segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O PT, que dá a oposição como liquidada, estuda agora um futuro confronto com os evangélicos

 
     Dirceu Ayres


O fato mais importante da semana passada se deu na sexta-feira, em Porto Alegre. Seu protagonista é Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência e olhos, ouvidos e mão — pesada! — de Luiz Inácio Lula da Silva no governo. Carvalho é o homem que guarda os arcanos petistas, os seus segredos, os seus porões. Depois do Babalorixá de Banânia, é quem mais conhece o partido. Transita em todas as esferas, especialmente no mundo sindical — e o sindicalismo nunca foi para pessoas de estômago fraco. O de Carvalho é de avestruz. Não por acaso, ele foi o principal articulador do PT nos eventos pós-morte de Celso Daniel. Foi quem organizou a reação do partido e determinou o papel que cada um deveria desempenhar. Tinha sido braço-direito do prefeito. Segundo irmãos de Celso, confessou-lhes que levava malas de dinheiro do esquema de corrupção de Santo André para o PT — no caso, para José Dirceu. Ambos negam, é evidente. Mas volto. O evento mais importante foi a palestra de Carvalho a militantes de esquerda no Fórum Social de Porto Alegre. É aquele evento que contou, na sua fase palaciana, com a presença do terrorista e assassino Cesare Battisti, a quem os petistas deram guarida. Para Carvalho, no entanto, “terrorista” é a polícia de São Paulo… Esse foi o trecho politicamente mais delinqüente de sua fala, mas não foi o principal. Depois de confessar que o governo quer criar uma mídia estatal para a chamada “classe C” — que, segundo Carvalho, não poderia ficar à mercê da mídia conservadora —, ele avançou: é preciso fazer uma disputa ideológica com os líderes evangélicos pelos setores emergentes! Uau! Não pensem que isso é feito assim, na louca, sem teoria — nem que seja uma teoria aprendida, não exatamente lida. Esse pensamento de Carvalho tem história. Os petistas, embora não o digam em público, consideram que a oposição está liquidada. Conversei dia desses com um intelectual petista que se mostrava, até ele, escandalizado com a incapacidade da oposição de articular o discurso conservador para se opor ao suposto “progressismo” do PT. Ele também estranhava o que vivo estranhando aqui: será o Brasil a única democracia do mundo com medo dos eleitores que estão mais à direita no espectro político? Pelo visto, sim! Lá na suas tertúlias, os petistas chegam a zombar dessa covardia. Notem, a propósito, que os únicos momentos em que demonstram realmente alguma aflição e põem as suas hordas na rua é quando temem que a população adira ao discurso da ordem: então mobilizam seus bate-paus para confrontos com a polícia. Assim, podem sair gritando: “Fascistas!” Se e quando a oposição souber falar essa linguagem de modo eficiente e moderno, o PT pode ter problemas. Mas a aposta dos companheiros é que isso não vai acontecer. Tucanos, por exemplo, são reféns de sua “ilustração”. A outra força A força que o partido teme é justamente a religiosa. E, no caso, não é a Igreja Católica que os preocupa. Embora tenha cooptado o PRB — o partido da Igreja Universal do Reino de Deus, do auto-intitulado “bispo” Edir Macedo, dono da Record —, o PT sabe tratar-se de uma vistosa, mas pequena parte dos evangélicos. Seguindo os passos da teoria gramsciana, o “partido” tem de se consolidar como um “imperativo categórico”, de modo que toda ação concorra para fortalecê-lo. Mesmo os movimentos de crítica e reação hão de estar subordinados a este ente. Haver organismos, entidades, grupos ou religiões que cultivem valores fora do abrigo do partido é inaceitável. Os “pensadores” do PT querem começar a criar as condições para limitar ou anular a influência das igrejas evangélicas especialmente nas questões relativas a costumes. O projeto petista se consolida é com a completa laicização da sociedade, sem espaço para a moral privada ou de grupo. Teses como descriminação do aborto, legalização das drogas, união civil de homossexuais, proselitismo sexual nas escolas (nego-me a chamar de “educação” o tal kit gay, por exemplo) tendem a encontrar resistência. E as vozes que lideram essa resistência costumam ser justamente as dos evangélicos. Setores da Igreja Católica também reagem, sim, mas sabemos que a Santa Madre está infestada de esquerdistas de batina (ou melhor: sem batina!). Ora, conjuguemos as duas propostas de Carvalho, feitas no Fórum Social: ele quer o estado produzindo “informação” para a classe C justamente para disputar almas com os evangélicos. O PT chegou à fase em que acredita que pode também ser “igreja” — e seu “deus”, como se sabe, é o Apedeuta… Os petistas ainda não engoliram o recuo que tiveram de fazer em 2010, no debate sobre o aborto, por causa da pressão dos cristãos. Os cristãos evangélicos entraram no alvo de médio prazo do PT. Cuidem-se ou serão também engolidos. Por Reinaldo Azevedo

