quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Fernando Bezerra diz que Dilma sabia de repasses para PE

                     

     Dirceu Ayres

Ministro da Integração Nacional admitiu ter destinado maior parte da verba antienchente do governo federal para seu estado natal Fernando Bezerra: "Não existe política partidária miúda, pequena nisso" (Pedro Ladeira/Frame/Folhapress) "Não se pode discriminar Pernambuco por ser estado do ministro", Fernando Bezerra, ministro da Integração Nacional O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, admitiu nesta quarta-feira que Pernambuco foi o estado que mais recebeu recursos para prevenção de desastres. Bezerra é natural de Pernambuco, cotado para disputar a prefeitura de Recife nas eleições deste ano e provocou desconforto no Palácio do Planalto quando veio à tona a notícia de que ele destinara 90% da verba antienchente do governo para o estado. Chegou-se ao número considerando os valores efetivamente gastos pelo governo para os projetos - de um total de 28,9 milhões de reais para todo o Brasil, Pernambuco recebeu 25,5 milhões de reais. O ministro então interrompeu as férias e convocou uma entrevista coletiva. Para tentar se explicar, Bezerra citou outros números, o valor empenhado em ações de prevenção e destinado aos estados. Dinheiro empenhado não significa dinheiro gasto. Em 2011, o empenho total repassado à unidades federativas foi de 218 milhões. Disso, admitiu o ministro, 98 milhões de reais foram para Pernambuco, ou quase 50%. Do dinheiro empenhado em Pernambuco, 70 milhões de reais foram para a construção de cinco barragens. Ele justificou a liberação dizendo que o estado teve um dos maiores acidentes naturais da história do Brasil, com mais de 80.000 pessoas atingidas. Segundo Bezerra, a presidente Dilma Rousseff sabia de tudo. “Essa priorização desses 70 milhões de reais para construir obras preventivas, como cinco barragens, foi feita em discussão técnica com Ministério do Planejamento, com Casa Civil, com conhecimento de Dilma Rousseff”, disse. "Não existe política partidária, miúda, pequena nisso. Assim como não aceito a descriminação de nenhum estado, não se pode discriminar Pernambuco por ser estado do ministro. Não é correto, não é justo.” Depois de Pernambuco, os estados que mais receberam verbas federais para combate a desastres naturais foram São Paulo, com 40 milhões de reais empenhados, e Espírito Santo, com 16 milhões de reais. Responsabilidade - Bezerra tentou ainda desviar o foco de atenção do Ministério da Integração Nacional, ao dizer que boa parte dos investimentos são de responsabilidade do Ministério das Cidades. “Não se pode fazer leitura dos investimentos do governo na área da prevenção apenas pela leitura da Secretaria Nacional da Defesa Civil”, disse o ministro. “É preciso dizer a verdade inteira, que os recursos de prevenção do governo estão de forma muito mais ampla alocados no Ministério das Cidades.” Por meio de tabelas com números e dados, ele tentou demonstrar que outros estados, como Rio de Janeiro e Santa Catarina, também foram beneficiados pela pasta em 2011. “Vou traduzir a orientação da presidente Dilma Rousseff de fazer correta aplicação de recursos da Defesa Civil, de forma justa e equitativa entre os estados atingidos por desastres naturais." Férias - O ministro cancelou as férias iniciadas nesta segunda-feira a pedido da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que também deixou a folga para acompanhar a situação das enchentes e o caos em aeroportos no fim de ano. O ministro admitiu que retornou ao trabalho depois da conversa com Gleisi. Ele disse que voltou para poder “checar” as ações do ministério que já estavam andamento em decorrência das enchentes. E deixou claro que a ministra está, sim, supervisionado seu trabalho. “Ministra Gleisi está inteiramente a par dessa nossa exposição”, afirmou. “Tem que ter uma coordenação geral e a ministra Gleisi tem feito isso com muita competência.” Bezerra afirmou, por outro lado, que não vai aceitar que o ministério perca autonomia. “Quando ele for esvaziado, estou muito longe daqui”, disse. "Não me chame para cumprir meia tarefa." O ministro disse que conversou com a ministra da Casa Civil duas vezes nesta quarta-feira e terá uma nova reunião com a ministra ainda hoje. Com Dilma, que está de férias na Bahia, ele não conversou nenhuma vez. Em nota divulgada nesta quarta-feira, Gleisi negou ter recebido orientação da presidente Dilma para intervir na execução orçamentária do Ministério da Integração Nacional. “O ministro Fernando Bezerra é e continua sendo responsável pela execução dos programas e projetos daquela pasta”, diz o texto. “Qualquer informação fora deste contexto tem por objetivo disseminar intriga.” Eleições - Bezerra, que pretende disputar a prefeitura do Recife nas eleições deste ano, afirmou que a decisão sobre sua candidatura depende do PT. O atual prefeito da capital, João da Costa (PT), quer tentar reeleição. “Quem tem a primazia na escolha do candidato é o PT, que governa o município”, disse o ministro. “O que estamos buscando é manter unida a Frente Popular, formada por PSB e PT.” Luciana Marques

