sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

INCHAÇO DESFIGURA HUGO CHÁVEZ E CONTINUA ALIMENTANDO RUMORES SOBRE SUA SAÚDE

                        
   Dirceu Ayres

Inchaço desfigurou Chávez e alimenta rumores sobre sua saúde. Essa tal reunião de cúpula que está ocorrendo na Venezuela e que reúne a turma do Foro de São Paulo, incluindo evidente a Dilma, representante do Lula, nada mais é que um esquema de marketing de Hugo Chávez. A pauta desse convescote cucaracha é transformar em um fato uma idéia completamente descabida desse tirano megalomaníaco de criar uma tal de Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), já que existe em pleno funcionamento a Organização dos Estados Americanos (OEA). Ao mesmo tempo Chávez quer demonstrar - como convém a todo líder carismático - seus poderes pretensamente sobrenaturais que teriam derrotado o câncer que o acometeu recentemente. Entretanto, as informações a respeito do verdadeiro estado de saúde do caudilho continuam sendo guardadas com absoluto rigor. Ninguém, a não ser o próprio Chávez, pode falar sobre seu estado de saúde e a evolução do tratamento ao qual se submeteu em Cuba. Recentemente, o médico venezuelano Salvador Navarrete, que foi médico particular da família do caudilho, revelou em entrevista ao influente semanário mexicano Milenio, que Chávez padece de um sarcoma, tipo de câncer violento e que sua sobrevida não deve ultrapassar dois anos. Logo em seguida, a polícia política de Chávez partiu para cima de Navarrete, fato que obrigou o médico a fugir da Venezuela. Dois fatos continuam intrigando os venezuelanos: Chávez até hoje não revelou de qual região de seu corpo os cirurgiões cubanos extirparam o tumor. Não se sabe até hoje qual é o tipo de câncer e qual órgão foi atingido, dúvidas que contribuem para alimentar os boatos e ao mesmo tempo manter a população em permanente suspense. Outro detalhe que chama a atenção é que um inchaço desfigurou em pouco tempo o rosto do caudilho, como mostram suas fotos recentes, como estas acima. Todo esse mistério é manipulado ardilosamente por Hugo Chávez, que utiliza as instituições democráticas para se perpetuar no poder. Toda essa encenação que lhe confere uma aura de martírio e poder sobrenatural, e tem em vista a eleição presidencial de 2012. A. Amorim.

Sexualização das meninas

                           
    Dirceu Ayres

Eu conheço de perto as redes de televisão nos Estados Unidos e no Reino Unido e posso garantir que elas estão longe da sexualização das novelas brasileiras. Mas são estes dois países que estão preocupados com a sexualização das crianças que a TV, internet, revistas e cinema ensinam. No Brasil, nós não temos esta preocupação ainda. Aqui tem uma notícia da BBC de 2007, aqui um ação do atual governo inglês para inibir a sexualização de meninas. Aqui um artigo do Wall Street Journal de 2009 sobre a exploração comercial da idéia de princesa. Mais importante, desde 2007, a Associação Americana de Psicologia (APA) publica resultados da super sexualização de meninas. Ontem, eu li partes da última atualização deste relatório. Vejamos o que diz a APA. Há vários componente de sexualização, e estes podem trazer prejuízos para a saúde sexual. Sexualização ocorre:  O valor da pessoa vem apenas do seu apelo e comportamento sexual;   A pessoa deve se comportar de acordo com um padrão que a torna sexy; A pessoa é tornada em um objeto sexual, se torna uma coisa, e não vista como uma pessoa com capacidades para ações independentes; A sexualidade é imposta sobre a pessoa;  Todas as quatro condições não precisam estar presentes para indicar sexualização. A quarta condição é especialmente relevante em crianças. Qualquer um (meninas, crianças, homens e mulheres) pode ser sexualizados. Mas quando crianças são imbuídas com a sexualidade adulta, isto é imposto sobre elas. Fábricas de brinquedo produzem bonecas usando minissaias de couro, casacos de pele, botas de cano alto para crianças de 8 a 12 anos. No mundo dos concursos de beleza para meninas, crianças de 5 anos usam dentes postiços, extensões para o cabelo, e maquiagem é encorajada. No horário nobre da TV, meninas podem assistir shows de moda nos quais modelos fazem lembrar meninas usando lingerie (exemplo CBS broadcast do Victoria Secreta de 6 de dezembro de 2005) Jornalistas, advogados da infância, pais e psicólogos estão ficando alarmados em relação ao crescente problema da sexualização das meninas. Evidências amplas indicam que a sexualização tem efeitos negativos sobre uma variedade de áreas, incluindo funções cognitivas, saúde física e mental, sexualidade, e crenças e atitudes. Pesquisas também apontam que ideais de sexualização feminina estão ligados a baixa auto-estima, mau humor e sintomas depressivos entre adolescentes. O desenvolvimento sexual de meninas pode ser afetado no momento em que elas estão espostas a modelos de passividade, e estudos indicam que a mídia pode influenciar a percepção das meninas em relação a sua própria virgindade e a sua primeira experiência sexual. As relações interpessoais entre as meninas serão afetadas na medida em que elas vigiam o comportamento de uma das outras para estar em conformidade com um beleza ideal que envolve apresentação sexualizada. gracanopaisdasmaravilhas

