segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

SURUBA! MULHER DO CANTOR (?) BELO REVELA QUE JÁ TRANSOU COM DOIS HOMENS DE UMA SÓ VEZ.

                      
    Dirceu Ayres

Gracyanne Barbosa afirmou que as experiências a três não envolveram o cantor Belo.Eita! Mundão liberal. Sodoma e Gomorra deveriam ser cafés pequenos em vista ao que estamos vendo hoje. Pelo visto a revista “Sexy” de dezembro vai dar o que falar. Não só pelas fotos audaciosas que mostram o corpão musculoso de Gracyanne Barbosa, mas também pelas declarações da mulher do cantor Belo. Gracy não fez a pudica e revelou entre outras coisas que já fez “Ménage à trois”, ou, no bom português, sexo a três. Gracyanne Barbosa esposa do cantor Belo vai sair na revista “Sexy”, mas além das fotos audaciosas, a publicação trará declarações polêmicas da dançarina. Entre outras coisas, ela revelou que já fez "ménage à trois", ou "sexo a três". "Já fiz sexo a três. Com uma mulher e um homem, e também com mais dois homens", contou ela. "Dentro do quarto, os parceiros devem se satisfazer", disse ela em outro trecho, sobre valer tudo entre quatro paredes. Gracyanne Barbosa afirmou que as experiências a três não envolveram o cantor Belo. COMENTÁRIO DO BETO: BELO É UM BELO CORNO.Blog do Beto FONTE: BLOG VINDO DOS PAMPAS.

Oposição: busca-se um discurso, desesperadamente.

Perdido em uma briga interna entre o ex-governador de São Paulo, José Serra, e o senador Aécio Neves (MG), pré-candidatos à Presidência em 2014, o PSDB está deteriorando a relação com seus aliados e não apresenta propostas que o torne uma alternativa ao governo petista. A avaliação é do ex-deputado federal Raul Jungmann (PPS), que foi ministro da Reforma Agrária do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), embora seu partido fizesse oposição aos tucanos na época. Ele acredita que a oposição não mostra como solucionará os problemas da população. Ao contrário, fica presa na "facilidade de denunciar" o governo, que perdeu seis ministros acusados de corrupção no primeiro ano da presidente Dilma Rousseff (PT). Em entrevista ao Valor no sábado, quando o PPS aprovou lançando candidato próprio para presidente em 2014, Jungmann garante que a tática é infrutífera, como prova o mensalão. Valor Econômico: O senhor diz que o PPS está perdido no "hiper antipetismo". Como isso tem afetado a oposição? Raul Jungmann: O bloco comandado pelo PT e pelo [ex-presidente Luiz Inácio] Lula [da Silva] nos tornou dependentes - no sentido de contraponto - do discurso deles. Não temos ido além, não temos apresentado propostas à população. Depois de três disputas presidenciais, a polarização PT/PSDB entrou em um processo de fadiga para as forças que não encabeçam a oposição. Para nós, ela não tem levado a uma saída e começa a não ser mais sustentável. Valor: Para o PPS ou para a oposição? Jungmann: Se o Tribunal Superior Eleitoral entender que o PSD tem direito ao fundo partidário e tempo de televisão, haverá um movimento de para criar novos partidos e isso sangrará ainda mais os partidos da oposição que não representam o novo. Vamos sair do troca a troca no varejo para o troca a troca no atacado, o que ameaça o campo da oposição. Valor: A queda de seis ministros não afetou a aprovação da presidente. A oposição falhou em