terça-feira, 31 de julho de 2012

A MUSA ABUSOU


     Dirceu Ayres

Como se viu pela chamada aos costumes dada pela Polícia Federal em Andressa Mendonça, a mulher de Carlos Augusto Ramos não é só a bonitinha apaixonada e choramingas a quem o marido faz declarações públicas de amor no lugar de prestar esclarecimentos à Justiça sobre as ilegalidades de seus negócios. Na posse plena de credenciais para fazer jus à anexação da alcunha Cachoeira ao nome de batismo, Andressa Mendonça revela-se integrante da quadrilha alvo de processo na Justiça de Goiás e de investigação em comissão parlamentar de inquérito no Congresso Nacional da qual vinha sendo apontada como "musa". Perdeu a prerrogativa conferida pela idiotia construtora de simbologias simplistas, ao tentar chantagear o juiz federal Alderico da Rocha Santos ameaçando-o com a divulgação de um dossiê caso não tomasse decisões favoráveis ao principal acusado no processo em curso na 11.ª Vara da Justiça em Goiás e sob a responsabilidade do magistrado. De inocente, a moça que tanto lamentou o envolvimento do marido com os políticos que o teriam tirado da zona de conforto de figura proeminente na sociedade de Goiás para a cadeia não tem nada. A não ser presumivelmente a ilusão de que poderia levar o juiz na conversa mal ajambrada sobre a existência de um dossiê a ser publicado com acusações contra ele, sugerindo um conluio entre a revista Veja e as organizações Cachoeira de armações ilimitadas. Um blefe tão óbvio quanto a impossibilidade de um veículo de comunicação que vive de credibilidade jogar esse ativo no lixo para servir deliberadamente como instrumento de chantagem e, conseqüentemente, de repasto à mesa dos detratores de plantão sempre ávidos de uma oportunidade. A malfadada manobra da senhora Cachoeira, entre outros fatores, altera a situação dela em relação à CPI para qual foi convocada a dar depoimento no próximo dia 7. Chamada inicialmente pela expectativa de que pudesse servir como mensageira de "recados" de Carlos Cachoeira, Andressa agora necessariamente será vista sob um prisma menos ingênuo. Tratada até então como uma espécie de adorno a serviço da face "light" do escândalo, ela passa agora a figurar como agente ativa do esquema objeto da CPI e, nessa condição, precisará ser questionada com rigor aplicado a qualquer dos outros investigados. Isso se não arrumar um pretexto para não ir ou até mesmo se a comissão resolver reavaliar a utilidade de uma convocação de depoente que pela faceta agora revelada provavelmente recorrerá ao direito de calar tornando-se, na prática, uma presença inútil. Gênese. A tese do advogado de José Dirceu de que Roberto Jefferson "inventou" o mensalão não se sustenta nos fatos. A primeira referência a um sistema de cooptação de parlamentares e partidos para a base de sustentação do primeiro governo Lula foi feita pela revista Veja em setembro de 2004, ainda sem o apelido pelo qual seria conhecido. Na segunda vez que o assunto apareceu na imprensa, dias depois em reportagem do Jornal do Brasil, já foi usado o termo "mensalão" para definir pagamentos relatados por deputados ao então líder do governo na Câmara, Miro Teixeira. Miro os incentivou a transformar o disse-me-disse de corredores em denúncia formal ao presidente da República, mas ressalvou à época que não subscrevia as acusações. Os mensageiros não se animaram a ir a Lula nem ao Ministério Público e o caso morreu. Até junho do ano seguinte quando Jefferson, irritado com o que identificou como um plano do PT para fazer do PTB o bode expiatório da corrupção na base governista, em entrevista à Folha de S. Paulo deu autoria, publicidade e compreensão à narrativa que viria a assumir a dimensão de 50 mil páginas em processo de 38 réus. O nome, ação penal 470 ou mensalão, não faz a menor diferença, pois é do substancioso conteúdo que o Supremo Tribunal Federal cuidará a partir desta quinta-feira. Dora Kramer - O Estado de S.Paulo

Amorim e Lula foram os autores da maior mancada diplomática da História do Brasil

         
    Dirceu Ayres

Celso Amorim e Lula são responsáveis pela mancada brasileira na ONU, aceitando a independência dos povos indígenas. O eminente professsor de Economia Jorge Brennand enviou mensagem ao Blog da Tribuna, lembrando que a representação do Brasil, nas Nações Unidas, durante longos anos sempre foi contra a aprovação da “Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas”. “Por qual razão terá mudado açodada e repentinamente essa posição, tendo em vista que colocava o espaço territorial brasileiro em risco? Quem era o presidente da República que ordenou essa mudança nociva aos interesses do Brasil, por muitos considerada um verdadeiro ato de traição? Quem era o ministro de Relações Exteriores que cumpriu essa ordem contrária aos interesses do Brasil?”, indaga Brennand. No seu entender, seria de grande interesse histórico que todas essas perguntas fossem respondidas claramente, denunciando os responsáveis… “Os nomes dos bois patriotas são necessários, tendo em vista que, no continente americano, os Estados Unidos, o Canadá ea Colômbia se recusaram a aprovar a mencionada “Declaração” por ser prejudicial aos interesses de seus países”, assinala ele. É claro que Jorge Brennand, um dos mais notáveis professores de Economia do país, está sabendo que os responsáveis pela mancada brasileira na ONU foram o então presidente Lula e o chanceler Celso Amorim. O que Brennand reclama é que o Blog da Tribuna até agora não contou a história inteira, e ele tem toda razão.
DE QUEM É A CULPA A culpa maior é de Amorim, pois Lula não está intelectualmente capacitado para ler e entender um extenso tratado internacional, com mais de 60 dispositivos, redigidos em estilo jurídico e diplomático, de difícil percepção. Amorim era contra o tratado e foi convencido a mudar de ideia por representantes de países europeus, como França e Grá-Bretanha, que não têm mais populações nativas. Nosso chanceler caiu na conversa deles e foi convencido quando lhe mostraram o item 1 do artigo 46, que dispõe o seguinte:
1. Nada do disposto na presente Declaração será interpretado no sentido de conferir a um Estado, povo, grupo ou pessoa qualquer direito de participar de uma atividade ou de realizar um ato contrário à Carta das Nações Unidas ou será entendido no sentido de autorizar ou de fomentar qualquer ação direcionada a desmembrar ou a reduzir, total ou parcialmente, a integridade territorial ou a unidade política de Estados soberanos e independentes. Na sua ingenuidade (?) ou ignorância (?), Amorim achou (?) que esse dispositivo seria suficiente para impedir que as 206 reservas indígenas pudessem se declarar independentes. E mandou a delegação brasileira aprovar o tratado. Se o chanceler tivesse se dado ao trabalho de ler com atenção as outras dezenas de normas da Declaração da ONU, com facilidade perceberia que o texto do acordo foi redigido de forma propositadamente ardilosa. E o objetivo era bem outro.Entre os demais dispositivos, muitos deles são até repetitivos, ao atribuirem às nações indígenas autonomia total sobre o território, com fronteiras fechadas, onde nem mesmo as forças armadas dos países hospedeiros podem ingressar sem autorização. A autonomia é irrestrita, abrangendo os aspectos políticos, econômicos, tecnológicos, culturais e até espirituais. E um povo que tem território fechado, com autonomia política, econômica, social, cultural e religiosa, sem dúvida alguma é um povo independente. Em qualquer dicionário, se verá que esta é a definição de independência nacional. O tratado foi aprovado com 143 países, havendo 11 abstenções e quatro votos contra – Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia e Austrália. Colômbia foi o único país ibero-americano que não votou a favor, se abstendo, assim como outros dez países – Rússia, Azerbaijão, Bangladesh, Butão, Burundi, Georgia, Quênia, Nigéria, Samoa e Ucrânia.GOVERNO SE ARREPENDEU Quando o governo brasileiro se arrependeu, já era tarde demais. Incentivadas pelas ONGs estrangeiras, muitas tribos tinham começado a campanha pela independência. E algumas delas já até recorreram à Organização dos Estados Americanos (OEA). A solução encontrada pelo governo foi vergonhosa – simplesmente fingiu esquecer de enviar o acordo internacional para ser referendado pelo Congresso, condição indispensável para que possa entrar em vigor. Assim, já se passaram cinco anos desde que o Brasil assinou a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, e até agora a mensagem não foi enviada ao Congresso. Que assim seja. * Carlos Newton, na tribuna deimprensa BLOG DO MARIO FORTES

Cachoeira e Thomaz Bastos, um mau negócio para os dois.


   Dirceu Ayres

É evidente que Cachoeira, ao contratar Thomaz Bastos - um renomado e vencedor advogado criminalista - tinha a convicção de que não ficaria muito tempo na prisão. Ledo engano.Tendo que desenbolsar cerca de 15 milhões de reais para ter Thomaz Bastos como seu defensor, Cachoeira viu o causídico fracassar em todas as suas tentativas de livrá-lo do cárcere. A cada tentativa, uma frustração.Um dos advogados mais caros do país, um ex-ministro da Justiça com trânsito livre em todos os Tribunais superiores , parece que em nada ajudou a Cachoeira apesar de sua reconhecida técnica e seus conhecimentos jurídicos. Em condições normais uma pessoa em idêntica situação de Cachoeira já estaria respondendo em liberdade, afinal, tem todos os pré-requisitos para isso, além do decurso de tempo. Mas, ao que parece, os Juizes não tendem a entender que nas leis e na jurisprudência, haja respaldo para decidirem por libertar Cachoeira. O Governo Federal, também parece demonstrar interesse em manter Cachoeira na Cadeia. Agora, um Juiz, aparece denunciando a mulher de Cachoeira de tentativa de extorsão. Esta deverá ser a próxima a ser "confinada" ou obrigada a sair de cena. Deveria dizer logo o que sabe, não ameaçar ninguém, se é que assim procedeu. Fica parecendo que Cachoeira, apesar de não ser diferente ou menos digno que muitos parlamentares brasileiros, precisa sair de cena. E sua família também. Daqui a pouco podem até querer "esquartejar" o chamado "contraventor" cujo maior pecado foi ganhar muito dinheiro com muitas atividades, até ilegais, se meter com politicos que fazem ou fizeram oposição a petralhada nacional. Dançou cara-pálida Cachoeira! Você pode não morrer como Celso Daniel, mas sabe demais para ficar livre e abrir o jogo. Pelo menos por algum tempo. A não ser que sejas covarde e frouxo como Demóstenes, o falso arauto da dignidde parlamentar, que saiu com o "rabo entre as pernas", sob risos e babas de ex-colegas tão parecidos com ele. BLOG DO MARIO FORTES

Mensalão do PT: A invenção do Caixa Dois.



