terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sem medo de ser liberal e capitalista.


      Dirceu Ayres

"A ascensão, na última década, de expressiva parcela da população brasileira à classe média - cerca de 30 milhões, segundo o IBGE - foi alvo de justificada euforia, confirmando a solidez dos fundamentos econômicos e da austeridade fiscal estabelecidos com o Plano Real, felizmente mantido pelos governos posteriores. Somou-se à estratégia dos programas sociais, iniciados também com o Real e ampliados nos governos seguintes. Restava sondar esse novo universo - a classe C -, que constitui metade da população brasileira. Com esse objetivo, a CNA contratou pesquisa minuciosa, coordenada pelo cientista social Antonio Lavareda. O que se constata é que esse universo não fala a língua dos partidos políticos. Ou os partidos políticos não o expressam e possivelmente o desconhecem. Mais: esse imenso segmento da população não compartilha da agenda comportamental em curso na mídia, nas academias e no Parlamento - o chamado "politicamente correto". Ou seja, há um Brasil real dissociado do Brasil institucional. Esse Brasil classe C que, segundo a FGV, ganha entre R$1.200 e R$5.200, corresponde a cerca de 100 milhões de pessoas. É um país conservador, que professa a moral cristã e é adepto do livre mercado. Isso mesmo: é capitalista. Anseia por mais empregos, redução de impostos e manutenção da estabilidade econômica; e quer que o Estado lhe garanta saúde, segurança e educação, o que remete a uma agenda social liberal - e não socialista. Isso fica claro na opção maciça (74%) pelo aumento das oportunidades de emprego, em vez de ampliação dos programas sociais, como o Bolsa Família; e na rejeição às invasões de propriedades, que, para grande maioria (70%), devem ser respeitadas "independentemente da necessidade de se fazer a reforma agrária". A pesquisa constatou ainda que há três classes C: a tradicional (41%), com maior renda, escolaridade e bens; e as emergentes, classificadas de C+ (39%) e C- (20%), conforme o patamar de sua ascensão. O que as une são o otimismo e a confiança no país, não obstante o abismo entre seus valores e os das classes dominantes. Mas com diferentes graus de percepção da realidade. A classe C tradicional é menos receosa quanto ao futuro. As outras duas sobretudo a C-, ainda temem os efeitos da perda gradativa do assistencialismo estatal. Talvez por isso apoiem em graus diferenciados o atual governo: a C tradicional (52%) e a C+ (65%) mostram ampla satisfação, enquanto na C- apenas 38% sentem o mesmo. O essencial é constatar que, embora seja metade da população, a classe C consome apenas um terço da produção agropecuária, mostrando um potencial de consumo subaproveitado, que recomenda políticas direcionadas ao seu fortalecimento. Aos políticos e partidos liberais e conservadores, que temem a retórica dos autodenominados progressistas, a pesquisa dá um recado: é preciso tirar a população brasileira da orfandade política, ela também vítima de um patrulhamento ideológico que distancia seus representantes de seus anseios morais e existenciais." KATIA ABREU é senadora (PSD-TO) e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O artigo foi publicado em O Globo, no dia 7 de janeiro, sob o título "Orfandade da classe média".

Mais uma do PT: Petrobras é a segunda empresa que mais perdeu valor no mundo. Tombo é de U$ 72,43 bilhões.