explorar esses escândalos? Jungmann: Ficou facílimo denunciar o governo do PT. Diria até que é impossível não denunciar. Mas ficou evidente, e o mensalão foi o exemplo máximo, que isso não basta. O denuncismo sensibiliza uma faixa da opinião pública, mas temos que entender que outra parte não quer saber disso. Com a evidente piora da economia, haverá um desembarque de aliados e segmentos sociais do governo e, se ficarmos presos a essa polaridade, a essas denúncias, perderemos a oportunidade de construir um novo rumo para o país. Valor: O PPS apoiou o candidato do PSDB à Presidência em 2006 e 2010. O partido perdeu com essa aliança? Jungmann: Deveríamos ter resistido e insistido no caminho próprio. Tivemos candidato em 1989 [Roberto Freire, quando o partido ainda era PCB], 1998 e 2002 [Ciro Gomes, hoje no PSB]. Tínhamos três deputados federais em 1988 e chegamos a 22 [em 2003]. Em todas estas disputas, crescemos em prestígio, mesmo sem sucesso eleitoral. O que nos reserva o PSDB hoje é uma espécie de quarto de despejo, um quartinho dos fundos. Valor: Como assim? Jungmann: Eles dizem: "olha, vocês ficam ai que nós tocamos efetivamente o lado de cá" [a oposição]. O PSDB tem tratado com desdém e desprezo o PPS. E quem está dizendo isso é o "bico longo" [em referência ao bico dos tucanos], que trabalhou por oito anos no governo FHC. O PSDB montou um comitê nacional com o DEM, para dividir os municípios e capitais em todo o país, e não chamou o PPS. Fomos excluídos. Valor: Por isso a candidatura própria? Jungmann: Sem deixar o campo da oposição e sem romper com o PSDB, queremos estar, de maneira diferente, em 2014. Hoje, não vejo no PSDB a unidade, a renovação, uma proposta para o país que nos dê esperança de retomar esse processo. O PSDB tem deteriorado a relação com os aliados continuamente, não só conosco, e isso é fruto do que ocorre dentro do partido, em que há uma disputa mortal entre os líderes dos dois maiores Estados do país [Serra e Aécio]. Valor: Em 2009, o partido quase aprovou a fusão com o PSDB. O que mudou? Foi a derrota do Serra? Jungmann: A derrota do Serra conta, é claro. Mas também foi a decepção e frustração pela irresolução dos dilemas do PSDB. É um partido que não resolve sua divisão interna, que não se refaz, que não teve coragem de defender as próprias bandeiras. Há um cansaço com essa indefinição. Não significa deixar a aliança, mas o que começa a acontecer? O DEM está à procura do seu caminho [lançou o senador Demóstenes Torres, de Goiás, como candidato a presidente], o PPS também. E cada um vai tocar a sua vida. Valor: O PPS não tem nomes fortes para 2014. Mesmo assim, o senhor acredita em vitória? Jungmann: Digo que é muito difícil, mas precisamos preparar terreno para 2018. Dizem que somos muito pequenos, mas a [ex-senadora] Marina [Silva] teve 20 milhões de votos com o PV, que é menor do que nós. Não há uma ligação direta entre tamanho do partido e resultado. Valor: Aliados da Marina se filiaram ao PPS. O nome desejado para 2014 é o dela? Jungmann: Prefiro não tocar no assunto, primeiro para não passar por cima da Marina. Entretanto, defendo que o PPS faça um congresso em 2013 para colocar o desenvolvimento sustentável no topo das suas preocupações. Isso é um movimento que a envolve, mas não faço nenhum cálculo.



