sábado, 17 de dezembro de 2011

TSE, Tribunal Suntuoso Eleitoral


       Dirceu Ayres

Com tantos quartéis vazios, este prédio também vai armazenar as urnas eletrônicas... Sem dúvida, é o depósito mais caro do mundo, nem banco suiço tem igual. O presidente do TSE, Ricardo Levandowski, aquele mesmo que disse que o Mensalão vai prescrever, relaciona o tamanho do prédio com o aumento do número de eleitores, como se a capacidade dos computadores não tivesse aumentado. A verdade é que os novos prédios da Justiça em Brasília são um verdadeiro acinte e uma prova escancarada de um poder ineficiente, perdulário, que perdeu completamente os limites. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inaugurou, ontem à noite, a sua nova sede, localizada próxima ao prédio do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no Setor de Administração Federal Sul. Com 115,5 mil m² e investimento de R$ 327 milhões, o edifício arquitetado por Oscar Niemeyer abrigará sessões administrativas e servirá de depósito para as urnas eletrônicas. O presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, fez uma homenagem a Niemeyer, que completou ontem 104 anos. Segundo o ministro, o arquiteto sempre se colocou à disposição de uma sociedade mais justa, humana e igualitária. No discurso, Lewandowski destacou que a nova sede do TSE é necessária, uma vez que o eleitorado brasileiro cresceu de 40 milhões para mais de 130 milhões nos últimos 40 anos. O prédio inaugurado ontem é a sexta sede da história do TSE e a terceira em Brasília. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, lembrou que a Corte funcionou provisoriamente na Esplanada dos Ministérios desde a inauguração de Brasília até fevereiro de 1971, quando foi transferida para a Praça dos Tribunais Superiores, onde o TSE funcionou até anteontem. A antiga sede será ocupada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A solenidade de inauguração da nova sede foi prestigiada por autoridades de todos os poderes. (Correio Brasiliense)

Serra, não bata na Dilma. Bata no Anastasia, no Alckmin, no Richa, no Perillo...

Caro José Serra, o seu partido, o PSDB, num destes convescotes de governadores, decidiu que eles não fazem oposição, quem faz oposição é a representação partidária no Congresso. Isso é uma bobagem e é por isso que o PSDB caminha a passos largos para a extinção. O eleitor brasileiro não dá a mínima para deputado e senador. O que o PSDB precisa fazer é juntar estes governadores e montar um projeto tucano que funcione e que tenha metas e programas comuns. Um Minha Casa, Minha Vida que entregue casas. Um PAC que entregue obras. Um Pronatec que dê bolsas. Hoje mais uma pesquisa mostrou que a Dilma está lá em cima no conceito do eleitor, comprovando o equívoco do caminho da crítica pela crítica. Isso é política velha. Os governadores tucanos precisam deixar de ser provincianos e fazerem a verdadeira oposição. E o que é a verdadeira oposição? É fazer as coisas melhores e mais honestas do que a Dilma. É mostrar como a segurança, a saúde, a educação nos estados tucanos funciona melhor. É, com isso, dar discurso de oposição para os seus deputados e senadores. Simples, não? Porque se não conseguir provar isso em todos os estados tucanos, sem exceção, " adeus, tia Chica!". Vai ser um poste atrás do outro. Dilma é melhor do que Lula, segundo o eleitor. Esta é a única boa notícia da pesquisa. De resto, é bom que a oposição encontre um discurso, já que não tem nenhum. Ao que tudo indica, os eleitores estão querendo resultados, pouco se lixando se estão roubando, mentindo, caluniando... Algum tempo atrás este blog disse: a única forma de retomar o poder é juntar todos os governadores de oposição e montar um plano de governo com pelo menos algumas metas e marcas comuns. Não fizeram. O resultado está aí embaixo. E não adianta falar mal do eleitor brasileiro. Ele é o eleitor que temos. Na comparação entre os governos Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, a avaliação de "ótimo ou bom" da presidente é a melhor da série histórica do final do primeiro ano de mandato, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada na manhã desta sexta-feira (16). Dilma registrou 56% (mesmo índice alcançado em março), enquanto Lula tinha 41% e Fernando Henrique, 43%. Avaliação positiva do governo Dilma sobe para 56%, diz CNI/Ibope No começo do primeiro ano de mandato, avaliado em março, Dilma também tinha 56%. Já Lula estava 51% e FHC, com 41%. A pesquisa mostra que a avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff voltou a subir entre setembro e dezembro. O índice de pessoas que consideram a gestão como ótima/boa passou de 51% para 56%. A aprovação pessoal da presidente ficou praticamente estável --passou de 71% para 72%. Essa é a quarta pesquisa CNI divulgada neste ano. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Foram entrevistados 2.002 pessoas em 142 municípios, entre os dia 2 e 5 de dezembro. (Da Folha Poder)

