sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Corregedora diz que 45% dos juízes de SP omitem bens a órgão de controle


   Dirceu Ayres

Ministra Eliana Calmon expõe ainda mais a crise do Judiciário ao afirmar que acusações feitas por associações de magistrados e até por integrantes do STF são reação corporativista BRASÍLIA - No mais recente capítulo do entrave que expôs a divisão e o clima de guerra do Judiciário brasileiro, a corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, afirmou na quinta-feira, 22, que quase metade dos magistrados paulistas esconde seus rendimentos e que por trás da crise está um movimento corporativista para enfraquecer o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em resposta às associações de magistrados, ela disse que essas entidades são "maledicentes e mentirosas". "Este é o ovo da serpente", disse. Wilson Pedrosa/AE  Eliana Calmon negou que cerca de 270 mil pessoas estariam sob investigação do CNJ Segundo ela, em São Paulo foi descoberto que 45% dos magistrados descumpriram a legislação que obriga os servidores públicos a apresentarem todos os anos sua declaração de renda para que eventualmente ela seja analisada por órgãos de controle, como o CNJ. Em Mato Grosso do Sul, ninguém entregou Eliana Calmon repudiou informações divulgadas pelas entidades dos magistrados de que cerca de 270 mil pessoas estariam sob investigação do CNJ. De acordo com a corregedora, foram identificadas "bem menos" do que 500 transações atípicas realizadas por integrantes do Judiciário, sendo que 150 delas foram detectadas em São Paulo. "Como é que eu estou devassando 270 mil pessoas? Não há mínima possibilidade de isso acontecer", afirmou. Ainda de acordo com a ministra, o presidente do Supremo Tribunal Federa (STF), Cezar Peluso, e o ministro Ricardo Lewandowski, não são investigados pela corregedoria do CNJ. No passado eles integraram o Tribunal de Justiça de São Paulo e durante esta semana chegou a ser divulgado que eles teriam recebido até R$ 700 mil relativos a auxílio moradia não pago na época. "A folha de pagamento examinada é a de 2009 e de 2010. Só. E os ministros do STF já não faziam mais parte do Tribunal de São Paulo nessa época", disse Eliana. Além disso, a corregedora observou que pela Constituição Federal o CNJ não pode investigar ministros do Supremo. Sigilos. Em nota divulgada na quarta-feira, 21, Peluso sugeriu que magistrados tiveram seus sigilos quebrados. A ministra negou. "Não houve quebra de sigilo fiscal ou bancário e muito menos devassa e vazamento de informações sigilosas", garantiu a corregedora. Segundo ela, as inspeções são realizadas há quatro anos e que apenas agora, quando a vistoria foi feita em São Paulo, a Associação dos Magistrados Brasileiros reclamou. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Amapá já passaram pelo processo. "As investigações patrimoniais começaram na época do ministro Dipp (ex-corregedor) e o problema só surgiu quando chegou em São Paulo", afirmou. "Esse estardalhaço que estão fazendo de uma decisão eminentemente técnica e que os senhores poderão acessar e verificar, isso é para tirar o foco do que está realmente em jogo, que é a sobrevivência com autonomia do CNJ. Isso é que o foco do corporativismo", disse. A ministra ganhou visibilidade e contribuiu para organizar a reação quando disse que havia "bandidos de toga" na magistratura. De acordo com a corregedora, nas inspeções os técnicos não analisam transações bancárias. Ela disse que são examinadas as folhas de pagamento e as declarações de Imposto de Renda. As apurações começam a partir de informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que informa a existência de transações atípicas (no caso de desembargadores, são consideradas as superiores a R$ 250 mil por ano). Mariângela Gallucci, de O Estado de S.Paulo

Para editor do Clarín.com, ocupação da Cablevisión foi 'manobra política'

                       