    Dirceu Ayres

Afetada pela turbulência nos mercados com a crise européia e nos EUA e pressionada por um pesado plano de investimento, a Petrobras inicia o ano provocando mais incertezas para investidores. Além disso, tem dificuldades para elevar a produção de petróleo a curto prazo. Em 2011, a estatal teve a segunda maior perda de valor de mercado do mundo, num tombo de US$72,39 bilhões, segundo levantamento com mais de cinco mil empresas da base de dados da Bloomberg News. E caiu, assim, duas posições no ranking das maiores petroleiras do planeta, para a quinta posição. No ano que começa, a maioria dos analistas que acompanham o dia a dia da Petrobras acredita na recuperação da ação. Mas essa avaliação não é unânime. Em dez carteiras de ações recomendadas pelas corretoras aos clientes em janeiro, as ações da Petrobras aparecem em sete, entre papéis preferenciais (PN, sem voto) e ordinários (ON, com voto). Para Emerson Leite, analista do Credit Suisse, nada parece indicar uma recuperação das ações. Ele explica que a empresa sofre com a indisponibilidade de plataformas e sondas para produzir e explorar petróleo. No ano passado, até novembro, a Petrobras produziu em média 2,016 milhões de barris de petróleo por dia, abaixo da meta de 2,1 milhões diários. - Temos visto também intervenções do Ministério do Trabalho nas plataformas e campos sofrendo declínio natural da produção. Nada indica uma mudança nesse quadro de baixo crescimento para este ano - afirma o analista do Credit Suisse, que não tem entre suas recomendações as ações da Petrobras. Segundo Leite, ao mesmo tempo em que tem dificuldades para aumentar a produção, a Petrobras conduz um plano de investimento de US$224,7 bilhões entre 2011 e 2015. Isso indica mais desembolsos, dificultando o crescimento do lucro e a geração de caixa. - O que poderia puxar as ações da Petrobras é um aumento do preço do barril de petróleo (atualmente já na faixa de US$100), em meio aos conflitos entre o Irã e o Ocidente. Mas num ambiente de desaceleração do crescimento da economia global, isso é bastante incerto - explica Leite. Uma boa parte dos analistas acredita, no entanto, que a queda no preço das ações no ano passado vai abrir espaço para uma recuperação em 2012. O papel PN fechou o ano passado com uma queda acumulada de 18,32%, a R$21,29. Já a ação ON recuou 22,21% no período, para R$22,80. Segundo Paulo Esteves, da Gradual Investimentos, as ações da Petrobras oferecem uma boa oportunidade de compra. Ele explica que o atual preço da ação não condiz com as perspectivas de desempenho da companhia com suas novas descobertas. - Vemos ainda um crescimento vigoroso da demanda doméstica de derivados de petróleo nos próximos anos - diz. É mais barato atualmente comprar as ações de Petrobras do que de Exxon Mobil (EUA), Petrochina, Royal Dutch Shell (anglo-holandesa), Chevron (EUA) e Total (França). É mais cara do que a britânica BP, cujas ações nunca se recuperaram completamente do grande vazamento de petróleo no Golfo do México, em abril de 2010. Os analistas da Coinvalores Marco Aurélio Barbosa e Bruno Piagentini vêem o papel da estatal com "otimismo contido". Barbosa afirma que os investidores que mantiverem ações nos próximos quatro anos podem ter um bom retorno. Com entrada em produção do petróleo do pré-sal, a produção da companhia deve chegar a quatro milhões de barris diários em 2015. - Vemos a Petrobras como um case de longo prazo. É comprar agora, por um preço barato, e aguardar 2015, quando a economia mundial também estará melhor - explica Barbosa. Outro fator positivo seria o aumento nos preços da gasolina e do óleo diesel vendidos nas refinarias, autorizado pelo governo em novembro de 2011. Pelo cálculos do Credit Suisse, esse reajuste vai gerar uma melhora de US$1,2 bilhão no caixa da estatal, em um ano. Isso significa um acréscimo de US$100 milhões mensais. O engenheiro Guilherme Nascimento é um dos milhares de pequenos investidores da Petrobras. Segundo ele, as ações prometem um desempenho positivo a longo prazo, com a entrada em produção de grandes campos do pré-sal: - Se me arrependi de ter ficado com a ação da Petrobras por tanto tempo, claro que sim. Qualquer um ficou. Mas não tenho bola de cristal. E é uma ação que, a longo prazo, vai dar retorno razoável. Foi nesse cenário que a Petrobras encerrou o ano passado com a segundo maior perda de valor de mercado. Esse tombo só não foi maior que o do Bank of America, listado em Nova York, que perdeu US$77 bilhões de valor de mercado. O banco sofre com o negócio no mercado de hipotecas. Isso deve provocar venda de ativos do banco, que já anunciou a demissão de 30 mil funcionários nos próximos anos. O fraco desempenho das ações da Petrobras fez a companhia perder duas posições no ranking de valor de mercado de petroleiras mundiais, ultrapassada pela anglo-holandesa Royal Dutch Shell e pela americana Chevron. - Foi um ano para ser esquecido, com uma conjuntura desfavorável para a Petrobras - acrescenta Barbosa. Essa perda de valor da ação reduziu o volume de negócios realizados com as ações da empresa. Foram R$124 bilhões, uma queda de 21% em relação ao ano anterior e o pior resultado em cinco anos. (O Globo)