Explicações fazem de Pimentel um consultor ‘peculiar’

                 
    Dirceu Ayres


As tentativas de explicar os negócios de consultoria que renderam R$ 2 milhões a Fernando Pimentel fizeram dele um consultor peculiar. O ministro teve quatro clientes. Exibe as notas fiscais. Mas não mostra o resultado do trabalho. Em três casos, Pimentel reconhece que não chegou a produzir relatórios. Noutro, disse ter feito um texto “não muito extenso.” Numa das transações, nem contrato foi celebrado. As últimas entrevistas de Pimentel foram concedidas aos repórteres Leandro Loyola e Marcelo Rocha (aqui) e a Fernando Rodrigues (aqui). Vão abaixo algumas das peculiaridades recolhidas das duas conversas: 1. Fiemg: A Federação das Indústrias de Minas Gerais borrifou R$ 1 milhão na caixa registradora da P-21, a firma de consultoria de Pimentel. O ministro exibe a nota fiscal. Instado a mostrar as provas da execução do trabalho, Pimentel disse que coube ao cliente preparar os relatórios: “A Fiemg produziu material.” Curioso. A entidade que paga a consultoria e ela mesma cuidam dos relatórios. O consultor entra apenas com o gogó: “Essa consultoria […] foi de orientação. E de um pré-planejamento de quase todos os programas que a Fiemg desenvolveu nesses quase dois anos”, disse Pimentel. 2. Convap: a empreiteira pagou a Pimentel R$ 514 mil. Para quê? “A construção pesada começou a aquecer no Brasil, com o PAC”, explicou o ministro. “Eu ajudei a fazer um plano de negócios. Nada a ver com influenciar resultado de licitação no setor público.” De novo, Pimentel não teve de fazer relatórios. Nesse caso, nem contrato houve. O dono da empresa, Flávio Vieira, 85, “foi amigo do meu pai”, declarou Pimentel. “Se eu pedir ao doutor Flávio para fazer um contrato comigo, ele vai ficar ofendidíssimo. O contrato é a nota fiscal”. 3. QA Consulting: sobre o terceiro cliente, uma empresa de informática, Pimentel disse: “Os sócios são filhos de meu sócio na P-21, Otílio Prado.” Acrescentou: “Eles me pediram ajuda num plano de negócios.” De novo, não há relatórios. “Sugeri que fizessem um serviço de cabeamento para a [construtora] HAP.” Na conta de Pimentel, o serviço sugerido por ele rendeu que à QA algo entre R$ 230 mil e R$ 240 mil. Bem menos que o valor da consultoria: R$ 400 mil.Ou seja: a QA pagou ao consultor quase o dobro da cifra que logrou faturar com o serviço "sugerido" por ele. 4. Eta: indústria de bebidas sediada em Pernambuco, a Eta pagou a Pimentel R$ 130 mil em duas parcelas. Na nota fiscal está escrito: “Consultoria para aprimoramento da gestão empresarial com elaboração de projeto na área econômica e tributária." Nesse caso, Pimentel disse ter redigido “um diagnóstico de mercado.” Como assim? Foi “um diagnóstico de possibilidades, pois esse negócio de refrigerantes é complicado…” “…Eles iriam entrar em um mercado em que se enfrenta gigantes, como a Ambev. Então, eu fiz um trabalho para eles.” Para municiar o cliente na guerra contra os “gigantes”, Pimentel disse ter feito um documento raso. “Não foi muito extenso, mandei e nunca mais tive contato.” Depois de se consultar com Pimentel, a Eta foi vendida. “Os que compraram nem sabem desse trabalho”, disse o ministro. A empresa encontra-se desativada. Pimentel não sabe explicar por que uma empresa de tubaína do Nordeste foi procurá-lo em Minas para obter aconselhamento sobre os meandros do setor de bebidas. 5. Provas: insistiu-se com Pimentel para que exibisse as provas dos trabalhos que realizou. O ministro declarou que cabe aos clientes mostrar, “se quiserem”. “No caso da Fiemg, eles vão ter material para mostrar”, disse Pimentel numa entrevista. Noutra, acrescentou: “Você vai perguntar: 'Mas isso foi ele [Pimentel] que escreveu?' Não escreveu pessoalmente, mas o que está aqui foi discutido, foi orientado.”Nos outros casos, afirmou Pimentel, seus clientes não dispõem senão de “material interno”. A exceção foi a Eta: ”Nessa, até fiz uma coisa por escrito.”Aos que insinuam que seus negócios ocultam tráfico de influência na prefeitura de Belo Horizonte, Pimentel declara: “Respeitem a minha história, respeitem a minha biografia.” Explicações mais sólidas ajudariam. por Josias de Souza.

Soldado que participou da prisão de Nem é detido por assalto

                       
   Dirceu Ayres

Bem amigos, a noticia é a que está na chamada da postagem. O que pega de verdade é que em nenhum dos jornais ou portais de internet dão os nomes corretos aos bois. Dizem que o "puliça" que participou da prisão do traficante Nem foi preso por assalto. Mas... seria esse o soldado que "NÃO" aceitou um suposto suborno de uma milheta de Reaus? O que levaria um puliça que quase virou herói nacional a assaltar transeuntes? Certamente que a notícia é veiculada sem maiores detalhes por força de uma pressãozinha básica do guvernu do Hell de Janeiro para não criar uma "saia justa" no episódio da prisão do traficante. Como eu havia dito no dia 10/11 (É só clicar no título desta que vai para a postagem do dia) Quando meteram o Nem em cana, que essa prisão estava muito mal contada, e que na verdade os puliça só enfiaram o traficante no xadrez porque não chegaram a um acordo de valore$ para soltar o bandidão. Já que no dia da prisão o Nem tinha em seu poder R$ 180 mil e não os 1 Milhão que certamente os puliça haviam pedido para liberar o meliante. O acordo não deu certo, o tempo foi curto, deve ter chego mais "gente" ao local, e os puliça tiveram que abrir mão até dos 180 e perceberam que para não se ferrarem mudaram a história e acabaram como heróis da corporação. Certamente que com muita politicagem safada e muito oportunismo midiático dos governantes do estado. O resultado está aí, o puliça que oportunamente não sabemos se é o mesmo que virou herói no mes passado foi pego assaltando. E o Hell de Janeiro continua lindo. O Nem foi o boi de piranha dos bandidos de colarinho engravatado que tiraram um baita dividendo político de toda a presepada que armaram com a prisão dele. Aproveitaram para enganar o povo e os puliça para virarem "heróis" por terem cumprido apenas o dever. Esse é o Brasil de hoje, todo mundo vai tirar proveito de qualquer situação que aparecer. E como dizem por aí: "Foi preso porque era o NEM, pois se fosse ENEM teria vazado!!" E Phoda-SE!!!!!"O Mascate"