       Dirceu Ayres

Segundo Sérgio Danishewsky, ordem de ocupação visa beneficiar grupo de comunicação concorrente Christina Stephano de Queiroz, do estadão.com. br BUENOS AIRES - A ocupação, por cerca de 50 militares, da sede do canal de TV por assinatura Cablevisión, que pertence ao grupo Clarín, na manhã desta terça-feira, 20, foi uma "manobra política". A opinião é de Sérgio Danishewsky, editor-chefe do Clarín.com, a versão na internet do jornal. Em entrevista exclusiva ao estadão.com. br, Danishewsky disse que as razões da ação ainda não estão claras. Diego Diaz/'Clarín' Policiais militares argentinos revistam pessoas na sede da Cablevisión: 'manobra política' Militares argentinos invadem empresa do grupo Clarín, diz jornal Mas, segundo ele, a medida teria sido motivada por uma denúncia do segundo maior grupo de comunicação da Argentina, o Vila-Manzano. "É uma companhia que, à medida que cresceu, se aproximou do governo e se distanciou cada vez mais do (grupo) Clarín. Antes não tínhamos uma relação ruim e agora há uma relação péssima", diz. A Cablevisión não possui jurisdição na província de Mendonza, cidade sede do grupo Vila-Manzano. Ainda de acordo com Danishewsky, a ordem de ocupação foi dada por um juíz de Mendonza que já havia favorecido o grupo concorrente antes, quando suspendeu uma decisão do governo que obrigava os grupos de comunicação a só possuírem uma empresa em cada setor jornalístico. "Não está claro que documentação os militares buscavam. O que sim está claro é que a Cablevisión era um alvo do governo nacional. Por isso, qualquer outro grupo de comunicação que tome alguma ação contra a empresa receberá apoio", acredita. Para Danishewsky, o evento desta terça deve ser incluído entre uma série de "ações concretas" que foram tomadas contra o grupo Clarín nos últimos anos, como o bloqueio dos Sindicatos dos Caminhoneiros à saída de edições do Clarín, a anulação da licença de operação da Fibertel, provedora de serviços de internet do grupo Clarín e a operação organizada pela FIP (Administração Federal de Ingressos Públicos), quando 300 inspetores estiveram na sede do jornal para solicitar documentação. "Essas medidas ou são impulsionadas ou são toleradas pelo governo argentino", assegura. Papel jornal A ação é mais um episódio na escalada das disputas entre o governo e as empresas de comunicação que publicam os jornais Clarín e La Nación, por causa do fornecimento de papel-jornal. O governo usa sua participação acionária na Papel Prensa, única fornecedora de papel-jornal do país, para tentar dominar a oposição do Clarín e do La Nación, maiores jornais do país. Danishewsky lembra que, nesta semana, o governo tentará aprovar uma lei no congresso que muda a repartição do papel jornal no país. Na Argentina, há uma empresa mista, que pertence a dois jornais (El Clarín e La Nación) e o Estado e que é a única a produzir papel-jornal na Argentina. "O governo quer ser o dono dessa empresa e não mais ter somente uma participação", diz. Interferência De acordo com o editor-chefe do Clarín.com, quando o governo declarou a nulidade da Fibertel, causou um impacto negativo na população. "As pessoas sentiram como se o governo tivesse entrado nas suas casas e vetado o uso da internet", opina. Segundo ele, a medida desta terça também deve ser rechaçada pela população, pois "ao interferir na Cablevisión, o governo interfere na vida cotidiana das pessoas".Ele menciona, ainda, o número incomum de militares envolvidos na ação desta terça. Isso, segundo ele, "deixou claro que há uma intencionalidade política na medida". Além disso, ele destaca o fato de que o canal oficial do país acompanhou os militares, sendo o único meio de comunicação a cobrir o evento enquanto ele ocorria. Os militares permaneceram por três horas na sede da Cablevisión que, conforme informações do editor funcionam normalmente. estadão.com. br

Leia íntegra da nota em que Lewandowski nega ter sido beneficiado

                 
   Dirceu Ayres


Leia abaixo a íntegra da nota do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski em nega ter sido beneficiado com a decisão que suspendeu inspeção feita pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) na folha de pagamento do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ministro Lewandowski divulga nota sobre o caso Sobre notícia veiculada hoje (21) a respeito de liminar proferida em mandado de segurança impetrado pela Associação dos Magistrados Brasileiros, Associação dos Juízes Federais e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, o ministro Ricardo Lewandowski esclarece o seguinte: 1. Eu estava em meu gabinete no STF por volta das 21 horas do dia 19, último do corrente ano Judiciário. Diante da ausência do relator sorteado, ministro Joaquim Barbosa, e dos demais ministros, foi-me distribuído o referido mandado segurança para apreciação de pedido de liminar. 2. Concedi a liminar em caráter precaríssimo, tão somente para sustar o ato contestado, até a vinda das informações, as quais, por lei, devem ser prestadas pela autoridade coatora no prazo de dez dias. Tomei a decisão, em face da amplitude das providências determinadas pela corregedoria do Conselho Nacional de Justiça, que compreendem a quebra do sigilo de dados fiscais e bancários de um número indeterminado e indiscriminado de magistrados e servidores de vários tribunais de todo o país, inclusive dos respectivos cônjuges e filhos, cumprindo o indeclinável dever de prestar jurisdição. 3. Após a vinda das informações, o processo será encaminhado para o relator sorteado ou, no recesso forense, à presidência do tribunal, para decisão definitiva quanto à liminar. 4. Cabe esclarecer que a decisão de minha autoria não me beneficia em nenhum aspecto, pois as providências determinadas pela corregedoria do CNJ, objeto do referido mandado de segurança, à míngua de competência legal e por expressa ressalva desta, não abrangem a minha pessoa ou a de qualquer outro ministro deste tribunal, razão pela qual nada me impedia de apreciar o pedido de liminar em questão. Na Folha Online: Por Reinaldo Azevedo.