Código Florestal decodificou Marina Silva: fundamentalista, antidemocrática e burra.

                        
     Dirceu Ayres

Marina Silva, neste momento, poderia estar declarando: que respeita a democracia e que o seu trabalho, depois da aprovação do novo Código Florestal, será organizar os milhares de "ongolistas" que cacarejam ao seu redor, a fazer um trabalho de conscientização dos cidadãos rurais do Brasil sobre a importância de preservar. que, para isso, vai buscar até mesmo uma aproximação com as entidades "ruralistas", que representam mais de 5 milhões de produtores rurais, assim como está fazendo Dilma Rousseff, para que uma nova política agrícola seja implantada e permita que o Brasil possa ser uma potência agrícola e uma potência ambiental. que reconhece a legitimidade do Congresso Nacional, mesmo que não concorde com a sua decisão legítima sobre o Código Florestal, por isso irá criar um novo partido para lá ter maioria e fazer valer, pelo voto, as suas teorias e idéias sobre meio ambiente que, depois do debate, é importante que "ongolistas" e "ruralistas" protejam não só as florestas, mas também a imagem do país no exterior, para que mentiras ditas lá fora não prejudiquem as exportações brasileiras, que geraram, nos últimos 10 anos, mais de U$ 400 bilhões de superavit, segurando as contas e as pontas do país durante a crise. Marina Silva poderia estar dizendo tudo isso se respeitasse a democracia e amasse o seu país. No entanto, imaginando que fala escorada em sonháticos 20 milhões de votos, adota uma estratégia radical, antipatriótica, desesperada e inútil, composta pelas seguintes ações: constranger a Presidente da República a quem não apoiou, mesmo tendo exigido uma carta-resposta sobre a sua plataforma do Governo. Para isso, mobiliza um verdadeiro aparato nas redes sociais, pago a peso de ouro, para explorar um slogan golpista intitulado vetadilma despachar os seus "ongolistas" para o exterior, para a conferência do clima em Durban, para espalhar mentiras sobre o país, comprometendo todo o esforço diplomático que está sendo realizado para que o país realize a Rio + 20 formar uma equipe de ecoterroristas que manipulam dados, patrulham a imprensa, espalham mentiras sobre o novo Código Florestal. Ela mesma, inclusive, afirmou que Dilma estava escondendo os dados do desmatamento dna Amazônia. No mesmo dia, os dados foram publicados e mostraram estabilização. No dia seguinte, uma ong da sua turma publicou informe em que o desmatamento havia sido reduzido em 30%. utilizar crianças Como Massa de manobra, uma técnica muito utilizada Na Alemanha dos anos 30, numa tentativa de humanizar a tirania ambientalista que ela implantou no Brasil. montar um abaixo-assinado mentiroso, um banco de dados de campanha eleitoral, que da noite para o dia saltou de 70.000 assinaturas para 1.500.000, número que foi reduzido no dia seguinte para 1.200.000, para tentar pressionar a presidência da República a vetar o Código Florestal. Marina Silva achou que tinha 20 milhões de votos. Teve porque havia 20 milhões de eleitores insatisfeitos com a polarização entre PT e PSDB. Os votos não são dela, tanto é que a sua mobilização contra o Código Florestal só logrou reunir artistas deslumbrados, ongolistas a soldo, bispos vermelhos, a minoria bizarra do PSOL e crianças inocentes, raptadas da sala de aula para virar claque da ex-ministra. Marina Silva é burra, construiu o discurso errado, ficou isolada e enterrou o seu futuro político. Não tem partido. Não tem militante. Não tem eleitor. Não tem discurso. E quem diz isso não é só o blogueiro Coronel. Já que todo o partido político tem um bicho, Marina Silva poderia adotar a angolista, que lembra "ongolista" e cujo o lema é " tô fraca, tô fraca, tô fraca"... Leia, abaixo, artigo publicado hoje no Valor Econômico que, mesmo que ataque os "ruralistas", como virou jornalisticamente correto para profissionais mal informados, faz uma boa análise. Pairar acima dos partidos e por eles ser derrotada. Inspirado por Marina Silva, já começa a circular nas redes sociais movimento pelo veto da presidente Dilma Rousseff ao Código Florestal que ainda está por ser votado. Dada a concordância governista com a maior parte do relatório do senador Jorge Viana (PT-AC), é pouco provável que o movimento seja bem sucedido. A iminente derrota ambientalista na próxima semana não pode ser dissociada da neutralidade de Marina Silva no segundo turno da eleição presidencial do ano passado. Não que o apoio de Marina a Dilma ou a José Serra fosse capaz de evitar o que já parece uma derrota certa do ambientalismo no Congresso. O placar da Câmara (410 votos) que referendou o relatório do agora ministro Aldo Rebelo (PCdoB) já havia deixado claro que é a disposição em retirar amarras à produção agropecuária que domina os ânimos parlamentares. Está claro que não foram 20 milhões de votos pintados de verde que Marina obteve, mas este patrimônio eleitoral a autorizava a negociar os pontos mais caros ao ambientalismo com maior grau