terça-feira, 19 de julho de 2011

CLASSE MÉDIA BRASILEIRA É ESCRAVA DO "ALTO PADRÃO" DOS SUPÉRFLUOS.

  Dirceu Ayres

No ano passado, meus pais (profissionais ultra-bem-sucedidos que decidiram reduzir o ritmo em tempo de aproveitar a vida com alegria e saúde) tomaram uma decisão surpreendente para um casal – muito enxuto, diga-se – de mais de 60 anos: alugaram o apartamento em um bairro nobre de São Paulo a um parente, enfiaram algumas peças de roupa na mala e embarcaram para Barcelona, onde meu irmão e eu moramos, para uma espécie de ano sabático.Aqui na capital catalã, os dois alugaram um apartamento agradabilíssimo no bairro modernista do Eixample (mas com um terço do tamanho e um vigésimo do conforto do de São Paulo), com direito a limpeza de apenas algumas horas, uma vez por semana. Como nunca cozinharam para si mesmos, saíam todos os dias para almoçar e/ou jantar. Com tempo de sobra, devoraram o calendário cultural da cidade: shows, peças de teatro, cinema e ópera quase diariamente. Também viajaram um pouco pela Espanha e a Europa. E tudo isso, muitas vezes, na companhia de filhos, genro, nora e amigos, a quem proporcionaram incontáveis jantares regados a vinhos. Com o passar de alguns meses, meus pais fizeram uma constatação que beirava o inacreditável: estavam gastando muito menos mensalmente para viver aqui do que gastavam no Brasil. Sendo que em São Paulo saíam para comer fora ou para algum programa cultural só de vez em quando (por causa do trânsito, dos problemas de segurança, etc), moravam em apartamento próprio e quase nunca viajavam. Milagre? Não. O que acontece é que, ao contrário do que fazem a maioria dos pais, eles resolveram experimentar o modelo de vida dos filhos em benefício próprio. “Quero uma vida mais simples como a sua”, me disse um dia a minha mãe. Isso, nesse caso, significou deixar de lado o altíssimo padrão de vida de classe média alta paulistana para adotar, como “estagiários”, o padrão de vida – mais austero e justo – da classe média europeia, da qual eu e meu irmão fazemos parte hoje em dia (eu há dez anos e ele, quatro). O dinheiro que “sobrou” aplicaram em coisas prazerosas e gratificantes. Do outro lado do Atlântico, a coisa é bem diferente. A classe média europeia não está acostumada com a moleza. Toda pessoa normal que se preze esfria a barriga no tanque e a esquenta no fogão, caminha até a padaria para comprar o seu próprio pão e enche o tanque de gasolina com as próprias mãos. É o preço que se paga por conviver com algo totalmente desconhecido no nosso país: a ausência do absurdo abismo social e, portanto, da mão de obra barata e disponível para qualquer necessidade do dia a dia. Traduzindo essa teoria na experiência vivida por meus pais, eles reaprenderam (uma vez que nenhum deles vem de família rica, muito pelo contrário) a dar uma limpada na casa nos intervalos do dia da faxina, a usar o transporte público e as próprias pernas, a lavar a própria roupa, a não ter carro (e manobrista, e garagem, e seguro), enfim, a levar uma vida mais “sustentável”. Não doeu nada. Uma vez de volta ao Brasil, eles simplificaram a estrutura que os cercava, cortaram uma lista enorme de itens supérfluos, reduziram assim os custos fixos e, mais leves, tornaram-se mais portáteis (este ano, por exemplo, passaram mais três meses por aqui, num apê ainda mais simples). Por que estou contando isso a vocês? Porque o resultado desse experimento quase científico feito pelos pais é a prova concreta de uma teoria que defendo em muitas conversas com amigos brasileiros: o nababesco padrão de vida almejado por parte da classe média alta brasileira (que um europeu relutaria em adotar até por uma questão de princípios) acaba gerando stress, amarras e muita complicação como efeitos colaterais. E isso sem falar na questão moral e social da coisa. Babás, empregadas, carro extra em São Paulo para o dia do rodízio (essa é de lascar!), casa na praia, móveis caríssimos e roupas de marca podem ser o sonho de qualquer um, claro (não é o meu, mas quem sou eu para discutir?). Só que, mesmo em quem se delicia com essas coisas, a obrigação auto-imposta de manter tudo isso – e administrar essa estrutura que acaba se tornando cada vez maior e complexa – acaba fazendo com que o conforto se transforme em escravidão sem que a “vítima” se dê conta disso. E tem muita gente que aceita qualquer contingência num emprego malfadado, apenas para não perder as mordomias da vida. Alguns amigos paulistanos não se conformam com a quantidade de viagens que faço por ano (no último ano foram quatro meses – graças também, é claro, à minha vida de freelancer). “Você está milionária?”, me perguntam eles, que têm sofás (em L, óbvio) comprados na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, TV LED último modelo e o carro do ano (enquanto mal têm tempo de usufruir tudo isso, de tanto que ralam para manter o padrão). É muito mais simples do que parece. Limpo o meu próprio banheiro, não estou nem aí para roupas de marca e tenho algumas manchas no meu sofá baratex. Antes isso do que a escravidão de um padrão de vida que não traz felicidade. Ou, pelo menos, não a minha. Essa foi a maior lição que aprendi com os europeus — que viajam mais do que ninguém, são mestres na arte do savoir vivre e sabem muito bem como pilotar um fogão e uma vassoura. P.S.: Não estou pregando a morte das empregadas domésticas – que precisam do emprego no Brasil –, a queima dos sofás em L e nem achando que o “modelo frugal europeu” funciona para todo mundo como receita de felicidade. Antes que alguém me acuse de tomar o comportamento de uma parcela da classe média alta paulistana como uma generalização sobre a sociedade brasileira, digo logo que, sim, esse texto se aplica ao pé da letra para um público bem específico. Também entendo perfeitamente que a vida não é tão “boa” para todos no Brasil, e que o “problema” que levanto aqui pode até soar ridículo para alguns – por ser menor.Minha intenção, com esse texto, é apenas tentar mostrar que a vida sempre pode ser menos complicada e mais racional do que imaginam as elites mal-acostumadas no Brasil. Adriana Setti