    Dirceu Ayres

O mês de agosto será marcado por uma guerra de versões entre os 38 réus durante o julgamento do mensalão.  Da Folha de São Paulo: Essas divergências se acentuaram ao longo dos anos, mas, quando o escândalo eclodiu, em 2005, muitos dos envolvidos formularam uma tese unificada sobre o dinheiro do esquema. Tudo virou "caixa dois". É o jargão usado para o uso de dinheiro não declarado pelas campanhas. A história é longa. Remonta ao início de 2003, primeiro ano de Lula na Presidência. Na época, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza freqüentava as sedes do PT. Loquaz, dizia aos dirigentes da sigla: "O PT me deve uns R$ 120 milhões". Em meados de 2004 o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi procurado por Silvio Pereira, secretário-geral do PT, que relatou o que ouvira. Dirceu retrucou: "Mas não eram só R$ 40 milhões?". Dirceu nega a existência do diálogo. Já Silvinho, como é conhecido, relatou a conversa a mais de uma pessoa. Vistos em retrospecto, os indícios do início do governo Lula iam todos na direção de um esquema em formação. O escândalo do mensalão se materializou em 6 de junho de 2005. Nessa data a Folha publicou uma entrevista com o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) afirmando que congressistas aliados recebiam o que ele chamava de "mensalão" de R$ 30 mil do PT. Os petistas ficaram aturdidos. Não sabiam como reagir. Aí ocorreu algo inusitado. O discurso de defesa foi arquitetado pela mesma pessoa que forneceu recursos para o esquema: Marcos Valério.Tudo seria apenas caixa dois. Dívidas de campanha que precisavam ser pagas. Algo que todos os políticos acabam praticando. Um achado. O mensalão passou a ser a versão oficial da defesa. Após a entrevista de Jefferson, a pressão aumentava a cada dia sobre o Planalto. Valério estava prestes a dar depoimento à Procuradoria. O empresário mineiro deixou vazar numa sexta-feira (dia 8 de julho) que teria marcado sua ida à Procuradoria para a semana seguinte.Vários políticos entraram em contato com ele. Delúbio Soares foi um deles. O tesoureiro do PT e das campanhas de Lula falou com Valério no sábado. Conversa tensa, com ameaças diversas. Valério se dizia abandonado. Queria proteção. Falou em negócios de seu interesse que o governo não poderia deixar de tocar, como a liquidação do Banco Econômico. Delúbio comprometeu-se a tratar desses pleitos com a cúpula do PT e do governo. Mas a comunicação era difícil naqueles dias.
Na segunda-feira, 11 de julho, Delúbio foi a Belo Horizonte conversar com Valério. Poucos na direção do PT foram avisados. Era uma operação de alto risco, mas imprescindível para montar uma versão aceitável. Enquanto Delúbio se mexia, o governo enviava bombeiros para conversas reservadas. Foi importantes nesse processo o governador do Acre, Jorge Viana, que conhecia o meio publicitário de Minas (a agência que fazia a propaganda de seu governo era a mineira ASA). Sua missão era acalmar o setor e evitar que mais pessoas começassem a dar entrevistas. Ao mesmo tempo, o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (hoje ministro), procurou políticos locais para colocar água na fervura. Em Brasília, Lula se aconselhava com um antigo tesoureiro do PT, Paulo Okamotto. O ministro Antonio Palocci (Fazenda) acalmou os credores dos bancos Rural e BMG, usados no valerioduto. Preocupados com a eventual quebra das instituições, os credores ameaçavam acioná-las na Justiça. Ouviram de Palocci que deveriam aguardar, pois o governo não deixaria a situação sair do controle. Em 12 de julho, dia seguinte à visita de Delúbio a Valério, fez-se uma reunião secreta em São Paulo em um escritório do advogado Arnaldo Malheiros Filho, responsável pelos casos de Delúbio e Silvio Pereira. Além de Delúbio, Silvio e dos advogados, estava no local José Genoino, presidente do PT quando o escândalo surgira. A reunião começou por volta de 9h. No meio do encontro Delúbio disse: "Vocês não se espantem não, mas o Marcos Valério está chegando". Um jatinho com o publicitário e o advogado Marcelo Leonardo aterrissara por volta das 10h no Campo de Marte. Por volta das 10h30, Valério e Marcelo Leonardo entraram e se isolaram por alguns minutos em uma das salas do escritório. Quando entraram na sala maior, onde estavam os outros, o empresário pediu a palavra. "Temos três hipóteses. A primeira é derrubar a República. Vamos falar tudo de todos. PT, PSDB, PFL, todos. Não sobra ninguém. A segunda hipótese é a tática PC Farias: ficar calado. Só que ele ficou calado e morreu. A terceira hipótese é um acordo negociado, de caixa dois." Todos ficam calados. Segundo um presente, "era como se estivéssemos todos congelados". Várias conversas paralelas começaram, até que cada um apresentou seu ponto de vista. Genoino defendeu o governo Lula e a escolha da hipótese número 3. Essa foi a saída consensual. Antes de a decisão ser aceita por todos, Delúbio, Valério e Genoino se reuniram separadamente numa sala. Depois da conversa reservada, o encontro maior não se instalou mais. Não houve anúncio formal, mas ficou subentendido que a saída era vender a versão do caixa dois ao público. Já passava das 13h. A fome dos presentes foi saciada com sanduíches da padaria Barcelona, na praça Vilaboim, reduto tucano em São Paulo. O primeiro a sair foi Valério. Ficaram no local os demais. Decidiu-se que no dia seguinte eles iriam a Brasília consultar o governo e ascúpulas dos partidos aliados. Malheiros providenciou o aluguel de um jatinho. Embarcaram cedo na quarta. Genoino preferiu não ir. Ao chegar à capital federal, Malheiros e Delúbio se dividiram. O advogado foi ao encontro do então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, hoje advogado de um ex-diretor do Banco Rural, que é réu. O petista se deslocou para a casa de um amigo. Na conversa entre Thomaz Bastos e Malheiros, o governo teve pela primeira vez detalhes da versão do caixa dois. Bastos ouviu e falou da necessidade de todos afinarem o discurso. Aprovou a estratégia, mas antes precisava submeter o acordo a Lula. Nessa mesma quarta, Thomaz Bastos chamou Antonio Palocci e ambos foram até o presidente. Lula concordou com a versão. O ministro deu sinal verde a Malheiros. O endereço em que Delúbio se instalou em Brasília foi transformado em central da versão do caixa dois. Foram chamados ao local todos os políticos que precisavam ter o discurso ajustado. Em romaria, eles chegavam, tomavam conhecimento e concordavam com a estratégia. Estiveram ali, pelo menos, Arlindo Chinaglia, José Janene, José Borba, Valdemar Costa Neto, Aloizio Mercadante, Ricardo Berzoini, Paulo Okamotto e Renato Rabelo. Entre os que foram consultados estão Dirceu e um representante do PTB. No dia seguinte, quinta-feira (14 de julho), já com tudo acertado, Delúbio passou por Belo Horizonte para finalizar os detalhes do depoimento de Valério à Procuradoria, que acabou sendo feito nessa mesma data. Antes de prestar seu depoimento, o ex-tesoureiro tomou conhecimento do teor do que fora dito por Valério. O depoimento de Delúbio à Procuradoria ocorreu na sexta-feira, dia 15. Na véspera desse depoimento, com o discurso afinado, os protagonistas da montagem da versão do caixa dois voltaram a São Paulo. Havia um clima mais relaxado. No dia 14, à noite, houve ainda duas reuniões para preparar o depoimento de Delúbio. A primeira teve como protagonistas Genoino, Delúbio, Silvio Pereira, Ricardo Berzoini e José Dirceu.O advogado Arnaldo Malheiros chegou na metade do encontro.Nessa reunião o objetivo era checar de maneira pontual os detalhes que Delúbio abordaria. Um exemplo de que o clima estava melhor foi o prazer a que se deu Delúbio, torcedor do São Paulo: ele assistiu ao final da partida em que seu time disputava a finalíssima da Libertadores -e foi campeão pela terceira vez. Após a partida, todos saíram para um segundo encontro, já na madrugada de sexta. Coube a Malheiros ligar para o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, para acertar o depoimento de Delúbio. Estava montada a versão do caixa dois. Ato contínuo, em viagem a Paris, o presidente Lula deu entrevista na qual falou sobre a operação. O "Fantástico", da TV Globo, transmitiu o vídeo em 17 de julho: "O que o PT fez do ponto de vista eleitoral é o que é feito no Brasil sistematicamente". E mais: "Não é por causa do erro de um dirigente ou de outro que você pode dizer que o PT está envolvido em corrupção". O escândalo começava a ficar domado. No discurso oficial, circunscrevia-se o mensalão a mero uso de dinheiro não contabilizado em campanha. Lula não virou réu. Agora, sete anos depois, o STF julgará se é verossímil a versão do caixa dois, tão bem arquitetada naquele conturbado julho de 2005. BLOG DO MARIO FORTES

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mensalão do PT



              

     Dirceu Ayres

A arca que não é de Noé — do tesouro? — desliza na calmaria do esquecimento, dando tempo ao tempo, mas, de leve navega no canal da impunidade como soe acontecer. De 2005 a 2012. Agosto do fato, agosto do julgamento. É o que parece, mas não o que sociedade espera. Rolam notícias de “cantadas” aos ministros abafadas pelas caudalosas cachoeiras e clarinadas dos telejornais em alvos compensadores da oposição. Ações secundárias e ataques diretos conjugados. A decisão do Tribunal de Contas da União, baseada em voto da ministra Ana Arraes, mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), base do governo considerou regular o contrato da agência de Marcos Valério com o Banco do Brasil. Bombástica e oportuna na tentativa de anular o ilícito já apontado no desvio de recursos públicos. Mas, não há como esconder as evidências diante do depoimento de Lula (Ago/2005): “Eu me sinto traído, traído por práticas inaceitáveis,... nós temos de pedir desculpas. O PT tem de pedir desculpas. O governo, onde errou, tem de pedir desculpas”. Desculpas que não substituem julgamentos e penas judiciais; confessadas irregularidades. Como causa, a refletir sobre impunidades, algumas amarras estão presentes nos tribunais, a criar fragilidades nos julgamentos pelas nomeações políticas e não técnicas, mas de acordo com a Constituição. Ao abordar o Poder Judiciário nos princípios básicos do Estatuto da Magistratura, impõe que o ingresso na carreira, será como juiz substituto e através concurso público. O Supremo Tribunal Federal, a quem compete processar e julgar o Presidente da República, os membros do Congresso Nacional, etc, tem os seus Ministros escolhidos dentre cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República. O STJ conta com um terço, em partes iguais, dentre advogados do notório saber e reputação ilibada, indicados pelos órgãos de classe e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, nomeados pelo Presidente da República. Idem relativamente aos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, com um quinto dos seus lugares preenchido por membros de carreira do Ministério Público, e de advogados do notório saber e reputação ilibada, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes, enviada ao Poder Executivo para nomeação e, no Tribunal Superior do Trabalho, 1/5 dos seus membros de advogados/MPT, do notório saber e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente. O Tribunal Superior Eleitoral tem, além dos três do STF, mais dois advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo próprio STF e, nomeados pelo Presidente da República. Tribunal com poder elevado nas questões políticas, pois são irrecorríveis as suas decisões, com poucas exceções. Os Tribunais Regionais Eleitorais contam com dois dos seus juízes, oriundos de indicação do Tribunal de Justiça, advogados do notável saber e idoneidade moral, por nomeação do Presidente da República. O Superior Tribunal Militar tem três Ministros civis, advogados “com os mesmos atributos”, escolhidos pelo Presidente da República. O Congresso Nacional, para exercer o controle externo dispõe do Tribunal de Contas da União, com dois terços dos seus Ministros escolhidos pelo próprio CN, possuidores de idoneidade moral, reputação ilibada, notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública. . Não se pode aferir o conhecimento ou o caráter dos nomeados, por imposição legal e por incapacidade de aferir-se o conteúdo das consciências. Entretanto, a exigência do concurso público, como um dos fundamentos para o exercício da atividade com independência difere dos critérios da indicação. Nesse caso, a gratidão dos nomeados pode pesar na decisão que os verdadeiros independentes repugnam. O normal é o da ascensão na carreira, aperfeiçoamento, experiência por muitos anos e filtros, dedicação e mérito. Imperfeitos, mas, os melhores. Nem podem os tribunais içar a bandeira de partido político.* Ernesto Caruso, no Blog do Horacio BLOG DO MARIO FORTES