de compromisso dos candidatos em disputa. Tivesse anunciado apoio a José Serra, Marina Silva disporia de laços com a oposição com os quais poderia costurar um discurso alternativo ao bloco ruralista. Ainda que minoritário no plenário, esse bloco, mesmo derrotado, não amargaria o isolamento a que a votação do Código está para submeter os ambientalistas no Congresso. O apoio de Marina a Dilma Rousseff tampouco asseguraria vitória aos verdes, mas além de lhes dar melhores condições de negociar a tramitação do projeto, também faria com que a cobrança que hoje se faz à Dilma por um veto extrapolasse as redes sociais e envolvesse um maior compromisso partidário. Poderia ter evitado, por exemplo, que a primeira relatoria do projeto caísse nas mãos de um senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) que governou por oito anos o Estado cujo padrão de ocupação leva a desastres anuais de grandes proporções no período de chuvas. A neutralidade do segundo turno ajudou a revestir a imagem de Marina da aura de quem paira acima dos partidos e daquela raivosa disputa do segundo turno. Se a decisão beneficiou a imagem da ex-candidata, talvez não se possa afirmar o mesmo da causa ambiental. Quanto mais se aprofunda a crise mundial mais cresce o apelo para que o Brasil mantenha sua economia a salvo da turbulência com atração de investimentos, fomento à produção e ao consumo. É, portanto, uma conjuntura desfavorável a que se discuta se a margem dos rios a ser preservada deve ser de 10, 20 ou 30 metros. É essa rajada contrária aos ambientalistas que os obriga a ampliar seu espectro político de atuação, mas o movimento parece dominado pela ideia de que o Brasil entrou na cadeia de mobilização popular pelas causas justas que ocupa as praças, de Zucotti a Tahir. Um desses manifestantes globais estendeu uma faixa no Congresso na semana passada com o slogan "Jorge Viana trocou Chico Mendes por Kátia Abreu". Dercy Teles de Carvalho Cunha é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, fundado por Chico Mendes. Elegeu-se em 2009 quando a vasilha de 18 litros de castanha chegou a ser vendida a R$ 13 reais e o quilo de látex não conseguia mercado a preço nenhum. Os filiados do sindicato trocaram o extrativismo pela pecuária. Hoje a reserva Chico Mendes, criada para preservar o modo de produção de seringueiros, castanheiros, quebradeiras de coco, populações ribeirinhas e todos os povos da floresta defendidos pelo líder morto em 1988, tem 10 mil cabeças de gado. Se os manifestantes de Xapuri fossem hoje reunidos numa praça o recado que se ouviria talvez fosse bem diferente daquele que Marina gostaria de ouvir. E é possível que também fosse diferente daquele que Chico Mendes um dia verbalizou. Uma parte deles se manifestou no ano passado quando o Acre natal da candidata do PV a derrotou. Dercy somou as multas que o Ibama aplicou a 16 dos seus produtores e chegou à conta de R$ 1, 4 milhão. Ela diz que o texto beneficia os grandes produtores e exige demais da agricultura familiar. Até Kátia Abreu faria mais rodeios para dizer aquilo que Dercy abre de bate pronto numa conversa por telefone. Reclama que seus filiados (4 mil e poucos na última conta) não podem mais queimar a roça, a exemplo do que faziam os primeiros habitantes do país cinco séculos atrás. Enquanto Marina acha que fizeram-se concessões demais na anistia aos desmatadores, Dercy reclama que os produtores tenham sido obrigados a recompor áreas de floresta para ficarem quites com o Ibama. E diz que ninguém cumpre a determinação de desmatar apenas 20% das propriedades rurais, tal como é exigido no texto para a região amazônica. O sindicato de Dercy é um dos 30 signatários da Carta do Acre, que critica a coalizão política que, liderada pelo PT, governa o Acre há 13 anos. O documento a acusa de ter promovido, em nome de Chico Mendes, um capitalismo verde que só beneficia madeireiros. Até os ambientalistas concordam que o texto que vai à voto na próxima semana no plenário do Senado é melhor para seus interesses do que aquele que saiu da Câmara. Criou, por exemplo, a obrigatoriedade de um cadastro para acompanhar se as propriedades cumprem ou não as exigências do código e restringir o acesso ao crédito daquelas que o infringirem. Mas o código não é fruto do consenso entre ruralistas e ambientalistas, como pretende Viana. Em relação à legislação atual, quem ganha são os ruralistas. É bem verdade que a lei hoje em vigor não é cumprida e decretos com anistias vêm sendo renovados por sucessivos governos. Mas sem rechaçar a tese do falso consenso, que sempre colocou as mudanças do país em marcha lenta, não há mobilização na política. Os ambientalistas devem perder porque não foram souberam mobilizar uma coalizão capaz de reunir num mesmo discurso os barulhentos estudantes das galerias e os muitos brasis de Xapuri. E tão equivocado quanto apostar no código como filho do consenso é acreditar que o veto virá pelo twitter. Maria Cristina Fernandes é editora de Política do Valor Econômico.