Pernambuco pegou carona em crédito emergencial para enchentes Estado obteve verba milionária.


   Dirceu Ayres

A obra de barragens a partir de Medida Provisória que destinava R$ 700 milhões a Sul e Sudeste BRASÍLIA - A construção de barragens em Pernambuco - obras que inflaram os gastos do Ministério da Integração Nacional no Estado do ministro Fernando Bezerra Coelho - pegou carona numa autorização extraordinária de gastos destinada a combater os efeitos das enchentes nas Regiões Sudeste e Sul. As obras milionárias em Pernambuco nem sequer haviam sido autorizadas pela lei orçamentária de 2011, mas consumiram quase 90% dos pagamentos feitos no programa de prevenção de desastres. Ministro Bezerra Coelho durante entrevista coletiva Questionada, a equipe da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, informou que coube ao Ministério da Integração definir o destino dos gastos extraordinários anunciados em meio aos efeitos da tragédia da região serrana do Rio de Janeiro, no início do ano passado. A reportagem refez o caminho do dinheiro pago a Pernambuco e identificou a origem em medida provisória editada pela presidente Dilma Rousseff em 12 de janeiro passado. Por meio da medida, o Ministério da Integração ficou autorizado a gastar R$ 700 milhões extras para enfrentar desastres provocados "por fortes chuvas e inundações" no Sudeste e no Sul, e pela estiagem no Nordeste. Em nenhum momento, a MP menciona as chuvas do ano anterior no Nordeste. Apenas 18 dias antes de a medida provisória perder a validade por falta de votação no Congresso, o Ministério da Integração se comprometeu a investir R$ 50 milhões em duas barragens em Pernambuco, a de Panelas 2, em Cupira, e a de Gatos, no município de Lagoa dos Gatos. O compromisso de gastos (tecnicamente, uma nota de empenho) foi registrado pelo Tesouro Nacional no mesmo 3 de maio, dia em que a presidente Dilma Rousseff recebeu em seu gabinete o governador Eduardo Campos e Fernando Bezerra para tratar dos projetos de Pernambuco, defendido com entusiasmo ontem pelo ministro. "Qualquer brasileiro que estivesse sentado nessa cadeira (de ministro) teria liberado o dinheiro", disse Bezerra ao ser questionado se a verba teria sido providenciada tão rapidamente se ele não fosse pernambucano nem correligionário do governador. As duas primeiras barragens fazem parte de um conjunto de cinco grandes obras para conter enchentes nos rios Una e Sirinhaem. A próxima barragem, a maior delas, já está em licitação em Pernambuco. A barragem de Serro Azul terá um paredão de quase um quilômetro de extensão e vai criar um grande lago nos municípios de Catende, Palmares e Bonito. Além de conter as enchentes, o governo tem planos de usar a barragem para o abastecimento de água e a criação de peixes. Marta Salomon, de O Estado de S.Paulo

