quarta-feira, 12 de outubro de 2011

CARTA DO GENERAL TORRES DE MELO AO SENADOR JARBAS VASCONCELOS

           Dirceu Ayres     
Senador Jarbas Vasconcellos doc. nº 42 - 2009 Fortaleza, 17 de fevereiro de 2009 O senhor se sublimou com a entrevista na VEJA. O senhor será o mais perseguido dos políticos do País. Não se assuste. Estarei ao seu lado. Sabe quem eu sou? Um cidadão brasileiro que viu a desgraça do País em 1964. Vi a fome e vi a miséria humana. Vi a fome matar filhos de meus soldados DA Polícia Militar do Piauí. Vi o Brasil ser salvo de uma ditadura de esquerda, onde assassinos brasileiros se especializavam em CUBA - URSS - CHINA , em cursos de guerrilhas para matar brasileiros e, hoje , roubam o nosso país, descaradamente. Vi tudo isso e vi o Brasil voltar à DEMOCRACIA tão falada e defendida pelo senhor. O senhor diz que era do MDB para combater a ditadura dos militares e os militares defendendo a DEMOCRACIA e morrendo contra os MARIGUELLAS, as DILMAS, os que mudavam de caras como Zé Dirceu etc. Deu no que deu. Nós não queremos tomar conta do Brasil. Queremos um Brasil digno para nossos filhos. Quando abro a TV Senado e vejo determinadas caras falando tenho vontade de quebrar a TV. Nenhuma reação acontecerá. Ficarão calados parecendo que não é com eles. O senhor foi enganado e eu continuei firme no meu Exército. Agora estamos juntos por questões de princípios. Odeio a MENTIRA. Amo a VERDADE. Odeio quem ROUBA e amo quem TRABALHA. Odeio o SEM CARÁTER e amo o PATRIOTA. Odeio o CANALHA e amo a grandeza do homem que tem DIGNIDADE. Tenho na minha cabeceira o livro HOMEM MEDÍOCRE de JOSÉ INGENIEIROS. Vivemos a mediocridade da postura , do cabelo grande, do SIFU,da cantada, e a ideia que dinheiro compra tudo. Para alguns o descaramento é tanto que o que interessa é sexo, dinheiro e poder. Tenho nojo de tanta mediocridade. Vende-se até a mãe. Nada mais deprimente como algumas senhoras foram expostas pelos maridos no plenário do Senado. Quando a mulher chora em público é porque a dor é profunda. Políticos usaram-nas como biombos de seus crimes e até para tirar dinheiro roubado em banco. Não se respeita mais nem a mulher no Brasil. Chegamos ao mais profundo lamaçal ! O senhor afirmou que seu Partido é corrupto. Só ele ou todos? E o papel da Justiça em tudo isso? Agora, é o STF legalizando o roubo, o crime organizado, o crime do colarinho branco e a sociedade perdida no emaranhado de leis. Sabe como o senhor será chamado no seu Senado? Imbecil. O senhor foi contra a canalha que governa. O senhor foi contra o sistema. Sabe como será visto: Um Don Quixote. Somos dois Don Quixotes, mas podemos entrar em qualquer lugar do Brasil. Eles, aqueles que combatemos, precisam de Polícia, de carros blindados e outras coisas mais, pois são apenas ladrões do nosso povo ! Não aceito o senhor sair da arena. Torne-se um Cícero ou Catão. Vá todo dia para o senado e não permita que a canalha fale. Grite. Talvez o senador PEDRO SIMON possa lhe ajudar. Vamos unir forças para salvar o País. Assim, fez Cícero e salvou ROMA de CATILINA. Pode ser que o PEDRO SIMON grite, também, e o SENADO crie um pouco de vergonha na cara. Criei alma nova. Apareceu um macho neste País de eunucos. Ou agora ou nunca mais. Vão vender o Brasil para ganhar a eleição de 2010. São irresponsáveis. Por amor de DEUS fique firme na trincheira!... SENADOR JARBAS VASCONCELOS. "aquele que destrói a fé nele depositada, não será mais digno de fé". Seigneur Du Bartas. O senhor não tem Volta. Em frente. Firme ! GENERAL de DIVISÃO REFORMADO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO COORDENADOR Grupo Guararapes O GRUPO GUARARAPES ENCONTRA-SE AO LADO DO SENADOR JARBAS VASCONCELOS. SOMOS 2199 ! VIVA À VERDADE! MORTE À MENTIRA! por Licio Maciel



