segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Nada como um bom "fogo companheiro" para mostrar a sujeira do PT.

                        
       Dirceu Ayres

Está em curso uma luta fratricida em que o PT mineiro tenta romper a aliança espúria montada pelo PT nacional com o PSDB do Aécio Neves para manter o PSB na prefeitura de Belo Horizonte. Fernando Pimentel, amigo, confidente e ministro da Dilma, que já se locupletou deste arreglo, tendo sido prefeito da cidade, agora é torpedeado pelo PT local, que não aceita mais engolir uma canditatura imposta para que Lula, Dilma ou quem vier ganhem todas as eleições presidenciais no estado, não incomodando o reinado de Aécio nas montanhas de Minas. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), faturou pelo menos R$ 2 milhões com sua empresa de consultoria, a P-21 Consultoria e Projetos Ltda., em 2009 e 2010, entre sua saída da Prefeitura de Belo Horizonte e a chegada ao governo Dilma Rousseff. Os dois principais clientes do então ex-prefeito foram a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o grupo da construtora mineira Convap. A federação pagou R$ 1 milhão por nove meses de consultoria de Pimentel, em 2009, e a construtora, outros R$ 514 mil, no ano seguinte. A consultoria de Pimentel à Fiemg foi contratada quando o presidente da entidade era Robson Andrade, atualmente à frente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e se resumiu, de acordo com o atual presidente da Fiemg, Olavo Machado, a “consultoria econômica e em sustentabilidade”. No entanto, dirigentes da própria entidade desconhecem qualquer trabalho realizado pelo ministro. O serviço à Convap durou de fevereiro a agosto de 2010, época em que Pimentel era um dos coordenadores da campanha de Dilma e viajava o Brasil com a candidata. Após a consultoria, a Convap assinou com a prefeitura do aliado de primeira hora de Pimentel, Márcio Lacerda (PSB), dois contratos que somam R$ 95,3 milhões. Em maio deste ano, ao ser questionado durante viagem a Ipatinga (MG) a respeito das atividades da P-21 Consultoria e Projetos Ltda., já na condição de ministro, o petista não quis dizer quem eram os seus clientes e classificou o rendimento da empresa como “compatível com a atividade dela” e “nada extraordinário”. A Convap contratou Pimentel por meio de outra empresa do grupo que a controla, a Vitória Engenharia, atual Mineração Vitória Ltda., cujo endereço é o mesmo da construtora, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Menos de um ano após pagar a última parcela pela consultoria do petista, a Convap foi escolhida no governo Lacerda para tocar obras viárias de implantação do sistema de BRT (Bus Rapid Transit) na Avenida Cristiano Machado, para a Copa do Mundo de 2014 (R$ 36,3 milhões), e da Via 210, na região Oeste da capital mineira (R$ 59 milhões). As duas obras são em consórcio com a construtora Constran. Fernando Pimentel deixou a prefeitura há três anos; ainda assim seu grupo permanece no controle da Secretaria municipal de Obras e Infraestrutura no governo Lacerda. A pasta foi responsável pela contratação da Convap e continua nas mãos do engenheiro Murilo Valadares, petista que cuidava da secretaria no governo de Pimentel. De 2000 a 2008, período em que o atual ministro foi prefeito de Belo Horizonte, não há registro de contrato do município com a Convap. Perguntado se via conflito de interesses na assinatura de contratos de quase R$ 100 milhões com uma empresa que tinha como consultor um de seus padrinhos políticos, Valadares disse que não. Ele alegou que os contratos foram assinados por meio de licitação e que, nos dois casos, o consórcio apresentou o menor preço. “O secretário sempre pautou suas ações pela transparência e pela ética. As licitações seguem os parâmetros legais. Diante da suspeita de quaisquer irregularidades, cabe aos órgãos competentes realizarem suas fiscalizações, bem como à imprensa republicana registrar os fatos e evitar suposições”, disse a assessoria de Valadares, por meio de nota oficial.Procurado por e-mail e pessoalmente para dizer que tipo de consultoria Pimentel prestou à sua empresa por mais de R$ 500 mil, o diretor-presidente da Convap, Flávio de Lima Vieira, não deu entrevista. Pelo telefone, repetiu quatro vezes a frase “nada a declarar” e desligou. Já o atual presidente da Fiemg, Olavo Machado, disse ter pago por “análise, avaliação e aconselhamento sobre aspectos da economia local e mundial”, “discussões socioeconômicas com base em experiência técnica, universitária e administrativa”, e “dimensionamento de mercados para empresas, aspectos de meio ambiente e sustentabilidade”. Em 2009, a Fiemg pagou R$ 1 milhão por informações que, em linhas gerais, o ex-prefeito ofereceu de graça pelo menos 13 vezes em palestras para estudantes, políticos e comerciantes locais em viagens por Minas naquele mesmo ano, de acordo com o site “Amigos do Pimentel”. O tema era “Perspectivas econômicas e sociais de Minas e do Brasil no atual cenário mundial”, e o ex-prefeito viajava para articular sua pré-candidatura ao governo de Minas para o ano seguinte, plano que não se concretizou. No site, há referência a um encontro promovido pela Fiemg, em agosto daquele ano. (De O Globo)