A patuléia desinformada e/ou mal informada, aprova o governo de Dilma.


     Dirceu Ayres

Herdeira de uma herança maldita, constituida de Ministros corruptos, mentiras deslavadas, inflação manipulada, dívida interna beirando os dois trilhões de reais, divida externa ainda crescente e que se amontoa, dia a dia, e que jamais foi paga como apregoam os seguidores do apedeuta e da mentira, Dilma Roussef consegue uma vitória que só a CNI poderia lhe oferecer. Um poste que a exemplo de seu criador nada criou ou inovou neste país, continua flanando no sucesso das exportações brasileiras, sobretudo alavancada pelo agronegócio que tanto os comunistas ( seus aliados)combatem sem trégua, consegue um índice de aprovação popular que só Deus e a CNI explica. Se o apedeuta, antecessor de Dilma, achou um país enxuto, regulamentado, livre de paquidermes estatais improdutivos ou pouco produtivos que alavacaram o progresso do país após as privatizações, aproeitou-se deste Estado pronto para o sucesso e deitou e rolou falação. Não trabalhoum passou quatro a os fazendo discursos caluniadores, mentirosos e fantasiosos sob todos os aspectos, apropriando-se, indevidamente, da obra alheia, mudando nomes de projetos e planos que já encontrou em andamento e que tanto fizeram sucesso independente da participação ou "esforço" de seus ministros inúteis que hoje, bem sabemos, passaram o tempo em dedicar-se a "ganhar dinheiro", dizem, de forma, digamos, duvidosa. Por termos uma oposição fraca, tendo em seus quadros alguns covardes e adesistas, os limitados políticos e gestores públicos petistas ou seus asseclas e prepostos, deitam o rolam usufruindo de um país ainda próspero, cujo arcabouço e estrutura para o progresso e controle da moralidade pública fora previamente legado por homens que os antecederam, com coragem cívica, capacidade e inteligência forjaram um modelo de país admirado pelo mundo inteiro e que proporcionam, hoje, aos apedeutas no poder, mesmo se locupletando e deturpando a nobre arte de fazer política, basta "deixar rolar" a administração pública que tudo vai dar certo se seguir a "cartilha tucana" de administrar. E assim eles fazem há nove anos. Agora, contentando a CNI assim como alguns outros segmentos da economia nacional com benesses, principalmente aos banqueiros que conquistaram os maiores lucros com o petismo, o governo ganha um mimo: A pesquisa da CNI diz que o governo Dilma é aprovado por 56% da população. Presentinho bom e em boa hora, não "presidenta"? Que pena que eu não tenha sido ouvido na pesquisa CNI ( como em nenhuma outra ). Eu teria uma outra opinião, diferente da CNI, afinal, faço parte, desde já, dos 44% que não aprovaram seu governo que, sem dúvida, ainda é melhor que o do seu criador, apesar dos pesares. BLOG DO MARIO FORTES

Deturpado Protógenes consegue assinaturas para abrir uma CPI.

