sábado, 5 de novembro de 2011

MAIS EXTORSÃO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO, COMANDADO POR CARLOS LUPI: TABELA DA ROUBALHEIRA PARA O PDT VARIA DE 5% A 15%

          Dirceu Ayres

Assessores do ministro Carlos Lupi, todos eles ligados ao PDT, são acusados de cobrar propina para liberar pagamentos a ONGs suspeitas de irregularidades. Leiam o que informam Paulo Celso Pereira, Gustavo Ribeiro e Hugo Marques, na VEJA desta semana: Há pouco mais de um mês, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, deixou seu gabinete no 8° piso do edifício-sede da pasta, na Esplanada dos Ministérios, desceu três andares e se reuniu com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que despacha no mesmo prédio. Garibaldi agendou o encontro a pedido de um dirigente do Instituto Êpa, uma organização não governamental sediada no Rio Grande do Norte, seu estado de origem. A ONG recorrera a Garibaldi numa tentativa de fazer com que o Ministério do Trabalho voltasse a repassar verbas para um programa de qualificação profissional firmado com a entidade. Em vão. Na reunião entre os ministros, representantes do Trabalho elencaram uma série de irregularidades na prestação de contas do instituto e disseram que, em razão disso, as transferências não poderiam ser retomadas. Garibaldi e os dirigentes da ONG foram embora sem ver o problema resolvido. Atitude correta, republicana? Só na aparência. Antes de procurarem Garibaldi Alves, os representantes da ONG tentaram resolver as pendências no lugar apropriado: as instâncias administrativas do Ministério do Trabalho. Esbarraram, porém, em um esquema de extorsão montado por dirigentes da pasta filiados ao PDT, partido do qual Carlos Lupi é presidente licenciado. O esquema funciona assim: o ministério contrata as ONGs para dar cursos de capacitação profissional. A exemplo do que ocorreu nas pastas do Turismo e, mais recentemente, do Esporte, muitos dos convênios servem apenas como fachada para desviar o dinheiro. Na hora de prestar contas, essas ONGs apresentam comprovantes de despesas inexistentes e listam alunos que nunca freqüentaram aula alguma. No caso do Turismo e do Esporte, a fiscalização corria frouxa para permitir que os recursos chegassem rapidamente ao caixa dos partidos. No Trabalho, desde o fim do ano passado, partiu-se para o achaque direto. O ministério suspendeu repasses de dinheiro ao mesmo tempo em que os dirigentes avisaram às ONGs que era preciso “normalizar as pendências” existentes - procedimento correto em caso de contratos micados. O problema é que, para “normalizar as pendências”, apareciam os mesmos assessores de Lupi responsáveis por “criar as pendências”. Em dezembro de 2010, o Instituto Êpa recebeu a segunda parcela de um convênio para qualificação de trabalhadores em construção civil no Vale do Açu (RN). O ministério determinou três fiscalizações na organização, levantando indícios de irregularidades. Imediatamente, ordenou que não fosse feito mais nenhum repasse. Sem dinheiro para manter os alunos em sala de aula, os dirigentes da ONG procuraram o ministério para tentar resolver o problema. Lá, foram avisados de que as irregularidades poderiam ser encaminhadas à Controladoria-Geral da União, órgão que tem o poder de declarar a inidoneidade de parceiros do poder público e, assim, impedi-los de receber recursos. Os diretores do Instituto Êpa receberam também um recado: a situação poderia ser resolvida rapidamente. Como? Pagando propina, conforme uma planilha de extorsão do PDT, que varia de 5% a 15% do valor do contrato. A quem? O contato deveria ser feito com Weverton Rocha, então assessor especial do ministro, ou Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de qualificação. Os dois respondiam ao então chefe de gabinete do ministro, Marcelo Panella, homem de confiança do ministro Lupi e também tesoureiro nacional do PDT. Foi para escapar do achaque que a ONG pediu a ajuda de Garibaldi Alves. Nas últimas semanas, VEJA conversou com diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos sobre como os caciques do PDT comandados por Carlos Lupi transformaram os órgãos de controle interno do Trabalho em um instrumento de extorsão. Leia na revista os detalhes de mais essa história sórdida. Por Reinaldo Azevedo