Mensalão do PT

     

   Dirceu Ayres

A arca que não é de Noé — do tesouro? — desliza na calmaria do esquecimento, dando tempo ao tempo, mas, de leve navega no canal da impunidade como soe acontecer. De 2005 a 2012. Agosto do fato, agosto do julgamento. É o que parece, mas não o que sociedade espera. Rolam notícias de “cantadas” aos ministros abafadas pelas caudalosas cachoeiras e clarinadas dos telejornais em alvos compensadores da oposição. Ações secundárias e ataques diretos conjugados. A decisão do Tribunal de Contas da União, baseada em voto da ministra Ana Arraes, mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), base do governo considerou regular o contrato da agência de Marcos Valério com o Banco do Brasil. Bombástica e oportuna na tentativa de anular o ilícito já apontado no desvio de recursos públicos. Mas, não há como esconder as evidências diante do depoimento de Lula (Ago/2005): “Eu me sinto traído, traído por práticas inaceitáveis,... nós temos de pedir desculpas. O PT tem de pedir desculpas. O governo, onde errou, tem de pedir desculpas”. Desculpas que não substituem julgamentos e penas judiciais; confessadas irregularidades. Como causa, a refletir sobre impunidades, algumas amarras estão presentes nos tribunais, a criar fragilidades nos julgamentos pelas nomeações políticas e não técnicas, mas de acordo com a Constituição. Ao abordar o Poder Judiciário nos princípios básicos do Estatuto da Magistratura, impõe que o ingresso na carreira, será como juiz substituto e através concurso público. O Supremo Tribunal Federal, a quem compete processar e julgar o Presidente da República, os membros do Congresso Nacional, etc, tem os seus Ministros escolhidos dentre cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República. O STJ conta com um terço, em partes iguais, dentre advogados do notório saber e reputação ilibada, indicados pelos órgãos de classe e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, nomeados pelo Presidente da República. Idem relativamente aos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, com um quinto dos seus lugares preenchido por membros de carreira do Ministério Público, e de advogados do notório saber e reputação ilibada, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes, enviada ao Poder Executivo para nomeação e, no Tribunal Superior do Trabalho, 1/5 dos seus membros de advogados/MPT, do notório saber e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente. O Tribunal Superior Eleitoral tem, além dos três do STF, mais dois advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo próprio STF e, nomeados pelo Presidente da República. Tribunal com poder elevado nas questões políticas, pois são irrecorríveis as suas decisões, com poucas exceções. Os Tribunais Regionais Eleitorais contam com dois dos seus juízes, oriundos de indicação do Tribunal de Justiça, advogados do notável saber e idoneidade moral, por nomeação do Presidente da República. O Superior Tribunal Militar tem três Ministros civis, advogados “com os mesmos atributos”, escolhidos pelo Presidente da República. O Congresso Nacional, para exercer o controle externo dispõe do Tribunal de Contas da União, com dois terços dos seus Ministros escolhidos pelo próprio CN, possuidores de idoneidade moral, reputação ilibada, notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública. . Não se pode aferir o conhecimento ou o caráter dos nomeados, por imposição legal e por incapacidade de aferir-se o conteúdo das consciências. Entretanto, a exigência do concurso público, como um dos fundamentos para o exercício da atividade com independência difere dos critérios da indicação. Nesse caso, a gratidão dos nomeados pode pesar na decisão que os verdadeiros independentes repugnam. O normal é o da ascensão na carreira, aperfeiçoamento, experiência por muitos anos e filtros, dedicação e mérito. Imperfeitos, mas, os melhores. Nem podem os tribunais içar a bandeira de partido político.* Ernesto Caruso, no Blog do Horacio BLOG DO MARIO FORTES

José Dirceu nega mensalão e põe a culpa em Delúbio Soares.



          

     Dirceu Ayres

Num documento de onze páginas, que está sendo distribuído à imprensa, a Assessoria do ex-ministro-chefe da Casa Civil diz que o ex-tesoureiro do PT assumiu as irregularidades. "Nunca houve o chamado mensalão. O que de fato existiu foi a prática de caixa dois para cumprimento de acordo eleitoral, conduta irregular prontamente assumida por Delúbio Soares e o PT sobre a relação com partidos aliados em 2004", diz o memorial feito para jornalistas. O texto diz que não foi comprovada a suposta compra de votos para parlamentares apoiarem o governo no Congresso. De acordo com a defesa de Dirceu, o mensalão foi uma "fantasia" criada por Roberto Jefferson, então líder do PTB, que teria sido desmentida no processo. Réu número um do mensalão, Dirceu vai acompanhar o início do julgamento em São Paulo. Aconselhado por advogados e assessores, Dirceu desistiu de ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) e também de fazer a sua defesa aos ministros da Corte. Advogados alertaram-no que fazer a defesa pessoalmente seria uma estratégia suicida. Essa prática é absolutamente incomum nos tribunais brasileiros. Além de ser considerada como uma ofensa ao trabalho dos advogados, defender-se pessoalmente é prática vista como arrogante, que pode transmitir a imagem de desafio direto aos julgadores. Os criminalistas são unânimes a desaconselhar os clientes a fazê-lo. Segundo seus assessores, Dirceu deve adotar uma postura "low profile" e evitar eventos públicos durante a primeira semana de agosto. Ele deve cancelar a sua participação num debate, no sábado, sobre o Movimento de Libertação Popular (Molipo), uma das organizações que lutou contra o regime militar. O evento vai ser realizado no Memorial da Resistência de São Paulo, no bairro da Luz. Dirceu também não vai montar um "bunker" para contestar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que vai fazer a acusação do mensalão assim que o julgamento tiver início, em 2 de agosto. As alegações de Gurgel vão ser rebatidas por meio do advogado do ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Luis de Oliveira Lima, o Juca, no dia seguinte. Como Dirceu foi colocado como réu número um do mensalão pelo Ministério Público Federal, Juca será o primeiro advogado a apresentar defesa oral aos ministros do STF. Ele deve defender Dirceu em 3 de agosto. No momento em que o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, começar a votar as acusações contra Dirceu, o ex-ministro deve permanecer em São Paulo e assistir à sessão do STF pela televisão. A não ser que tenha um rompante, Dirceu não irá a Brasília. *Valor Econômico BLOG DO MARIO FORTES

TMENSALÃO FOI "O MAIS ATREVIDO E ESCANDALOSO ESQUEMA DE DESVIO DE DINHEIRO PÚBLICO", AFIRMA PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

         

      Dirceu Ayres

Procurador-Geral Roberto Gurgel  Em sua última manifestação formal antes do início do julgamento do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou aos ministros do Supremo Tribunal Federal um documento no qual afirma que o caso foi "o mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil". A expressão faz parte de um vasto memorial que foi entregue na última semana aos 11 integrantes do Supremo e obtido pela Folha. O julgamento começa na quinta. Ao enviar o material, Gurgel visa facilitar o trabalho dos ministros, caso advogados contestem provas citadas pela acusação, ou afirmem que não existem indícios sobre um ou outro ponto. O que Gurgel fez foi pinçar das mais de 50 mil páginas do processo o que chamou de "principais provas" contra os acusados. Esses documentos (como perícias, depoimentos e interrogatórios) foram separados pelo nome de cada réu, em dois volumes. Nos últimos dias, advogados de defesa também entregaram os seus memoriais. No texto em que Gurgel chama o mensalão de o mais "escandaloso esquema", o procurador retoma uma frase que usou nas alegações finais, enviadas ao Supremo no ano passado, quando havia dito que a atuação do STF deveria servir de exemplo contra atos de corrupção.  Agora, diz que "a atuação do Supremo Tribunal Federal servirá de exemplo, verdadeiro paradigm  histórico, para todo o Poder Judiciário brasileiro e, principalmente, para toda a sociedade, a fim de que os atos de corrupção, mazela desgraçada e insistentemente epidêmica no Brasil, sejam tratados com rigor necessário". Em outro ponto, ele afirma que o mensalão representou "um sistema de enorme movimentação financeira à margem da legalidade, com o objetivo espúrio de comprar os votos de parlamentares tidos como especialmente relevantes pelos líderes criminosos." Em sua manifestação final, Gurgel tentou relembrar alguns detalhes fundamentais, como o papel do núcleo financeiro do esquema.  "Impressiona constatar que as ações dos dirigentes do Banco Rural perpassaram todas as etapas do esquema ilícito, desde sua origem (financiamento), passando pela sua operacionalização (distribuição) e, ao final, garantindo a sua impunidade pela omissão na comunicação das operações suspeitas aos órgãos de controle", afirma. Ao resumir o que a ação contém, o procurador concluiu: "Colheu-se um substancioso conjunto de provas que não deixa dúvidas à procedência de acusação". Da Folha de S. Paulo deste sábado

REPORTAGEM-BOMBA DA REVISTA VEJA DEVASSO O MENSALÃO QUE COMEÇA A SER JULGADO NA PRÓXIMA SEMANA!!