Comissão de ética da decadência da república.....PEDE PRA SAIR!!!!

                          
   Dirceu Ayres

Se os senhores dessa tal comissão de ética da decadência da república tivessem um mínimo de ética e de vergonha na cara pediriam demissão em conjunto. Afinal essa comissão existe para balizar e fiscalizar e avaliar o comportamento ético dos que estão no poder. Pelo que se entende, as decisões da comissão deveriam ser respeitadas pela presidANTA e ter ao menos seus julgamentos aceitos e cumpridos. Mas, infelizmente no Brasil das Ratazanas Vermelhas, comissão de ética é um contra senso, já que ético é o que menos se vê nos gabinetes de Brasília e nos círculos políticos em geral. E para falar a verdade, se vê muito pouca também entre a população. Não é possível que pessoas com história de vida como um Sepúlveda Pertence, que já foi ministro do supremo e é um jurista respeitado no meio "legal" do país, aceite essa galhofa que a PresidANTA Dilmarionete fez com eles, essa situação, além de ser uma mostra de que nesse DESgoverno vale tudo, menos punir um cumpanhero bandoleiro. E que a Dentuça está refém de um sistema de acordos safados que transformou o Brasil em um balcão de empregos para político picareta e militonto espertalhão e baba ovos. Mas certamente os "éticos" da comissão de ética não tem "cojones" para pedirem para sair. Se é uma comissão que é regrada pela ética, não poderia se tornar alvo de descrétido de toda uma população. Estão ajoelhados e desacreditados e não tem mais motivos para existir. Ética no Brasil do PT é artigo de luxo. Mais uma vez está amostra a verdadeira face desse DESgoverno de ratos vermelhos onde a orientação é roubar até quebrar o país. Se no Brasil dos homens sérios existisse um mínimo de ética e de PATRIOTISMO, esses senhores recomendariam o impeachment da PresidANTA por corrupção passiva e em seguida pediriam demissão. Mas a grana é boa, então aceitam serem feitos de palhaços. Mas palhaços muito bem remunerados. Oras. E não esqueçam que todos os investigados, acusados e demitidos por fraudes, desvios e corrupção vieram no pacotão que o Ex presidente o enfermo Defuntus Sebentus entregou para a Mamulenga mandatária. Diante desses fatos vemos que além do DESgoverno estar loteado por bandoleiros, os acordos pré eleitorias transformaram a Dentuça em uma simples faxineira e mais nada. E quando digo FAXINEIRA é porque de presidANTA de administradora ela não tem porra nenhuma. As instituições do país em polvorosa, e a Dentuça foi para Caracas brincar de "revolucionária" com o Pé na cova de Venezuela e a Barbie da terceira idade da ARGHentina. E para as próximas gerações, ética, honestidade, honra e transparência serão apenas adjetivos esquecidos na história e nas páginas dos dicionários. Só um Impeachment da presidANTA salva o Brasil da corrupção. Ela é a única culpada de toda bandalheira que está corroendo as instituições pouco democráticas da pocilga. Fora Dilmarionete!!!!! E cadeia no Sebento!!! E PHODA-SE!!! Isso é “MASCATE

Senadores aprovam uma inconstitucionalidade: diploma obrigatório para jornalista! Saibam: para ser ministro do Supremo, não é preciso nem mesmo ter curso superior!!!