VC. ACHA QUE VINÁGRE SÓ SERVE PARA SALADA?, CONHEÇA MAIS DESTE INGREDIENTE MARAVILHOSO

    Dirceu Ayres

Publicado março 11, 2009 r Dicas 63 Comentários Etiquetas: saúde, manchas, vinagre, beleza, cabelos, maça, acida, acne, alcalina, asma, cálcio, cebola, circulação, coceira, derrames, enfartos, enzimas, esmalte, ferro de passar, fortuna, organismo, pectina, ph, pos-barba, pressão arterial, rosto, sais minerais, sangue, unhas Quem pensa que vinagre serve só para temperar salada, engana-se, pois esta solução maravilhosa pode também esterilizar, amaciar e neutralizar odores. Além dar sabor aos alimentos, o ácido acético tem funções que podem facilitar o dia-a-dia e diminuir os gastos no orçamento doméstico. A maçã e o vinho continuam sendo os ingredientes básicos mais populares. Quase todos os produtos com fermentação alcoólica podem ser aproveitados para fabricar o vinagre. A pectina, um de seus principais componentes, é uma fibra solúvel que, além de facilitar a digestão das gorduras e proteínas, ajuda a regular a absorção dos açúcares, diminuindo a sensação de fome e o armazenamento de gorduras. Ao melhorar a eficiência do metabolismo, o vinagre de maçã faz com que o organismo queime calorias de um modo mais eficiente. Além disso, esse fabuloso suplemento contém dezenas de vitaminas, minerais, aminoácidos, enzimas e outros nutrientes importantes para a saúde. É regulador do peso, ajuda o fígado a promover a desintoxicação do organismo e contribui para ajudar a digerir alimentos ricos em gordura. Grande parte do acúmulo de gordura no organismo é resultado do metabolismo eliminando o excesso de gordura que se acumula no corpo. O vinagre também é capaz de melhorar o colesterol e o funcionamento intestinal. Estas fibras absorvem água, contribuindo para melhorar o funcionamento dos intestinos, agregando também gordura de inúmeros males, entre os quais se destacam: gripe, tosse, resfriado, infecções de pele, má digestão, hipertensão, fadiga, enxaqueca, má circulação, labirintite, reumatismo, entre outras (fonte-www.severomoreira.net). Além de ser um importante aliado no combate às doenças, esse poderoso anti-séptico, o vinagre, evita a formação de mofo e refresca o ambiente, matando as bactérias. Faça uso do vinagre em seu cotidiano Na casa: (principalmente se você reside em local com muita umidade.) Mantenha um vaporizador (desse, do tipo usado para plantas) cheio, com mistura de água e vinagre (aproveite embalagens de outros produtos que não sejam tóxicos). Aliás, mantenha vários vaporizadores com misturas mais fortes e outras mais fracas, para usos que requeiram mais ou menos vinagre. Ambientes recém-pintados: Molhe panos de chão com água e vinagre e deixe no local para cortar os odores da tinta. Seus pincéis: Lave-os como de costume e depois enxágüe com mistura e água com vinagre. Rodapés, piso de madeira e banheiros: Onde houver madeira e você notar que está apresentando “bolor”, limpe com água e vinagre usando um pano úmido após retirar a poeira. Vaso sanitário: Para que ele fique impecavelmente esterilizado, ponha dentro do vaso meio copo de bicarbonato de sódio e meio de vinagre; 10 minutos mais tarde ponha água fervendo e deixe. Ferro de passar à vapor: Limpe com água misturada com um pouco de vinagre e em seguida proceda a limpeza fazendo evaporar a água conforme as instruções do fabricante. Aquecedor para mamadeiras: O mesmo procedimento. Tapetes: Com uma escova, água e vinagre (as cores ficam mais vivas além da proteção bactericida). Combate as larvas