Dilma deve se responsabilizar por ministros, diz FHC


    Dirceu Ayres

Em entrevista à Radio 'Estadão ESPN', o ex-presidente falou sobre, governo federal, corrupção e eleições 2012 Daiene Cardoso, da Agência Estado Em entrevista à rádio Estadão ESPN, na manhã desta segunda-feira, 12, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chamou a presidente Dilma Rousseff à responsabilidade diante das denúncias contra ministros de seu governo. "Tem de haver um pouco mais de responsabilização", cobrou FHC. Para o ex-presidente, os ministros precisam deixar o cargo diante do surgimento de denúncias. "Tem suspeita? Tem de cair fora", recomendou.  FHC disse que em seu governo não existia "tolerância" com irregularidades e que seus auxiliares eram obrigados a deixar o cargo ao serem confrontados com denúncias. "Eu nunca tive leniência ou tolerância", afirmou. Na opinião do ex-presidente, hoje a responsabilidade é jogada sobre os partidos e a corrupção se tornou parte do jogo político. "Acho isso muito grave", comentou. Durante entrevista de uma hora, Fernando Henrique disse que em seu primeiro ano de governo a presidente Dilma Rousseff carregou uma base "maior do que a necessária" para governar e a herança do governo Luiz Inácio Lula da Silva se transformou em "entulho". "Ela levou o ano todo com o peso morto desse entulho. Ela tem de se livrar desse entulho", sugeriu. Na avaliação do ex-presidente, se Dilma perder alguns partidos da base aliada, isso não comprometerá a governabilidade. "A Dilma tem uma base maior que o necessário. Se ela dispensar um ou dois partidos, não acontece nada (na coalizão)", comentou. Mesmo evitando "dar conselhos" a Dilma, FHC acredita que a reforma ministerial prevista para o início de 2012 será a oportunidade de a presidente mostrar "coragem" e dar sua cara ao ministério. "Acho que ela tem uma bela chance de atuar firmemente", disse. Embora tenha cobrado firmeza de Dilma, o tucano culpou o sistema político clientelista pela corrupção no País. "Nossa cultura aceita transgressões" resumiu. Segundo ele, a frouxidão da cultura política brasileira só pode ser mudada com o tempo e com exemplos. "É muito difícil mudar o sistema porque quem muda foi eleito pelo sistema", afirmou. Ainda que tenha sido rigoroso com as denúncias, FHC admitiu que possa ter ocorrido irregularidades em sua gestão. "Não vou dizer que não teve corrupção no meu governo, provavelmente sim", reconheceu. FHC lembrou que o governo tucano deu prioridade a outras reformas, mas que ele não se dedicou pessoalmente à reforma política para não se tornar "refém dela". O ex-presidente disse ainda que será preciso que alguém enfrente os desafios de implementar uma reforma política. "Vai ser necessário que algum presidente tome como objetivo fazer a reforma política", disse.