A transposição do São Chico parou. Parou por quê? Porque era mais uma mentira eleitoreira de Lula e de Dilma.


       Dirceu Ayres

Cenário de propaganda eleitoral da presidente Dilma Rousseff e responsável por parte de sua expressiva votação recebida no Nordeste, a transposição do Rio São Francisco foi abandonada por construtoras e o trabalho feito começa a se perder. O Estado percorreu alguns trechos da obra em Pernambuco na semana passada e encontrou estruturas de concreto estouradas e com rachaduras, vergalhões de aço abandonados e diversos trechos em que o concreto fica lado a lado com a terra seca do sertão nordestino. O Ministério da Integração Nacional afirma que é de responsabilidade das empresas contratadas a conservação do que já foi feito e que caberá a elas refazer o que está se deteriorando. Informa ainda que vai promover novas licitações em 2012 para as chamadas obras complementares, trechos em que a pasta e as empreiteiras não conseguiram chegar a um acordo sobre preço. Segundo o ministério, as obras estão paralisadas em 6 dos 14 lotes e em um deles o serviço ainda será licitado. Marcada por controvérsias, a obra da transposição começou a sair do papel em 2007 e, no ano seguinte, com os canteiros em pleno funcionamento, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua então ministra-chefe da Casa Civil e mãe do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) fizeram uma vistoria pela região para fazer propaganda da ação. Os dividendos eleitorais foram colhidos no ano passado por Dilma. Em Pernambuco, Estado onde começa o desvio das águas, ela obteve mais de 75% dos votos válidos no segundo turno da eleição. Nas cidades visitadas pelo Estado, onde as obras estão agora abandonadas, o desempenho foi ainda melhor. Em Floresta, a presidente obteve 86,3%; em Cabrobó e Custódia, 90,7%; e em Betânia, 95,4%. Prometida para o final do governo Lula, a obra tem seu prazo de entrega sucessivamente adiado. A nova previsão é concluir os 220 quilômetros do eixo leste, de Floresta a Monteiro (PB), até o fim de 2014 e terminar no ano seguinte os 402 quilômetros do eixo norte, que sai de Cabrobó para levar água ao Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A obra está atualmente orçada em R$ 6,8 bilhões, 36% a mais do que a projeção inicial. Segundo o ministério, foram empenhados R$ 3,8 bilhões para a obra e pagos R$ 2,7 bilhões às construtoras. Durante três dias, a reportagem percorreu cerca de 100 quilômetros da extensão dos canais da obra. O abandono foi a tônica da viagem, com canteiros completamente parados. As únicas exceções foram as partes da transposição sob responsabilidade do Exército. Em um dos trechos visitados, na divisa das cidades pernambucanas de Betânia e Custódia, cerca de 500 metros de concreto estão totalmente quebrados, com pedaços se soltando do solo. Esse trecho terá de ser refeito para a água do São Francisco passar. O padre Sebastião Gonçalves, da diocese de Floresta, foi quem encontrou o trecho destruído durante vistoria freqüente que faz pelas obras. 'As empresas abandonaram as obras e já começou a se perder o trabalho feito. É um desperdício inexplicável.' A parte que aparece com as maiores avarias está no lote 10 da obra, que teve as obras iniciadas pelas construtoras Emsa e Mendes Júnior. Segundo moradores da região, as máquinas começaram a ser retiradas desde o início do ano passado. Há cerca de dois meses, os funcionários foram demitidos, deixando os alojamentos como aspecto de cidade fantasma, onde só restam vigias e alguns funcionários administrativos. 'É uma situação caótica, está tudo parado', reclama Manoel Joaquim da Silva, coordenador do sindicato dos agricultores familiares de Floresta e companhia constante do padre Sebastião Gonçalves no acompanhamento das obras. A Mendes Júnior informou não participar mais do consórcio, enquanto a Emsa não enviou respostas aos questionamentos. O Ministério da Integração disse já ter sido informado das rachaduras e notificado a Emsa por meio de ofício no dia 26 de outubro. Segundo a pasta, as obras da empresa serão retomadas em janeiro de 2012. A reportagem encontrou início de deterioração em outro lote da obra, o de número 9, também no eixo leste. Paredes de concreto começam a rachar próximo ao local onde será construído o aqueduto sobre a BR-316, também em Floresta. Em outra área, vergalhões de aço para a construção de uma ponte para o canal passar foram abandonados e parte do material já foi até roubado. O lote é de responsabilidade das construtoras Camter e Egesa. O Estado não recebeu resposta da Egesa e não conseguiu contato com a Camter. No eixo norte, o contraste entre as obras do Exército e o abandono por parte das empreiteiras está bem próximo. Dez quilômetros à frente de onde homens fardados seguem seu trabalho, há um canteiro abandonado do Consórcio Águas do São Francisco ainda com máquinas para a fabricação de concreto que sequer foram retiradas. Percorrendo mais dez quilômetros, encontra-se um grande vão onde as explosões foram feitas, mas o canal ainda não recebeu concreto. ( Do Estadão)