      Dirceu Ayres


Houve uma verdadeira corrida às bancas neste sábado em todo o Brasil! A reportagem-bomba da revista Veja desta semana já começa na própria chamada de capa: a foto é de José Dirceu com cara de quem não gostou e a matéria de capa é, evidentemente, o julgamento do mesalão. E tem mais: outra reportagem de teor explosivo revela que a polícia abriu novo inquério para investigar a ex-ministra Erenice Guerra, amiga íntima da Dilma e que há algum tempo mandava um bocado dentro do Palácio do Planalto. Portanto, a edição de Veja desta semana, por isdso mesmo, é de leitura obrigatória, para quem quiser ficar por dentro do julgamento do mensalão e conhecer as saídas do complicado labirinto lulístico. Transcrevo excertos da reportagem-bomba que está postada no blog do Reinaldo Azevedo, onde há muito mais coisas quentes para serem lidas e que não constumam frequentar as páginas dos jornalões e seus sites invariavelmente puxa-sacos do Lula, da Dilma, do PT e seus sequazes. Leiam este aperitivo e corram à banca mais próxima para comprar a revista Veja que traz informações exclusivas: A partir das 2 da tarde desta quinta-feira, o ex-ministro da Casa Civil de Lula mais 37 acusados de participar do mensalão, o esquema de desvio de dinheiro público para lavar sobras de caixa de campanha e, de quebra, comprar apoio no Congresso, começarão a ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Dirceu é o personagem central do processo. Ao seu destino, estão amarrados a sorte dos demais mensaleiros, o futuro do PT e a imagem com que o governo Lula entrará para a história. O veredicto sobre o homem apontado pelo Ministério Público como o “chefe da quadrilha” do mensalão fechará uma triste página da história do Brasil. Dirceu traçou três possíveis cenários alternativos para o futuro. Absolvido, vai entrar no Congresso com um pedido de anistia para retomar a vida política. Quer recuperar o comando do PT e voltar a disputar eleições. Não lhe agrada a possibilidade de se candidatar a deputado, mas ele sabe que sua enorme rejeição o impediria de vencer eleições majoritárias em São Paulo, onde construiu sua carreira política — mas onde, por medo de vaias, só vai a restaurantes “vazios e decadentes”. Tem muito de autocomiseração nisso. Dirceu é sempre visto em restaurantes paulistanos cinco-estrelas. Por exemplo, em um tradicionalíssimo português dos Jardins. Recentemente, ouviu de Lula a sugestão de transferir seu domicílio eleitoral para o Distrito Federal e disputar por lá o cargo de governador ou senador. Gostou muito. Governador do Distrito Federal dá mais relevância do que deputado federal por São Paulo. O plano B leva em conta o que é, para ele, o pior cenário: a condenação com pena alta — e cadeia. Nesse caso, Dirceu já definiu o seu projeto: vai virar mártir. Desmontará sua consultoria e voltará para os braços do PT mais radical. Cogita até mesmo denunciar o estado brasileiro a cortes internacionais de direitos humanos. O pavor da prisão fez com que, há dois meses, ele chegasse a pensar em fugir do Brasil. “Para quem já viveu o que eu vivi, sair daqui clandestino de novo não custa nada”, disse, em um jantar na casa do advogado Ernesto Tzirulnik, em São Paulo, na presença de uma dezena de convidados, entre eles o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A alternativa que seus auxiliares consideram mais provável, porém, é a condenação a uma pena branda ou que já prescreveu, o que o livraria de ir para um presídio. Nesse caso, entraria em cena o plano C, que consiste em “ganhar muito dinheiro”. “O Zé vai compensar nos negócios a frustração pelo fim da carreira política”, diz um interlocutor. De tudo o que se diz sobre José Dirceu, nada é tão incontestável quanto um traço de seu caráter. Dirceu tem nervos de aço. A decantada frieza do “chefe da quadrilha” é real. Dirceu se fortalece e foca melhor a mente em momentos de crise. Um hesitante não conseguiria suportar a desconfiança dos próprios camaradas exilados em Havana — para onde foram, com escala no México, depois de ser soltos da prisão em troca da vida do sequestrado embaixador americano Charles Elbrick. Na volta ao Brasil, 25 dos 28 integrantes ex-exilados do grupo do Movimento de Libertação Popular (Molipo), organização terrorista a que Dirceu pertencia, foram mortos ou presos. Dirceu escapou. Sua sorte levantou mais suspeitas. Dessa vez, muita gente de esquerda jurava que Dirceu era mesmo agente da ditadura brasileira. Nada disso foi provado. Mas o sangue frio lhe permitiu viver por quatro anos na pele do fictício investidor em gado Carlos Henrique Gouveia, personagem que encarnou, no interior do Paraná, até 1979. Hoje, José Dirceu de Oliveira e Silva é um homem rico. E frustrado. Sabe que, condenado ou absolvido no julgamento do mensalão, está fadado a enterrar o seu grande sonho, o de um dia presidir o Brasil. Postado por Aluizio Amorim

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A INVEJA

PRIORIDADES, CADA UM TEM A SUA


     Dirceu Ayres

A inveja é uma burrice. Mas é através dela que a gente pode melhorar como pessoa. Digamos que você está sentindo inveja de alguém. Alguém que recebe mais atenção, mais carinho, mais aprovação do que você. As pessoas simplesmente gostam mais da outra pessoa do que de você e, como resultado, você sente inveja. Se você continuar a partir daí vai acabar se matando, odiando todo mundo, gerando maledicências, etc. E lembre-se, a inveja ou o invejoso é como o inimigo, arrasta-se no barro fétido da coletividade humana, não lhe conhece e nem é seu conhecido, mas tem inveja ou é seu inimigo. O caminho não é nada bonito deste ponto adiante. O melhor a fazer é parar e voltar pelo caminho certo que você trilhou. Olha para a pessoa de quem todos gostam. Veja por que ela é tão querida. Provavelmente porque ela é agradável, sincera, humilde e até honesta. Ou por outro lado você não esteja com essas qualidades tão em evidência, mas, isso não quer dizer que não as tenha. E aí, decida. Se você quer ser uma pessoa agradável aja neste sentido. Pode ser que, com o tempo, as pessoas achem isso de você também. Uma coisa é certa: Ninguém gosta do invejoso. Continuar neste caminho é dirigir-se direto para a solidão. Também podemos comparar a inveja com certas amizades mal escolhidas. Você faz tudo por aquela pessoa e no dia que por algum motivo você precisar de algum préstimo dela... Escafedeu-se, não a encontra e se a encontrar ela não se prestará a lhe ajudar ou não poderá lhe fazer algum benefício muito menos um favor!. Nem por isso você deve se comparar com ninguém, por que!. Se você achar que a pessoa tem mais isso ou aquilo que você, isso o tornará muito magoado. Se for o contrário, você achar que é melhor que a outra pessoa, poderá transformá-lo em um presunçoso ou até prepotente, o que o tornará uma pessoa muito chata e sem amigos. Acho que o melhor ainda é o caminho do meio. Nem tanto ao Padre, nem tanto a missa. Se resolver ser um chato, não terá amigos, pelo menos sincero. Se resolver ser agradável, verão que esse é um dos caminhos de se fazer amigos leais. Não custa nada nem tem esforço. Olhando com certa atenção, verá que as coisas da vida são tão simples que até duvidamos ou temos dificuldades em acreditar. É isso mesmo as dificuldades somos nós que criamos a vida em si mesmo não tem nada de difícil, não senhor, só precisa que tenhamos alguma habilidade para conviver com outras pessoas. Mas a observação nos mostra que habilidade para viver, muitas pessoas aprendem apenas vivendo, praticando como viver bem e sendo correta em seu proceder. Agindo assim, constituirá família, terá bons amigos, nunca precisará ter inveja de ninguém, a vida lhe bastará e assim será muito feliz com sua família e o bom Deus vai lhe abençoar sempre.

LADRÃO NO BRASIL




          Dirceu Ayres

Existem no Brasil algumas coisas sem sentido nenhum. Ladrão famoso em alguns Paises e até mesmo no Brasil foi tema de romantismo ou sinônimo de audácia e coragem. Até boiola ou homossexual como o já famoso Madame Satã tinha o seu lado de lirismo. Mas no caso de termos um Político em foco, não fica nada bonito, mesmo porque o político quando mete a mão com proteção ou não, ele leva tudo e ainda quer mais. Um Deputado muito nosso conhecido, lá das bandas de Belém do Pará, useiro nesse tipo de coisa (já passou onze horas preso) segundo a Revista VEJA dessa semana 18 /07 nas páginas 50 e 51 ele deu um jeito como abrir uma janela de legalidade e consegui em seis meses certidões e tudo que se fazia necessário para transferir uma televisão (CANAL) de sua propriedade para outra firma que não devia nada, estava com o nome limpo na praça. A tal televisão ou a firma dele já devia mais de oitenta e dois milhões de reais (82.000.000.00) ao Governo federal e essa conversão levaria tirando por menos mais de três anos para se conseguir. A pergunta, é: E agora, cobra a quem?, Afirma abandonada e falida não será. Que falta de inteligência e até romantismo. Na França, mais precisamente em Paris no início dos anos novecentos surgiu um ladrão audacioso que sabia roubar. Ladrão de Casaca surgiu em 1907 com o titulo francês de: Arsène Lupin, gentleman-cambrioleur, ou seja Arsène Lupin, ladrão-cavalheiro. Surgiu por encomenda para a revista francesa "Je sais Tout": Pierre Lafitte, o editor daquela revista encomendou a Maurice Leblanc uma novela policial, cujo herói fosse para a França o que são para a Inglaterra, Sherlock Holmes (de Arthur Conan Doyle) e Raflles ao mesmo tempo. Nasceu assim Arsène Lupin, um personagem vivo, audacioso, impertinente, desafiando sem cessar o Inspetor Ganimard, arrastando corações atrás de si, zombando das posições conquistadas e ridicularizando os burgueses, socorrendo os fracos, Arsène Lupin é um Robin Hood da Belle Époque. Aqui no Brasil os ladrões principalmente se ligados a partidos Políticos, não socorrem nem fracos nem amigos, furtam só para si e sua família. Lupin tinha uma característica peculiar, avisava sempre a vitíma antes do roubo, mas independentemente dos esforços da polícia Lupin "adquiria" sempre o que queria. Nas palavras de Pierre Lazareff: "Um Robin Hood bem francês: não se leva muito a sério ; sua arma mais mortífera éra a inteligência e a engenhosidade; nào é um aristocrata que vive como anarquista, mas um anarquista que vive como aristocrata." Acredito que pessoas que roubam escorados em um mandato, em um amigo ou no poder Político, como fazem alguns Brasileiros que se elégem somente para dar o golpe, principalmente quando a Presidência precisa de votos do Congresso e negociam qualquer coisa e de qualquer geito. Um dia vai quebrar a cara, espero que bata com ela no chão e se esbagaçe ou morra.

Mensalão: PT deve R$ 100 milhões para Marcos Valério.



                                         Dirceu Ayres

A dez dias do início do julgamento do mensalão, Marcos Valério e seus ex-sócios devem na Justiça pelo menos R$ 83 milhões que saíram dos bancos Rural e BMG para abastecer o PT e partidos aliados em 2003 e 2004. A Folha teve acesso aos processos no Tribunal de Justiça de Minas em que os bancos cobram o valor, mas, segundo avaliação de envolvidos no episódio, a dívida jamais será paga. O julgamento começa no dia 2 de agosto no STF (Supremo Tribunal Federal).Apontado como operador do mensalão, Valério alega que pegou o dinheiro a pedido do PT e, para pagar aos bancos, cobra R$ 100 milhões do partido na Justiça. "Há uma responsabilidade de natureza civil do PT", diz o advogado de Valério, Marcelo Leonardo. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, em 2003 e 2004 o Rural e o BMG fizeram empréstimos de R$ 64 milhões ao PT e às empresas de Valério. O objetivo, sustenta a denúncia dos procuradores, era misturar esse valor ao dinheiro público desviado de contratos das empresas de publicidade de Valério com o Banco do Brasil e a Câmara dos Deputados -e, com isso, camuflar a origem ilegal dos recursos do mensalão. O PT nega e afirma que o dinheiro que repassou a aliados e a integrantes do partido, para atender a despesas eleitorais, vieram exclusivamente dos empréstimos feitos no Rural e no BMG. E diz que pagou a sua parte em 2009, não reconhecendo, por consequência, a dívida cobrada hoje de Valério. Já a Procuradoria descreve o mensalão de outra forma: como um esquema de compra de apoio político no Congresso organizado pelo PT no início do governo Lula. E diz que os bancos liberaram o dinheiro em troca de receber benefícios do governo. Não teriam a intenção de cobrá-lo, o que só fizeram após o estouro do escândalo. O Banco Rural, segundo a Procuradoria, queria o apoio do governo na aquisição de parte do Banco Mercantil de Pernambuco. Já o BMG, diz a denúncia, teria sido beneficiado na operação de empréstimos consignados de servidores públicos. Os documentos mostram que as dívidas de Valério com os dois bancos estão longe de ser quitadas. Um dos empréstimos, de R$ 17,4 milhões, por exemplo, foi parar no arquivo da Justiça mineira no mês passado. Trata-se do empréstimo de do Rural à Graffiti, empresa do grupo de Valério. A dívida foi atualizada para os R$ 17,4 milhões em 2005, quando a cobrança começou, mas hoje pode ser muito maior. O banco alega que o caso será reativado quando localizar bens de Valério para penhorar. Em 2009, Valério assinou uma "confissão parcial de dívida" ao dar uma Pajero e uma Toyota Fielder para abater R$ 120 mil de outra das pendências, de R$ 38,4 milhões, referente a empréstimo do Rural à SMPB, principal empresa do grupo. Além disso, seu ex-sócio Ramon Hollerbach deu imóveis avaliados em R$ 420 mil. Os dados mostram que até agora apenas 1,5% desse empréstimo foi quitado. No processo, Valério e os ex-sócios chegaram a apresentar fazendas apontadas como fantasmas pela Justiça para tentar abater a dívida. Valério não pagou os empréstimos junto ao BMG que, segundo ele, também foram destinados ao PT.(Folha de São Paulo)

Por onde andará Wally Sebento da Silva?