Hipocrisia lesa-pátria e o exército dos bárbaros


      Dirceu Ayres

É uma questão de tempo: “a ruptura institucional é inevitável (Jorge Serrão)”. Neste artigo irei focar um tema motivado por uma leitura de uma postagem no Blog do Mario Fortes com o título “A Ministra da Hipocrisia”, sem focar a ministra em si, pois ela, pela sua inexpressividade como ser humano e gestora pública, não merece qualquer atenção, a não ser juízos de valores significativamente pejorativos em relação aos seus atos, o que não é o tema central desta crônica. O PT, com o suporte do submundo comuno-sindical, e através de seus lacaios com a liderança do chefe da gang dos 40 do mensalão, tem se esmerado, desde que o primeiro estelionato eleitoral o colocou no poder, em se posicionar ao lado “dos menos favorecidos”, com falsos discursos de direitos humanos e resgate da pobreza, que escondem dos ignorantes, e não incomodam os canalhas esclarecidos, suas verdadeiras intenções de criar uma “tropa de choque” de caráter quantitativo para defendê-lo no caso de uma reação da sociedade por ter transformado o poder público em um covil de bandidos e ter transformado o país no paraíso dos Patifes. Essa covarde e sórdida estratégia tratou de conquistar em primeiro lugar os deserdados da Fraude da Abertura Democrática, milhões de vítimas da falência educacional e cultural entregues à própria sorte nos guetos que entopem as grandes metrópoles e no ambiente rural dos famosos “sem-terra”. Após subir no púlpito do estelionato eleitoral o PT tratou de conquistar as oligarquias e burguesias formadoras de opinião e detentoras do poder civil passível de ser organizado em uma contrarrevolução para tirar os bandidos do poder. Foi muito bem sucedido nas duas conquistas, especialmente na segunda, pois as “filas” de voluntários da patifaria que toma conta do país, para receber suas cotas do dinheiro roubado dos contribuintes estão dando voltas no “Palácio do Planalto” e seus tentáculos nos Estados e Municípios. No caso dos menos favorecidos bastou possibilitar avanços de renda com o dinheiro originário de uma extorsão fiscal sem precedentes – incentivando a vagabundagem e a indolência dos novos escravos do Estado – praticando um bilionário assistencialismo comprador de votos, fundamentado em recompensas de uma bolsa qualquer e um eventual emprego desvinculado de possibilidades de crescimento educacional e cultural, não excluindo dos benefícios assistencialistas, nem os piores bandidos ou assassinos que vivem na prisão, e que recebem, sem qualquer atividade produtiva, bem mais do que um professor do ensino médio ou um médico em início de carreira. Depois que os desgovernos civis humilharam e depauperaram as Forças Armadas, “importantes” militantes dessa sordidez chamada de petismo agora as perseguem de todas as formas possíveis, tendo essa ministra como ponto central da execução dessa suicida estratégia. Nossos comandantes militares, festejados em peso pela sociedade durante a intervenção em 1964, agora são simplesmente referenciados nos corredores da podridão do Covil de Bandidos como “milicos de merda”. Para assegurar seu projeto de poder faltava ao PT conquistar os não militantes pertencentes à classe média alta e o topo da sociedade representada pelas oligarquias e burguesias. Era a vez dos artistas, da academia, dos jornalistas, dos empresários e muitos outros com posições estratégicas nas relações público-privadas. A facilidade com que os canalhas esclarecidos foram conquistados pelo suborno político, moral e financeiro, a partir das impunidades dos mensaleiros entre outros tipos de canalhas da corrupção, surpreendeu até o PT, segundo fontes de dentro do partido. Depois da conquista do Poder Legislativo pelo mensalão, e do Poder Judiciário pelo suborno político, corporativista, moral e financeiro, tendo como âncora o domínio dos Tribunais Superiores, e a estrutura do poder público ter sido aparelhado com milhares de pagantes do dízimo petista, nosso Regime Republicano foi transformando, na prática, em um Regime Fascista Civil, passando o Poder Executivo a ter poderes praticamente ditatoriais, tudo isso acontecendo diante de uma sociedade idiota e imbecil, mórbida de coragem, dignidade, ética, cidadania e patriotismo. Com tudo isso, o PT ainda tem medo de uma reviravolta envolvendo setores do Judiciário, da Polícia Federal, da Polícia Civil e Militar, e mesmo das Forças Armadas – chamadas agora de milicos de merda –, que poderão juntas agregar forças para destituir o Poder Público mais corrupto de nossa história. Diante de tantas provas dos estelionatos eleitorais e de tantos escândalos de corrupção impunes, e com a impensável tomada do Poder Judiciário pelo submundo da corrupção, nenhum governo democrático do mundo deixará de reconhecer a validade jurídica de uma intervenção civil-militar no país, com posteriores eleições gerais após a punição rigorosa de todos os envolvidos. É aí que entra a “postura de direitos humanos” que tem interferido de forma crítica-hipócrita-demagógica na ação das forças policiais dos estados no combate ao crime organizado, ao tráfico, e ao consumo de drogas, colocando os governadores e prefeitos em saias justas de críticas nas suas ações de proteção aos cidadãos comuns da ação dos bandidos, principalmente os governadores e prefeitos que não são do PT. O PT está formando desde que assumiu o poder um exército de simpatizantes “bárbaros” para conter uma eventual tentativa de salvarmos o país das mãos do Covil de Bandidos. O exemplo da invasão e depredação de uma área do Congresso que ficou por isso mesmo foi apenas um exemplo do que pode acontecer se o mais calhorda político do país ordenar que seus bárbaros quebrem o país. É importante que os milionários e bilionários corruptos entendam que nenhum poder ou dinheiro, mesmo com o auxílio da tropa de choque dos bárbaros, conseguirá salvar os que acreditam que a sociedade do nosso país aceitará ser tratada durante muito mais tempo, como gado pastando onde o PT ordenar. Também não adiantará se esconderem em tubulações de esgotos de onde esses canalhas, ratazanas da corrupção, nunca deveriam ter saído. Nem mesmo aqueles que certas correntes do petismo qualificam como “milicos de merda” deixarão de ser julgados como covardes traidores do país por estarem permitindo que nossas Forças Armadas sejam humilhadas e desonradas, inexplicavelmente, de forma tão virulenta. “O mundo está em crise. Por sorte, o Brasil é uma das soluções para o problema. Portanto, não pode ser gerido pela autofágica incomPTência reinante. Para o bem e necessidade urgente da humanidade, nosso País não pode ser sacrificado pelo câncer que infesta, em metástase, com suas células criminosas, todos os três poderes em putrefação." (Jorge Serrão) *Texto por Geraldo Almendra.