                        
     Dirceu Ayres

O cãogresso fedemal não passa mesmo de uma pocilga. O Deturpado Protógenes Queiróz, aquele comandou a Operação Satiagraha em 2009, que prendeu em julho o banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity; o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta; e o megainvestidor Naji Nahas. Por suspeitas de irregularidades no comando da operação, Protógenes virou alvo de uma sindicância administrativa e uma representação na PF em março, Protógenes é indiciado criminalmente pela PF em dois crimes: quebra de sigilo funcional e violação da Lei de Interceptações. Ele teria sido responsável pelo vazamento de dados secretos da Satiagraha e, tal conduta, na avaliação da PF, caracteriza quebra do sigilo funcional. " E na minha opinião suas investigações chegaram perto demais do filhinho mega empresário do Ex presidente o Enfermo Defuntus Sebentus" Esse mesmo cidadão teve que deixar a PF e ganhou um bom cargo de deturpado fedemal, agora resolveu virar investigador de irregularidades ocorridas durante as privatizações do governo FHC. Após mais de dez anos, e para desviar o foco da corrupção que assola o DESgoverno da presidANTA Dilmarionete, o ex delegado se sujeita a ir atrás de assinaturas para abertura de uma CPI das privatizações. Desde os anos 70 que o cãogresso fedemal não tem uma única CPI em funcionamento. todas as tentativas da oposição em criar CPIs para investigar irregularidades no DESgoverno das Ratazanas Vermelhas são esvaziadas pelos bate paus e baba ovos da turminha de ladrões avermelhados. Agora que os índices de corrupção estão batendo em níveis nunca antes visto na história deste país, e para desviar as atenções que estão sobre o sinistro trapalhão Fernando Pimentel, resolveram desenterrar as privatizações para continuarem culpando o "governo anterior" de alguma coisa. Certo que as privatizações precisam ser esclarecidas a sério, sem posições partidárias ou retaliações ideológicas com as velhas e manjadas intenções eleitorais para o ano que vem. Mas, muito antes de se pensar em CPI das privatizações precisariam uma CPI da corrupção, só que com a quantidade de corruptos que habitam o DESgoverno por metro quadrado, e com políticos do calibre desse Protógenes, o cãogresso vai continuar sendo um depósito de lixo ideológico com a única função de proteger os ladrões da vez. Para o Brasil seguir mudando tem que ser fechado esse cãogresso fedemal e impichar a presidANTA Dilmarionete. Se deixarem do jeito que está, em breve, irão fazer uma CPI para investigar a abertura dos portos feita por D João VI em 1808. É impressionante como um deturpado se sujeita a ser tão "zeloso" contra os governos anteriores e convenientemente não enxerga a bandalheira que acontece ao seu lado. Infelizmente esse é o Brasil de hoje, um país de povo burro governado por safados que chegam a ser pornográficos em matéria de corporativismo. Domingo tem futebol então... PHODA-SE!!! (O MASCATE)

Morte do cãozinho em Goiás.