MP do PT pára São Paulo para eleger Haddad.

                                    
   Dirceu Ayres

A Justiça proibiu a Prefeitura de São Paulo de fazer o licenciamento ambiental de qualquer obra de grande porte, incluindo suas próprias construções e projetos urbanísticos. Dessa maneira, grandes promessas do prefeito Gilberto Kassab (PSD) que ainda não foram licenciadas, como a Nova Luz, o túnel de R$ 3,7 bilhões na Avenida Roberto Marinho e várias obras de menor porte deverão agora passar pelo crivo de órgãos estaduais. A decisão foi provocada pelo Ministério Público Estadual (MPE), que entrou com ação para cancelar um convênio entre a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e a Prefeitura, que desde 2001 permite à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente realizar processo de licenciamento de grandes obras na capital. Para o promotor José Eduardo Ismael Lutti, autor da ação, a parceria é irregular, pois vários desses empreendimentos têm efeito ambiental em municípios vizinhos. Além disso, o convênio se baseia em uma resolução federal de 1997, que já foi considerada parcialmente inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Vários outras parcerias do tipo feitas com municípios paulistas, como Guarulhos e Cubatão, foram canceladas por isso. "Claro que tem muita gente boa na Secretaria do Verde, mas a CETESB possui mais técnicos e tem capacidade de fazer análises melhores", afirmou Lutti. Cartada. A liminar retira de Kassab uma das suas principais cartadas para conseguir dar início a seus grandes projetos em ano eleitoral. Atualmente, ou as licenças são conferidas pela própria Secretaria do Verde ou pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades), onde a Prefeitura possui a maioria das 36 cadeiras. Agora, serão técnicos e políticos estaduais que vão dar a palavra final sobre cada projeto. Outro possível efeito colateral da medida é o aumento da morosidade nas concessões de licenças, já que a CETESB ficará responsável pela análise de um número bem maior de projetos. A Prefeitura diz que já foi notificada e vai recorrer da decisão. (Do Estadão)