REPASSANDO

                  DIRCEU AYRES
Amigas e amigos, Estamos diante de um dos mais significativos momentos da história da Democracia deste país e parece que poucos estão percebendo isto, explico: Trava-se uma verdadeira batalha no Judiciário, pois pela primeira, repito, pela PRIMEIRA VEZ neste país varonil, alguém ousa investigar toda a SUJEIRA que há por debaixo deste tapete chamado Judiciário. Este poder que sempre foi, dos 3 que temos, o intocável. O CNJ, através de uma corajosa Corregedora, Ministra, Dra. Eliana Calmon, vem descobrindo as históricas sujeiras deste poder, em todas as suas esferas, inclusive dos mais altos magistrados da mais alta corte do país, e a reação vem então de forma avassaladora. Quando o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) começa a tornar público o resultado de suas investigações das diversas instancia do Judiciário, a mais alta corte, o Supremo, e as associações de juízes, reagem e querem CALAR a boca desta, que representa até então, a mais inteligente iniciativa para extirpar este Câncer de nossa sociedade, a corrupção, os abusos de poder, a impunidade, e a morosidade do Judiciário deste país. Eu não tenho dúvidas que, ao lado da EDUCAÇÃO, a JUSTIÇA, ambas com os piores predicados que poderíamos ter, são a FONTE PRIMEIRA e todos os demais males neste país. Um povo, uma sociedade que tem sua EDUCAÇÃO deficitária e sua JUSTIÇA lenta e corrupta, JAMAIS, repete, jamais, alcançará a Democracia plena e seu Desenvolvimento Social e economico pleno. Não adianta Copa do mundo, Olimpíadas, Pré Sal, balança comercial forte, nada disto, pois pelo contrário, ao ficar mais rico, ficaremos mais DESIGUALITÁRIOS, claro, pois esta riqueza adicional será acumulada por poucos. Simples assim: Sem EDUCAÇÃO e JUSTIÇA plenas, não há desenvovimento social sustentável. Será que ainda temos dúvidas sobre isto? E mais, não adianta ir às ruas, como vimos fazendo, para combater a corrupção, combater o excesso de carga tributária, combater a falta de segurança, porque estes problemas são sintomas, são conseqüências, são efeitos do mal maior, dos "cânceres" a EDUCAÇÃO e JUSTIÇA deficitárias. Logo, proponho uma verdadeira enxurrada de mensagens e posts para APOIAR a CORAGEM do CNJ através da Ministra Dra. ELIANA CALMON e sua Equipe, pois ela representa a nossa voz para iniciarmos a eliminação deste câncer, JUDICIÁRIO LENTO e CORRUPTO. Façamos a nossa parte pois do contrário, assim como a juiza Patricia Acioli foi ASSASSINADA no Rio por policiais que estavam sendo investigados por ela, mais uma mulher de CORAGEM será "assassinada" neste país, só que de uma maneira muito mais letal, será assassinada, calada, pelos Juízes. Quem os julgará? Façamos barulho. Façamos nossa parte em apoio ao CNJ e a Dra. ELIANA CALMON.Se você concorda com isto, replique este texto e envie aos seus Amigos. Estou tentando fazer a minha parte, faça a sua!!!

O PT perdeu a parada.

                   