INSPEÇÃO DO CNJ ABRE GUERRA NO JUDICIÁRIO


        Dirceu Ayres

Uma varredura determinada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) na movimentação financeira de todos os servidores e magistrados do Judiciário - com exceção dos tribunais superiores - está na origem da guerra deflagrada no mundo jurídico. Determinado em julho de 2010, o levantamento atingiu 216.800 pessoas -entre servidores, juízes e parentes- e apontou que 3.438 deles tiveram movimentações consideradas suspeitas. A corregedoria contesta esses números. Além disso, serviu de base para que, no início deste mês, a corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, determinasse uma devassa em 22 tribunais. O objetivo era apurar um eventual enriquecimento de seus integrantes. A varredura provocou reação indignada da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), que acusa o conselho de quebrar ilegalmente o sigilo bancário e fiscal dos integrantes do Judiciário. A entidade pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que anulasse as inspeções e teve o pedido aceito pelo ministro Ricardo Lewandowski, que na última segunda-feira concedeu liminar suspendendo a investigação recém-iniciada pelo conselho. Como a Folha revelou ontem, a decisão beneficiou o próprio Lewandowski, porque também suspendeu uma investigação sobre pagamentos feitos a vários juízes por conta de uma antiga dívida trabalhista. Por sua vez, o CNJ alega que tem o dever de investigar os servidores do Judiciário, incluindo as suspeitas de enriquecimento ilícito. ANÁLISE O levantamento sigiloso sobre movimentações financeiras atípicas no Judiciário foi solicitado em julho de 2010 pelo então corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp. Ele solicitou ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão que pertence ao Ministério da Fazenda, a análise dos CPFs de todos os membros dos tribunais estaduais, federais, trabalhistas e militares. Além de apontar 3.438 casos suspeitos, o Coaf informou que as movimentações atípicas se concentraram em cinco Estados (São Paulo, Rio, Minas, Bahia e Paraíba) e no Distrito Federal. De R$ 173,6 milhões de operações feitas em dinheiro, e postas sob suspeita, R$ 60,6 milhões estão concentradas na Justiça paulista (estadual, militar e do Trabalho), no TJ do Distrito Federal e no TJ da Bahia. Nesse grupo, segundo o Coaf, oito pessoas movimentaram R$ 16,7 milhões: dois titulares de cartórios, três juízes, um desembargador, um aposentado e um empresário. Por entender que o CNJ "passou a investigar eventual prática de crime, e não de infração disciplinar administrativa", a AMB, a Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) e a Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) requereram ao Supremo a anulação e imediata suspensão dessas investigações.
CONSTRANGIMENTO Como o ministro Joaquim Barbosa, relator sorteado, não estava no STF, o pedido foi distribuído ao ministro Ricardo Lewandowski, que concedeu a liminar. As três associações alegaram que a corregedoria submetera 216.800 mil magistrados e servidores "ao constrangimento ilegal de quebra de sigilo bancário e fiscal". As entidades sustentaram que o plenário do CNJ não foi informado previamente sobre o pedido ao Coaf. "Tomei a decisão, em face da amplitude das providências determinadas pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça, que compreendem a quebra do sigilo de dados fiscais e bancários de um número indeterminado e indiscriminado de magistrados e servidores", afirmou Lewandowski, em nota. Eliana determinou que as inspeções sigilosas começassem em São Paulo. A ordem era examinar declarações de bens de quem tivesse informado rendimentos anuais superiores a R$ 500 mil nos últimos cinco exercícios. No ato, a corregedora alertou que a conclusão dependeria de verificar-se a compatibilidade dos bens e rendas: "A simples movimentação financeira de altas somas pode não caracterizar ilícito, mas pagamento regular de créditos salariais, heranças e prêmios de loteria". Da Folha de São Paulo desta quinta-feira
 
 
 

STF X CNJ. O Saco de gatos da IN justiça Tupiniquim.