EXTORSÃO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO

       Dirceu Ayres

Reportagem de VEJA desta semana revela que caciques do PDT comandados pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, transformaram os órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão. Conforme relatos de diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos, o esquema funciona assim: primeiro o ministério contrata entidades para dar cursos de capacitação profissional, e depois assessores exigem propina de 5% a 15% para resolver 'pendências' que eles mesmos criam. O Instituto Êpa, sediado no Rio Grande do Norte, foi um dos alvos do achaque. Após receber em dezembro de 2010 a segunda parcela de um convênio para a qualificação de trabalhadores no Vale do Açu, a entidade entrou na mira dos dirigentes do PDT. O ministério determinou três fiscalizações e ordenou que não fosse feito mais nenhum repasse. Ao tentar resolver o problema, os diretores do instituto receberam o recado: poderiam regularizar rapidamente a situação da entidade pagando propina. Para tanto, deveriam entrar em contato com Weverton Rocha, então assessor especial de Lupi, ou Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de qualificação. Ambos respondiam a Marcelo Panella, então chefe de gabinete, homem de confiança do ministro e tesoureiro do PDT. De acordo com os relatos obtidos por VEJA, Weverton era um dos responsáveis por fixar os valores da propina, e a Anderson cabia fazer o primeiro contato. Feito o acerto, o dinheiro era entregue a um emissário do grupo no Rio de Janeiro. "Você não tem defesa. Já prestou serviço e sofre a ameaça de não receber. Se o sujeito te põe contra a parede, o que você faz?", diz um dos dirigentes da ONG Oxigênio, outro alvo de achaque, que admite ter desembolsado 50 mil reais para resolver 'pendências'. "Quando você tenta resistir, sua vida vira um inferno." O Palácio do Planalto monitora o caso. Deputados federais do próprio PDT contaram a Giles Azevedo, chefe de gabinete de Dilma, que Panella estaria cobrando propina de ONGs. Por ordem da Casa Civil, Panella foi demitido dias depois, em agosto. Panella nega. "Saí porque não me adaptei a Brasília", diz o ex-chefe de gabinete de Lupi por quatro anos. Weverton, que assumiu em outubro mandato de deputado federal, também nega. "Quando uma entidade te procura, é porque ela tem problema, mas nossa equipe sempre foi muito profissional", diz. Escândalos em série - Em dez meses, escândalos em série já derrubaram cinco ministros de Dilma Rouseff: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte). Do site da revista Veja



Invasão na reitoria da USP.... De novo?