EDITORIAL DE O GLOBO

       Dirceu Ayres
Mito em torno dos recursos para a Saúde Uma das poucas vitórias importantes da sociedade, nos últimos anos, foi à extinção da CPMF, em dezembro de 2007. O Senado soube entender os clamores diante de uma carga tributária recorde no bloco dos emergentes - acima de 35% do PIB, mais, inclusive, que países desenvolvidos - e eliminou o imposto. Pode-se dizer que o trabalho para restabelecê-lo foi iniciado logo em seguida. Enquanto isso, profecias apocalípticas para o setor, feitas antes da votação no Senado, eram repetidas. O fim da CPMF tirou da previsão orçamentária de 2008 estimados R$ 40 bilhões. Nenhuma das profecias se realizou, emergências e hospitais públicos continuaram tão ruins como sempre. Depois, foi constatado que, ainda no primeiro semestre, o crescimento contínuo da arrecadação repôs aqueles R$ 40 bilhões "perdidos". Se o governo Lula não destinou o dinheiro para o SUS, é porque teve outras prioridades. A ainda candidata Dilma Rousseff se disse contrária à volta da CPMF disfarçada de Contribuição Social para a Saúde (CSS) e contrabandeada para a regulamentação da Emenda 29, esta feita com o objetivo de acabar com desvios na aplicação dos recursos orçamentários constitucionalmente vinculados à Saúde. Vitoriosa nas eleições, a presidente flexibilizou o discurso e procurou incentivar governadores - os que mais burlam a vinculação - a mobilizar bancadas a favor da ressurreição do imposto. Não quer se desgastar. Mas não é tarefa fácil para os governadores, dada a impopularidade da CPMF - como, de resto, dos impostos em geral. Ainda na Câmara, em acordo entre os partidos, emenda do DEM retirou do projeto a base de cálculo da CSS. A CSS virou um fuzil sem munição. Mas o dispositivo de sua criação se encontra no texto enviado ao Senado. Basta aprovar-se a base de cálculo do imposto. O risco, portanto, continua, assim como o discurso da falta de recursos para a Saúde. Porém, como revelou ontem O GLOBO, os números mostram outra realidade: a arrecadação cresce, mas os recursos para a saúde pública aumentam em velocidade mais lenta. Ou seja, como em 2008, no governo Lula, a defesa da capitalização do SUS e a crítica ao "subfinanciamento" do setor ficam nas palavras. A prova: de janeiro a agosto, enquanto a coleta de impostos aumentou 18,8%, os gastos com Saúde subiram apenas 4,5%. Foi mais importante, por exemplo, nas prioridades oficiais, o salário dos servidores, cuja conta, no mesmo período, deu um salto de 10,3%. Ampliou-se bastante a transferência de recursos para compor o superávit primário (135%). Mas aqui se trata de um requisito inexorável à estabilização da economia. Não ocorre o mesmo com outras rubricas nos gastos públicos. A comprovada baixa prioridade que Brasília concede à Saúde, apesar do palavrório, tem de ser considerada no debate sobre o tal "subfinanciamento". Pode até ser que ele exista. Mas sem um estudo profundo desse enorme aparato burocrático - não bastam comparações com outros países -, sem a contabilização do que teria de ser gasto no sistema e é desviado para outras despesas, sem uma profunda reforma gerencial do SUS, não se pode garantir que o problema é falta de dinheiro. Logo, recriar a CPMF é mesmo uma irresponsabilidade.

Últimas mentiras contra o Código Florestal: o desespero das ONGs da Marina Silva.