Empreiteiras abrem os cofres ao PT

                

        Dirceu Ayres

Empreiteiras abrem os cofres ao PT Quase a metade das doações recebidas pela sigla para a campanha eleitoral deste ano veio de construtoras responsáveis por grandes obras tocadas pelo governo federal Tiago Pariz Empresas que prestam serviços para o governo federal contribuíram com quase a metade das doações recebidas pelo Diretório Nacional do PT durante a campanha eleitoral. Dos R$ 113,9 milhões que entraram no caixa do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, R$ 51,1 milhões vieram de 43 empresas que mantêm contratos com a administração pública neste ano. A maior parte do dinheiro veio de empreiteiras que participam de grandes obras estruturantes do país, como a Ferrovia Norte-Sul, as hidrelétricas do Rio Madeira, recuperações de favelas no Rio de Janeiro, construção de estádios para a Copa de 2014, habitações do programa Minha Casa, Minha Vida e projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Não por acaso, os dois últimos foram as principais bandeiras da presidente recém-eleita, Dilma Rousseff, durante a corrida pelo Palácio do Planalto. As 43 empresas faturaram R$ 2,1 bilhões do governo federal neste ano e doaram menos de 2,5% do total. Dessas, 23 são empresas de construção civil que abasteceram o caixa petista com R$ 32,3 milhões. A maior doadora é a Andrade Gutierrez, responsável pela Ferrovia Norte-Sul, que aplicou R$ 10 milhões no Diretório Nacional do partido. Em seguida aparece a Queiroz Galvão, que desenvolve obras de agricultura irrigada, com R$ 5,8 milhões. Juntas, as duas receberam, só neste ano, R$ 363,8 milhões em dinheiro federal. “As doações a partidos políticos realizadas pelo Grupo Andrade Gutierrez foram feitas de forma oficial, de acordo com a legislação vigente e com as normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, disse, por meio da assessoria de imprensa. As empresas negaram irregularidade nos repasses com fins eleitorais (leia abaixo). A Delta Construções, a maior beneficiada por repasses federais, doou R$ 1,15 milhão ao PT. Até outubro, a empreiteira recebeu R$ 467,5 milhões. A maior parte dos recursos vem do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para a recuperação, a manutenção e a construção de trechos rodoviários. A empresa também realiza obras da transposição do Rio São Francisco, sob responsabilidade do Ministério da Integração Nacional. As empreiteiras são historicamente as maiores doadoras das campanhas eleitorais ao lado das instituições financeiras. Na reeleição do presidente Lula em 2006, por exemplo, os dois setores contribuíram com pouco menos de 30% do total recebido. Na época, a Camargo Corrêa foi a maior doadora da campanha. Executivos da empresa foram alvo da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal. Grampos gravados com autorização judicial mostraram que havia um suposto esquema de doação “por fora” para políticos e partidos. Dessa vez, a Camargo Corrêa injetou no Diretório Nacional petista R$ 4,5 milhões, ficando atrás de concorrentes e de outras instituições financeiras. Cartas No começo da corrida eleitoral deste ano, o tesoureiro da campanha de Dilma, José Filippi Júnior — o mesmo da reeleição de Lula —, encaminhou cartas aos maiores doadores de 2006 para pedir que voltassem a contribuir com o partido. Parte do dinheiro arrecadado pelo Diretório Nacional serviu para bancar R$ 12 mil mensais referentes aos aluguéis da casa que Dilma mora no Lago Sul desde que saiu da Casa Civil. O restante dos recursos arrecadados, R$ 112,6 milhões, foi distribuído nas campanhas estaduais e na presidencial. Amparo na legalidade Empresas que receberam dinheiro do governo federal e contribuíram com campanhas eleitorais do PT por meio de repasses financeiros ao Diretório Nacional disseram que as doações estão de acordo as normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Andrade Gutierrez e a Odebrecht informaram não haver nenhuma ilegalidade nos repasses. “A Odebrecht realiza suas doações dentro de uma visão republicana e em prol da democracia e do desenvolvimento econômico e social do país”, informou a assessoria de imprensa da empresa. A Queiroz Galvão alegou que seguiu as determinações da legislação eleitoral e que as doações estão registradas no TSE. “A Queiroz Galvão informa que todas as doações de campanha foram realizadas conforme determina a legislação eleitoral e registradas no Tribunal Superior Eleitoral”. A Suzano Papel e Celulose afirmaram, por meio da assessoria de imprensa, que apóia o processo democrático e que as contribuições estão disponíveis para consulta no TSE. “A Suzano Papel e Celulose apóia o processo democrático eleitoral e todas as suas doações seguem, rigorosamente, a legislação vigente.” O vice-presidente da Construcap, Roberto Ribeiro Capobianco, esclareceu que doou também para o PSDB e para o PV em quantia equivalente à repassada ao PT. “A empresa exercita dentro da mais absoluta legalidade a atitude cívica de fazer doações aos partidos políticos”, disse o executivo. Segundo ele, os contratos com o setor público decorrem de “licitações das quais a empresa participou conforme os preceitos legais”. A assessoria da Carioca Engenharia preferiu não dar declarações. As assessorias da Cooxupe, Egesa, ARG, B2Br, CR Almeida, Caramuru, Aterpa e Barbosa Melo não responderam ao pedido do Correio. Os representantes das outras empresas não foram localizados. (TP) CORREIO BRAZILIENSE -

Transposição, um dos maiores engodos petistas.