     Dirceu Ayres

É meus caros, dizem que a justiça é cega, mas os representates dela na pocilga tem um olho. E em terra de cego quem tem um olho... Diante dessa situação em que se encontra o judiciário brasileiro chego a conclusão que quem é cego de verdade é a população brasileira que além de tudo é muda e covarde. Juízes investigados por receberem "uns por fora" quando nos tribunais estaduais. Hoje são ministros do aparelhado STF, a mais alta corte do país. Desde a eleição do EX presidente o Enfermo Defuntus Sebentus que o STF que já não era lá grande coisa, só tem mostrado que é um tribunal duvidoso e seus julgamentos não tão justos aos olhos da opinião pública. O caso do mensalão tá ai e não me deixa mentir. O EX presidente aparelhou o STF de maneira que os crimes cometidos pela cambada das Ratazanas Vermelhas sejam empurrados com a barriga até a odiosa prescrição. Entre outras decisões polêmicas, como a não obrigatoriedade do título de eleitor para votar, e o casamento gay decidido e julgado a toque de caixa em período pré eleitoral, os casos, Cacciolla, Battisti, Daniel Dantas entre outros. Vemos muitos julgamentos polêmicos sendo decidido nas coxas apenas para "ajudar" nas eleições de certos grupos PolíTicos, sé é que vocês me entendem. Agora começa uma briga absurda entre o CNJ e o STF por conta de maracutaias em que estão envolvidos alguns membros da mais alta corte do país. Magistrados de SP são acusados de não declararem imposto de renda ou de incompatividade entre seus ganhos e seus gastos e patrimônio. A justiça brasileira está podre, assim como TODAS as instituições públicas deste país, e olhem que não importa o partido que governa o estado, TODOS estão comprometidos com as irregularidades e nas falcatruas. Se a justiça está enrolada em um imoral corporativismo para proteger aos seus membros acusados de não serem "tão" honestos e zelosos com a constituição assim. E se o STF está visivelmente ajoelhado e servindo de braço legal para acobertar as picaretagens que os aliados do governo fedemal estão envolvidos. É chegada a hora de uma reviravolta neste país, passou da hora dessa população futebolista, burra e inerte ir as ruas e pedir seriedade e transparência com a punição exemplar de todos aqueles que sugam mais de 6 bilhões por ano só em corrupção e desvios de dinheiro público. Passou da hora deste povo acordar. Mas um povo que diz que se estivesse lá faria a mesma coisa não vai ter interesse em mudar porra nenhuma. O nosso problema é cultural. Estamos vivendo um momento muito delicado em nosso país. O momento em que nem a justiça é séria, onde, se não podemos confiar na justiça, em quem mais poderemos confiar? Para onde quer que se olhe vemos corrupção e bandalheira, o Brasil está entregue às ratazanas, aos bandoleiros e bucaneiros que saqueiam não só as nossas riquezas, mas saqueiam a nossa dignidade e futuro como nação. Estamos chegando ao fundo do poço moral e ético, e depois do fundo o que virá? E lamentavelmente... PHODA-SE!!! (Mascate)

CNJ revela que 45% dos juízes de SP não declararam Imposto de Renda, e 150 tiveram movimentações atípicas