'Embaixador' de Petrolina, ministro da Integração usa verbas para cacifar filho e mirar 2014




      Dirceu Ayres

Fernando Bezerra Coelho, que enfrenta crise por uso político de recursos da pasta, aposta no programa Mais Irrigação, do PAC, para ganhar a prefeitura do município e se projetar no Estado PETROLINA - Desgastado no Palácio do Planalto por ter privilegiado Pernambuco na distribuição de verbas federais, o ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) consolidou-se nos últimos dias como uma espécie de embaixador de Petrolina no governo federal. No município do sertão pernambucano, onde Bezerra pretende fazer o filho prefeito pela primeira vez, há poucos sinais da crise na qual o ministro mergulhou. No seu curral eleitoral, a abundância de verbas para o Estado - vista como uso político indevido pelo resto do País - rendeu pontos entre aliados e eleitores. Ministro Bezerra Coelho nega uso político e eleitoral de recursos da pasta Só nos últimos quatro meses, o ministro esteve cinco vezes em Petrolina, de acordo com sua agenda oficial. Na última visita, em 20 de dezembro de 2011, Bezerra assinou 16 ordens de serviço para a modernização de áreas irrigadas no município, no valor de R$ 35,7 milhões. O reduto de Bezerra, dependente de verbas federais sobretudo por conta das secas, foi “escolhido”, segundo texto do ministério, como o primeiro beneficiário do programa Mais Irrigação, que compõe a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2). No evento em que foram anunciadas as obras, Bezerra foi o protagonista, acompanhado do vice-governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSD). A cerimônia contou até com banda de forró, mas o prefeito da cidade, Júlio Lóssio (PMDB), que deve ser candidato à reeleição, enfrentando o filho de Bezerra, diz que não foi nem convidado. Bruno Boghossian, do estadão.com.br Agricultores de uma das regiões que serão beneficiadas contam que pedem há quase 20 anos a pavimentação de ruas para facilitar o escoamento da produção de frutas, mas jamais haviam conseguido atenção do governo. “Isso foi prometido muitas vezes, há muito tempo, mas nunca conseguimos nada. Agora que ele (Bezerra) é ministro, vai!”, comemora Inácio Fulgêncio Cavalcante, presidente da associação de moradores de Vila Esperança, no projeto irrigado N4. No núcleo de irrigação, ninguém torce o nariz para os privilégios dados pelo ministro a Petrolina e Pernambuco. “Tem que investir aqui mesmo, que é o Estado de origem dele”, diz Inácio. Dos R$ 35,7 milhões prometidos pelo ministro a Petrolina, pelo menos R$ 8,6 milhões serão investidos no projeto Nilo Coelho, batizado em homenagem ao tio de Bezerra, que foi senador e governador de Pernambuco.

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       Dirceu Ayres


Da coluna da Dora Kramer, hoje, no Estadão: "No artigo de sexta-feira sobre o tratamento ameno que a oposição dá ao ministro Fernando Bezerra, a razão apontada é a expectativa do PSDB de ter o governador Eduardo Campos (PE) como futuro aliado. Cabe acrescentar: Campos é sonho de consumo eleitoral não só dos tucanos, mas de todos os partidos. Será figura central das articulações para a eleição de 2014 e, por isso, alvo tanto de assédio quanto de ataques." Abaixo, matéria do mesmo jornal intitulada " O moderno coronel que controla o PSD": O governador Eduardo Campos, padrinho do ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) é jovem, habilidoso, transita entre forças políticas do governo e da oposição e desfila índices de aprovação popular que superam os 80% em Pernambuco com uns olhos azuis que fazem sucesso entre o eleitorado feminino. Mas