‘Quem desmatou terá de recuperar’, diz ministra do Meio Ambiente

                                 
     Dirceu Ayres

Izabella vê avanço na versão do Código Florestal que será votada no Senado e promete apertar fiscalização. Marta Salomon, de O Estado de S. Paulo Antes mesmo de o Congresso terminar de votar a reforma do Código Florestal, o Ministério do Meio Ambiente prepara licitação de R$ 30 milhões para a compra de imagens de satélites das propriedades rurais do País, que mostrarão quem desmatou ilegalmente e também permitirão fiscalizar o cumprimento das regras para recompor a vegetação. O negócio faz parte da operação para tirar do papel às novas regras de proteção do meio ambiente e que, segundo a ministra Izabella Teixeira, poderá representar "um dos maiores programas de recomposição de floresta tropical do planeta". A ministra adiou em três dias a viagem à África do Sul, onde participará da Conferência das Nações Unidas sobre Clima, para acompanhar a votação no plenário do Senado, amanhã. Nesta entrevista ao Estado, ela enumera o que o governo espera desta votação. 'Vou lutar pela proteção dos manguezais até o fim' Em Durban, o Brasil pode assumir compromisso de redução de emissões de gases-estufa para assegurar a manutenção das metas para países desenvolvidos? O Brasil já tem compromissos voluntários, estabelecidos em lei federal. Há um foco nacional na redução do desmatamento. A estimativa é que a gente esteja em torno de 68% a 70% do cumprimento da meta estabelecida para 2020. Outra questão é como fazemos Durban avançar. Vamos com o espírito de negociar. Será possível dizer lá fora que não vai haver mais desmatamento no Brasil? Todo o esforço de negociação com o Congresso foi para assegurar um Código que, em primeiro lugar, não estimulasse o desmatamento. E você sabe que fomos vencidos na Câmara. Houve muita pressão para acabar com o instituto da Reserva Legal, mas estamos mantendo com as mesmas proporções estabelecidas em 2001. O governo não cedeu nisso. A segunda coisa, para mim a grande luta, foi manter as Áreas de Preservação Permanente. E eu chamo a atenção que a Câmara havia excluído a proteção aos manguezais. Isso ainda é objeto de uma luta dificílima. Se o Congresso liberar a exploração de camarão nos manguezais, a presidente vai vetar? Sou contra. Acho que temos de preservar os manguezais. O relatório do senador Luiz Henrique admite as atividades estabelecidas até 2008. Os impactos sobre os manguezais de uma carcinicultura são inadmissíveis. Os estudos mostram que não dá. Eu vou lutar pelos manguezais até o final, não só para proteger a biodiversidade, mas para proteger os pescadores, garantir a oferta de peixes. O ministério está preparado para a fase pós-aprovação do Código? O ministério queria área plantada e nós fomos para o embate. Isso foi assegurado, pelos cenários mais conservadores, a sinalização é que vai se fazer três vezes em redução de emissão crescendo árvores do que eu faço com o combate ao desmatamento na Amazônia nas metas voluntárias que o País assumiu. Mas como tirar isso do papel? Estamos fazendo licitação para comprar imagens de satélites do País inteiro. O programa do Cadastro Ambiental Rural entra em fase de teste em poucos dias. É um desafio monumental. O País talvez tenha um dos maiores programas de recomposição de floresta tropical do planeta. Vai ter de ser feito isso. Muitos apostam que daqui a pouco muda a lei. Não vai mudar a lei. Temos de trabalhar para botar isso em pé. Não foi se regularizar, está fora, acabou. Um dispositivo do projeto do Senado diz que quem não tiver cadastro no prazo de cinco anos não poderá contar com crédito oficial. É esse o prazo? Crédito de instituições financeiras estatais e privadas. É isso. Temos também um dever de casa que é fazer um programa de conversão de multas. O programa de conversão de multas previsto no projeto é apenas para o pequeno produtor? A lei já permite que eu faça para todos. O Ibama tem 115 mil processos de multas. Pedi um estudo sobre toda a cadeia de cobrança. Tenho de dar alternativas para viabilizar a cobrança. Temos de ser mais eficientes. Tenho processo com multas de até R$ 2.000. Por exemplo, o cara que é pego com um passarinho. O meu custo operacional para cobrar isso é de R$ 5 mil. Isso significa menos de 15% do valor total. As grandes multas, essas sim eu preciso cobrar. Como descrever o tamanho da anistia a desmatadores no Código? Entendo que não haverá anistia. Nem para os proprietários de até quatro módulos, isentos da recuperação da Reserva Legal? Qual era o debate que veio da Câmara? Admite-se como área consolidada aquela desmatada até 2008 e a partir daqui zera o taxímetro. Não está assim no Senado. Todo mundo vai ter de restaurar, procurar se regularizar. Depois de cumpridas as exigências é que terá a multa suspensa, na verdade, convertida. Anistiar para mim é virar para você é dizer você deve isso, mas a partir de agora não deve mais nada. O corte do crédito seria o principal mecanismo para assegurar o cumprimento do Código? Acho que sim. Há outras coisas também. A fiscalização vai ter mais foco não só sobre quem desmata, como sobre quem não está cumprindo a recuperação. Du cinco anos, quem não cumpriu perde o crédito. Também há previsão de estímulos econômicos para a recuperação. Na campanha eleitoral, a presidente assumiu compromissos de não anistiar desmatador e não aumentar o desmatamento. A base política vai permitir isso? Vamos ver o que o Congresso vai votar. Estamos trabalhando para isso. Na Câmara, havia buracos que levariam a novos desmatamentos. Nosso esforço é barrar todo novo desmatamento ilegal. O Brasil é uma potência agrícola, energética e também uma potência ambiental. A presidente verbalizou isso. (O Estadão)