                          
      Dirceu Ayres

É o fim da picada! O Senado aprovou, em primeira votação, por 65 votos a 7 — não vi a lista, mas deve haver gente da oposição no meio —, uma Proposta de Emenda Constitucional de José Carlos Valadares (PSB-SE) que reinstitui a obrigatoriedade do diploma de jornalista, que havia sido imposta em 1969, durante a ditadura militar. Ainda haverá uma segunda votação, mas todo mundo já sabe o resultado. O texto segue depois para a Câmara, onde também será votado duas vezes. Duvido que seja rejeitado. O caso certamente acabará no Supremo. Há nisso tudo uma suposição estúpida, uma doce ilusão dos políticos, que é alimentada pelo subjornalismo de aluguel, que orbita hoje em torno do Planalto e dos Josés Dirceus da vida. Ilusão idêntica tinha a ditadura. Explico direitinho depois. Vamos primeiro à questão em si. No dia 17 de junho de 2009, num julgamento relatado pelo ministro Gilmar Mendes, a obrigatoriedade foi derrubada. Seguiram o voto do relator os ministros Ricardo Lewandowski, Carmem Lúcia, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Celso de Mello. O único a se posicionar a favor da obrigatoriedade foi Marco Aurélio Mello. Menezes Direito, já morto, então ministro, e Joaquim Barbosa não votaram. Pois bem: qual foi a essência do voto de Mendes? A obrigatoriedade feria o direito à livre manifestação de idéias, o que é evidente, afrontando cláusula pétrea da Constituição. E assim entendeu a maiorias. Pois bem: dos oito que votaram contra a obrigatoriedade, dois deixaram o tribunal. Não há razão, em tese ao menos, para que os outros seis tenham mudado de idéia. O número basta para derrubar de novo essa excrescência. Acredito que Dias Toffoli, que substituiu Menezes Direito — dada a trajetória no tribunal até aqui e considerando um voto exemplar que deu hoje (ver post daqui a pouco) em favor da liberdade de expressão —, tende a votar contra a obrigatoriedade. Não tenho idéia do que fariam Joaquim Barbosa e Luiz Fux, uma caixinha de surpresas. Esse ministro, por exemplo, deu um voto sobre o Ficha Limpa e, logo depois, diante da reação negativa, anunciou que até poderia mudar de idéia… Lewandowski fez algo parecido: de crítico contundente do Ficha Limpa, passou a defensor contundente. Tudo esquisito. Rosa Maria Weber, a nova indicada para o tribunal, vem da Justiça do Trabalho, origem de Marco Aurélio, único a defender a obrigatoriedade. Em tese - EM TESE! - há pelo menos sete possíveis votos contra o retrocesso. Ilusão A ditadura militar tinha a ilusão de que, ao exigir diploma para o exercício da profissão, haveria uma diminuição de esquerdistas nas redações. Ilusão mesmo! O esquerdismo é um vírus que não se combate com decisões cartoriais — nem com paramilitares, claro! Bastaram alguns anos para que as faculdades de jornalismo se transformassem em verdadeiras madraçais do esquerdismo. O