                                                                      Dirceu Ayres
Após a "revolução" orquestrada pelos traficantes da USP usando a massa de manobra idio-acadêmica que povoa os corredores da universidade, os manifestantes em numero de uns 200 resolveram invadir o prédio da administração e ficar por lá depredando, roubando e claro... Fumando maconha. Entre as reivindicações que uma minoria de baderneiros pretende que sejam enfiadas goela abaixo dos outros estudantes e da reitoria da universidade, estão a retirada da PM do campus da e a demissão do reitor. Bem, na cabeça desses esfumaçados babacas, poderiam colocar Jesus Cristo como reitor, eles sempre irão pedir a cabeça dele. É sempre a mesma pauta de reivindicações vazias dos rebeldes sem causa, não tem o que pedir, pedem a demissão do reitor.A retirada da PM do campus não é o que quer a maioria dos estudantes, muita violência, e até morteso correm na área da universidade justamente porque os vagabundos sabem que não existe políciamento do estado por lá, então a USP se torna território fácil para a ação dos marginais. Tudo isso é explicado por um modismo idiota dos tempos em que estudantes eram ativos politicamente e pensavam no país e não queriam a puliça por lá. Hoje uma parte dessa cambada que não serve para nada a não ser trabalharem como voluntários dos pelegões da UNE na função de usar a universidade como bunker político em ano eleitoral e continuam mantendo essa tradição burra, mas não por conta da repressão política, e sim por conta da repressão policial que pode enfiar na cadeia os donos do tráfico na universidade, e os tontinhos se mobilizam para proteger bandidos. Inversão total de valores promovida por gente burra e sem noção, babaquinhas despreparados criados por pais mais idiotas ainda. Eu já escrevi em diversas postagens que em ano pré eleitoral, ou mesmo em ano de eleições a USP se levanta contra alguma coisa, agora foi a ação da polícia sobre os maconheiros e traficantes que vagam pelos corredores da universidade onde única coisa que não fazem é estudar. Eles sempre seguem a cartilha, protestam contra nada, paralisam a universidade, invadem a reitoria, quebram tudo e contam com a ajuda dos "funças" vermelhinhos ou dos sindicatos esquerdofrênicos que acreditam que fazendo dessa forma conseguirão eleger seus patrões para a prefeitura de SP ou ao governo do estado. Os babacas da USP se comportam igualzinho a um sem terra, fazem reinvindicações idiotas, e partem para a invasão "democrática". E se o estado toma a lei como maneira de atuar e parte para fazer com que ela seja cumprida, a imprensa amestrada começa a fazer o trabalho sujo e coloca seus fotógrafos mostrando só a PM batendo, e nunca os atos de seus protegidos. Tentam jogar para a opinião pública do povo bovino que aceita qualquer coisa desde que não precisem pensar ou se posicionar, manipulam o noticiário, e os vagabundos que estão ocupando espaço de gente que gostaria muito de poder estudar de graça acabam virando os coitadinhos da "truculência" da polícia. E assim vãos se perpetuando matriculados badernando na universidade por oito ou mais anos. Estão lá apenas com a função de não estudarem, são os bate paus esquerdofrênicos cujo o único trabalho é badernar e desestabilizar a vida de quem quer levar os estudos a sério. O governo do estado tem que fazer valer as leis e promover uma limpeza nessa universidade, pois se deixarem do jeito que vai, em breve teremos ostensivas plantações de maconha nos jardins do campus, e pequenos negociantes do tráfico trabalhando para abastecer a cidade. E junto a tudo isso, quem quiser fumar maconha é só se dirigir ao campus da USP, onde não será proibida a entrada de ninguém, e não haverá policiamento. O paraíso dos bandidos travestido de campus universitario. Deixaram correr frouxo demais e um pequeno tumor está tomando o corpo todo. Democraticamente os estudantes votaram pela desocupação do prédio da administração e o fim do movimento. Uma minoria não aceitou o voto da maioria e resolveu continuar badernando, agora invadiram a reitoria, e sempre apoiados pelos funças e por alguns professores vermelhinhos que acreditam no socialismo como forma de ensino. Certo que temos um governo frouxo, os tucanos deveriam estar em árvores e não no poder do estado. Estão entregando o governo para o PT. São Paulo é a ultima barreira entre a liberdade e a bandalheira esquerdofrênica que querem implantar neste país os jurássicos vagabundos vermelhos. E do jeito que vai, a cidade de São Paulo cai e em 2014 vai o estado, e até lá a USP será palco de mais baderna, assim como o interior do estado pelo MST. Temos que ter no estado de SP a tolerância zero, e fazer com que as leis sejam cumpridas, na hora em que o estado começar a bater para valer a parcela trabalhadora e séria dos paulistas vai apoiar, o que não podemos é ficar a mercê de meia dúzia de maconheiros massa de manobra dos interesses de políticos vagabundos. A imprensa independente já mostrou, a polícia no campus é reivindicação dos estudantes sérios que querem segurança. O que está ocorrendo por lá hoje é a baderna institucionalizada onde poucos querem é bandalheira. E para os idiotas de plantão: No Brasil de hoje, e mesmo com o PT no poder maconha ainda é crime, e como tal deve ser tratado em respeito a constituição do país. Ou se fazem leis para liberar a droga e com isso acabar com essas bizarrices que vemos na USP, ou se pune com rigor o maconheiro e se coloca um fim a esse circo. O que não podem é deixar como está para que idiotas tenham "pauta" de reivindicações e motivos para badernar usando a esfarrapada desculpa da liberação da maconha. Que por sinal já está "liberada" na sociedade dos hipócritas faz tempo. Pau neles governador!!!! Ou então... Pede para sair!! E PHODA -SE!!! MASCATEANDO