      Dirceu Ayres

Por onde andará o EX presidente Defuntus Sebentus? " O cara" está mais sumido que dente em boca de pobre. Desapareceu da mídia, não tem desafiado as leis e nem cometido crimes eleitorais. Não tem subido em palanques para alavancar a candidatura de seus comparsas. Parece que o PT está até procurando um imitador da voz do Sebento para fazer a locução de textos nos vídeos de campanha eleitoral da quadrilha vermelha, já que o falastrão está com a voz em frangalhos. E tome mais uma fraude na conta dos PTralhas. Irão colocar um outro ignóbil ser para se fazer passar pelo Sebento na visível intenção de iludir eleitor otário. Mas falsidade ideológica para uma Ratazana Vermelha é crime menor. Afinal o mensalão foi caixa dois de campanha...né? Após a polêmica entre o Sebento e o Sinistro Gilmar Mendes do STF, e a aliança com Paóló Malóf para "turbinar" a candidatura do Menino Malufinho, e com o julgamento do mensalão batendo às portas, parece que o falastrão resolveu desaparecer para não polemizar ainda mais a sua situação. Na minha opinião, o câncer que tanto alardeiam a cura não está realmente "zerado" e o Sebentão vai ter que ficar no estaleiro por mais algum tempo na tentativa de fugir da justiça divina. O que sabemos de verdade é que o mensalão, que o Sebento jura que não existiu, vai a julgamento, é certo que com esse STF aparelhado e ajoelhado que temos, as punições dificilmente virão. Mas por via das dúvidas, nada melhor do que dar uma sumidinha básica para fazer a imprensa alugada se preocupar com outros assuntos e aliviar a tensão no julgamento. mOu será que o Sebentão está isolado do mundo tentando digerir o prêmio J L Kluge que o EX presidente FHC recebeu do Congresso Duzestaduzunidus? Prêmio esse que veio acompanhado por um polpudo cheque no valor de UMA MILHETA DE VERDINHAS... mEssa deve ter matado o Sebentão... E no mais... PHOD@-SE!!!

Agora candidatos a favor do aborto e do casamento gay fogem do tema como o diabo da cruz. Eleitor tem memória.



    Dirceu Ayres

Parlamentares que tiveram como uma de suas bandeiras a criminalização da homofobia ou a defesa da união civil de pessoas do mesmo sexo enfrentam agora oposição ferrenha de evangélicos e católicos na campanhas para as eleições municipais. Atrás dessa fatia do eleitorado, alguns deles tentam agora reconstruir o discurso ou fazer acordo com lideranças religiosas, na tentativa de neutralizar os ataques. São vários casos espalhados pelo país, mas essa disputa ganha maior visibilidade nas grandes cidades. Na eleição para a prefeitura de Manaus, por exemplo, esse é o maior viral contra a candidatura da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). A coordenação de sua campanha está procurando líderes de igrejas evangélicas para tentar neutralizar a resistência a seu nome por causa da defesa da causa dos homossexuais que fez no Senado. De acordo com o Censo 2010, os evangélicos representam 35,5% da população da capital. — Os adversários é que tentam atribuir a ela posição sobre o tema. Ela sequer estava presente na votação do projeto (de criminalização da homofobia) na comissão do Senado — afirmou o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), padrinho da candidatura de Vanessa. A senadora defendeu que o PLC 122/06 — projeto de lei que torna crime discriminação de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero — tramitasse em regime de urgência e fosse direto para o plenário. Mas a matéria está parada na Comissão de Direitos Humanos do Senado, em meio à disputa entre as bancadas religiosas e os defensores dos direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). Relatora do PLC 122/06 na legislatura passada, a ex-senadora Fátima Cleide (PT-RO) não conseguiu se reeleger para o Senado em 2010 e agora tenta a prefeitura de Porto Velho, devendo enfrentar as mesmas dificuldades. Ela acredita que agora esse tema não terá o mesmo peso que em 2010, quando até a eleição presidencial foi contaminada pela polêmica. Aposta que os assuntos municipais serão mais importantes este ano. — O fundamentalismo religioso existe e também o fundamentalismo eleitoreiro, que se aproveita do conservadorismo religioso. Mas acho que, neste ano, essa bandeira não vai vingar — disse a ex-senadora.
Já a deputada Manuela D´Ávila (PCdoB-RS) se aliou a evangélicos na disputa pela prefeitura de Porto Alegre, tentando conquistar essa fatia do eleitorado e também evitar a exploração, de forma negativa, do apoio que deu na Câmara às propostas de união civil de pessoas do mesmo sexo. Mesmo assim, aliados de Manuela afirmam que o prefeito José Fortunati (PDT), que é candidato à reeleição e evangélico, tem explorado o tema em cultos. Ao participar da Marcha para Jesus, no ano passado, Fortunati disse que “o senhor Jesus está no comando desta cidade”. A preocupação do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), coordenador da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT, é como esse tema é invocado para difamar os candidatos. — Essa difamação está quase sempre sustentada em calúnias, principalmente pelas redes sociais. Eles (os políticos) distorcem os fatos e criam um pânico moral. Um pastor ou padre dizer que homossexualismo é pecado, o que é um dogma da igreja, é diferente de difamar — disse ele. Outro que pode enfrentar problemas semelhantes na campanha é o ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT), candidato à prefeitura de São Paulo, por causa do chamado “kit gay”, o polêmico material de combate à homofobia nas escolas. O kit seria distribuído pelo MEC mas foi vetado por Dilma depois da pressão dos deputados evangélicos. Essa não será a primeira campanha pautada por debate moral. Nas eleições presidenciais de 2010, o candidato tucano José Serra, ex-ministro da Saúde, explorou a postura pró-aborto de sua adversária, a então candidata Dilma Rousseff. Em resposta, a petista afirmou que era contra a interrupção da gravidez mas que, se fosse eleita, encararia o tema como uma questão de saúde pública e social. Neste ano o Secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Leonardo Steiner já afirmou ser a favor de debater aborto e casamento gay nas eleições municipais. (O Globo)

sábado, 21 de julho de 2012

Lei e parecer "convenientes", alivia situação de mensaleiros.



        Dirceu Ayres

Parece piada mas é verdade. Um parecer de Anna Arraes, Ministra do teribunal de Contas da União (e mãe do Governador Eduardo Campos) com base em Lei de autoria de José Eduardo Cardozo( que saiu melhor que a encomenda), alivia a situação de Marcos Valério e de muitos mensaleiros. Vamos ler parte da reportagem de Marta Salomon, no Estadão: O Tribunal de Contas da União considerou regular o contrato milionário da empresa de publicidade DNA, de Marcos Valério Fernandes de Souza, com o Banco do Brasil. O contrato é uma das bases da acusação da Procuradoria-Geral da República contra o empresário mineiro no julgamento do mensalão, marcado para agosto. A decisão referente ao contrato de R$ 153 milhões para serviços a serem realizados pela agência em 2003 foi tomada pelo plenário do TCU no início deste mês, a partir de relatório da ministra Ana Arraes – mãe do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos. O acórdão do tribunal pode aliviar as responsabilidades de Marcos Valério no julgamento do Supremo Tribunal Federal. Principal sócio da agência DNA, o empresário mineiro é apontado como operador do mensalão. De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República, contratos das agências de publicidade de Marcos Valério com órgãos públicos e estatais serviam de garantia e fonte de recursos para financiar o esquema de pagamentos de políticos aliados do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se da essência do escândalo, revelado em 2005. As denúncias desencadeadas pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB) provocaram a queda das cúpulas do PT, do PP e do PL (hoje PR), além da cassação do mandato do denunciante e do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, segundo quem não houve compra de votos, apenas caixa 2 de campanha. Em seu relatório, Ana Arraes argumenta que uma lei aprovada em 2010 com novas regras para a contratação de agências de publicidade pela administração pública esvaziara a irregularidade apontada anteriormente pelo próprio TCU. Um dos artigos da lei diz que as regras alcançariam “contratos já encerrados”. Esse artigo foi usado pela ministra do tribunal para considerar “regulares” as prestações de contas do contrato do Banco do Brasil com a DNA Propaganda Ltda. (Estadão) Vejamos o comentário do Jornalista Reinaldo Azevedo: "De uma coisa essa gente não pode ser acusada: de falta de método. Ao contrário: a determinação com que se organiza para transformar o Brasil num curral é impressionante. Que prova de talento! Sabem quem foi o autor da lei que abriu a brecha para Ana Arraes dar o seu “parecer”? José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça. Sabem quem a sancionou? Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. O que é a tal “bonificação por volume”? São descontos oferecidos pelos veículos de comunicação às agências para a veiculação de anúncios. Pela lei anterior, eles deveriam ser repassados às estatais . O TCU constatou que a agência de Marcos Valério — o empresário era a fonte dos recursos do mensalão — não fazia o repasse. O prejuízo aos cofres públicos só nessa operação, segundo o TCU, foi de R$ 106,2 milhões. Pois bem, a “lei” inventada por Cardozo mudava a regra: as agências poderiam ficar com o dinheiro do desconto e pronto! Pior: a lei passaria a valer também para contratos já encerrados. Entenderam? José Eduardo assinou um projeto, sancionado de bom grado por Lula, que, na prática, tornava legal a ilegalidade praticada por Valério. José Eduardo Cardozo é magnânimo. Uma lei não pode retroagir para punir ninguém. Mas pode retroagir para beneficiar. E ele fez uma que beneficia Marcos Valério. É por isso que é considerado uma das reservas morais do petismo, ora essa! Dilma o chamava, carinhosamente, de um dos seus “Três Porquinhos”. Os outros dois eram Antonio Palocci, que deixou o governo, e José Eduardo Dutra, que está pendurado numa diretoria da Petrobras. Qual é o busílis? O desenho era óbvio, não? Marcos Valério pegava a dinheirama das estatais e depois fazia “empréstimos” para o PT. Uma das estatais era justamente o Banco do Brasil. Agora Ana Arraes, com endosso de outros ministros, diz que tudo foi regular, entenderam? Quer-se, assim, reforçar a tese de que o dinheiro do mensalão não era público. É evidente que os advogados dos mensaleiros tentarão usar isso a favor dos seus clientes. Eles não tinham uma notícia tão boa desde que o processo começou. Ana Arraes demonstra que não foi nomeada por acaso e que Lula sabia bem o que estava fazendo quando entrou com tudo na sua campanha. Só para registro: Aécio Neves também foi um entusiasmado cabo eleitoral da ministra. Campos é apontado por muitos como uma espécie de novidade e de renovação da política. É mesmo? Eis um episódio a demonstrar que ele é jovem, mas não novo! Nada mais antigo do que o que se viu no TCU. Manobras dessa qualidade fariam corar a República Velha. A 15 dias do início do julgamento do mensalão, uma das operações mais descaradas de desvio de recursos públicos para os mensaleiros recebeu a chance de “nada consta” do TCU. É a nossa elite política “progressista”! Caberá ao STF dizer se existe pecado do lado de baixo do Equador! Se decidir que não há, não vai adiantar Deus ter piedade dos brasileiros." (Reinaldo Azevedo)BLOG DO MARIO FORTES

O MENSALÃO, A DOGMÁTICA JURÍDICA E UMA INDAGAÇÃO: CADÊ O LULA?