  Dirceu Ayres

O espancamento de um cãozinho que foi filmado em Goiás se tornou o assunto polêmico da semana nas redes sociais. E virou notícia no país inteirinho. Já estou até vendo a Sonia Abrão passar mais de uma semana requentando esse bizarro assunto em seu "pograma" entrevistando a "cinegrafista" e execrando publicamente a agressora. Mundo cão dos brabos em busca de audiência. Certamente que a "doidona" que espancou o pobre animal levando-o a morte deve ser punida com os rigores da lei, mas a pessoa que passivamente filmou a agressão e depois postou o vídeo na internet também é responsável pela morte do animazinho. Não podemos deixar a sociedade brasileira se transformar em um bando de frios e oportunistas covardes "voyeurs" ávidos pelos momentos de fama que vídeos como esses podem proporcionar. A pessoa que filmou é tão maluca quanto a agressora, e na minha visão, é cúmplice do assassinato do cão. Fazer o vídeo e postar a denúncia na internet é muito confortável, a pessoa não se envolve, não tem que tomar partido em defesa do agredido, não enfrenta a fúria da malucona, apenas faz as imagens e denuncia via Youtube. É muita covardia e ao mesmo tempo muito sangue frio. Assistir ao espancamento do bichinho e não se envolver é de uma torpeza estratosférica. Se a pessoa que filmou a agressão tivesse tomado outra atitude, quem sabe partido para a ignorância contra a agressora atirando objetos sobre ela, chamado a polícia ou mesmo jogado um balde de água, certamente o final da história seria outro para o animal. Mas preferiu convenientemente se acovardar, se esconder e friamente filmar a execução do indefeso cão em busca de uma polêmica notoriedade. Agora, o comportamento bovino dos revoltados de plantão criam inúmeras "causes" em defesa dos animais no Facebook, postagens iradas e indignadas pipocam as milhares em defesa do falecido cão e chegam ao ápice da burrice em pedir pena de morte para a agressora. Perfis falsos no Facebook e no Twitter são criados com o nome da agressora e até imagens de pessoas que nada tem a ver com a situação são usadas para garantir a sanha de justiça da indignação virtual que toma os corações e mentes dos internautas de plantão. Chegaram ao ponto de colocar na rede o número do telefone da casa da mãe da agressora como forma de aplacar a sede de sangue do pessoal do "proteste sentado." Como se a mãe da malucona tivesse culpa pelos atos da filha. Mas duas coisas ninguém se ateve em discutir, a saúde mental da criança que presenciou o fato e a covardia de quem filmou. Certamente que é dever do estado responsabilizar a agressora, mas não podemos esquecer de jogar parcela da culpa em quem presenciou o ato e nada fez em defesa do agredido. Não é ato de bravura ou de cidadania se manter alheio a uma atitude bárbara como a que vimos em nome de um "furo de reportagem" e depois postar heróicamente as imagens na internet. Isso não é denúncia e nem defesa de nada, isso é oportunismo barato e covardia explícita. O que levou ao descontrole da agressora ao ponto de cometer tamanha covardia com o pobre animal? Estaria ela em depressão, em um surto psicótico, ou tomando algum medicamento que possa alterar o comportamento a esse nível? Ou simplesmente ela resolveu encher o cão de porrada por ser sádica? Devem ser investigadas todas as possibilidades para o comportamento da agressora e punir de acordo com as conclusões a que se chegar. O que não pode é deixar a população julgar e condenar bovinamente a enfermeira sem antes dar a ela o direito de defesa. Agora, a pessoa que filmou estava confortavelmente em sua residência a uma distância segura do fato e nada fez pela vida do bichinho, essa sim é mais fria e feladapota do que a que matou. E a criança que presenciou toda a barbaridade ficou relegada a um segundo plano onde ninguém se importa com ela, o que conta é o bichinho morto e o "heróico" vídeo da vigilante vizinha. Certamente que o vídeo irá fazer com que muita gente pense duas vezes antes de cometer qualquer tipo de atrocidade, pois no mundo de hoje... SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO FILMADO!! E PHODA-SE!!!