MESMO SEM CAUSAR ACIDENTES OU MORTES, DIRIGIR BÊBADO É CRIME, DIZ STF

             Dirceu Ayres
Pela primeira vez, o INSS vai processar um motorista para cobrar o que gastou com o acidente. São R$ 8 bilhões gastos por ano com indenizações Hoje uma ação inédita chega à Justiça: o INSS tenta devolver aos cofres da Previdência Social o dinheiro que gasta com acidentes de trânsito. São R$ 8 bilhões por ano com indenizações – uma conta que é paga pelo contribuinte. Agora o governo quer cobrar do motorista infrator. Essa conta, que hoje todos nós pagamos, é bem alta: R$ 8 bilhões. A ação inédita é contra um motorista do Distrito Federal que bebeu antes de dirigir e foi responsável por um acidente, que matou cinco pessoas em 2008. Apenas com esse caso o INSS já gastou R$ 90 mil. Pela primeira vez, o INSS vai processar um motorista para cobrar o que a Previdência gastou com o acidente. A ação é contra Igor Borges. De acordo com o processo, ele admitiu que bebeu Vodka antes de dirigir, em 2008. Segundo testemunhas, o motorista seguia em alta velocidade, pela contramão em uma rodovia no Distrito Federal e ainda fazia zigue-zague. Bateu de frente com um carro e causou a morte de cinco pessoas. Agora Igor pode ser obrigado a pagar a pensão da viúva de uma das vítimas. Ela acha que a ação é educativa. “É um grande incentivo para que não aconteça mais”, acredita. O advogado disse que nem adianta cobrar, porque o motorista não tem dinheiro para pagar a pensão. Está desempregado desde o acidente. Outras ações estão previstas ainda este ano. A Previdência vai cruzar dados com o DPVAT, seguro que paga indenizações em caso de acidente, e Ministérios Públicos estaduais atrás de casos gravíssimos. O procurador-geral do INSS, Alessandro Stefanutto, diz que a intenção é punir motoristas que assumiram o risco de matar ou ferir alguém em situações como dirigir bêbado ou em alta velocidade. “Nossa intenção é desestimular. E que as pessoas saibam que não vale a pena agir dessa forma no trânsito”, afirma o procurador-geral do INSS, Alessandro Stefanutto. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 40 mil pessoas morrem em acidentes de trânsito no Brasil todo o ano. Nesse período, o INSS gasta, em média, R$ 8 bilhões com benefícios como auxílio-doença, pensão por morte e aposentadoria por invalidez. “Precisa que alguém pague por isso. O INSS está ajudando a alertar primeiro para o custo e segundo para que o Estado seja também ressarcido desses custos”, observa o especialista em trânsito Davi Duarte. Para o presidente do INSS, Mauro Hauschild, a despesa é problema do culpado pelo acidente. Hoje quem paga esses custos são os contribuintes. “No final das contas, é todo trabalhador brasileiro que contribui mensalmente para o sistema de Previdência que acaba pagando essa conta pela irresponsabilidade no trânsito”, declara. O Supremo Tribunal Federal confirmou uma decisão: dirigir bêbado, mesmo sem causar acidente ou morte, já é um crime previsto no Código de Trânsito Brasileiro. Trata-se de uma posição que tinha sido questionada por um juiz de primeira instância. Site de O GLOBO

A asquerosa campanha contra a indignação de um povo.