vista de perto, a imagem de líder moderno se desfaz diante da movimentação típica de um coronel da política que é dono de partido, nomeia parentes e patrocina mudanças casuísticas da lei para permitir a reeleição ilimitada de aliados. A operação política montada para eleger sua mãe, deputada Ana Arraes (PSB-PE), ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) em 2011 jogou luz sobre os métodos arcaicos deste líder de 46 anos de idade, seis deles comandando com punhos fortes o PSB nacional. "O velho (Miguel) Arraes tinha limites em suas práticas coronelistas, o neto não tem nenhum", ataca o adversário mais ferrenho de Campos no Estado, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), um dos poucos que falam abertamente o que outros concorrentes e até alguns aliados só comentam em conversas de bastidor. O empenho do governador pernambucano para eleger a mãe está longe de ser um ineditismo de apego à própria família. Ele já conseguiu emplacar como conselheiros no Tribunal de Contas do Estado seu primo, João Campos, e um primo de Renata, sua mulher - o atual presidente Marcos Loreto. Coronelismo à parte, as diferenças entre Arraes e Campos vão para além da idade. Amigos do ex-governador dizem que o neto bem-humorado e de conversa agradável tem muito mais ousadia nas operações políticas que patrocina. Defendem a tese de que Arraes tinha "o limite da institucionalidade". Com o peso do Executivo, a constituição estadual já foi alterada três vezes para permitir seguidas reeleições do presidente e demais cargos da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa de Pernambuco. Guilherme Uchôa (PDT) assumiu a presidência da Casa em 2007 para um mandato único. Continua no cargo até hoje e, com a força da base aliada de Campos, conseguiu em 2011 uma nova mudança para permitir que concorra novamente. O resultado na votação mostra a folga de Campos na Assembléia. Foram 38 votos a favor e somente nove contrários. Isso mesmo com uma dissidência na base aliada. O PTB não concordou com a possibilidade de perpetuação de Uchôa. "Nossa constatação foi de que não se pode ficar mudando a constituição a toda hora para atender a alguns interesses", disse o senador Armando Monteiro Neto, presidente do PTB no Estado, ressaltando que a divergência já foi superada. Campos tem grande proximidade tanto com a principal liderança do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como com o provável nome do PSDB para 2014, o senador Aécio Neves. Aliou-se também a Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo e criador do PSD, e contou com a ajuda destes três personagens para conseguir eleger sua mãe ministra do TCU. O governador é apontado como nome provável em uma chapa presidencial para 2014. Resta saber se a imagem de novidade na política não será afetada com a exposição de práticas atrasadas. Até agora, diante de graves denúncias, somente dois ministros resistiram sem ser demitidos. Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que sumiu para não ter que dar explicações sobre a fortuna recebida de empresários sem prestar serviços. E agora Fernando Bezerra, da Integração Nacional, que pegou a verba contra catástrofes do Brasil e "distribuiu" para a família enterrar em municípios do seu Pernambuco. Os dois Fernandos estão sendo defendidos com unhas, dentes e até alguns pontapés pela presidente Dilma, em nítido tratamento vip e diferenciado. Já estão sendo conhecidos no Planalto como os "fernandinhos" da "poderosa chefona".E passam a compor o privilegado trio que foi instituído com a anistia concedida a Fernando Henrique Cardoso, em quem a "presidenta" não bate e não deixa bater.