        Dirceu Ayres       

ONGS internacionais da Marina Silva tentam os últimos disparos mentirosos contra o Código Florestal. Vejam o amontoado de absurdos que esta gang de ecoterroristas tentam passar como verdades para a população desinformada por uma imprensa que não se informa. Leia aqui o relatório. Leia abaixo a manifestação de Kátia Abreu e, depois, clique aqui neste link para ler o brilhante post de Reinaldo Azevedo. A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, afirmou, nesta sexta-feira (7/10), que os dados da pesquisa elaborada por organizações não governamentais ambientalistas (ONGs), que apontam para o aumento da cobertura florestal em países desenvolvidos nos últimos 60 anos, referem-se a florestas plantadas ou áreas regeneradas para fins de exploração comercial. Segundo a senadora Kátia Abreu, não tratam de florestas nativas originais, como as que cobrem cerca de 61% do território brasileiro, de acordo com o IBGE. O próprio estudo das ONGs deixa claro que “restam poucas florestas primárias intactas nos países analisados”. Afirma, ainda, que “todos os países analisados implantaram uma série de incentivos para promover o reflorestamento e a reabilitação florestal nas últimas décadas”. Segundo a presidente da CNA, tais incentivos, que muitas vezes representam subsídios diretos aos proprietários, não existem no Brasil, o que reforça a necessidade de atualização da legislação ambiental do País. A senadora Kátia Abreu negou, ainda, que o novo Código Florestal, em tramitação no Senado, possa aumentar o risco de desmatamento no País. “Nenhum artigo ou dispositivo do novo Código Florestal estimula ou permite novos desmatamentos”, afirmou. Citou o artigo 8º do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), alterado pela Emenda 164 e aprovado na Câmara dos Deputados, em maio, que veda a expansão das atividades agropecuárias em áreas de preservação permanente.

Para onde está indo o dinheiro dos impostos?

         Dirceu Ayres
Beneficiados com R$ 1,8 milhão em repasses federais nos últimos três anos, quatro postos de saúde mantidos pela Prefeitura de Dourados (220 km de Campo Grande) em aldeias das etnias guarani e caiuá estão em situação degradante, segundo o Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul, após inspeção realizada nos locais entre setembro e outubro.Segundo a Procuradoria, os postos das aldeias Bororó e Jaguapiru estão abandonados e não têm condição de atendimento. "Foi encontrado lixo hospitalar em banheiros, arquivos enferrujados, cadeiras rasgadas, portas sem maçanetas, janelas quebradas, salas de atendimento abarrotadas de caixas e com fios elétricos à mostra", diz a Procuradoria, em nota. Fonte: Folha.com Quase todos os meses o governo se gaba de estar batendo recordes de arrecadação de impostos. Nossa carga tributária é das mais altas do mundo. Trabalhamos quatro meses por ano só para pagar impostos que incidem sobre tudo o que consumimos, inclusive sobre remédios. Ao vermos o abandono de nosso sistema público de saúde, da qualidade da educação pública, ao vermos a precariedade do transporte público, a falta de infraestrutura, a falta de segurança em nossas cidades, o abandono em que se encontram nossos idosos, logo nos vem a mente a pergunta: Para onde está indo toda esta arrecadação de impostos? Os juros mais altos do mundo não conseguem controlar a inflação manipulada que vai pouco a pouco corroendo nossos salários. A corrupção desenfreada e impune leva muito do que pagamos em impostos. Só no estado do Amapá recentemente mais de um bilhão de reais. Não podemos continuar a sermos dominados por um governo corrupto, incompetente e imoral. Em outros países do mundo o povo está tomando às ruas em protesto, lutando pelo futuro de seus filhos e pela construção de um país melhor e mais justo. No Brasil tomamos às ruas celebrando o orgulho gay. Há algo de muito errado com o nosso povo. por Laguardia

Uma analise interessante sobre o Sebento.