                
       Dirceu Ayres

É asquerosa a campanha que setores da imprensa, correntes na Internet e políticos da oposição e da situação começaram a fazer contra o povo brasileiro. Considerar uma ofensa a Lula a sugestão de que recorra ao SUS, ainda que não tenha obrigação nenhuma de fazê-lo, é admitir que o serviço é, então, ruim e que, por isso, está muito abaixo daquilo que o ex-presidente merece. Definitivamente, incorpora-se à mentalidade brasileira a idéia de que o país tem uma aristocracia que não pode estar submetida às mesmas regras e condições do homem comum. Pela enésima vez: o petista tem o direito de se tratar onde quiser e de comprar o serviço que seu dinheiro puder pagar. Não está obrigado a recorrer ao serviço público. Mas considerar a sugestão um “ataque”? Não dá! Ou é vigarice ou é covardia. Como diria o Apedeuta, falo isso “de cátedra”. Meu pai se tratou de câncer no SUS. Peço vênia aos petistas, ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e agora ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) — solidários com Lula contra “o ataque” que não houve —, mas eu, de fato, não considero que o ex-presidente ou os senhores políticos sejam moralmente superiores ao meu pai e estejam imunes à simples sugestão de que recorram ao serviço público de saúde. Tenham mais respeito com o povo! Meu pai era um homem digno, ora essa! ESSA REAÇÃO OBSCURANTISTA E DISCRIMINATÓRIA SÓ NOS DIZ QUE VAI DEMORAR MUITO, TALVEZ A ETERNIDADE, PARA QUE O PAÍS SE TORNE REALMENTE UMA REPÚBLICA. Pior: no que diz respeito ao tratamento de câncer e ao SUS, as coisas se embaralham. Por quê? Conversei com médicos da área, alguns ligados à saúde pública. Eles me dizem que, uma vez diagnosticada a doença e depois que o paciente consegue chegar a um centro de referência de combate ao câncer — seja público, seja uma fundação, seja um ente privado conveniado —, o tratamento costuma ser digno. O do meu pai foi. Não parece ter-lhe faltado nada do que era tecnicamente desejável, já lá se vão 15 anos desde o diagnóstico — infelizmente, ele morreu em 2000. A maior dificuldade não está no tratamento, mas no fechamento do diagnóstico. Aí, sim, o calvário é grande. Marcar a primeira consulta demora uma eternidade, outra até que se consigam fazer os exames de imagem, depois há a necessidade da biópsia, e lá se vai mais um tempão… Quando o paciente finalmente chega à fase dos procedimentos, já pode ser tarde. Com o resultado da biópsia na mão — e falo daquele que foi, para todos os efeitos, o chefe do SUS por oito anos —, Lula poderia ser tratado com dignidade no sistema. Entenderam onde está o busílis? É na capilaridade do sistema. Política Mas eu não vim aqui para falar sobre saúde, não! O meu principal interesse continua a ser a política. Nesse particular, vivemos realmente dias excepcionais, no sentido mesmo da palavra: de exceção! Até agora, não vi ninguém com coragem de chamar as coisas por seu nome: “Olhem aqui, Lula não vai para o SUS porque aquilo não é pra ele”. Em vez disso, políticos e jornalistas preferem fantasiar. Na Folha de ontem, o colunista Ricardo Melo fez um raciocínio realmente fabuloso. Escreve: “Entre os que acusam Lula de falar uma coisa e de fazer outra ao tratar o câncer no hospital Sírio-Libanês, existe uma parcela imensa que simplesmente destila ódios partidários, preconceitos ideológicos e ressentimentos pessoais. Não houve pesquisa a respeito, até porque essa turma adora a sombra do anonimato. Caso tivesse acontecido, provavelmente veríamos que a grande maioria está bem de vida. No íntimo, protestam por considerar Lula representante daquela gente diferenciada destinada a definhar