                                      DIRCEU AYRES
Edição do Alerta Total – http://www.alertatotal.net site Fique Alerta – www.fiquealerta.net Estranhamente, no Estado de São Paulo, 45% dos juízes descumpriram a lei e não apresentaram, no ano passado e em 2009, suas declarações de Imposto de Renda – obrigação imposta pela Receita Federal a todos os mortais. Outros 150 magistrados paulistas tiveram movimentação financeira atípica, embolsando mais de R$ 250 mil por ano. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda, estranhou o fato e comunicou ao Conselho Nacional de Justiça. Tão ou mais grave que a sonegação de informações fiscais dos juízes paulistas é a omissão dos togados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. A Receita Federal entrou em alerta porque nenhum dos magistrados de lá fez a declaração anual nos anos de 2009 e 2010 – conforme manda a Lei. Estas revelações do Conselho Nacional de Justiça indicam que podem existir mais coisas por debaixo dos mistérios togados do que pode supor a vá filosofia de qualquer corregedor ou simples cidadão. A corregedora Eliana Calmon afirmou que as movimentações atípicas não necessariamente constituem irregularidades. Após essa verificação, os tribunais serão procurados e suas corregedorias internas acionadas para prestar eventuais esclarecimentos. A corregedora nacional de Justiça ministra Eliana Calmon, esclareceu ontem que, apesar da liminar do Supremo Tribunal Federal, o trabalho de sua equipe não vai parar. Autora da polêmica expressão “bandidos de toga”, que feriu o sensível corporativismo de seus colegas, Eliana voltou a pregar que é preciso fiscalizar a magistratura para contribuir com o fim da corrupção no Brasil. Eliana Calmon rebateu, duramente, as acusações das associações de juízes de que teria acessado dados bancários dos magistrados sem autorização judicial. A corregedora garantiu que não teve acesso aos dados bancários dos magistrados – o que seria um crime de quebra de sigilo. Explicou que o monitoramento da evolução patrimonial dos juízes brasileiros é feito pelo CNJ há quatroanos, com base na emenda constitucional que criou o órgão. Eliana ponderou que as movimentações atípicas não necessariamente constituem irregularidades. Segundo a corregedora, heranças recebidas ou eventual uma venda de imóvel podem representar ganho legal acrescentado à renda normal do magistrado. Eliana interrompeu suas férias e voltou a Brasília para esclarecer toda a confusão criada pelo STJ e pelas associações que representam os magistrados (Ajufe, a AMB e Anamatra). A corregedora denunciou que o “verdadeiro ovo da serpente” é a intenção destas entidades em tentar comprometer a “sobrevivência com autonomia do CNJ”. Ajufe, a AMB e Anamatra pedirão à Procuradoria Geral da República para investigar a ministra-corregedora Eliana Calmon. As entidades também vão pedir ao presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, que instaure uma investigação na corregedoria do conselho para apurar a suposta quebra do sigilo de dados de 231 mil juízes, servidores de tribunais e parentes, sem ordem judicial – fato criminoso que ontem foi negado pela corregedora. Perante a opinião pública, a imagem das entidades corporativas dos magistrados já está com o filme queimado. Eliana Calmon recebeu um recado divino de solidariedade. Poderosas figuras do mundo jurídico, ligadas à prelazia papal Opus Dei, estão com ela e não abrem na luta contra a corrupção no Judiciário. Quem está devendo, principalmente no TJ-SP, já ficou apavorado com este apoio político. No meio político, soaram muito mal as palavras do presidente do STJ e do CNJ, colocando os ministros do supremo absolutamente acima do bem e do mal. Cezar Peluso escreveu que “nos termos expressos da Constituição, a vida funcional dos ministros do Supremo Tribunal Federal não pode ser objeto de cogitação, de investigação ou de violação de sigilo fiscal e bancário por parte da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça”. No retorno do recesso do Congresso, já tem Senador pensando em aprovar logo a Emenda Constitucional 97 que disciplinará, de uma vez por todas, o papel do CNJ. O Senado vai romper seu sagrado recesso, na próxima quarta-feira, por um motivo totalmente atípico. Só para dar posse ao paraense Jader Barbalho (PMDB), que tinha sido barrado pela Ficha Limpa, mas que conseguiu o mandato de volta por decisão do Supremo Tribunal Federal. O riquíssimo Jader terá direito a embolsar R$ 30 mil e 200 reais – a soma do bônus de R$ 26 mil 720 reais pagos a cada senador no começo e no fim do ano legislativo, junto com os outros R$ 3 mil 336 reais pelos supostos “quatro dias de trabalho” do senador, em dezembro. Já que vão abrir o Senado para tão nobre finalidade, por que não fazem uma sessão para votar logo a Emenda 97? O Congresso suspendeu os repasses de verbas para obra da inviável Linha 3 do Metrô do Rio, prevista para ligar Niterói a Itaboraí até 2014.A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização encontrou Indícios de Irregularidades Graves (COI) na obra prevista para custar R$ 1,2 bilhão. Os analistas do Tribunal de Contas da União encontraram na obra indícios de sobrepreço na aquisição de produtos e serviços, além de deficiência no projeto que prevê um túnel passando por baixo da Baía da Guanabara. Causa frisson, no mercado financeiro, a subida mudança de opção sexual de um poderosíssimo dirigente bancário. O cara largou a mulher – uma antiga secretária sua no banco – e resolveu “sair do armário”, como se diz na gíria dos “entendidos”. Como a família que controla o conglomerado gosta de passar a imagem de conservadora, já se especula até que o “ex-homem” pode perder seu emprego. Tomara que o sempre ativo movimento gay o defenda contra tal medida discriminatória... Um guru do mercado financeiro paulista, que sempre acerta suas previsões, já avisa aos amigos mais chegados: “A crise vem para valer no Brasil e seu ponto alto deve ocorrer em dezembro de 2012”.Como diz o caboclo Dondinho, quem sobreviver verá...Pérolas da nota de pesar assinada por Renato Rabello, presidente do PC do B, ao governo da Coréia do Norte, lamentando a ida definitiva ao inferno do democrata Kim Jong-il: "O camarada Kim Jong Il manteve bem altas as bandeiras da independência da República Popular Democrática da Coréia, da luta anti-imperialista, da construção de um Estado e de uma economia prósperos e socialistas, e baseados nos interesses e necessidades das massas populares"; Kim Jong-il defendeu com dignidade as conquistas do socialismo em sua pátria e promoveu as causas da reunificação coreana, da paz e da amizade e da solidariedade entre os povos"; "Temos a confiança de que o povo coreano e o Partido do Trabalho da Coréia irão superar este momento de dor e seguirão unidos para continuar a defender a independência da nação coreana frente às ameaças e ataques covardes do imperialismo, e ao mesmo tempo seguir impulsionando as inovações necessárias para avançar na construção socialista e na melhoria da vida do povo coreano". A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento. © Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 23 de Dezembro de 2011.