do Aedes Aegypti, mosquito causador da dengue: Duas colheres de sopa de vinagre diluídas no recipiente que contém água com as larvas do mosquito da dengue são suficientes para eliminá-las. Na cozinha Micro-ondas: Ferva durante cinco minutos, um copo de vidro com água misturada a ¼ de vinagre. Os odores serão eliminados e os resíduos dos alimentos podem ser facilmente removidos. Panelas: Ele ajuda a retirar as manchas deixadas pela fervura e feijão (principalmente nas panelas de pressão). Geladeira: Retira os odores. Você pode deixar um chumaço de algodão embebido em vinagre dentro da geladeira. Máquina de lavar louças: Na última água de enxágüe ponha vinagre dentro da água (o vinagre corta o efeito do sabão e desinfeta as louças. Lixeirinha: Mantenha o saco plástico vaporizado com vinagre. Roupas Máquina de lavar roupas: Faça o mesmo procedimento usado para a máquina de lavar louças.Travesseiros e colchões: Vaporize com mistura de água e vinagre. Se houver possibilidade, leve ao sol. Cortando o efeito de urina no colchão: Para o colchão use o mesmo procedimento utilizado no colchão, deixe um jornal ou toalhas absorventes sobre o local molhado. Logo após, aplicar a mistura de vinagre e aguardar umas horas para secar com ferro de passar. Urina nas roupas: Retirar a urina com água lavando normalmente e em seguida deixar no molho com água e vinagre e enxaguar. Urina de animais domésticos: Secar o local com um jornal, passar um pano úmido e depois vaporizar a mistura de vinagre com água em proporção mais forte para o vinagre. Utiliza uma quantidade superior de vinagre para urina de gatos. Assaduras provocadas por urina: Lavar o local afetado e depois aplicar uma mistura bem fraca de água com vinagre. Lembre-se que deverá ser fraca para não agredir e provocar dor devido a sensibilidade da assadura. Outros Doentes e idosos no leito: Higiene de pessoas acamadas por longo tempo também devem seguir os mesmos procedimentos. Seus filhos, mesmo que já sejam relativamente crescidos mas que sejam sintomáticos: Ao urinar na cama tome as mesmas providências e nunca os repreenda por isso. Use vinagre e procure a ajuda de um psicólogo para acompanhamento. Beleza Pele: Se você sofre de afecções, brotoejas, espinhas ou acne, diariamente, após a higiene da manhã, enxágüe o rosto com uma mistura de vinagre com água morna. Antes de deitar faça a mesma coisa. Cabelos 1: Se não forem secos, enxágüe com a mesma mistura usada para o rosto na medida de meio copo de vinagre de cidra misturado a dois copos de água morna. Eles ficarão brilhantes e saudáveis. Cabelos 2: Se você fez Permanente e seu cabelo ficaram cacheados mais do que você desejava, faça uso da mesma receita utilizada em Cabelos 1. Queimaduras de Sol: Para aliviar a sensação de queimadura após a exposição ao sol, recomenda-se um banho com água morna contendo um copo de vinagre de maçã. Higiene bucal Dentes e mucosa bucal: Misture em um copo de água morna, três colheres de sopa de vinagre de maçã. Após escovar os dentes faça um bochecho com a mistura. Se você é do tipo super-limpeza, ainda pode misturar à água com vinagre, um pouco de lisoform líquido na máquina de lavar roupas, na limpeza dos banheiros e da casa, em lixeiras, urina de animais, cabelos ( se não houver ferimentos no couro cabeludo e muito cuidado com os olhos), no piso e balcão da cozinha. Ou ainda misturar lisoform ao álcool e vaporizar as cortinas, tapetes, colchões, travesseiros. Atenção: não usar em locais com ferimentos nem na pele de crianças e bebês.