A MINISTRA DA HIPOCRISIA.

MARIA DO ROSARIO

     Dirceu Ayres

A ministra que não tem e não sabe o que fazer, fala asneira sobre a cracolândia A sinistra PTralhuda dos direitos dus manus já enfiou sua fétida colher nas ações que a PM de São Paulo tem feito para dar um fim naquela vergonha nacional que se chama Cracolândia. Como era de se esperar, a Sinistra em vez de apoiar os atos do governo de São Paulo, veio à imprensa para criticar os métodos usados para a retirada dos "noias" da região. Já falou em desrespeito aos direitos dus manus, truculência e agressões por parte da PM paulista. Eu bem que gostaria de saber como é que a polícia retira um "noiado" da rua se não tiver que usar de uma certa energia. Todos sabemos que com um drogado, ainda mais de crack, o dialogo fica praticamente impossível, uma vez que o cara tá tão doidão, e não entende nada do que está passando a sua volta, geralmente ficam agressivos e paranóicos. Mas para essa sinistra, o certo seria a polícia vir à cracolândia e pedir gentilmente com a distribuição de rosas brancas e brindes para que os "nóias" se retirem do local. Essa sinistra tem um único objetivo na vida, a tal comissão da verdade, e todo e qualquer ato que ela vier a ter fora de seu objetivo tem sempre por intenção de se contrapor a qualquer atitude tomada por autoridades que não sejam da camarilha das Ratazanas Vermelhas. A sinistra esquece que a droga entra no país pelas fronteiras desguarnecidas, que SÃO de responsabilidade do DESgoverno Fedemal. E que os países que produzem as drogas que entram no Brasil são em sua maioria aliados ideológicos dos esquerdofrênicos que estão no poder. Ou seja, a droga vai continuar entrando e matando nossos jovens, mas a culpa é do governo do estado de São Paulo que está usando de truculência para lidar com os viciados.PTralha e canalha tem mesmo memória seletiva. Quem não se lembra quando a então cãdidata Dilmarionete Mamulenga vestiu uma camiseta da campanha do combate ao Crack? Então, após um ano de governo a Dentuça não fez porra nenhuma para combater o crack, mas tem sempre um vigilante e zeloso PTralha pronto para apontar o dedo para cima dos que finalmente resolveram se mexer. O problema do Brasil é simples, tem ministérios demais, ptralhas demais, vagabundos demais no governo, ideologia demais, hipocrisia demais e um povo cidadão de menos. Os "nóias" são responsabilidade em primeiro lugar, do DESgoverno Fedemal que não combate a entrada das drogas por nossas fronteiras, e o resultado é esse, os governos estaduais e municipais ficam com a conta e se não forem da base de apoio das Ratazanas Vermelhas, serão culpados por tudo. Se agirem é porque são truculentos, e se não agirem é porque são omissos. E no meio dessa hipocrisia ideológica um povo burro que não enxerga um palmo diante do próprio nariz, mas não quer saber de nada e chama a polícia quando um "noiado" está jogado em frente a porta da sua casa. É muita hipocrisia. (Texto por O mascate ) COMENTO: é extremamente difícil tecer considerações sobre gente burra e incapaz de gerir demandas do serviço público. Essa moça, hoje ministra, tenta fazer política ( aquela do contra, tão comum aos petistas) criticando quem tem a coragem de agir contra a doença que assola o mundo inteiro: O vício do crack. Ela, por sua vez, e seu Ministério, nada fazem. Cruza os braços e fica a criticar quem trabalha. O único órgão que ela mobiliza é a língua para criticar e injuriar pessoas que estabilizaram as instituições e prepararam o país para crescimento e melhoria do seu povo. Mas a inveja dos petistas é imensa. Tão grande quanto a sua canalhice e capacidade de mentir, injuriar e se apropirar das iniciativas, idéias e ações dos outros. Eles vivem disso: De falar, criticar, mentir e ocupar espaços na mídia vendida, sob os auspícios de bajuladores esquerdistas e nojentos que maculam a imprensa brasileira. Os improdutivos, retrógrados, mentirosos, ladrões de idéias e projetos além de fedorentos e hipócritas, não perdem tempo. E tem gente que ainda acredita nessa corja. São os imbecís. BLOG DO MARIO FORTES. O MASCATE.