Governo usou dinheiro do povo para salvar Grupo Silvio Santos.

                          
   Dirceu Ayres

Reportagem da revista Época que chega às bancas neste fim de semana dá detalhes sobre a negociação que resultou na venda de ações do banco PanAmericano para a Caixa Econômica Federal. Análises feitas em documentos que integram a investigação da Polícia Federal sinalizam que o dinheiro arrecadado com a venda de parte de ações do PanAmericano serviu para quitar dívidas de outras empresas do Grupo Silvio Santos, e não para a recuperação financeira do banco. Leiam abaixo trechos da reportagem de Época: Em janeiro deste ano, logo depois de concluir a venda de sua parte no Banco PanAmericano, o apresentador Silvio Santos fez seu resumo particular do caso: disse que não teve “nem lucro nem prejuízo” com o escândalo que revelou um rombo de R$ 4,3 bilhões escondido em balanços maquiados. O desfecho neutro do caso certamente não se aplica à Caixa Econômica Federal, banco público que meses antes de o escândalo vir à tona pagou R$ 739 milhões por 36% das ações do PanAmericano, com base em uma contabilidade que não informava o prejuízo bilionário. Até pouco tempo atrás não se sabia o destino da bolada paga pela Caixa ao banco de Silvio Santos. Em setembro, ele foi indagado pela Polícia Federal se os recursos foram para o PanAmericano. “Respondeu que acredita que sim”, registrou o escrivão. Três dias depois, a mesma pergunta foi repetida a seu irmão, Henrique Abravanel, sócio minoritário da holding e ex-integrante do Conselho de Administração do PanAmericano. A resposta: “Tem certeza que os valores foram aportados no banco”. As declarações dos irmãos estão tão erradas quanto os demonstrativos de contabilidade maquiados. Elas foram desmentidas em depoimento prestado no início de outubro por um personagem-chave das tratativas com a Caixa. Trata-se de Wadico Waldir Bucchi, presidente do Banco Central entre 1989 e 1990 e representante oficial de Silvio Santos na negociação. Ele afirmou ao delegado Milton Fornazari Júnior que a holding do empresário não transferiu ao PanAmericano o dinheiro recebido no negócio. A maior parte dos valores, disse ele, foi usada para pagar dívidas do Baú da Felicidade e da construtora Sisan, que na época faziam parte do Grupo Silvio Santos – o Baú foi vendido em junho deste ano para o Magazine Luiza. Alberto Toron, advogado de Silvio e de seu irmão, diz que o uso do pagamento da Caixa foi feito de forma transparente e negou qualquer ilegalidade no uso dos recursos para saldar dívidas do grupo. Um documento que integra a investigação do Banco Central sobre o caso corrobora as afirmações de Bucchi e mostra com precisão o destino dos recursos. Um total de R$ 129 milhões foi para o bolso dos acionistas da holding – Silvio Santos é o majoritário. Outra fatia (R$ 277 milhões) foi paga diretamente ao Bradesco e ao Itaú para quitar dívidas do conglomerado do empresário com os dois bancos, como previa o contrato assinado com a Caixa. Outros R$ 226 milhões foram transferidos para o Baú da Felicidade pagar suas dívidas. Quantias menos vultosas, com a mesma finalidade foram destinadas à Sisan e à Jequiti Cosméticos, também de Silvio. A Jequiti e o Baú, com o SBT, foram citados no depoimento de Henrique Abravanel como empresas do grupo que davam prejuízo. Recapitulando: Em 2009, a Caixa Econômica Federal pagou R$ 739 milhões por ações do PanAmericano. Um banco quebrado; O Banco Central sabia qual a situação financeira do banco PanAmericano e mesmo assim aprovou a transação; O valor pago pela CEF não serviu para a recuperação do banco, mas para o pagamento de dívidas de outras empresas do Grupo Silvio Santos, entre elas o SBT; Anos antes, em 2006, o PanAmericano – ainda pertencente a Silvio Santos – maquiou doações milionárias que ajudaram a pagar dívidas de campanha do PT, enquanto que doações de menor monta, feitas a outros partidos políticos, foram declaradas oficialmente; Interceptações de e-mail feitas pela Polícia Federal revelaram uma forte proximidade entre os executivos do grupo Silvio Santos e dirigentes do PT; É claro que qualquer correlação entre os fatos acima citados será mera coincidência. * Leia a íntegra na Revista Época BLOG DO MARIO FORTES.

DEVOLVE LULA!!!! (DEVOLVE O QUE ROUBOU)