CARONTE, VIROU UM AUTÊNTICO PETISTA

   Dirceu Ayres

Quando foi diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) do Rio Grande do Sul, o atual diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Hideraldo Caron, teve as contas consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado por três anos seguidos, de 1999 a 2001. Desde o julgamento das contas, ocorrido entre 2004 e 2005, ele luta na Justiça para se livrar de multas e ressarcimentos impostos pelo órgão, num total de R$ 255 mil. O processo de tomada de contas de 1999 apontou, entre outras falhas, divergência entre o valor contábil da dívida e seu montante efetivo; ausência de informações quanto ao valor dos processos trabalhistas em fase final; servidores em atividades distintas dos cargos ocupados, e prorrogação de contrato extinto. Além de emitir advertência pedindo a correção das falhas, o órgão aplicou multa de R$ 1,5 mil e condenou o administrador a repor R$ 261,16 aos cofres públicos pelo pagamento a maior que teria feito de diárias. Em 2000, o TCE impôs a Caron outra multa de R$ 1,5 mil e a cobrança de R$ 226,4 mil por falhas que identificou como "pagamento excessivo de locação de veículos, pagamento a maior de diárias, concessão de aumento a servidores em porcentual indevido e não aplicação de multa contratual prevista", entre outras. Em 2001, o órgão aplicou mais uma multa de R$ 1,5 mil e fixou débito de R$ 23,9 mil ao diretor do Daer. Algumas irregularidades apontadas indicaram pagamentos indevidos a dois diretores que acumularam remuneração dos cargos de origem com os vencimentos básicos de dirigentes, ausência de contabilização de dívidas relativas a precatórios e deterioração precoce de trechos da rodovia RS 425. A reportagem do Estado pediu explicações a Caron pela assessoria de imprensa do Dnit, mas não obteve resposta até o fechamento da edição. O ex-diretor-geral do Daer pagou parte das multas e levou o restante da discussão à Justiça estadual, onde os processos ainda não foram concluídos. (Do Estadão) Meu comentário: Que bom que esse (caron) fosse na realidade o caronte. Presente na mitologia grega, Caronte, o barqueiro da morte, foi o personagem principal da apresentação da escola. A bordo de sua barca negra... Pois de suas desonestidades deveria guardar uma moeda em baixo da língua (sublingual) para caronte poder atravessá-lo para o outro lado. Ora, Claudemir Pereira que o PT colocou nome de Caron que em verdade deveria ser caronte, barqueiro da morte, foi para o DNIT tão somente para aumentar a confusão.

UM PESO PESADO NO MINISTÉRIO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS.