          Dirceu Ayres

Transcrevo artigo do incansável e competente jornalista Reinaldo Azevedo postado no seu blog. Como sempre mete o dedo na ferida seguindo o raciocínio lógico. Tem razão quando cataloga o proceso do mensalão como o de maior gravidade na história da República. E aproveito o gancho para uma indagação: Cadê o Lula? Depois que malufou sumiu do mapa, enfurnou-se, desapareceu, evaporou?A partir do dia 2 de agosto a frieza da dogmática jurídica deverá experimentar um certo aquecimento, dado ao contéudo do processo que reabrirá feridas e tirará o sono de muita gente. Os fatos obrigatoriamente serão evocados mais uma vez ao longo do julgamento, relembrando alguns e informando outros. Sem falar em eventuais surpresas. Creio que nestas alturas os "juristas alternativos" do PT, que costumam verberar contra a dogmática jurídica, desta vez estão com a faca nos dentes. Ou não! Aqui o texto impoluto do Reinaldo Azevedo: A ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, fez a seguinte declaração ao site da VEJA sobre o julgamento do mensalão: “Não faremos nada diferente do que fazemos em toda ação penal. Vamos julgar tecnicamente”. Certo. Não quero cometer aqui o erro da superinterpretação, que costuma revelar mais o que quer o analista do que o quis dizer o autor das palavras analisadas. Assim, creio que, quando diz que o julgamento será técnico, a magistrada afirma que ele não estará sujeito a pressões de natureza política. Se for assim, é bom! Afinal, quem pressiona o tribunal para que atue segundo interesses que não são os da Justiça são os acusados, não é? A ação de Lula, por exemplo, para adequar o julgamento ao calendário eleitoral ficou claríssima. Permito-me agregar outras considerações. De fato, esse julgamento é igual a qualquer outro sendo diferente, não é mesmo, ministra? Porque cada caso é, em si, um caso, com suas particularidades. O que deve igualá-los não está em sua própria natureza, mas no que lhes é externo: a isenção dos juízes, o esforço para fazer prevalecer a lei, o apego os autos, essas coisas. Vejam bem: trata-se de um desserviço à verdade — e não estou me referindo particularmente à ministra — essa história de que o mensalão é um caso “como qualquer outro”. Não é, não! No que tem de particular, em sua própria natureza, trata-se da mais grave agressão às instituições havida no país em período democrático. Ignorar essa especificidade é fazer má história, é subestimar a gravidade das transgressões legais, num esforço de, se me permitem a palavra, “corriqueirização” do evento excepcional. Explico-me. Bater a carteira é crime, mas, vamos lamentar, é corriqueiro. Para nossa desgraça, até os homicídios o são. A oposição síria calcula em 17 mil o número de mortos desde o início da guerra civil no país, há um ano e meio — é possível, dada a fonte, que o número esteja superestimado. No período, foram assassinadas no Brasil 75 mil pessoas; mais do que o quádruplo — e não há guerra civil por aqui. Vejam que lástima! Até os assassinatos têm um quê de “corriqueiro”. São um desastre, sim, mas não põem em risco a ordem institucional. O “mensalão”, ministra e ministros, tem algo de particular: trata-se de uma tentativa, ele sim, de golpe branco. Os petistas e seus esbirros na academia — sob a liderança da inefável inteligência de Marilena Chaui — acusam as oposições e a imprensa de tentativa de golpe. Errado! Golpistas eram todos aqueles que recorreram a dinheiro público para comprar partidos e consciências e, assim, constituir, no ambiente do Poder Legislativo, um Congresso paralelo, sempre de joelhos para o Executivo. Que ministro irá negar a farta circulação de dinheiro ilegal no esquema — inclusive aquele que, clara e confessadamente, pagou pelos serviços do marqueteiro Duda Mendonça, que fez a campanha de Lula em 2002? Que ministro irá negar os saques na boca do caixa, em dinheiro vivo, tudo sob o controle da tesouraria do PT, comandada pelo senhor Delúbio Soares, que diz agora ter agido por iniciativa própria? Terão esses crimes sido cometidos sem que, para tanto, tenha concorrido a ação de criminosos? Será essa uma nova modalidade, típica do Brasil: o crime sem criminosos? É claro que, se forem procurar, os ministros do Supremo não irão encontrar um ofício em três vias, devidamente carimbado, em que a autoridade de turno manda cometer os crimes. Para que o criminoso deixe ato de ofício, é preciso que some a burrice ao caráter delinquente, coisa que profissionais não fazem. Quando se diz que o mensalão será um julgamento como qualquer outro, entendo que se está a dizer que os mecanismos normais da Justiça vão operar, sem atentar para a influência dos réus. Isso é, sem dúvida, bom. Mas que não se depreenda daí que o crime do mensalão é uma ocorrência entre outras. Reconhecer a sua particularidade corresponde a reafirmar os fundamentos do estado democrático e de direito. Postado por Aluizio Amorim

Serra compara ação de petistas na internet a tropa nazista



    Dirceu Ayres

Foto:Alexandre Moreira/Brazil Photo Press/Folhapress José Serra em encontro com candidatos a vereador O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, subiu o tom contra o PT nesta sexta-feira. Em palestra para cerca de cem correligionários no diretório estadual tucano, na capital, Serra enumerou atos de “baixaria” cometidos por petistas durante campanhas eleitorais e criticou a forma de governar do partido adversário. A reação de Serra acontece depois de integrantes da Juventude do PSDB terem se feito passar por estudantes de universidades federais e protestado com cartazes em evento de campanha de Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura, na quarta-feira. O coordenador de campanha de Haddad, Antonio Donato, chamou a ação de "fascista". Nesta sexta, Serra revidou. O tucano comparou os ativistas que o atacam nas redes sociais a nazistas. “Basta você olhar o jogo sujo na internet, uma verdadeira tropa de assalto na internet. A SS nazista hoje tem outra configuração no Brasil atual. É via internet”, disse em referência à força paramilitar nazista que perseguia adversário na Alemanha dos anos 30. A plateia era formada, sobretudo, por candidatos a vereador pela coligação e Serra disse que queria alerta-los para o modo de ação dos adversários. Ele rememorou os episódios do Dossiê dos Aloprados, das eleições de 2006, e do vazamento do sigilo fiscal de sua filha, em 2010. Disse ainda ter sido alvo de recorrentes atos de violência dos petistas. “Eles têm tradição na violência e na baixaria.” Serra disse ter sido atacado por um grupo de apoiadores de Aloizio Mercadante nas eleições de 2006, quando concorria ao governo do estado, após um debate na TV. “Na saída de trás do prédio, tinha uma tropa do Mercadante que veio para o tapa, brigaram, teve socos. Vieram simplesmente agredir, empurrar o carro. O troço é violência.” O tucano classificou o PT como um “partido de máquina”. “O PT é um partido de máquina. Tirou do governo acabou. Está inteiramente, de cima a baixo, na máquina.” Acusou ainda os adversário de copiarem suas ideias – motivo pelo qual disse não ter divulgado todas as suas propostas de campanha. “Não coloquei todas as ideias na internet porque os outros passam a mão.” Ele rememorou os exemplos de um programa de assistência a gestantes e outro de educação técnica e profissionalizante que foram “copiados” pela hoje presidente Dilma Rousseff na campanha de 2010. “Na campanha presidencial nós apresentamos a ideia da Mãe Brasileira. Quinze dias depois a Dilma veio com a Mãe Cegonha. Evidentemente, até hoje a cegonha não chocou o ovo.” Serra pediu que os candidatos a vereador estejam atentos para a disseminação de boatos durante a campanha. “É um a cada dois ou três dias, para ver o que pega. A gente tem de estar sempre prevenido.” Aproveitou para rebater a informação de que há crise no PSDB.“Há uma exploração permanente de divisão no nosso partido. Não tem divisão nenhuma. O que tem são dois ou três hortelões que ficam plantando. Como isso gera assunto, vai prosperando.” Logo que apresentou seu nome para concorrer à prefeitura, Serra foi alvo de críticas de um grupo do partido ligado ao secretário estadual de Energia, José Aníbal. Para o candidato, a questão está superada. “Estamos cada vez mais unidos. É todo mundo amigo desde criancinha.” *Texto por Carolina Freitas na Veja online BLOG DO MARIO FORTES

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Ditadura bolivariana: Argentina vai vigiar até conta de luz.


    Dirceu Ayres

A ditadora bolivariana Cristina Kirchner, dá um passo a mais na intervenção na privacidade do cidadão argentino O governo Cristina Kirchner determinou que o fisco seja informado quando o consumidor gastar mais de US$ 220 com telefone, energia, gás e água. O governo da presidente Cristina Kirchner intensificou o controle sobre a vida econômica dos cidadãos argentinos ao publicar a resolução 3.349 da Administração Federal de Ingressos Públicos (Afip), a receita federal local, que obriga as empresas de serviços públicos a informarmensalmente os agentes do Fisco sobre os clientes que gastam mais de 1 mil pesos (US$220) em telefoniafixa, celulares, energia elétrica,gás e água. O governo Kirchner alega que a medida é para "otimizar a função fiscalizadora" da receita federal. Mas os críticos do governo sustentam que a medida deixa, cada vez, mais o governo Kirchne rparecido com uma versão argentina do Big Brother, do escritor inglês George Orwell (uma tirania que observava cada movimento de seus cidadãos). Desde maio, o governo observa de perto os argentinos que compram dólares para viajar ao exterior. Para realizar a compra de dólares, os argentinos devem fazer um pedido à A fip, no qual, além das datas de ida e volta da viagem, precisam explicar detalhadamente os motivos da ida ao exterior, os lugares onde farão escala e onde ficarão. O governo também proibiu os argentinos de comprar dólares par a aplicar nos Estados Unidos, tradição de mais de quatro décadas. Também acabou com as operações imobiliárias na moeda americana (100% das compras eram realizadas em dólares). Os empresários que ousam criticar o governo correm o risco de serem acusados de "golpistas" em rede nacional de rádio e TV pela presidente Cristina. Na quinta-feira, ela voltou a protagonizar o papel policial ao vivo em discurso de inauguração de uma fábrica de máquinas agrícolas. Bruscamente, deixou de lado sua fala sobre tratores para relatar que havia lido no jornal Clarín que o empresário imobiliário Jorge Toselli havia declarado em entrevista que as restrições sobre as compras de dólares haviam provocado uma grande queda nos negócios. Cristina aproveitou para acusar Toselli de estar em situação irregular com o Fisco. Horas depois, o "Cuit" (equivalente ao CNPJ) do empresário foi suspenso. Ontem, o presidente da Câmara Imobiliária Argentina, Néstor Walenten, afirmou que seus colegas expressaram "solidariedade" a Toselli. "Acho que toda a sociedade está com medo. Com esses métodos, até eu tenho." Desde2009, o governo de Cristina Kirchner também obriga as empresas de cartão de crédito a informar sobre os clientes que gastam mais de 3 mil pesos (US$ 655). Por esse motivo, muitos argentinos optam por fazer seus pagamentos em dinheiro. Inflação. Os deputados dos partidos da oposição anunciaram que a inflação em junho, foi de 1,63%. De acordo com os parlamentares que elaboram uma média dos índices estimados pelas principais consultorias econômicas, a inflação acumulada nos primeiros seis meses do ano foi de 11,6%. Dessa forma, a Argentina ocupa o primeiro lugar no ranking de inflação na América do Sul, ultrapassando a Venezuela, onde a inflação foi de 7,5%. Nos últimos 12 meses, a inflação na Argentina alcançou 23,96%. Já o governo da presidente Cristina Kirchner anunciou ontem que a inflação oficial de junho foi de apenas 0,7%, menos da metade do índice calculado pelas consultorias econômicas. * Por ARIEL PALACIOS, correspondente em Buenos Aires, para o estadao.com. br As vítimas da política econômica de Cristina Kirchner

