quarta-feira, 27 de julho de 2011

A SOCIEDADE ESTÁ COMPRADA PELO PT.

   Dirceu Ayres                 

Muita gente me pergunta por que, diante de tantos descalabros oficiais – desde o início da era Lula, e agora no governo Dilma, com a corrupção sugando as entranhas do País – a sociedade como um todo não se manifesta. Não há mobilizações ou protestos e tudo segue como se houvesse um estado de normalidade e não um assalto aos cofres públicos, de forma desavergonhada. As respostas não agradam aos partidários dos governos Lula/Dilma, que se defendem alegando que corrupção sempre houve, mas que agora os fatos vêm à tona, e que o País melhorou etc e tal. Devemos então, por eles, nos conformar com o mal – e não buscar soluções que evitem que isso aconteça. E, verdade seja dita, para quem acompanha a vida nacional há quarenta anos, desde os tempos do regime militar fechado, nunca o abuso e a impunidade foram tão escancarados. A grande verdade é que o PT e seus aliados, acolitados na máquina pública, compraram o silêncio da sociedade, com a distribuição farta e generosa de verbas públicas, de modo a transformar os antigos apoiadores de manifestações oposicionistas, hoje no governo, em silentes consentidores da forma de ação praticada no exercício do poder – até como forma também de perpetuá-lo.Antigos companheiros do PT, em movimentos que repercutiam nas ruas sua oposição ao então governo, hoje estão quietos nos cantos, contando a verba pública recebida, que financia seus projetos pessoais, políticos, grupais, de dominação e manutenção do domínio que exercem sobre a sociedade. A mídia em geral nunca recebeu tanta verba de propaganda oficial. Desapareceu o clamor, pela imprensa, contra o que de errado existe. Alguns veículos tradicionais ou de linha definida, que não dependem da verba pública, resistem – tentando mostrar o tamanho do rombo que se pratica no erário. Mas fica tudo por isso mesmo, pela falta de uma repercussão que mobilize a sociedade. Movimentos estudantis, ONGs, entidades, veículos de comunicação, partidos, a sociedade como um todo, enfim (claro que com exceções), está anestesiada pela verba pública derramada como favores de amigos, sem nenhum constrangimento, enriquecendo companheiros desonrados e políticos desonestos. Uma sugestão: já que ainda deve existir muita gente de bem, honesta, nesses organismos citados, inclusive na OAB, que tal se propugnar por uma mudança na legislação, controlada pelos maus, no sentido de criar rito sumaríssimo para punição pelo STF dos políticos corruptos que ali devem ser julgados? (forma criada pelos interesses escusos de prejudicar o enquadramento dos desonestos). Penas mais duras, com aplicação imediata, diminuição de recursos, demissões sumárias, mandatos cassados, sem fugas. Há uma série de pequenas mudanças que se tornariam grandes, se levadas a efeitos. A questão é: quem vai levá-las adiante, se está tudo dominado? O Congresso Nacional, os partidos políticos, os escalões inferiores do Executivo ( para ser educado) tudo está infiltrado, dominado. O Judiciário... Prefiro não comentar. Vamos lá, patrulhas dos privilegiados encastelados, faturando, que tomaram o lugar dos que antes combatiam, e aperfeiçoaram os métodos de corrupção e ausência de punição: esbravejem. Vociferem. Ataquem em defesa do indefensável. Texto de Paulo Saab, jornalista e escritor, no dcomercio.com Postado por BLOG DO MARIO FORTE
VISITE: http://www.kadoshacacia.blogspot.com/

Marinismo e ONGs a soldo do agronegócio internacional transformam Brasil em réu ambiental.