    Dirceu Ayres

O nome da empresária Luiza Trajano, proprietária da rede de lojas Magazine Luiza, é cogitado pela presidente Dilma Rousseff para assumir a futura Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Ligada diretamente à Presidência da República, a secretaria tem status de ministério e sua criação ainda depende de aprovação de projeto de lei encaminhado ao Congresso em março. O nome de Trajano foi citado pela própria presidente após solenidade recente no Planalto, na qual a empresária esteve presente. Em conversa com assessores, Dilma comentou que ela seria "um bom nome" para a pasta, que, além de micro e pequena empresas, deve cuidar de economia solidária. Segundo a Folha apurou, ainda não houve um convite à empresária, só uma avaliação de Dilma em reunião com sua equipe indicando que ela vai analisar o nome para a secretaria, criado inicialmente para atender uma conveniência política. Dilma queria nomear para o posto o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), abrindo vaga para que seu suplente, o então presidente do PT, José Eduardo Dutra, assumisse a vaga no Senado. Só que o senador não aceitou a pasta, e Dutra acabaram ficando, na época, na presidência do PT. A manobra era uma forma de recompensar o petista, que foi um dos coordenadores da campanha de Dilma à Presidência. A estrutura do ministério não agradou aos setores que cuidam de economia solidária, atualmente vinculada ao Ministério do Trabalho. A alegação é que há diferenças entre os setores da micro e pequena empresa e o da economia solidária. O primeiro lida com trabalho assalariado e visa ao lucro, o segundo usa o trabalho associativo e cooperativo, em que todos dividem os lucros. Meu comentário: Procurar na administração partícula e no meio dos comerciantes bem sucedidos um administrador honesto, no meio Político isso está muito difícil. Vamos aos empresários autonamos.

ESTUDO RELACIONA CARNES CURADAS E DOENÇAS PULMONARES

     Dirceu Ayres

Se você estava a procura de uma boa razão para melhorar seus hábitos alimentares, certamente já encontrou uma: pesquisas recentes demonstraram uma possível relação entre dietas alimentares fartas em carnes curadas - como salsichas e bacon, entre outras - e a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). Dr. Rui Jiang, pesquisador da Columbia University Medical Center, Nova Iorque, conduziu o estudo que examinou a dieta e função pulmonar de 7.352 pessoas com uma média de 64,5 anos de idade. O autor da pesquisa encontrou uma relação estatística entre as pessoas que comiam 14 ou mais porções de carnes curadas em suas refeições e a indicência de DPOC. Essa relação se manteve verossímil mesmo depois de serem confrontadas outras variáveis, como idade, tabagismo e a quantidade de frutas e vegetais nas dietas das pessoas. Afirma Jiang: “Pessoas que comem um número de 14 ou mais porções de carnes curadas mensalmente possuem cerca de 80% mais chances de adquirir DPOC do que aquelas pessoas que não mantém esse consumo.” Veja a notícia completa no site healthcentral.com (em inglês). A referência oficial do estudo está no site da American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine (em inglês). O que é BODE? BODE é um índice que avalia as condições de saúde do paciente de DPOC. Ele é composto de quatro itens importantes: B – medido pelo índice de massa corpórea ou “body mass in-dex” (relação peso/altura); O – obstrução, medido pelo VEF1 ( volume expiratório forçado no primeiro segundo); D – medido pelo grau de dispnéia; E – exercício, avaliado pelo teste da caminhada dos 6 minutos. Pessoas portadoras de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) representam um grupo heterogêneo de pacientes. Apesar de partilharem de sintomas clínicos e achados de exames semelhantes, nem sempre se beneficiam dos mesmos medicamentos ou responderão a eles da mesma maneira. Também não é possível predizer se viverão igual número de anos após o diagnóstico. Um fumante ou ex-fumante passa a ter o diagnóstico de DPOC, seja na forma de enfisema, bronquite crônica ou ambos, quando realiza um exame de função pulmonar e esta se encontra diminuída. Entretanto já se sabe que a fumaça do cigarro, principal causa da DPOC, agride todo o organismo. Assim, para uma boa avaliação da condição de saúde do portador de DPOC, muitos pesquisadores têm preconizado índices compostos que avaliam sintomas e sinais em conjunto. Um destes, conhecido em inglês pela sigla BODE, leva em consideração além da função pulmonar medida pela espirometria, a relação peso/altura (índice de massa corpórea), o grau de falta de ar (conhecido como dispnéia) e a distância caminhada durante seis minutos (medida em teste padronizado). Este índice composto mostrou uma boa correlação com a sobrevida dos portadores de DPOC. Significa dizer que quanto pior a função pulmonar, maior a falta de ar, menor a massa corpórea e menor à distância percorrida, mais grave é a DPOC. Por tudo isto é importante que haja diagnóstico e tratamento precoces, evitando assim a progressão da doença