em macas ao relento, longe do conforto de quartos individuais.” Ricardo Melo não só “intui” qual é o perfil das pessoas como ainda conhece o seu íntimo. É o colunista onisciente. E, nota-se, é um profundo conhecedor da alma daqueles de quem discorda. É o tipo de debate que ele, Melo, vai ganhar sempre porque, na sua imaginação, seu adversário dirá sempre uma boçalidade facilmente contestável. Quem, em sã consciência, consideraria o hoje milionário Lula um representante da “gente diferenciada destinada a definhar nas macas”? Notem: essas pessoas, que ele caracteriza como adversárias do PT, são más, são perversas, são insinceras, querem que Lula morra. Mas ele admite haver um outro grupo. Leiam. “Mas há também quem, de forma sincera, embora confusa, externe uma frustração legítima. Muitos são eleitores que, ao votar no PT e conduzir um metalúrgico à Presidência, esperavam mudanças radicais após anos de descaso de gestões tucanas e assemelhadas diante da tragédia da saúde pública. Como qualquer cidadão civilizado, torcem pela recuperação de Lula, adoram que o ex-presidente seja bem tratado, mas se incomodam quando outros tantos são privados das mesmas atenções.” Ah, agora entendi, Ricardo Melo. Se é um eleitor de Lula a achar que ele deve se tratar no SUS, então aí é coisa de gente sincera, bem-intencionada, embora “confusa”. Perceberam? Para Melo, não é a opinião em si que conta, mas quem a emite. Um petista que reclame de Lula no hospital de rico quer é Sírio-Libanês para todo mundo; já um antilulista quer o hospital só para si. Petistas, ou esquerdistas, têm, como a gente vê, o monopólio da bondade, da virtude e da caridade. Foi assim que a esquerda matou milhões de pessoas e ainda reivindica para si a herança do humanismo. Suas intenções sempre foram boas… Para não deixar passar: o autor fica desafiado a provar que a saúde pública, sob a gestão tucana, foi marcada por “anos de descaso”. É simplesmente mentira! Nota à margem: em seu texto, ele prefere não confrontar Lula com suas próprias palavras quando o assunto é saúde pública. Foi ao ponto Talvez Ricardo Melo não tenha clareza de quão esclarecedor foi seu texto. Desde o começo, eu andava desconfiado de que setores da imprensa e da vida pública estavam empenhados em deslegitimar e invalidar a opinião de amplas camadas da sociedade, como se fossem seres destituídos do direito de se expressar porque essencialmente egoístas, má, preconceituosa. A mensagem do texto é uma só: os que estão com Lula têm o direito de criticá-lo, ainda que isso possa ser um erro. Os que não estão são apenas portadores da má fé. São dias bicudos. A torcida pelo insucesso de qualquer doente amesquinha a alma do torcedor — e eu sei do que são capazes os feios, sujos e malvados. Fujam disso! Mas não abram mão, em razão de constrangimento de qualquer natureza, de dar uma resposta à manipulação. Já sabemos que “eles” têm o monopólio da virtude, do bem e da caridade. No ritmo em que vão alguns oposicionistas oficialistas, logo os petistas terão também o monopólio da política. Deixemos claro a uns e a outros como pensam os homens livres. A agenda vencida dos dois grupos não interessa. Lula pode pagar um hospital que meu pai não podia. Que colha os melhores frutos e se cure! Mas, caso viesse a se deitar na mesma cama em que meu pai deitou um dia, estaria no leito antes ocupado por um homem decente. Não lhe seria uma ofensa, mas uma honra — para quem se deixa honrar pelos honrados. Parem de atacar o povo brasileiro, senhores colunistas e políticos da situação e da oposição! O SUS não foi feito para humilhar ninguém, especialmente o povo, que sustenta o circo. Reinaldo Azevedo.