        Dirceu Ayres
Com todo respeito aos que gostam do lulla, mas com todo ódio que dele tenho: Ricardo Vélez Rodrígues, coordenador do Centro de Pesquisas Estratégicas da Universidade Federal de Juiz de Fora. - O Estado de S.Paulo Lula, como Brizola, é um grande comunicador. Mas, como Brizola também, é um grande populista. A característica fundamental desse tipo de líder é, como escreve o professor Pierre-André Taguieff (A Ilusão Populista - Ensaio sobre as Demagogias da era Democrática, Paris, Flammarion, 2002), que se trata de um demagogo cínico. Demagogo - no sentido aristotélico do termo - porque chefia uma versão de democracia deformada, aquela em que as massas seguem o líder em razão de seu carisma, em que pese o fato de essa liderança conduzir o povo à sua destruição. O cinismo do líder populista já fica por conta da duplicidade que ele vive, entre uma promessa de esperança (e como Lula sabe fazer isso: "Os jovens devem ter esperança porque são o futuro da Nação", "o pré-sal é a salvação do brasileiro", e por aí vai), de um lado, e, de outro, a nua e crua realidade que ele ajudou a construir, ou melhor, a desconstruir, com a falência das instituições que garantiriam a esse povo chegar lá, à utopia prometida... Lula acelerou o processo de desconstrução das instituições que balizam o Estado brasileiro. Desconstruiu acintosamente a representação, mediante a deslavada compra sistemática de votos, alegando ulteriormente que se tratava de mais uma prática de "caixa 2" exercida por todos os partidos (seguindo, nessa alegação, "parecer" do jurista Márcio Thomas Bastos) e proclamando, em alto e bom som, que o "mensalão nunca existiu". Sob a sua influência, acelerou-se o processo de subserviência do Judiciário aos ditames do Executivo (fator que nos ciclos autoritários da História republicana se acirrou, mas que sob o PT voltou a ter uma periclitante revivescência, haja vista a dificuldade que a Suprema Corte brasileira tem para julgar os responsáveis pelo mensalão ou a censura odiosa que pesa sobre importante jornal há mais de dois anos, para salvar um membro de conhecido clã favorável ao ex-mandatário petista).Lula desconstruiu, de forma sistemática, a tradição de seriedade da diplomacia brasileira, aliando-se a tudo quanto é ditador e patife pelo mundo afora, com a finalidade de mostrar novidades nessa empreitada, brandindo a consigna de um "Brasil grande" que é independente dos odiados norte-americanos, mas, certamente, está nos causando mais prejuízos do que benefícios no complicado xadrez global: o País não conseguiu emplacar, com essa maluca diplomacia de palanque, nem a direção da Unesco, nem a presidência da Organização Mundial do Comércio (OMC), nem a entrada permanente do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Lula, com a desfaçatez em que é mestre, conseguiu derrubar a Lei de Responsabilidade Fiscal, abrindo as torneiras do Orçamento da União para municípios governados por aliados que não fizeram o dever de casa, fenômeno que se repete no governo Dilma. De outro lado, isentou da vigilância dos órgãos competentes (Tribunal de Contas da União, notadamente) as organizações sindicais, que passaram a chafurdar nas águas do Orçamento sem fiscalização de ninguém. Esse mesmo "liberou geral" valeu também para os ditos "movimentos sociais" (MST e quejandos), que receberam luz verde para continuar pleiteando de forma truculenta mais recursos da Nação para suas finalidades políticas de clã. Os desmandos do seu governo foram, para o ex-líder sindical, invenções da imprensa marrom a serviço dos poderosos. A política social do programa Bolsa-Família converteu-se numa faca de dois gumes, que, se bem distribuiu renda entre os mais pobres, levou à dependência do favor estatal milhões de brasileiros, que largaram os seus empregos para ganhar os benefícios concedidos sem contrapartida nem fiscalização. Enquanto ocorria isso, o Fisco, sob o consulado lulista, tornou-se mais rigoroso com os produtores de riqueza, os empresários. "Nunca antes na História deste país" se tributou tanto como sob os mandatos petistas, impedindo, assim, que a livre-iniciativa fizesse crescer o mercado de trabalho em bases firmes, não inflacionárias. Isso sem falar nas trapalhadas educacionais, com universidades abertas do norte ao sul do País, sem provisão de mestres e sem contar com os recursos suficientes para funcionarem. Nem lembrar as inépcias do Inep, que frustraram milhões de jovens em concursos vestibulares que não funcionaram a contento. Nem trazer à tona as desgraças da saúde, com uma administração estupidamente centralizada em Brasília, que ignora o que se passa nos municípios onde os cidadãos morrem na fila do SUS. Diante de tudo isso, e levando em consideração que o Brasil cresceu na última década menos que seus vizinhos latino-americanos, o título de doutor honoris causa concedido a Lula, recentemente, pela prestigiosa casa de estudos Sciences Po, em Paris, é ou uma boa piada ou fruto de tremenda ignorância do que se passa no nosso país. Os doutores franceses deveriam olhar para a nossa inflação crescente, para a corrupção desenfreada, fruto da era lulista, para o desmonte das instituições republicanas promovido pelo líder carismático e para as nuvens que, ameaçadoras, se desenham no horizonte de um agravamento da crise financeira mundial, que certamente nos encontrará com menos recursos do que outrora. Ao que tudo indica, os docentes da Sciences Po ficaram encantados com essa flor de "La pensée sauvage", o filho de dona Lindu que conseguiu fazer tamanho estrago sem perder a pose. Sempre o mito do "Bon sauvage" a encantar os franceses! O líder prestigiado pelo centro de estudos falou, no final do seu discurso, uma verdade: a homenagem ele entendia ter sido feita ao povo brasileiro - que paga agora, com acréscimos, a conta da festança demagógica de Lula e enfrenta com minguada esperança a luta de cada dia. O MASCATE Recebida por E-Mail do meu amigo Paschoal do Blog O Copista. http://ocopista.blogspot.com/