Impunidade anunciada: a articulação do PT para absolver a quadrilha do mensalão


    Dirceu Ayres

Ministro diz que, como o julgamento dos mensaleiros só deve acontecer em 2013, muitos dos crimes podem prescrever. A afirmação preocupante criou um enorme mal-estar entre os colegas no Supremo Tribunal Federal Bem Devagar: Indicado por Lula, amigo da família do ex-presidente e próximo aos petistas, o ministro Ricardo Lewandowski está no centro de várias celeumas envolvendo o julgamento do mensalão. Na semana passada, o ministro Cezar Peluso mandou liberar cópias do processo para não atrasar ainda mais o desfecho do caso (Celso Junior/AE e Alan Marques/Folhapress ) Desde que foi oferecida a denúncia contra os réus, em 2006, Lewandowski protagonizou as principais celeumas em torno do caso. As duas primeiras ocorreram durante a aceitação da denúncia, em 2007. A princípio, o ministro foi flagrado no dia do julgamento trocando mensagens de computador com a ministra Cármen Lúcia sobre os votos dos colegas Em fevereiro de 2006, o desembargador Ricardo Lewandowski foi indicado pelo presidente Lula para ocupar uma cadeira na mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal. Era o primeiro ministro nomeado pelo petista desde a descoberta, no ano anterior, do escândalo do mensalão, o maior esquema de corrupção da história do país. Ao ser entrevistado por emissários do Planalto e conversar com Lula antes da indicação, Lewandowski já tinha plena consciência de que teria, nos anos seguintes, a missão de julgar o processo que resultaria da revelação de que o governo do PT pagara mesada a parlamentares em troca de apoio político. O ministro não só conhecia essa realidade como era próximo a figuras de proa do partido. Formado na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, berço sindical do petismo, e professor com mestrado e doutorado na Universidade de São Paulo, ele conhecia a família Lula desde jovem. Sua mãe, por exemplo, era vizinha da ex-primeira-dama Marisa Letícia. Relações pessoais com poderosos não impedem ninguém de assumir cargos públicos de relevo. Para assentos no STF, são exigidos notório saber jurídico e reputação ilibada. Além desses dois requisitos constitucionais, espera-se de um ministro da suprema corte independência com relação ao presidente da República que o indicou. É nessa seara que a movimentação de Lewandowski tem causado apreensão. Desde que foi empossado, sua atuação só chamou atenção quando foi portadora de maus presságios — para a opinião pública e as instituições — sobre o caso do mensalão. Na semana passada, essa situação chegou ao paroxismo. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele informou que só pretende concluir seu voto no processo em 2013 — o que prorrogaria ainda mais o desfecho do caso, cuja conclusão está prevista para o primeiro semestre de 2012. Por trás de uma questão meramente temporal há uma série de desdobramentos políticos, todos eles favoráveis ao PT e à camarilha que figura como ré no processo. O próprio Lewandowski admite que, com o adiamento, poderá haver prescrição de boa parte dos crimes imputados aos mensaleiros. Entre os quais, o de formação de quadrilha, acusação que pesa sobre os ombros do comissário José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil.