decreto da ditadura que buscava “limpar” as redações passou a ser defendido com unhas, dentes e nada de cérebro pelas entidades sindicais ligadas aos jornalistas. Falam em nome do cartório. Em tese ao menos, jornalistas com diploma são mais suscetíveis à sindicalização. Entenderam? A ditadura queria o diploma porque apostava que, assim, teria um maior controle ideológico da profissão. A esquerdalha sindical quer o diploma pelos mesmos motivos, só que, agora, com sinal invertido. Como de hábito, autoritários de um lado e de outro são essencialmente iguais, ainda que queiram coisas diferentes. Os políticos entram nessa porque têm medo das entidades sindicais de jornalistas. Acreditam na influência da categoria, o que é besteira. Alô, senhores senadores e deputados, se vocês acham que, com diploma obrigatório, a vida de vocês pode ficar mais fácil, podem tirar o cavalo da chuva! Nada vai mudar! A única coisa que vocês estão fazendo é fortalecer as faculdades-cartório e os aparelhos sindicais, que têm dado, diga-se, provas reiteradas de decência… O STF derrubou a obrigatoriedade do diploma, mas, evidentemente, não proibiu que diplomados trabalhem. Sem a imposição, uma faculdade de jornalismo organiza-se para ser realmente competente e para formar profissionais competitivos. Com ela, qualquer porcaria serve! Questão pessoal Os bobalhões não se animem. Não falo em proveito próprio. Tenho diploma, registro do Ministério do Trabalho, essas coisas todas. Ainda que não tivesse, a PEC não tiraria o direito ao trabalho de quem já exercia a profissão antes de sua provável aprovação. De todo modo, creio que será inútil. Se os seis que votaram contra a obrigatoriedade e continuam no Supremo ainda não enlouqueceram, a imposição inconstitucional cai de novo! Toffoli me parece, por coerência, um voto certo contra essa tolice. E sempre há a possibilidade de Barbosa, Fux e, agora, Rosa Maria Weber fazerem a coisa certa! Finalmente Para ser ministro do Supremo, diga-se, há apenas três exigências, conforme o Artigo 101 da Constituição: Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Como se vê, o indicado não precisa ser advogado. Aliás, não se exige na Constituição nem mesmo curso superior. Eu queria saber por que há de se constitucionalizar a exigência do diploma para jornalista. Pode-se indagar: “Mas como ter notório saber jurídico sem ser advogado?” É difícil, eu sei. Mas não é exigência constitucional, eis o ponto. “Ora, como ter notório saber jornalístico sem ser formado em jornalismo?” Perguntem a Paulo Francis, Nelson Rodrigues, Otto Lara Resende, entre outros. Há diplomados que são profissionais de primeiro time? Claro que sim! Vale dizer: não é o diploma de jornalismo que é irrelevante. Ninguém é contra ele. É a obrigatoriedade que afronta a democracia e os fatos. Por Reinaldo Azevedo

Marcos Valério, aquele do mensalão, é preso em Minas.