  Dirceu Ayres

Artigo intitulado "De quintal à reserva legal", publicado por KÁTIA ABREU, 49, senadora e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil),na Folha de São Paulo "Houve um tempo em que os Estados Unidos se referiam ao Brasil, em tom jocoso, como "o nosso quintal", dito que aqui acatávamos como fatalismo humilhante. Os tempos mudaram, o Brasil prosperou, não obstante exibir ainda imenso contencioso de problemas. Mas já não é quintal. No setor agrícola, por exemplo, o Brasil passou, a partir de meados da década dos anos 1970, de importador de alimentos à auto-suficiência. Duas décadas depois, já disputava na linha de frente o mercado mundial como exportador. Está hoje entre os três maiores exportadores mundiais, com potencial para superar os outros dois. Nessa condição, deparou-se com outro tipo de pressão. Tornou-se réu ambiental. Embora toda a revolução agrícola aqui processada, graças ao uso intensivo de tecnologia, tenha ocorrido praticamente sem expandir a área de plantio -a ocupação produtiva cresceu, em meio século, apenas 5%, de 23% para 28%-, o país está na lista negra das ONGs (organizações não governamentais) ambientais -a maioria estrangeiras. É acusado de predador ambiental, não obstante, nesse período, a área preservada dentro das propriedades tenha aumentado 68,5%, já que nelas passou a ser exigido um percentual de vegetação nativa. Hoje, o Brasil é o único grande produtor de alimentos a ter 61% de seu território intocado.Não há nada semelhante no planeta, e os produtores brasileiros jamais postularam a redução dessa área de vegetação nativa, que, na Europa, é de -pasmem- 0,2% e nos Estados Unidos, de 23%, para citar apenas as duas regiões que sediam as ONGs que mais veemente pressão política e moral exercem sobre nossa produção rural. O termo "reserva legal", que consta do Código Florestal, só existe aqui. É uma jabuticaba jurídica, que não agrega nenhuma função ambiental. Foi-nos imposta por essas ONGs, que não se mostram tão Indignadas com a degradação ambiental em seus próprios países. Se "reserva legal" fosse unanimidade, não existiria só no Brasil. O que está em pauta é uma guerra pelo mercado de alimentos, em que o ambiente é mero pretexto. Alguns nela embarcam de boa-fé, por inocência e desinformação; outros, de má-fé mesmo. Duvidam? Pois leiam o relatório "Farms here, Forest there" ("Fazendas aqui, florestas lá"), da Shari Fem, David Gardiner & Associados, publicado em dezembro do ano passado. Já no título, diz-se o que se pretende: que o Brasil arque sozinho com o ônus ambiental, enquanto os Estados Unidos cuidam da produção de madeira e de alimentos. O documento, disponível no site da ONG Union of Concerned Scientists, faz minucioso estudo sobre os ganhos dos setores agropecuário e madeireiro norte-americanos, se obtiverem o que o relatório propõe: produção, aqui (Estados Unidos); preservação, lá (florestas tropicais -Brasil). Vejam este trecho do relatório: "A agricultura dos Estados Unidos e as indústrias de produtos florestais podem se beneficiar financeiramente com a conservação das florestas tropicais por meio de políticas climáticas, (...), que poderiam aumentar nossa receita agrícola de US$ 190 bilhões para US$ 270 bilhões entre 2012 e 2030".Em outro trecho: "Proteger as florestas tropicais através de financiamentos climáticos permitirá aos produtores de biocombustíveis nos Estados Unidos prosperarem com menos preocupações sobre o impacto ambiental de sua produção". A síntese está nesta frase, de Dwayne Siekman, da Associação de Produtores de Milho de Ohio: "Parar o desmatamento tropical é uma vitória para a competitividade da agricultura dos EUA (...)". Esses interesses estão mais do que nunca exacerbados com a perspectiva de aprovação, no Senado, do novo Código Florestal. Não se trata, porém, de ambiente, mas de luta por mercados. Querem nos passar de quintal a reserva legal. O que é espantoso é a adesão entusiástica, quase religiosa, da militância ambientalista do Brasil, endossando as mesmas teses, mesmo as mais desonestas, em nome de não se sabe bem o quê. “Do interesse da população brasileira é que não é.”