A Toque de caixa:O ministro  Joaquim Barbosa deverá concluir seu relatório no início do ano que vem para, ao contrário do que querem os mensaleiros, começar o julgamento em abril Outro possível desdobramento tende a influir no mapa dos votos. No próximo ano, os ministros Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto terão de se aposentar. Os dois fazem parte de um grupo de cinco ministros apontados como defensores da condenação dos réus. Se Lewandowski consumar o adiamento para 2013, Britto e Peluso não participarão do julgamento. Darão lugar a substitutos indicados pela presidente Dilma Rousseff. Se depender do PT, tais substitutos serão camaradas exemplares e, obviamente, pró-absolvição. Desde 2006, o partido conseguiu emplacar ministros com esse perfil mais amigável. Dilma manteve a toada com a recente nomeação de Rosa Maria Weber, uma juíza do Trabalho de carreira, com pouca intimidade com questões criminais. Ou seja: se o julgamento ocorrer após a aposentadoria de Britto e Peluso, o PT terá mais chance de conseguir formar uma maioria segura na corte que impeça a condenação de seus líderes. Assim, poderá evitar que o maior caso de corrupção da história do Brasil prejudique os projetos eleitorais do partido. Essa estratégia ardilosa, obviamente, não passa despercebida no plenário do Supremo. Atentos à movimentação, ministros do STF já reagiram. Lewandowski justificou a possibilidade de adiamento com um argumento sólido como as nuvens: só leria todos os volumes do processo depois de receber uma espécie de resumo do caso elaborado pelo relator do processo, Joaquim Barbosa. No papel de revisor, Lewandowski teria de começar tudo do zero, como afirmou. Uma heresia jurídica devidamente rechaçada. Logo após a entrevista ter sido publicada, o presidente do STF, Cezar Peluso, enviou um ofício a Joaquim Barbosa pedindo que ele disponibilizasse imediatamente a íntegra do processo para todos os ministros, a fim de que eles já pudessem estudar o caso a fundo e, se quisessem, preparar os votos. A medida não era necessária. Há anos todos os autos do processo do mensalão estão disponíveis na internet para os advogados dos réus, os integrantes do Ministério Público e, obviamente, os ministros da corte. O ofício de Peluso era, na verdade, apenas um gesto para deixar claro o incômodo com a ameaça de adiamento. “Não vou deixar a presidência do Supremo sem colocar esse processo em pauta. Quero fazer isso em agosto, no máximo”, diz ele. Ayres Britto, o outro ministro ameaçado de não participar do julgamento, também manifestou sua insatisfação. Questionado sobre a possibilidade de não julgar o mensalão, foi sucinto e irônico: “Não trabalho com essa hipótese. Quem sabe o ministro (Lewandowski) recebendo fisicamente o processo não facilite”. Lewandowski tem uma posição particularmente privilegiada para atravancar o processo. Ele exerce o papel de revisor da ação. Em ações penais, como a do mensalão, dois magistrados têm o dever de avaliar o processo antes dos demais: primeiro, o relator; depois, o revisor. Mas é o segundo que fica responsável por pedir que seja marcada a data do julgamento, depois de analisar o caso e preparar seu voto. Não existe legalmente um prazo para que ele cumpra essa tarefa, mas ministros ouvidos por VEJA estimam que três meses seriam suficientes para analisar o caso do mensalão. Na prática, tudo dependerá do embate entre a pressão do PT em favor do adiamento e a pressão de integrantes do Supremo e da sociedade em defesa do bom andamento das instituições. O próprio Dirceu já disse que acredita em sua absolvição no voto, por falta de provas, e não por prescrição. Portanto, que ocorra a votação em tempo hábil. Chamado de “chefe de quadrilha” na denúncia do Ministério Público, Dirceu responde por formação de quadrilha e corrupção ativa. A prescrição de tais crimes, se comprovados, depende diretamente da pena aplicada. Como o processo se arrasta há anos, muitos réus só serão punidos se forem condenados a penas de longa duração. Trata-se de algo pouco provável. Como quase todos são primários e não têm antecedentes negativos, dificilmente receberão penas máximas. Isso se prevalecerem aspectos meramente técnicos. Ministros do STF afirmam, no entanto, que a ofensiva petista no processo pode ter um efeito contrário: aumentar a pressão política em defesa da adoção de penas mais severas justamente a fim de impedir a prescrição. “É muito cedo para saber se vai ocorrer a prescrição. Temos de aguardar a conclusão sobre a culpa e a fixação da pena”, diz o ministro Marco Aurélio Mello. “No entanto, é impensável majorar a pena para fugir da prescrição, bem como adiar o julgamento por causa das eleições municipais de 2012.” Paulo Celso Pereira e Laura Diniz
