouvido. Estas práticas muito antigas, já eram utilizadas pelos egípcios. No Brasil, especialmente na região Nordeste, algumas fórmulas da excretoterapia ainda são muito comuns, como o uso de saúva torrada com café para crises de asma; chá de fezes de cachorro embranquecidas pelo sol, contra o sarampo; estrume úmido, friccionado na pele, para curar frieira; urina de vaca adicionada ao leite para tratar a coqueluche; a saliva logo ao se levantar, antes de falar qualquer palavra, serve para curar ferida. A medicina popular nunca deixou de existir no Brasil, principalmente do Nordeste, onde continua sendo largamente usada tanto no litoral como no agreste e no sertão, especialmente pela população de baixa renda, que não dispõe de recursos para comprar produtos farmacêuticos.