                        
              Dirceu Ayres

"A ocasião faz o ladrão", diz o velho ditado. Mas talvez seja mais apropriado dizer que "a ocasião revela o ladrão", que não perde oportunidade para roubar porque sempre foi ladrão. Tanto assim que os que não são ladrões não aproveitam essas mesmas oportunidades. Vejam este exemplo: NOSSO PAIS É UMA VERGONHA!!! DEVOLVE LULA! ISSO TEM QUE CORRER O MUNDO PARA CONHECIMENTO DE TODOS, DAS BARBARIDADES QUE ACONTECEM NESSE PAÍS I Campanha "DEVOLVE, Lula" Caríssimos, Lembram quando foi divulgado o número de caminhões que levou aa mudança do presidente Lula para SP, quando ele saiu da presidência?. Foram 11 caminhões. E parece que um deles era refrigerado, pois consta que levava vinhos e outras bebidas. Li na Folha também que entre os objetos estava a cama de casal do Alvorada, que de tão grande que era não caberia no apartamento de São Bernardo do Campo, e por isso ficou guardada num depósito. Daí me pergunto: móveis e utensílios do Palácio da Alvorada não pertencem ao Palácio, e por tabela, ao povo brasileiro? Não estão lá para uso do ocupante do momento? Como é que um casal, que chegou com uma malinha, sai com 11 caminhões de mudança? Devem ter levado tudo, moveis, louças, roupas de cama, mesa e banho... quadros, objetos de arte, toda a adega... mesmo assim, 11 caminhões é muita coisa! Sempre soube que os presentes que se trocam nas visitas oficiais, são propriedade dos governos, mesmo se forem jóias, etc. Não são dadas às pessoas físicas, e sim aos representantes do país. Que coisa, não é mesmo? Gostaria de entender... A legislação brasileira e de vários outros países civilizados, determina que os presentes ganhos pelo Presidente da República, no exercício da função, sejam incorporados ao patrimônio público, por serem considerados propriedade do estado. Lula e sua família, ao deixarem o Palácio da Alvorada, levaram todos os presente recebidos, inclusive uma coleção de jóias raras recebida do presidente do Egito, já registradas no acervo da Presidência da República.  D. Marisa, a Italiana, disse que as jóias eram dela e as colocou na sua bagagem, rumo a São Bernardo do Campo.Funcionários antigos do Alvorada ficaram horrorizados quando perceberam a falta de diversos objetos de arte e peças de alto valor, inclusive o crucifixo que há décadas adornava a sala de visitas do Presidente da República. Em vista deste descalabro e por temor da ira divina, foi lançada a campanha de recuperação do patrimônio público nacional: "Devolve, Lula...!" A Folha de S. Paulo, publicou a informação de que a presidenta Dilma Rousseff, em sua primeira semana de trabalho, retirou o crucifixo da parede de seu gabinete e a bíblia de sua mesa. Helena Chagas, Ministra Chefe da Secretaria de Comunicação Social, através de seu twitter, contradisse a informação divulgada pela Folha. Segundo ela, “a presidenta Dilma não tirou o crucifixo da parede de seu gabinete. A peça é do ex-presidente Lula e foi na mudança. Aliás, o crucifixo, que Lula ganhou de um amigo no início do governo, é de origem portuguesa”. Segundo Chagas, a bíblia continua lá, em uma sala contígua, em cima de uma mesa. A mesma informação está em nota da Secom. Agora, a pergunta que não quer calar...Se o crucifixo era presente recebido por Lula, como o objeto poderia estar presente nesta foto de Itamar tirada no gabinete presidencial há dezoito anos atrás? POR ISSO, VAMOS TODOS, EM CORO, EXIGIR:  Devolve Lula...! Rui Pinheiro Silva Isso é coisa de trombadinha e não de um ex primeiro mandatário de um país. Imaginem o que foi roubado no atacado durante toda sua gestão inclusive de seus "cumpanheros". Enviado por Luiz Góes

Amanhã o Senado vota o Código Florestal. Democracia vence a ditadura da minoria.