Certa imprensa deveria estar revoltada contra o anonimato no STF e não nas redes sociais.

         Dirceu Ayres

Em meio à campanha Lula no SUS, que corre como um rastilho de pólvora nas redes sociais, o que mais incomoda os jornalistas pelegos ou cínicos é o anonimato. No entanto, Gilberto Dimenstein e outros assemelhados não demonstram indignação alguma com o fato de que 152 políticos, cujos crimes são investigados pelo STF, são mantidos na suprema corte na condição de anônimos. Mesmo quando não há segredo de Justiça, o supremo órgão do Judiciário esconde os nomes os réus. Só divulga as iniciais. Este anonimato é que deveria incomodar determinada imprensa, supostamente democrática. Leiam, abaixo, matéria do Estadão. O Supremo Tribunal Federal (STF) mantém em sigilo a identidade de 152 autoridades suspeitas de cometer crimes. Um procedimento adotado no ano passado como exceção, que visava a proteger as investigações, acabou tornando-se regra e passou a blindar deputados, senadores e ministros de Estado. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo em aproximadamente 200 inquéritos mostrou que os nomes dos investigados são ocultados. Apenas suas iniciais são expressas, mesmo que o processo não tramite em segredo de Justiça, o que torna praticamente impossível descobrir quem está sendo alvo de investigação. O jornal já havia revelado, em dezembro do ano passado, a adoção dessa prática no STF. O inquérito aberto contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), flagrada recebendo dinheiro do esquema do mensalão do DEM no Distrito Federal, aparece no site do Supremo apenas com as iniciais da parlamentar: JMR (Jaqueline Maria Roriz). Outros seis inquéritos trazem as iniciais L.L.F.F. Só foi possível identificar que o investigado era o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) porque outra investigação com a mesma sigla foi levada ao plenário do tribunal recentemente. Em outros casos, é possível inferir quem é o investigado por meio de uma pesquisa. Sabendo que a investigação foi aberta em um Estado específico, é necessário cruzar as iniciais com todos os nomes de deputados e senadores eleitos por esse mesmo Estado. Por esse procedimento é possível inferir que um inquérito aberto contra L.H.S. em Santa Catarina envolve o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC). Nesse caso, o jornal O Estado de S. Paulo confirmou que se trata efetivamente do parlamentar e ex-governador catarinense. Mas na maioria das vezes essa pesquisa não é suficiente para saber quem está sob investigação no Supremo. A regra de identificar os investigados no STF apenas pelas iniciais foi baixada pelo presidente do tribunal, ministro Cezar Peluso, no fim do ano passado. O levantamento nos mais de 200 inquéritos mostrou que apenas o ministro Celso de Mello tem como padrão tirar essa proteção a investigados com foro privilegiado. Ele já tem despacho padrão para esses casos e é a primeira providência que adota quando o processo chega a suas mãos. O primeiro desses despachos foi dado no processo que envolve o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ari Pargendler, acusado de injúria por um ex-estagiário do STJ. Na decisão, Celso de Mello afirma que o sigilo e o tratamento diferenciado a essas autoridades são incompatíveis com o princípio republicano: "Cabe acentuar, desde logo, que nada deve justificar, em princípio, a tramitação, em regime de sigilo, de qualquer procedimento que tenha curso em juízo, pois, na matéria, deve prevalecer a cláusula da publicidade". "Não custa rememorar, tal como sempre tenho assinalado nesta Suprema Corte, que os estatutos do poder, numa República fundada em bases democráticas, não podem privilegiar o mistério", acrescentou. Crítico do procedimento criado por Peluso, o ministro Marco Aurélio Mello também retirou esse segredo em três dos processos que estavam em seu gabinete. Num deles, ressaltou ser "princípio básico, na administração pública, a publicidade dos atos". E lembrou que o processo, antes de o investigado se tornar deputado, tramitou em outro tribunal sem esse sigilo. Por isso, mandou que fosse retificada a autuação para que constasse o nome inteiro do deputado Fernando Jordão (PMDB-RJ). No entanto, apesar de ter alterado alguns dos inquéritos que estão sob sua relatoria, Marco Aurélio ainda cuida de alguns que trazem apenas as iniciais dos nomes dos investigados. Os demais ministros do Supremo não alteram a autuação dos inquéritos. Por isso, praticamente todos os procedimentos que chegaram ao STF nos últimos meses tramitam sem que se possa saber quem está sendo investigado.