ANGATUBA LINDA CIDADE INTERIORANA DE SÃO PAULO

                                                   Dirceu Ayres
Angatuba é termo indígena que significa abundância de ingás. Do tupi ingá: angá ou ingá, a fruta adocicada do ingazeiro; e tyba: grande quantidade, abundância. Angatuba foi fundada em 1862, quando o capitão José Marcos de Albuquerque comprou por duzentos e cinquenta mil réis, um vasto terreno de matas virgens de propriedade de Maria Genoveva dos Santos, e seus herdeiros João Martins dos Santos e Domingos Leite do Prado. Nessa época, o terreno situado no município de Itapetininga, chamava-se "Bairro Palmital". Esta seria a primeira denominação do município. Ali, José Marcos de Albuquerque juntamente com Teodoro Arruda, Salvador Pereira de Albuquerque, Salvador Rodrigues, Felisberto Ramos, Teodoro Rodrigues, José Vicente Ramos e Dominiciano Ramos iniciaram a construção de uma capela. A construção foi interrompida com o falecimento do Capitão José Marcos de Albuquerque e retomada após a viúva, D. Paula Maria de Camargo, casar-se com o tenente-coronel Tomás Dias Batista Prestes. O coronel Prestes constituiu comissão para retomada da construção com o Alferes José Antônio Vieira, Salvador Ferreira de Albuquerque, Salvador Rodrigues dos Santos, Teodoro José Vieira e Domiciano Ramos. Estes, apoiados pela população do local, concluíram a construção da capela feita em madeira que foi denominada "Capela do Ribeirão Grande do Palmital". E este foi o segundo nome dado a Angatuba: "Capela do Ribeirão Grande do Palmital". Tomás Dias Batista Prestes presenteou a comunidade com um pombo de prata, imagem que representa o Divino Espírito Santo, que se tornou o padroeiro da capela. Em 11 de março de 1872, a lei provincial nº. 7, elevou o povoado à categoria de Freguesia do Espírito Santo da Boa Vista. Em maio de 1873, o tenente Tomás Dias Batista Prestes, consegue a escritura do terreno da capela e em setembro o terreno é anexado ao patrimônio da "Capela do espírito Santo da Boa Vista". Em 1885 a Freguesia teve anexado território desmembrado de Itapetininga e foi elevada a município pela lei nº. 27 de 10 de março do mesmo ano. A instalação efetuou-se em 5 de fevereiro de 1887. Em 1908 a Lei n. 115, alterou o nome para Angatuba que, em tupi-guarani significa "assembleia dos espíritos", "morada dos espíritos" ou "mansão das almas". Existem historiadores que afirmam que Angatuba significa, em tupi-guarani, "fruta-doce", ou Anga= fruta e tuba= doce. O primeiro vigário da paróquia da Vila foi o padre Caetano Tedeschi. A comarca criada pela lei 5285 de 18 de fevereiro de 1959, foi instalada no dia 29 de maio de 1966. Por uma semana, durante os embates da Revolução de 1932, o município de Angatuba foi ocupado por tropas gaúchas. Consta que com a previsão da invasão do "exército-do-sul" e o medo da população devido a fama de que os gaúchos "destruíam casas e atacavam mulheres", os moradores esconderam suas esposas e filhos pequenos em sítios e/ou cidades vizinhas. Fato curioso foi que com a demora da chegada dos soldados, aos poucos o povo foi retornando para suas casas. Os Gaúchos chegaram quando não mais se imaginava que o município seria tomado. Felizmente nenhum incidente foi registrado e os dias de ocupação foram tranquilos. Campina do Monte Alegre Fato importante na história de Angatuba foi o desmembramento de parte de seu território para criação do município da Campina do Monte Alegre. A área assemelha-se a um apêndice situado a sul do centro geográfico e foi criado pela Lei Estadual nº 7.664, de 30 de dezembro de 1991. O município foi instalado em 1993.