Leia, abaixo, artigo de Denis Rosenfield, publicado em O Globo e no Estadão: "Nesta semana, irá finalmente a voto, pelo Plenário do Senado, o novo Código Florestal. O adiamento de última hora foi nada mais do que o fruto de uma manobra regimental do PSOL para postergar a votação, apostando em um atraso generalizado, envolvendo, também, a Câmara dos Deputados. O status quo tende a favorecer os grupos mais radicais, inconformados com o consenso, a negociação e o entendimento alcançados pelas duas Casas Legislativas, com o apoio e a participação do próprio governo. A situação não deixa de ser inusitada, pois o entendimento é fruto de um consenso suprapartidário, onde desapareceram as clivagens partidárias, em nome da necessária modernização da legislação. As particularidades foram deixadas de lado em nome de um bem maior. Não se trata de opor agricultura/pecuária de um lado, e meio ambiente de outro. As próprias palavras são mal utilizadas, procurando obscurecer em vez de esclarecer um debate que se mostrou profícuo e extremamente importante para o futuro do país. No entanto, há um ambientalismo radical que se recusa a qualquer composição e, mesmo, termina mostrando uma face autoritária. Poderíamos definir esse ambientalismo radical como um rescaldo de uma concepção rousseauísta, eivada de tinturas marxistas. Segundo tal concepção, a natureza seria uma espécie de reino idílico, que deveria servir de exemplo e, mesmo, de alternativa à moderna sociedade capitalista. Os "alimentos" seriam apenas "colhidos". Haveria uma espécie de comunismo primitivo, onde não existiria propriedade privada, e os homens viveriam em harmonia entre si e a natureza. Ainda segundo essa concepção, surge a ideia de indígenas e ribeirinhos que seriam os depositários da floresta que deveria ser mantida intacta, como se o Brasil já não tivesse, na Amazônia, mais de 80% de florestas nativas preservadas e, em todo o território nacional, 61%. Algum outro país ostenta esses índices? O matiz marxista traduz-se também pela oposição mais feroz ao direito de propriedade e à segurança jurídica, como se estes devessem ser severamente restringidos ou, inclusive, em uma solução utópica, suprimidos. Expressões ainda dessa postura se fazem presentes na contestação do agronegócio e, também, da política energética do atual governo, em especial a construção de hidrelétricas, tendo como símbolo mais eloqüente toda a campanha contra a usina de Belo Monte. Afinal, a produção de energia hidrelétrica, ainda segundo essa concepção, nada mais seria do que perpetuação da moderna sociedade industrial e capitalista. Evidentemente, nem é colocada a questão básica de como alimentar uma nação de milhões de habitantes e um planeta de bilhões, o que passa necessariamente pela produção de alimentos e pelo cultivo da terra em larga escala. Se as pessoas possuem energia em casa, isto não cai do céu. Nem os indígenas querem mais viver sem os confortos de uma vida moderna, que almejam como objetivo a