Folha não ouve Lula, não ouve Meirelles, mas relata encontro que não houve.

           Dirceu Ayres
Diz a matéria da Folha: O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi consultado e deu aval à mudança de Henrique Meirelles do PMDB para o PSD, o novo partido fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Os dois se encontraram reservadamente para discutir o assunto há cerca de três semanas, na sede do Instituto Lula, em São Paulo. Como foi reservadamente, a Folha não tem fotos e nem prova alguma que o encontro não tenha sido para tratar de Olimpíada, por exemplo. Segue o panfleto: No fim do encontro, Lula perguntou a ele se estava seguro da decisão. Diante do "sim", deu aval à mudança, que surpreendeu políticos do governo e da oposição. Vejam que a Folha narra o encontro como se estivesse presente e como se Meirelles tivesse ido ao ex-presidente pedir autorização. Para quê? Para derrotar Haddad ou Marta em São Paulo? Só pode ser piada. Mas tem mais: Com Meirelles, Lula passa a ter três aliados como possíveis candidatos na cidade. É óbvio que a matéria da Folha pretende disseminar desconfiança não entre os petistas, mas sim entre aos tucanos, criando resistências na lógica e natural aliança do PSDB com o PSD tendo a cabeça de chapa. Por fim, vejam mais esta pérola: A sigla de Kassab inspira desconfiança no PT por causa de sua proximidade com o ex-governador José Serra (PSDB), de quem ele se elegeu vice em 2004. No entanto, o prefeito tem sinalizado que seu partido apoiará o governo Dilma no plano nacional. As duas coisas juntas não fazem o menor sentido. Ou melhor, até fazem, dentro da linha de mentiras escolhida pela Folha e que ela não vai abandonar. O PSD já fez mais do que "sinalizar", ao dizer que será independente e que terá posições de acordo com a linha dos seus parlamentares, eleitos em 2010. Quem já tinha composição com o governo, continuará votando com o governo. Quem fez oposição vai continuar votando contra o governo. Ou seja: no PSD não tem coleira e nem cabresto. Quanto ao apoio à Serra, Kassab já foi mais do que transparente: apóia integralmente a candidatura do tucano à prefeitura de São Paulo, aceitando a vice-prefeitura. É apoio explícito, declarado, juramentado. Não é apoio ao Haddad Boy ou apoio por debaixo dos panos para Chalita. A única coisa que fica escancarada na matéria da Folha é que o jornal, que deveria ser independente como o PSD, virou um inimigo político de Kassab. E que fará de tudo para destruir a imagem do prefeito e do partido que ele preside. Coturno Noturno.

Reinaldo Azevedo e o signo da cruz.