Integração dá 90% de verba antienchente para Pernambuco, Estado do ministro

                      
    Dirceu Ayres


Pasta de Fernando Bezerra, cotado para disputar a Prefeitura do Recife, destinou R$ 31,5 milhões à unidade da federação que ele representa. BRASÍLIA - Pernambuco, Estado do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, foi o principal destino de verbas do ministério comandado por ele em prevenção e preparação de desastres naturais, como enchentes e desmoronamentos. Em obras iniciadas em 2011, Pernambuco concentrou 90% dos gastos da pasta destinados a esse fim, mostra levantamento feito com base em dados do Tesouro Nacional e pela organização não-governamental Contas Abertas. 90% de verba antienchente foi para Estado de ministro Duas obras que consumiram grande parte dos gastos de R$ 25,5 milhões no Estado tiveram as ordens de serviço assinadas pela presidente Dilma Rousseff em viagem ao município de Cupira, no final de agosto. Indicado para o cargo pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Bezerra é pré-candidato à prefeitura do Recife em 2012 . Ele nega. As barragens de Panelas 2, em Cupira, e de Gatos, no município de Lagoa dos Gatos, somam R$ 50 milhões em recursos já comprometidos desde maio. O dinheiro deverá ser liberado ao longo das obras. A concentração de verbas do programa de prevenção e preparação para desastres em Pernambuco foi tão grande que o Estado lidera o ranking da liberação de dinheiro da União mesmo quando é considerado o pagamento de contas pendentes deixadas pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse ranking, Pernambuco é seguido pelos Estados da Bahia, São Paulo, Santa Catarina e Paraná. Dos gastos autorizados e pagos em 2011, Pernambuco recebeu 14 vezes mais do que o segundo colocado, o Paraná, onde chuvas fortes provocaram enxurradas e deslizamentos no ano passado. Pernambuco recebeu R$ 25,5 milhões, contra R$ 1,8 milhão liberado para o Paraná, dos R$ 28,4 milhões pagos em obras autorizadas em 2011 para a prevenção de desastres naturais. O restante foi para outros Estados. A construção de reservatórios para conter cheias na região metropolitana de São Paulo, ação que teve R$ 31 milhões de gastos autorizados pelo Orçamento de 2011, não recebeu nenhum tostão, mostra o levantamento. Marta Salomon, de O Estado de S. Paulo

Enquanto isso na sexta economia do mundo...

                                 

      Dirceu Ayres

Tem alguns ufano idiotas comemorando o fato do Brasil ter sido considerado a "sexta economia" do planeta. Mas que porra é essa de sexta economia se nosso IDH é de número 84. Se o nosso ranking educacional é 88? A saúde pública é uma tragédia, metade das cidades do país não tem saneamento básico. E o "hit" do verão será novamente a Dengue, que já é considerada como certa a epidemia no Hell de Janeiro, a cidade que será sede de Olimpíadas e de Copa do Mundo. E quando chega o verão, o Brasil da sexta economia fica debaixo d'água e com epidemia de Dengue. Este realmente é um país que vai para frente!! Alguém lembra há quanto tempo o país sofre com a Dengue? E todos os esforços "sérios" para combater a doença acabam assim que o verão termina. E depois passam mais alguns meses empurrando a situação com a barriga até o próximo ano onde as estatísticas continuarão subindo negativamente. Centenas de pessoas morrem por conta da doença todos os anos. E neste ano certamente muitos morrerão, e centenas de milhares ficarão dias a fio sofrendo, por conta da própria falta de educação que não se previne e não ajuda a manter a cidade limpa. E acima de tudo, por conta da corrupção que esvazia os cofres públicos e deixa o povo a própria sorte. E este ano já está previsto o caos nos "modernos e eficientes" hospitais da sexta economia do planeta. Se a epidemia vier como o previsto, se preparem, pois quem precisar de atendimento médico vai se phuder duas vezes: Uma por conta da Dengue. E a outra pelo descaso e corrupção que sucatearam os serviços públicos de saúde e arrasaram o país dos idiotas alegres que já estão em ritmo de carnaval. E tome TYLENOL, a Johnson & Johnson agradece a preferência Na Bahia tem rebolation, o carnaval por lá já começou e o metrô de Salvador que após 12 anos em construção PODE ser que comece a funcionar antes das próximas eleições em 2012...Já gastaram 700 milhões e só construíram em 12 anos metade da obra, ou seja, 6 KM dos 12 previstos. Depois reclamam quando dizem que baiano é preguiçoso. E o mais interessante é que o governo da Bahia disse que ainda precisa de mais 33 milhões para fazer funcionar os primeiros 6 km que entrarão em funcionamento... Algum dia... E viva o BBB que começa semana que vem!!! Serão mais alguns meses de alienação e de mediocridade explicita. Só que o povão eleitor e burro adora!!!! Então.. DENGUE-SE!!! “MASCATE”

Judiciário é uma casta no Brasil.