O andor de Bezerra não vai livrar Pimentel da procissão dos pecadores federais


    Dirceu Ayres

O caso está encerrado, decidiram Dilma Rousseff e Fernando Pimentel, ambos grávidos de ansiedade pelo pronto engavetamento das histórias muito mal contadas que envolvem o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O caso está mais aberto que nunca, avisa o artigo de J. R. Guzzo na última página da mais recente edição de VEJA, reproduzido na seção Feira Livre. Como registra o texto, a chefe do Executivo ─ provavelmente animada com as festas da virada do ano ─ nomeou-se comandante também do Legislativo e do Judiciário para dispensar de quaisquer esclarecimentos aos três Poderes o velho parceiro de comunismo & clandestinidade. “Se quiser falar, ele fala”, resolveu o neurônio solitário. “Se não quiser, ele não fala”. Má idéia, alerta o texto de J. R. Guzzo. Se optar pela mudez seletiva, Pimentel vai anexar uma silenciosa confissão de culpa à pilha de provas e evidências que denunciam a presença, no primeiro escalão federal, de um ex-prefeito de Belo Horizonte que, antes de virar ministro, embolsou pelo menos R$ 2 milhões traficando influência fantasiado de “consultor”. Como a fila dos vigaristas federais não para de andar, o ministro e a presidente aparentemente acreditam que o andor ocupado por Pimentel na procissão dos pecadores já cruzou a zona de turbulência e foi substituído pelo que hospeda o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Logo saberão que se enganam. No momento, o inventivo pernambucano que combate inundações no Sudeste plantando barragens em currais eleitorais no Nordeste lidera a luta por espaço no noticiário. Mas o duelo será equilibrado pela iminente divulgação de outro lote de maracutaias protagonizadas por um ministro do Desenvolvimento que não consegue encontrar explicações para o próprio desenvolvimento financeiro. Caso tivesse juízo, Dilma aproveitaria a farsa da “reforma ministerial” para livrar-se do duplo abraço de afogado. Como a superexecutiva de araque não sabe a diferença entre manifestações de autoridade e chiliques de debutante que errou na escolha do vestido de baile, talvez prefira manter no emprego esses anões morais paridos pela Era da Mediocridade. Onde o país decente enxerga dois sócios remidos do clube dos cafajestes, Dilma vê um par de patriotas com a cara do Brasil que reinventou em parceria com o padrinho Lula. Faz sentido. Desde janeiro de 2003, as coisas mudaram muito nesses trêfegos trópicos. O cinismo eleitoreiro e a ganância de agiota, por exemplo, viraram virtudes. (Augusto Nunes)  MARIO FORTES