Dilma acusa as polícias estaduais por "limpeza humana". E a oposição calada.



     Dirceu Ayres

O IBGE não considera a população moradora de rua nos seus censos demográficos. No entanto, as estimativas são de que entre 0,6% e 1% dos brasileiros vivam nas ruas. O número, desta forma, pode variar de 1,2 milhão a 2 milhões que não possuem uma casa para morar. Dilma Rousseff, ontem, dando sequência ao espetáculo de demagogia inaugurado pelas lágrimas de crocodilo de Lula, em 2003, esteve em meio aos catadores de lixo. Em referência aos moradores de rua, leiam o que escreveu hoje a Folha de São Paulo: No discurso, ela ainda sugeriu que governos estaduais praticam uma política higienista. "O que está ocorrendo é uma limpeza humana nas grandes cidades deste país", disse a presidente, após lembrar que as polícias são controladas pelos governadores. Como argumento, ela citou o número de 142 moradores de rua que teriam sido mortos pela violência, segundo os organizadores do evento. De acordo com Dilma, é preciso abrir um diálogo com os governadores sobre a questão, já que a "União não tem poder sobre municípios nem sobre Estados". Para ela, isso mostra porque seria preciso aperfeiçoar o pacto federativo. Se pegarmos o número menor de moradores de rua, 143 mortes de pessoas significam 12 mortes por 100 mil habitantes, entre um grupo que não tem casa, não tem saúde, não tem segurança, não tem nada. Se pegarmos pelo número maior das estimativas, a média fica em 7 mortes a cada 100 mil. A média de homicídios do Brasil, após quase uma década de governo do PT, é de 22,6 por 100 mil habitantes. Segundo estatísticas do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde, ocorreram, em 2010, quase 50 mil assassinatos no país, com um ritmo de 137 homicídios diários. As mortes de um dia nas estradas são praticamente as mortes de um ano entre os moradores de rua. No trânsito, a violência é a mesma, sendo que o número de mortes é de mais de 30 para cada 100 mil habitantes. Há uma grande responsabilidade do Governo Federal nestas mortes. Enorme responsabilidade. Cabe à Dilma impedir o tráfico de armas e o tráfico de drogas. Cabe à Dilma manter as estradas federais, que são as que mais matam, em condições mínimas de trafegabilidade. Dilma Rousseff, ontem, em deprimente espetáculo de demagogia e politicagem barata, usou a parcela mais miserável da população brasileira, que demonstra o fracasso das suas políticas sociais, para lavar as mãos do sangue de inocentes que dependem, integralmente, do poder público que, em última análise, a tem como maior autoridade. E ainda jogou a culpa sobre os governadores de estado. A esquerda vive buscando mortes e mártires para, sobre eles, exercitar o seu discurso de luta de classes. É uma vergonha ouvir uma presidente falar em "limpeza humana" e "higienismo", com tantas mortes sob sua inteira responsabilidade. Mais vergonhoso ainda é nenhum membro da oposição dar uma resposta à altura. (coturno Noturno)