                               

  Dirceu Ayres

Nada justifica tamanho abismo social existente entre os membros do Judiciários e a brasileirada comum, em termos salariais, mais ainda porque o resultado do seu trabalho é vergonhoso. Estão aí as manchetes comprovando benesses e benefícios sem precedentes para meia dúzia de desembargadores e ministros. Mas não pensemos que o problema está tão somente no topo da pirâmide. Não está. O câncer é generalizado. Os 120.000 funcionários do Judiciário recebem, em média, um salário mensal de R$ 13.342,00, contra R$ 5.650 do Executivo. Uma diferença de 136%. Neste momento, está demandando um aumento de 56% nos seus salários, um impacto de R$ 7,7 bilhões na folha de pagamento de 2012. Façam uma comparação. Os 8,9 milhões de aposentados que ganham mais de um salário mínimo, que labutaram na iniciativa privada, estão em busca de um aumento de 11,7%. Sabem qual é o impacto deste aumento no gasto público? R$ 7 bilhões. R$ 700 milhões a menos para beneficiar 75 vezes mais brasileiros. Se o país pudesse escolher, o que seria mais justo? Um único juiz ganhando 56% de aumento ou 75 brasileiros tendo a sua aposentadoria reajustada em 11,7%? E não pensem que estes 8,9 milhões são compostos por trabalhadores não qualificados. Dentro deste contingente existem engenheiros, economistas, administradores, médicos, muito mais qualificados que um técnico ou um auxiliar administrativo do Judiciário. Gente que deu a vida por empresas, universidades, escolas, que geraram empregos, que geraram riquezas, que construíram o país e que, hoje, penam para sobreviver. É óbvio que os salários do Judiciário chegaram a este patamar desproporcional porque o Poder Judiciário legislou em causa própria. O Poder Judiciário beneficiou a si mesmo. O Poder Judiciário utilizou de brechas na lei que só eles conhecem para virar esta casta que tudo pode, que tudo tem. É inaceitável esta diferença. É vergonhosa.

Lula tem tratamento ainda inacessível aos comuns mortais do SUS e planos de saúde.

                    
       Dirceu Ayres


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou ontem a segunda fase do tratamento contra um câncer na laringe utilizando uma técnica de última geração chamada Intensity Modulated Radiation Therapy (IMRT) em inglês. As sessões de radioterapia, que serão num total de 30 e se estenderão por seis semanas, estão utilizando um equipamento sofisticado que permite aos médicos modular a radiação, preservando mais o paciente de efeitos colaterais, muitas vezes permanentes, como a falta de saliva. Do tipo carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço, o câncer de Lula foi diagnosticado em outubro do ano passado. O ex-presidente já passou por três sessões severas de quimioterapia e agora vai combinar uma quimio mais suave à radioterapia para potencializar o efeito da radiação. Ontem, ele deu entrada ainda pela manhã no Hospital Sírio-Libanês e deixou o local no fim da tarde. Embora o tumor esteja localizado sobre a glote, Lula recebe radiação da base do crânio até o final do pescoço, para minimizar os riscos de novos tumores. O tratamento poderia ser feito por três técnicas de radioterapia: a convencional, a tridimensional e a IMRT. A vantagem da IMRT é permitir ao médico "esculpir" os níveis de radiação, preservando as estruturas normais, não afetadas pelo câncer, como a medula, as glândulas salivares e a parótida, explicou Maria Aparecida Conte, diretora do Departamento de Radioterapia do Hospital AC Camargo, referência em oncologia no sistema público. - Essa técnica ajuda a evitar a xerostomia, a boca seca, que pode ser um efeito permanente nos pacientes que se tratam contra o câncer de cabeça e pescoço. Infelizmente, não é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou coberta pelos planos de saúde - afirmou a médica. O tratamento por IMRT custa entre R$15 mil e R$20 mil e está disponível em hospitais da rede privada.