             

     Dirceu Ayres

O jogo de palavras com que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, tentou negar a paralisação das obras de transposição do Rio São Francisco, que estavam em execução por empresas particulares, não esconde o fato de que na origem dos problemas mostrados pelo Estado (4/11) estão a pressa eleitoral e a incompetência gerencial do governo. Planejadas como cenário para a propaganda do governo Lula e, no ano passado, para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff, as obras de transposição foram iniciadas sem que houvesse projetos adequados. Por isso tiveram de ser interrompidas para que fossem elaborados esses projetos, cuja execução exigirá a recontratação de diversos trechos. Para o ministro, porém, tudo não passa de uma simples "desaceleração". O problema, porém, é bem mais grave. Os repórteres Eduardo Bresciani e Wilson Pedrosa percorreram trechos das obras durante três dias e constataram que elas estão se deteriorando. As estruturas de concreto dos canais, submetidas ao calor intenso e sem utilização, começam a estourar ou a rachar e há vergalhões de aço abandonados. Natural em qualquer construção interrompida, a deterioração pode ser mais rápida em obras como as da transposição do São Francisco, feitas para receber continuamente a carga de um grande volume de água e não para ficarem expostas diretamente às condições climáticas da região semi-ardida. Em todo o trecho percorrido pela reportagem – com exceção da parte sob responsabilidade do Exército -, o que se constatou foi o abandono das obras. Entre os municípios pernambucanos de Betânia e Custódia, em um trecho de 500 metros do eixo leste, o concreto está quebrado e vários pedaços estão caídos sobre o leito do futuro canal. "As empresas abandonaram as obras e já começou a se perder o trabalho feito", disse o padre Sebastião Gonçalves, da diocese pernambucana de Floresta. "É um desperdício inexplicável." O Ministério da Integração Nacional reconhece que, dos 14 lotes em que a obra foi dividida, 6 estão parados. Não se trata de uma interrupção, segundo o ministro Fernando Bezerra. "Estamos vivenciando uma desaceleração no ritmo em conseqüência das dificuldades e dos problemas que enfrentamos pela contratação de projetos básicos que se revelaram frágeis quando da execução", disse ele ao Estado. "A obra já não cabia dentro dos contratos e muitas frentes não puderam ser abertas." Em linguagem mais simples, isso quer dizer que a obra mais alardeada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – que ampliou a popularidade do ex-presidente Lula e garantiu boa parte dos votos com que a presidente Dilma Rousseff se elegeu -, uma das mais polêmicas dos últimos anos e uma das mais caras em andamento no País, começou a ser executada sem que houvesse projetos executivos adequados. Um governo só age desse modo por pressa, determinada por cálculos político-eleitorais, ou por incapacidade administrativa e técnica – ou pelas duas razões. Ganhos políticos para o governo e sua então candidata certamente houve. No município de Floresta, por exemplo, em 2010 a candidata petista obteve 86,3% dos votos; em Cabrobó e Custódia, 90,7%; e em Betânia, 95,4%. No segundo turno, Dilma teve 75% dos votos válidos de Pernambuco, Estado onde começa o desvio do São Francisco. Mas a pressa com que as obras foram contratadas já provocou revisões de seu custo total, agora orçado em R$ 6,8 bilhões (R$ 1,8 bilhão mais do que a previsão original). Segundo o governo, desse valor, R$ 3,8 bilhões já foram empenhados e R$ 2,7 bilhões, pagos. É muito provável que, até o fim das obras, o custo seja novamente revisto. O próprio ministro Fernando Bezerra admitiu a necessidade de renegociação e recontratação de diversas frentes de trabalho. Além disso, haverá o custo de recuperação daquilo que se está perdendo com a suspensão das obras. Apesar da veemência do ministro, não é certo que as empresas arcarão com esse custo. Afinal, a "desaceleração", como diz o ministro, é de responsabilidade do governo, não das construtoras. BLOG DO MARIO FORTES