           Dirceu Ayres
Escolha a “barbárie moderada” quem quiser! Eu escolho o signo da Cruz! Ou: Cristãos estão sendo caçados no Egito sob o silêncio cúmplice dos bananas ocidentais. Cristãos durante ato de protesto, ontem, no Cairo, contra a morte de 25 pessoas (Amr Nabil/Associated Press) Demorou, mas os bananas de pijama se manifestaram contra o massacre de 24 cristãos por forças de segurança do Egito, ainda que o tenham feito de um modo acovardado, pusilânime. Barack Obama, a mão invisível - e pouco me importa se voluntária ou não - que dá suporte ao extremismo islâmico que ganha terreno no Oriente Médio (incluindo o Norte da África), mandou seu porta-voz dizer algumas palavras regulamentares. Segundo Jay Carney, “o presidente está profundamente preocupado com a violência no Egito que levou à perda de vidas de manifestantes e de forças de segurança”. Mais: “Chegou a hora de todas as partes darem mostras de moderação para que os egípcios possam avançar juntos na elaboração de um Egito forte e unido”. Não me diga! Chanceleres de governos europeus (Reino Unido, Espanha e Portugal) também expressaram a sua preocupação. Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, que não chega a ser notável nem como o idiota rematado que é, também mobilizou seu porta-voz, Martin Nesirky: “O secretário-geral está profundamente triste pela perda de vidas no Cairo na noite passada. Ele convoca todos os egípcios a permanecer unidos e a preservar o espírito das mudanças históricas do início de 2011″. Não houve um só banana, desse enorme cacho, com coragem moral para levantar a própria voz e condenar pessoalmente o massacre, como se fazia contra Muamar Kadafi e se faz hoje contra Bashar Al Assad, um tarado sanguinário, sim, mas que enfrenta uma guerra civil, a exemplo do tarado sanguinário já deposto, o de Trípoli. A questão é saber por que os tarados sanguinários do Egito merecem tratamento especial. A verdade, já escrevi aqui, é que cadáveres cristãos rendem poucas perorações humanistas, embora seja o cristianismo a religião mais perseguida do mundo - a rigor, é a única cassada e caçada em vários cantos do planeta. Um cadáver cristão jamais atingirá a altitude moral de um cadáver palestino, por exemplo, porque lhe faltam as carpideiras da ideologia e do vitimismo profissional. Os cristãos não aprenderam, por exemplo, a divulgar mundo afora fotos de crianças perseguidos por seus algozes, um dos elementos obrigatórios da iconografia e do “martiriologia” palestinas. E, com isso, não estou negando que sofram. É que estou abordando aqui um aspecto da formação da opinião pública. Israelenses também são ruins nesse negócio de marketing do vitimismo. Cristãos e judeus parecem ficar bem só no papel de culpados, não é mesmo? A cobertura que a imprensa tem dispensado ao massacre dos cristãos não é menos asquerosa. Mundo afora se fala em “violência sectária”. Como? “Violência sectária” de quem exatamente? Desde o início da chamada “revolução egípcia”, templos e casas dos cristãos têm sido incendiados, como se tem denunciado neste blog. Milícias muçulmanas os têm expulsado de suas aldeias. Trata-se de uma ação organizada, sistemática. Mas Obama manda dizer que todos devem dar provas de “moderação”. Vai ver consoante com o símbolo que carregam e que se vê aí no alto, a moderação dos cristãos consiste na humilhação silenciosa. Sempre que alguém pede moderação à vítima, sinto no ar o cheiro da canalhice moral. Está em curso no Egito uma “limpeza” religiosa, conduzida pela Irmandade Muçulmana, cuja “vocação democrática e pluralista” foi descoberta só por intelectuais ocidentais. E é o que vai acontecer na Síria se Assad, o carniceiro, cair. Escolha o seu carniceiro quem quiser. Eu escolho o signo que abre este post porque escolho a civilização. Não flerto com a barbárie moderada. Deixo isso para Obama e os demais bananas de pijama. Os cristãos do mundo inteiro têm de se organizar para defender seus irmãos de fé. Até porque o cristianismo não tenta se impor como religião única em nenhum lugar do mundo. Assim, a defesa do cristianismo é uma das formas que assume a defesa da liberdade. Por Reinaldo Azevedo