ser atingido. Somente os ideólogos do ambientalismo radical defendem tal posição. Neste sentido, convém distinguir entre desmatamento e cultivo da terra. O desmatamento com fins meramente predatórios, arbitrários, deve ser cuidadosamente diferenciado do cultivo da terra, da agricultura e da pecuária, mantendo, igualmente, uma postura de preservação ambiental. Hoje, por exemplo, na produção de florestas de eucaliptos, áreas expressivas são deixadas à reprodução de florestas nativas. Produção e conservação andam - e devem andar - de mãos juntas. Os problemas de desmatamento da Amazônia, por sua vez, não são fruto da "avidez pelo lucro", mas da falta pura e simples de Estado, que se traduz pela ausência de cartórios, de títulos confiáveis e legítimos de propriedade. Em uma terra de ninguém, proliferam a grilagem, a exploração predatória e a irresponsabilidade. Eis por que o processo de regularização fundiária em curso pode ser um poderoso instrumento de controle ambiental. Um produtor rural é responsável por sua propriedade e deve obrigatoriamente seguir a lei. Um grileiro, por sua vez, é meramente um predador, não sendo responsável por nada. Nem o Estado consegue responsabilizá-lo. Ademais, não deixa de ser curioso que o MST, aliando-se aos ambientalistas radicais, por sua postura anticapitalista, seja, também, um dos maiores responsáveis pelo desmatamento da Amazônia, como já tem sido sobejamente noticiado. Vale aqui somente a postura ideológica, o discurso contra a economia de mercado.Da mesma maneira, ONGS internacionais estão, agora, alardeando em Durban, na África do Sul, que o novo Código Florestal já está, aliás, antes de sua sanção presidencial, criando novos desmatamentos. Nada mais longe da verdade. O novo Código dificulta novos desmatamentos, estabelecendo como linha de corte as áreas consolidadas em junho de 2008. Qualquer novo desmatamento que não seguir as regras em vigor deverá ser severamente punido. Fingir nada saber é uma forma de embuste ideológico. Por último, o ambientalismo radical nutre uma aversão pela democracia. Estão simplesmente advogando que a presidente da República vete artigos importantes do novo Código Florestal. Com isto, transmitem a mensagem de que não aceitam um longo trabalho da Câmara dos Deputados, do Senado e do Palácio do Planalto, visando a um entendimento conjunto. A opinião pública participou ativamente desse debate. Todas as partes se expressaram publicamente. Enquanto esses ambientalistas reinavam no Ministério do Meio Ambiente e, também, na opinião pública, acostumaram-se, por demais, a atos administrativos para "regular" o meio ambiente e tudo fizeram, igualmente, para impedir o progresso científico graças a suas ações na CTNBio. Recusam-se ao diálogo, pois estão firmemente imbuídos de uma missão quase religiosa, como se exigissem simplesmente ser acatados e obedecidos. A democracia passa por debates, convencimentos e processos legislativos. É “isto que está sendo negado.” C. Noturno.