Réus do mensalão usam brecha que livrou Collor para tentar escapar de condenação



    Dirceu Ayres

Quando foi julgado em 1994, ex-presidente não foi condenado pelo crime de corrupção passiva porque não foi provado “ato de ofício”. Processo é citado por acusados no mensalão. Doze réus do mensalão apostam em uma brecha do código penal que livrou o ex-presidente Fernando Collor de Mello para tentar escapar da acusação pelo crime de corrupção passiva. Entre eles, estão o presidente de honra do PTB e ex-deputado federal Roberto Jefferson e os ex-deputados Bispo Rodrigues e João Paulo Cunha. A defesa de Roberto Jefferson cita caso Collor para se livrar do crime de corrupção passiva.Quando o ex-presidente Collor foi julgado em 1994 também pelo crime de corrupção passiva, após ser acusado pela Procuradoria Geral da República (PGR) de ter recebido aproximadamente R$ 5 milhões do chamado “Esquema PC”, ele foi inocentado por falta de provas e porque a PGR não conseguiu comprovar a existência do chamado “ato de ofício”. De acordo com o art. 317 do Código Penal, uma pessoa pratica o crime de corrupção passiva quando “recebe direta ou indiretamente vantagem indevida ou promessa de tal vantagem”. No caso Collor, apesar da comprovação de que o ex-presidente recebeu vantagem indevida, a PGR não conseguiu provar que ele adotou alguma providência que favorecesse o “Esquema PC” (o tal “ato de ofício’). O ministro Celso de Mello é o único integrante da atual corte do STF, que participou do julgamento do caso Collor. Na época, ele afirmou que é necessária a bilateralidade entre ato de corrupção e ato do agente público. “Torna-se imprescindível reconhecer, portanto, para o específico efeito da configuração jurídica do delito de corrupção passiva (...) a necessária existência de uma relação entre fato imputado ao servidor público e um determinado ato de ofício pertencente à esfera de atribuições”. Esses doze réus que respondem pelo crime de corrupção passiva apostam justamente nessa interpretação do STF, de 1994, para também fugir de condenação semelhante. Detalhe: eles citam nominalmente a interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal ao art. 317 durante a Ação Penal 307 (caso Collor). O presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson, afirmou em suas alegações finais que a PGR, na acusação, não conseguiu provar a existência do “ato de ofício”. “Quando para formular pedido de condenação no crime de corrupção passiva, louva-se a referência a opinião isolada e, citando parte do acórdão na Ação Penal nº 307-DF (...) diz que na configuração dessa infração é prescindível ato de ofício, que, aliás, não indicou na sua denúncia, praticando ou deixando de praticar”. O bispo Rodrigues, acusado de ter recebido dinheiro do esquema, também cita a “discussão sobre o nexo de causalidade entre a conduta do funcionário público e a realização de ato funcional de sua competência”. “Conforme, aliás, já decidiu o Supremo Tribunal Federal na Ação Penal nº 307-DF, movida pelo Ministério Público Federal contra Fernando Collor de Mello”. Ainda segundo a defesa de Rodrigues, a PGR “deveria apontar na denúncia, portanto, a ocorrência de ao menos um ato – ação ou omissão – necessariamente ligado ao exercício da função”. “Foi porque não houve vinculação do recebimento de vantagem por agentes públicos com algum ato de ofício (..) que a ação penal foi julgada improcedente, em caso de repercussão história em 1994”, emenda a defesa de José Borba, também citando o caso Collor, nas suas alegações finais. Borba era ex-líder do PMDB na Câmara e acusado de ter recebido R$ 2,1 milhões para articular o apoio político ao PT.*Wilson Lima - iG Brasilia, com Agencia Estado BLOG DO MARIO FORTES

E no Brasil da carteirada....


      Dirceu Ayres

E no Brasil da velha e odiosa prática da "carteirada", nada mudou. Em uma Blitz da lei seca na avenida Paulista, os PMs tiveram o azar de parar para fiscalizar justamente o carro de uma "desembargadora" da justiça de São Paulo que era dirigido por sua filha que é "divogada". Durante a abordagem os PMs na atribuição de suas funções pediram para a motorista a "divogada" Roberta Sanchez de Castro que fizesse o teste do bafômetro. Daí começou a baixaria, a "divogada" além de se recusar a fazer o teste ainda disse que isso era uma arbitrariedade, e sua mãe a "Desembargadora"Yara Ramires da Silva de Castro, começou a distribuir "carteiradas". Bem, a situação tomou o rumo da confusão, onde as " nobres" cidadãs foram bater o costado na corregedoria da PM para fazer aquilo que já sabemos que é acusar aos mais "inferiores" para livrar a própria cara. E os PMS foram direto para o 78º DP onde fizeram, registro de desacato e recusa a fazer o teste do bafômetro. Bem, a situação é essa, uma "Desembargadora" de justiça e uma "divogada" que são representantes da lei se recusam a cumpri-la e ainda se sentem ofendidas por haverem sido cobradas no cumprimento da mesma. Se o teste do bafômetro é uma arbitrariedade, não é arrumando confusão com a PM que isso irá mudar. A "desembargadora" que use seu conhecimento jurídico para se defender, ou para fazer lá em Brasília um Lobby contra os bafômetros. E a "divogada" que dirigia o carro...Na minha concepção, uma pessoa que se recusa a fazer o teste é porque está com "algumas" na cabeça e usa essa burrice que a lei criou de não fazer provas contra si mesmo para continuar impune, pois quem não deve..... E o resultado é este, a lei vai continuar sendo desrespeitada e atuando apenas contra os que não tem "carteira" para esfregar na cara dos outros aos berros de "SABE COM QUEM VOCÊ ESTÁ FALANDO?"Em um país que uma "DESEMBARGADORA" se comporta dessa maneira, como é que iremos querer que isto um dia vire uma nação. Ainda vivemos no Brasil colônia com as vantagens da ditadura militar, onde os supostos "poderosos" deitam e rolam para cima das leis e saem de cú lambido. Esse comportamento da "DESEMBARGADORA" e sua filha é vergonhoso para o cargo que ela ocupa, uma afronta a sociedade e um flagrante desrespeito ao trabalho dos policiais, que estavam lá cumprindo ordens e cuidando para que irresponsáveis e idiotas sejam tirados das ruas por dirigirem embriagados. Mas na pocilga, deputado mata por dirigir de fucinho cheio o tempo passa e nada acontece. Os mortos continuam mortos e quem matou levando a vida como se nada tivesse acontecido. O preço de uma vida no Brasil anda em baixa na cotação da justiça. Espero que ao menos a corregedoria da justiça faça seu trabalho de "punir" de alguma forma a "Desembargadora" e a OAB faça o seu de punir a "divogada" arbitrária. E nos mais, toda essa confusão vai dar em porra nenhuma, coisa normal no Brasil da impunidade, e se bobear us "puliça" ainda levarão alguns dias de punição. Enquanto os que acreditam serem poderosos se comportarem dessa maneira. Este país não sai do terceiro mundo. A impunidade começa em uma Blitz da lei seca onde se distribuem "carteiradas" e acaba no julgamento de crimes como o mensalão. E como diz a velha máxima: A justiça só pune os três "Ps" "Pretos" Pobres" e "Putas" . Alguém ainda tem duvidas disso? E no caso da "divogada" ter se recusado a fazer o teste do bafômetro... Com a palavra o Detran. Afinal a lei é igual para todos...ou não? E PHOD@-SE!!!

sábado, 14 de julho de 2012

A ERA DAS MÁQUINAS PARA MEDICINA.