                    
      Dirceu Ayres

Investigação na Bahia determinou prisão de 23 pessoas em três estados.Defesa do empresário disse acreditar que prisão é ilegal. Marcos Valério, apontado como operador do mensalão foi preso na manhã desta sexta-feira (2) em Belo Horizonte, Minas Gerais. De acordo com a Polícia Civil, além dele, ao menos outras 14 pessoas tinham sido detidas até por volta das 8h30 em cumprimento de mandados expedidos pela Justiça da Bahia. Os detidos são suspeitos de envolvimento em grilagem de terras. O advogado Marcelo Leonardo, um dos defensores de Marcos Valério, disse ao G1 que, até pouco antes das 9h, não tinha conhecimento do teor da acusação, mas acreditava que a prisão é ilegal. Batizada de "Operação Terra do Nunca", a ação é realizada em três estados e tem como meta cumprir 23 mandados de prisão preventiva. Os pedidos de prisão apontam envolvimento dos suspeitos na "aquisição de 'papéis públicos', para a 'grilagem' de terras, ocorrida no município de São Desidério, Oeste da Bahia". As investigações comandadas pelo delegado Carlos Ferro apontam o envolvimento de advogado, latifundiários, empresários, serventuários da Justiça. Os inquéritos em tramitação na Bahia apontam o envolvimento dos suspeitos em "falsificação de documento público", "falsidade ideológica", "corrupção passiva" e "corrupção ativa". Entre as prisões realizadas no começo da manhã, quatro foram realizadas em Minas Gerais, uma em São Paulo e outras 10 prisões ocorreram na Bahia, na cidade de Barreiras. Defesa critica prisão De acordo com o advogado Marcelo Leonardo, que representa Marcos Valério, policiais civis da Bahia também prenderam três sócios do seu cliente. Os quatros devem ser levados para a Bahia. O advogado de Marcos Valério afirma não ter conhecimento do teor da acusação, mas supõe que possa ter ligação com a compra de uma propriedade no Sul da Bahia, há mais de sete anos. “É suficiente acreditar que a prisão é ilegal e não tem razão de ser, já que eles são citados e respondem a vários processos e têm residência fixa”, disse. Réu no mensalão O empresário Marcos Valério foi apontado pelo Ministério Público Federal como operador do esquema do mensalão. Um dos 38 réus no processo que corre no Supremo Tribunal Federal, ele foi acusado dos crimes de corrupção ativa, peculato (quando servidor público usa a função no desvio de recursos em benefício dele e de terceiros), lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas. Ao apresentar as alegações contra as acusações do mensalão, Marcos Valério negou ser operador do esquema e disse que o mensalão foi uma "criação mental". *Do G1 MG e BA

Os quatro pré-candidatos tucanos não sabiam que Alckmin busca um candidato mais viável para disputar São Paulo.

                        
    Dirceu Ayres

A inclusão do empresário e apresentador de televisão João Doria Júnior em uma pesquisa sobre os possíveis candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo, em 2012, pegou de surpresa os quatro postulantes tucanos já inscritos para as prévias do partido, ainda sem data definida. Os secretários estaduais José Aníbal (Energia), Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e o deputado federal Ricardo Trípoli afirmaram não terem sido informados de que o partido encomendara qualquer pesquisa. "Estou estranhando essa história, porque faço parte da executiva municipal e ninguém me contou", afirmou Trípoli. Covas se limitou a dizer que ficou sabendo "pelos jornais". Matarazzo e Aníbal informaram, por meio de suas assessorias de imprensa, desconhecer a realização da pesquisa. O presidente do diretório estadual do PSDB, deputado estadual Pedro Tobias, seguiu a mesma toada. "Vou até ligar para o pessoal e descobrir quem encomendou e está pagando isso. Não fui consultado", afirmou. Sobre a inclusão de Doria, Covas disse achar "ótima". "Ele é supercapacitado e tem todo o direito de participar". Conforme Doria relatou ao Valor, tanto o convite para se filiar ao partido quanto o para ter seu nome incluído na pesquisa partiram do governador Geraldo Alckmin. Disse ainda que Júlio Semeghini, presidente do diretório municipal e secretário de Planejamento, lhe telefonaram para falar a respeito. Contactado, Semeghini não retornou as ligações da reportagem. A sondagem consiste em um questionário aplicado a cerca de 1,2 mil paulistanos desde a semana passada. Nele, verifica-se a opinião do eleitor sobre seis tucanos - os quatro pré-candidatos, Doria e o ex-governador do Estado, José Serra -, sua receptividade a uma eventual aliança entre o PSDB e o PSD, do prefeito Gilberto Kassab (PSD), bem como sua avaliação sobre uma eventual chapa encabeçada pelo vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD) - Notícia do Valor Econômico.