A luz do socialismo parou de piscar.

                                                                   Dirceu Ayres
Derrotada dentro do PT na corrida pela prefeitura paulistana, mesmo tendo dez vezes mais intenções de voto do que Fernando Haddad, Marta Suplicy escreve artigo na Folha de São Paulo, analisando a crise européia, citando de forma especial a Espanha. O título é "Luz piscando forte". Abaixo, um trecho: As instituições mundiais e os sistemas eleitorais vigentes, assim como as regras que têm conduzido o mundo, estão caducas. Seria como se o mundo já estivesse tocando outra música e a orquestra continuasse na partitura anterior. Não dá. E como mudanças dessa profundidade nunca ocorreram com rapidez, encontramo-nos todos atônitos com a aceleração do processo. Enquanto esses movimentos vão como nuvens se redesenhando, sem céu azul, fica a pergunta: para que e para quem servem esses governos? Não nos esqueçamos das faixas empunhadas em manifestações na Espanha: "Se não nos deixarem sonhar, não os deixaremos dormir". A luz não vai parar de piscar tão cedo. Agora, vamos aos fatos sobre a Espanha, em matéria do Estadão: MADRI - O Partido Popular (PP), da oposição de centro-direita na Espanha, está a caminho de obter vitória absoluta nas eleições de 20 de novembro e controlar o parlamento, já que os eleitores culpam o governo socialista pela situação da economia, mostrou uma pesquisa de opinião divulgada nesta sexta-feira, 4. O PP ganharia entre 190 e 195 cadeiras na Câmara Baixa - são necessárias 176 para conseguir a maioria absoluta. Os socialistas obteriam de 116 a 121 assentos, segundo a pesquisa do Centro de Pesquisa Sociológica (CIS), do governo. Os números equivalem a 46,6% dos eleitores para o PP, o que dá uma liderança de quase 17 pontos, a maior até o momento na campanha. Os eleitores estão irritados com o fracasso dos socialistas em lidar com a economia estagnada e com a maior taxa de desemprego da União Européia, de 21,5%, e consideram ser mais provável que o PP crie empregos do que seu rival. Nesta sexta-feira, dados fracos sobre a produção industrial em setembro não ajudaram a acalmar os temores de que a Espanha pode estar prestes a voltar para a recessão. A pesquisa do CIS mostrou que mais de 75% dos espanhóis acreditam que os socialistas fizeram um trabalho ruim ou muito ruim ao lidar com o emprego, sendo que esse percentual aumenta para 78% se for avaliado o desempenho da economia em geral. O partido do primeiro-ministro José Luiz Rodríguez Zapatero implementou medidas de austeridade que visavam ajudar a Espanha a evitar recorrer a um resgate da zona do euro semelhante aos da Grécia, Irlanda e Portugal, mas muitos investidores consideram que as políticas não foram longe o suficiente. A questão central é se os espanhóis estarão dispostos a aceitar medidas de austeridade se elas deixarem os serviços de bem-estar social intactos e criarem empregos. "Eu vou passar a tesoura em tudo, menos na aposentadoria pública, saúde e educação, onde não quero reduzir os direitos dos cidadãos. Temos que fazer isso e os espanhóis precisam saber, e na verdade eles sabem", disse o líder do PP, Mariano Rajoy, à Rádio Punto, em entrevista na sexta-feira.