Desde que foi oferecida a denúncia contra os réus, em 2006, Lewandowski protagonizou as principais celeumas em torno do caso. As duas primeiras ocorreram durante a aceitação da denúncia, em 2007. A princípio, o ministro foi flagrado no dia do julgamento trocando mensagens de computador com a ministra Cármen Lúcia sobre os votos dos colegas. A revelação das mensagens provocou enorme mal-estar na corte. Dias depois, Lewandowski agravou ainda mais a situação ao afirmar que os ministros haviam votado “com a faca no pescoço” e que a tendência do Supremo seria “amaciar para o Dirceu”. Durante o julgamento que transformou os mensaleiros em réus, foi Lewandowski quem mais divergiu do relatório de Joaquim Barbosa, opondo-se inclusive ao enquadramento de José Dirceu e José Genoíno no crime de formação de quadrilha. Seu alinhamento com a pauta petista é um péssimo sinal para o vigor de uma instituição fundamental como o STF. A morosidade prejudica a Justiça Supremo Tribunal Federal pode ser muito célere — ou extremamente lento —, dependendo da vontade de seus minis-tros. O caso do processo envolvendo o peemedebista Jader Barbalho ilustra ambas as posturas. Desde março deste ano, quando a corte decidiu que a Lei da Ficha Limpa não valeria para as eleições do ano passado, vários políticos que receberam votos suficientes para se eleger, mas foram barrados pela lei, tomaram posse. Foi o caso dos senadores Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e João Capiberibe (PSB-AP). Jader, dono da segunda maior votação para o Senado no Pará, ficou à espera de uma decisão dos ministros. Era dado como certo que a sentença lhe seria favorável, mas ela não tinha data para sair. Na semana passada, o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, decidiu dar fim à questão. Depois de receber intensas pressões de líderes do PMDB, valeu-se de uma de suas prerrogativas como presidente para desempatar a votação e liberar a volta de Jader ao Parlamento. Peluso usou o chamado “voto de qualidade”, um recurso previsto no regimento do tribunal que dá ao voto do pre-sidente o peso de dois. Esse instrumento é aplicado em julgamentos que terminam empatados, realizados durante a vacância de um ministro. Desde agosto, quando Ellen Gracie saiu do STF, a corte funciona com dez integrantes. Sua substituta, Rosa Weber, só tomará posse no ano que vem. O curioso é que o próprio Peluso havia se recusado a re-correr ao poder do voto de qualidade no ano passado, durante o julgamento do ex-governador do Distrito Federal Jo-aquim Roriz, um caso semelhante ao de Jader. Assim como o paraense, Roriz renunciou para fugir de um processo de cassação no Conselho de Ética do Senado. Quando se encerrou o julgamento, empatado, Peluso justificou a decisão de não atribuir ao seu voto um peso maior que o dos demais magistrados alegando “não ter vocação para déspota”. Ainda não foi definida a posse de Jader. Diz o jurista Dalmo Dallari: “Não cabia outra decisão. Condenável foi apenas a demora do tribunal em tomá-la”. Peluso demonstrou que, quando quer, o STF pode pronunciar-se com rapidez em questões essenciais. Espera-se que seja veloz para encaminhar o julgamento do mensalão.