   Dirceu Ayres

É preciso ter muito cuidado com Médicos que não são realmente aplicados a sua profissão, existe aquele que ou só pensa no dinheiro ou não pensa em se atualizar. Aqui cabe a citação de uma estória de Luiz Barreto, O HOMEM QUE SABIA JAVANEZ. Conta ele (Luiz Barreto)—“que um homem que atendia pelo nome de CASTELO e era muito conhecido em sua cidade, fingia saber JAVANEZ. Dava aula para o Barão de JACUECANGA. Por conta disso, Senhor Castelo participou de vários congressos e até congressos Internacionais e se tornou um DIPLOMATA BRASILEIRO EM CUBA. Na verdade, nunca aprendeu JAVANEZ, Fingia e Fingia bem. E assim foi sempre tocando seu Engodo para frente enganando todo mundo, viveu e muito bem”. Observamos aqui que Quando o Psiquismo ultrapassa a medida do que convencionamos chamar de NORMAL, Não há mais retorno ou arrependimento. Muito embora vejamos na televisão a todo instante, pessoas que se fingem de Médicos para ludibriar a boa fé dos incautos, e até Médico de verdade como o Cirurgião Plástico que se encontra na penitenciária de S. Paulo cumprindo pena, más, existe sempre alguém que está vigilante. Más também estão vendo Médicos que não se dão a respeito, inventando que pó de serra é célula tronco. A comunidade científica tem como filosofia aceitar os instrumentos de diagnóstico que foram validados pelo método científico. Métodos não validados tendem a ser agrupados no conjunto das terapias alternativas. Médicos são e devem ser sempre, uma verdadeira classe de profissionais altamente qualificados e portadores de grande sapiência. E quem ganhará com isso... O povo, a Humanidade, basta que sigam o caminho trilhado pelos bons profissionais, alguns aqui já citados.
Sabemos que existem organizações maravilhosas como a AME, Associação de Médicos Espíritas, em Maceió, no Brasil e até em parte do Mundo. Algumas associações Espíritas que em alguns casos procuram fazer o melhor pelos doentes, ou por quem procura ajuda. Alguns Médicos admitem ou praticam a acupuntura, massagem e outras terapias tidas como não convencionais. Alguns já praticam a Hipnose com fins terapêuticos. Alguns dizem que tudo é sugestão; ora, se a sugestão é e tem sido tão forte, porque não usamos essa ferramenta tão preciosa para curar os que nela acreditam?.(O cuidado seria tão somente procurar profissionais capacitados para não correr o risco de “Mascarar” a doença). Na verdade só encontramos quem saiba blasonar muita idiotice.
Em contra partida, temos a extraordinária estória de um negro sul africano que trabalhou na equipe do Doutor CHRISTIANN BARNARD como Cirurgião, mesmo sendo quase analfabeto e Jardineiro.
HAMILTON NAKI, um Negro sul africano em plena época do racismo e de muito preconceito, um negro que só trouxe o bem para a humanidade. Jamais reclamou da situação miserável em que vivia em um barraco de lona preta, sem banheiro sem conforto e sem sanitário.
É A história de uma alma simples, humilde, sem falsidades sem ambições, sem má vontade ou mesmo por algum tipo de maldade, fazer algo errado e prejudicar a equipe Médica.
Era um homem importantíssimo na equipe do Doutor Christian Barnard, más não mudava seu proceder, continuava humilde, atencioso, muito trabalhador, sendo o membro mais versátil da equipe e o único que cuidava também dos instrumentos cirúrgicos e dos equipamentos ainda achava tempo para dar aulas de cirurgia aos alunos.
Aqui temos a História transcrita da revista THE ECONOMIST:
Páginas de OBTUÁRIOS.
Lendo esta notícia da morte de Hamilton Naki, nas páginas de obituários de um Jornal chegamos a conclusões incríveis de que o ser humano é, e sempre foi capaz de proezas incríveis e inimagináveis. Podemos lembrar-nos de Michael Faraday, autodidata e esforçado garoto que trabalhava encadernando livros e nas horas vagas estudando por conta própria se transformou no Homem que dominou a eletricidade e seus campos magnéticos, eletro-magnético baterias e bobinas, o que permitiu que seus trabalhos, anos depois fossem servir para que os trabalhos de Max Well e Einstein desenvolvessem a Física nuclear.
Homens de Espíritos evoluídos, Pensamento avançados ou viveram fora de sua Época ou um portador de Q.I. Entre 180 a 240 que seria o máximo que o ser humano já conseguiu alcançar usando as atuais maneiras de se medir essa capacidade do intelecto do ser humano. Hoje seria considerado um PARANORMAL diante de feitos tão extraordinários. Realmente do que nós vimos até aqui, podemos aquilatar: Ou era mesmo um espírito muito evoluído, ou um abnegado que veio ao mundo para servir a humanidade. Trabalhava mesmo para o benefício de todos. É de se observar que hoje em dia, não sei se por causa do advento dos Psicotrópicos que faz com que as pessoas estudadas e inteligentes ao invés de procurar trabalharem, inventar, construir alguma coisa, dizem que estão com depressão e além de não fazerem nada, quando estão desocupadas, sentindo o vazio do seu eu, tomam logo: um Valium, Tranquil, Tranquilex, Lexotan e tantos outros tranqüilizantes e ou até Soníferos para dormir e esquecer o que tanto a aflige ou afligia. Põe-se a dormir e nada produz ou nada vai produzir durante sua vida que se torna inútil e sem sentido. Sem nada que venha contribuir para a humanidade e nem sequer para si mesmo. Parece-me que as pessoas produzem melhor sob pressão, más estando dopadas não poderiam raciocinar correto. Quando não é isso que acontece, é porque estão mais afim de uma caneca de chop bem gelada, imagine o que produziriam ou poderiam produzir esses que assim estão a proceder!?Podemos observar o procedimento de um homem pobre, negro em um famigerado País racista, (Apartheide), sem cultura, morando em um casebre, sem sanitário, sem conforto, sem Biblioteca e sem um estudo básico, más com uma tremenda força de vontade e como para fazer o bem para a humanidade não se esquivava. Esse senhor semi-analfabeto dava aulas práticas para os alunos de cirurgias cardíacas. Observamos aqui que não é somente o diploma que faz o Médico. É o dia a dia no Hospital com a “mão na massa”. Acredito seriamente no Médico que está sempre executando operações, indo a congressos, estudando, freqüentando cursos visitando enfermarias, olhando seus pacientes, visitando leitos mesmo que seja de um moribundo, também aprendemos com a morte (o ato de estar cataléptico ou catatônico) e muitas outras atitudes que engrandecem sua profissão e beneficiam a humanidade ainda arranja tempo para atender em seu consultório.Sabemos que isto é um maravilhoso acontecimento, desconfiamos que o senhor HAMILTON NAKI tivesse um espírito muito evoluído, praticou o bem, não prejudicou, não atrapalhou e só fez o melhor. Más, sabemos que o certo é ter além de muita experiência, muita habilidade estar sempre acompanhado de sua respectiva HABLITAÇÃO o seu Diploma legal, esse é o agir corretamente.  Agora, para que os Médicos do Hoje possam trabalhar bem e terem um resultado correto e esclarecedor, deveria estudar um pouco sobre o que fizeram os Médicos e cientistas do ONTEM, aí procurar dar sua contribuição da melhor maneira possível.
A BUSCA POR UMA MÁQUINA QUE AJUDE A MEDICINA
O escocês James Clerk Maxwell (1831-1879), no século XIX, previu a existência e a natureza das ondas eletromagnéticas, que incluem até a luz visível. Em 1887, o alemão Heinrich Rudolf Hertz (1857-1894), produziu as primeiras ondas eletromagnéticas artificiais (ondas de rádio), usando conselhos de Hermann von Helmholtz (1821-1894). Entre outras coisas, Helmholtz sugeriu que uma radiação eletromagnética de alta freqüência deveria interagir fracamente com a matéria, à semelhança das ondas sonoras num instrumento de cordas. Sugeriu também que estas ondas poderiam ser muito penetrantes. Helmholtz chegou a indicar o instrumento adequado para produzir essas ondas penetrantes: a ampola de Crookes, chamada na época de tubo de Crookes, onde eram gerados os misteriosos raios catódicos. Muitos cientistas na Europa começaram a procurar esse tipo de radiação. Entre eles, o maior especialista em raios catódicos da Alemanha, Philipp Lenard (1862-1947). A dificuldade na época, é que não ocorreria a ninguém um método de detecção que mostrasse se de fato existiam tais radiações. A descoberta Foi de Wilhelm Conrad Röntgen (1845-1923) quem descobriu e batizou os Raios X, além de fazer a primeira radiografia da história. Isto ocorreu quando Röntgen estudava o fenômeno da luminescência produzida por raios catódicos num tubo de Crookes. Este dispositivo, foi envolvido por uma caixa de papelão negro e guardado numa câmara escura. Próximo à caixa, havia um pedaço de papel recoberto de platinocianeto bário. Conrad Röntgen percebeu que, quando fornecia corrente elétrica aos elétrons do tubo, este, emitia uma radiação que velava a chapa fotográfica, intrigado, resolveu intercalar entre o dispositivo e o papel fotográfico, corpos opacos à luz visível. Desta forma obteve provas de que vários materiais opacos à luz diminuíam, mas não eliminavam a emissão desta estranha irradiação induzida pelo raio de luz invisível, então desconhecido. Isto indicava que a energia atravessava facilmente os objetos, e se comportava como a luz visível. Após exaustivas experiências com objetos inanimados, Röntgen resolveu pedir para sua esposa pôr a mão entre o dispositivo e o papel fotográfico. A foto revelou a estrutura óssea interna da mão humana, com todas as suas formações ósseas, foi a primeira chapa de raios X, Conrad Röntgen, Recebeu o Prêmio Nóbel de Física em 1901. Não sabia ele que esse era tambem o primeiro passo ou o “Pontapé” inicial para o desenvolvimento de outros meios de ver o organísmo; como a ressonância Magnética, Ultra Som/doppler, Medicina Nuclear e outras tecnicas de detecção de Imágens por RAIO X, até encontrar o limite. Esse limite só foi encontrado e até ultrapassado quando o Inglês de nome GODFREY HOUNSFIELD e o Americano AFLAN CORRNA em 1979 criáram a toda poderosa TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA que se tornou uma superevolução do RAIO X. O Paciente fica no interior de um grande Anel que gira em torno dele. O Anel emite e capta a radiação de muitos Ângulos diferentes. O Resultado equivale a cerca de 130.000 Radioghrafías. RÁIO X., foi o nome dado pelo cientísta a sua descoberta. TOMOGRAFÍA COMPUTADORIZADA O NOME que GODFREY E AFLAN deram a máquina na inovação. Em 8 de novembro de 1895 havia nascido o até hoje existente, famoso e muito útil, RÁIO X. A Máquina que na época revolucionaria e ajudaria a Medicina em seus diagnósticos de ossos quebrados e ou fissurados, até mesmo com alguma luxação acabava de ser criada. Em busca de aperfeiçoamento, os cientistas foram aprimorando cada vez mais e hoje temos: A Preciosa máquina de GODFREY e AFLAN o ULTRASON/doppler, ULTRA SONOGRAFIA COMPUTADORIZADA, O FORMIDÁVEM APARELHO DE (TC) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ANGIOTOMOGRAFIA, ENDOSCOPIA DIGESTIVA E TANTOS OUTROS.
O ONTEM (1895) O HOJE O ATUAL
CARACTERÍSTICAS DO RAIO X. DA MÃO DA ESPOSA DE RÖNTGEN TENDO AO LADO UMA NOVA FOTO TIRADA COM UM TOMÓGRAFO DE ÚLTIMA GERAÇÃO E O NOVO APARELHO DE ÚLTRA SONOGRAFIA, BEM MODERNO.
O dispositivo que gera Raios X é chamado de tubo de Coolidge. Da mesma forma que uma válvula termiônica, este componente é um tubo oco e evacuado, ainda possui um catodo incandescente que gera um fluxo de elétrons de alta energia. Estes são acelerados por uma grande diferença de potencial e atingem ao ânodo ou placa. O ânodo é oco e confeccionado em tungstênio. A razão deste tipo de construção é a geração de calor pelo processo de criação dos raios X. Para não fundir, o dispositivo necessita de resfriamento através da circulação de óleo. Ao ser acelerados, os elétrons ganham energia e são direcionados contra um alvo, ao atingi-lo são bruscamente freados perdendo uma parte da energia adquirida durante a aceleração. O resultado das colisões e da frenagem é a energia transferida dos elétrons para os átomos do elemento alvo. Este se aquece bruscamente, pois em torno de 99% da energia do feixe eletrônico é dissipada nele. A brusca desaceleração de uma carga eletrônica gera a emissão de um pulso de radiação eletromagnética. A este efeito se dá o nome de Bremsstrahlung, que significa radiação de freio. As formas de colisão do feixe eletrônico no alvo se dão em diferentes níveis energéticos devido às variações das colisões ocorridas. Como existem várias formas possíveis de colisão devida angulação de trajetória, o elétron não chega a perder a totalidade da energia adquirida num único choque, ocorrendo então a geração de um amplo espectro de radiação cuja gama de freqüências é bastante larga, ou com diversos comprimentos de onda. Estes dependem da energia inicial do feixe eletrônico incidente. Este é o motivo pelo qual existe a necessidade de milhares de volts de potencial de aceleração para a produção dos Raios X.