Falecimento de Iporan Nunes de Oliveira - herói da FEB e do Brasil


       Dirceu Ayres

Iporan Nunes de Oliveira (20/12/1917 - 03/12/2011) Os brasileiros deveriam tomar conhecimento desse herói verdadeiro. Sim , nós temos , como o então Ten Iporan. Força Expedicionária Brasileira. Nossas homenagens. Falecimento de Iporan Nunes de Oliveira - herói da FEB e do Brasil IPORAN NUNES DE OLIVEIRA, esse sim, é mais um dos nossos heróis verdadeiros, cujos feitos gloriosos são ignorados pelo Ministério da Educação e pelos governos da esquerda farsante que preferem a falsa história capaz de gerar benesses sem méritos aos “companheiros”! Triste nação brasileira! Um herói. Este sim um "Filho do Brasil". Deveriam ser estes os nomes cultuados e suas histórias contadas, mas, no Brasil, preferem homenagear Marighelas, Lamarcas, etc. Nos anexos, o relato da Tomada de Montese e slides que mostram o ataque no terreno. Trata-se de uma apresentação que fiz na 7ª SCh do EME, em 14 de abril, dia da tomada de Montese. Leiam o relato, acompanhando nos slides e façam sua homenagem silenciosa ao Ten Iporan. Naquele dia e naquelas alturas, mais uma vez, "A COBRA FUMOU". CITAÇÃO PARA A CRUZ DE COMBATE DE 1ª CLASSE DO TENENTE IPORAN Durante toda a campanha da FEB, destacou-se em diversas patrulhas de combate e em três batalhas – Monte Castelo, Castelnuovo e Montese – em que o 11º RI se envolveu, tendo recebido doze elogios por suas ações militares, nas quais sempre fazia prisioneiros alemães. Na antevéspera do ataque a Montese, na chefia de uma patrulha de combate, abriu uma pequena brecha em um campo minado que protegia uma das bordas fortificadas da posição alemã. Durante o ataque do dia 14 abr., já conhecendo o terreno e sabendo da existência da brecha, a qual era desconhecida dos alemães, foi à frente da força de ataque, entrando com seu pelotão em Montese, tomando a torre local, onde fez vários prisioneiros, e manteve posição de resistência contra os alemães, contribuindo em larga escala para a vitória da FEB nesta batalha. Seu pelotão foi a primeira tropa brasileira a romper o dispositivo defensivo e adentrar no fortificado ponto de defesa dos alemães, em um momento em que as unidades da FEB engajadas na batalha sofriam pesadas perdas decorrentes da obstinada resistência inimiga. Demonstrou coragem, decisão, vontade, senso de cumprimento do dever e iniciativa. Mais um que se vai, sem o devido reconhecimento do seu próprio país!!! Faleceu no último dia 3 de dezembro em Niteroi, Rio de Janeiro, de causas naturais aos 93 anos de idade, o veterano da FEB Coronel Iporan Nunes de Oliveira. Nascido em Cuiabá, Mato Grosso, Iporan era filho de Joaquim Pinto de Oliveira e Theonila Nunes de Oliveira. Ingressou na Escola Militar do Realengo, sendo declarado Aspirante a Oficial em 8 de janeiro de 1944. Logo em seguida, já tendo ciência da estrutura organizacional da futura Divisão de Infantaria Expedicionária, voluntariou-se para servir no 11º Regimento de Infantaria, em São João Del Rey, Minas Gerais - um dos três regimentos escolhidos para compor a divisão. Chegando à Vila Militar no Rio de Janeiro em março de 1944, Iporan iniciou a longa e exaustiva rotina de preparo físico que antecedeu ao embarque. O 11º Regimento embarcou para a Itália em 22 de setembro, como parte do 2º Escalão da FEB. Chegando lá no dia 11 de outubro, os soldados passaram pelo período de adaptação e armamento, antes de serem enviados ao front em novembro. Iporan, já Tenente, recebeu o comando de um pelotão da 2ª Companhia. Seu primeiro grande sucesso se deu em 12 de dezembro, quando durante um ataque a Monte Castelo, seu pelotão conquistou a localidade de Falfare. Ele lideraria 11 bem-sucedidas patrulhas ao longo da guerra, ganhando as duas classes da Cruz de Combate. Contudo, seu maior sucesso viria no dia 14 de abril de 1945, na vila de Montese. A FEB havia recebido a incumbência de conquistar Montese, último bastião alemão sobre os Apeninos, que abriria as portas do Vale do Pó naquele setor. O ataque começou às 9h do dia 14, com dois pelotões da 2ª Companhia - do Capitão Meira Mattos - no ataque. Um deles era o de Iporan. Progredindo com dificuldade em meio a intenso bombardeio da artilharia alemã, ele e seus soldados conseguiram atingir as alturas da cidade, embora fossem cortados do restante das tropas. No dia seguinte, consolidaram as posições de dominação da localidade, destruindo os últimos focos de resistência inimiga. Por sua extrema tenacidade na liderança do pelotão durante o ataque, o Tenente Iporan foi condecorado pelo Exército dos EUA com a Silver Star - que foi-lhe entregue pessoalmente pelo General Charles Gerhalt em Cuiabá, no dia 15 de julho de 1946. Ele também recebeu a Ordem do Império Britânico, concedida pelo Marechal-de-Campo Sir Harold Alexander no Rio de Janeiro, em 15 de junho de 1948. Após a guerra, Iporan continuou servindo no Exército Brasileiro em diversas designações por todo o país, servindo no Estado-Maior do Exército entre 1960 e 1964 - quando passou para a reserva na patente de Coronel. Depois disso trabalhou como administrador de shopping centers e posteriormente chefe de segurança da Rede Ferroviária Federal, aposentando-se definitivamente em 1983. O Coronel Iporan deixa esposa, quatro filhos e numerosos netos. O pelotão do Tenente Iporan, logo antes do ataque a Montese.