    Dirceu Ayres


O PT perdeu esta parada! 82% dos paulistanos apóiam ação da PM na cracolândia. Povo gosta de lei e ordem; quem acha a bagunça uma fatalidade da democracia é intelectual pé-de-chinelo. A Folha publica hoje uma pesquisa Datafolha que evidencia que nada menos de 82% dos paulistanos concordam com a ação da Polícia Militar na Cracolândia. É mesmo, é? Algum leitor deste blog está surpreso? Quando classifico de “extrema minoria” esses burguesotes radicalizados — muitos deles usuários declarados de drogas — que vão queimar carne e neurônios da antiga cracolândia, há quem reclame: “Que preconceito!” Preconceito??? Se 82% estão de um lado, chamo de minoria os que estão do outro. Podem se manifestar? Ora, podem, sim, desde que não agridam direitos constitucionais, como o de ir e vir — que era desrespeitado justamente pelos antigos usurpadores daquela região da cidade. Ao contrário do que disseram alguns promotores, alguns defensores públicos, alguns militantes de ONGs que são proxenetas morais dos viciados e certos “intelectuais dos narcóticos”, a Polícia Militar levou o estado democrático e de direito à antiga cracolândia. É fácil demonstrar: hoje, na região há mais ou há menos artigos da Constituição e do Código Penal sendo respeitados? Para respondê-lo, atenção!, é preciso pensar também nos moradores do Centro que não eram e não são consumidores de drogas. São apenas a esmagadora maioria!!! O PT perdeu! Os proxenetas morais perderam! A esquerda incrustada no Ministério Público e na Defensoria perdeu. Achei um tanto curioso o lead da Folha porque, ou as palavras têm um sentido que não coincide com o do dicionário, ou há ali uma não-correspondência entre o texto e a realidade. Está escrito: “O bate-boca entre pré-candidatos do PT e do PSDB à Prefeitura de São Paulo sobre a operação da Polícia Militar na cracolândia não encontra eco entre os eleitores. Ouvidos pelo Datafolha na quinta e na sexta, 82% dos paulistanos concordam com a ação da PM para tentar desbaratar o tráfico e o consumo de crack na região central de São Paulo.” Como não??? Calma lá! O que não encontra “eco entre os eleitores” é a posição adotada pelo PT e por seu pré-candidato, Fernando Haddad, ora essa! Partido e agora ex-ministro atacaram a operação da cracolândia. Os tucanos a apoiaram de maneira clara e aberta, muito especialmente Andrea Matarazzo, em que pretendo votar, que aceitou fazer o debate. E com razão também particular para tanto: é um antigo defensor de uma intervenção firme na área e sempre enfrentou as falanges comuno-fascistóides da desqualificação. Que história é essa de “não encontra eco”??? O texto dá a entender que, nesse particular, estão todos em desconexão com a população e com o eleitor. E, obviamente, não é verdade. Aliás, no que diz respeito à Cracolândia, Haddad resolveu confrontar até os que têm o PT como partido de preferência: 83% apóiam a ação da PM; entre os tucanos, 90% — nos dois casos, acima da média da cidade. Outro que atacou a ação da polícia foi o neopeemedebista e ex-um-monte-de-coisas Gabriel Chalita. Sabem, né?, sempre é preciso chamar os “especialistas” para iluminar o debate. O sociólogo Renato Sérgio de Lima, secretário-geral do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, opina: “O paulistano gosta desse tipo de polícia que impõe mais rigor. Mas é necessário que ela seja controlada e transparente, para evitar abusos”.Huuummm… Não entendi… Nas outras cidades, a população prefere uma polícia menos rigorosa? Sim, claro, “controlada e transparente”! E não há “mas” nenhum, Lima! As polícias pouco rigorosas é que costumam ser opacas e descontroladas… Aí vem o “cientista político Fernando Abrucio: “O uso político da ação na cracolândia vai exigir muito cuidado. A classe média vai aplaudir porque considera que o problema está sendo enfrentado. Mas quanto tempo dura esse efeito midiático, de uma cracolândia limpa? Além disso, é preciso ver se os viciados não vão se espalhar, o que provocaria um efeito negativo”. O uso de um cortador de unhas exige cuidado, ou se fica sem a ponta do dedo. Embora a fala de Abrucio tenha muitas interrogações e afirmações oblíquas, entende-se que ele considera que a classe média apóia a operação mais do que os pobres — o que é mentira — e que a aprovação decorre da “operação midiática”, o que também é mentira: boa parte da imprensa paulistana atacou a decisão do governo e da Prefeitura. “Operação midiática” foi a que setores da imprensa, petistas e vagabundos da Internet promoveram CONTRA a PM. Quanto ao resto, dizer o quê? Os “viciados” já se espalharam, e é bom que tenham se espalhado. A intervenção naquela região não tinha o objetivo de acabar com o vício! Era necessário interromper o fluxo contínuo de drogas, oferecendo, como está sendo feito, chance de tratamento a quem quer se tratar. O objetivo era devolver a região à Constituição! E como a polícia de São Paulo é aquela “do rigor”, não uma espalha-bandido, traficantes foram presos. Não é trouxa A pesquisa evidenciou que a população é menos trouxa do que supõem alguns quase intelectuais. Dizem que os viciados — que a imprensa chama “usuários” — vão buscar drogas em outro lugar 82% dos entrevistados; 57% acham que não é possível acabar com o tráfico e o uso e crack. Viram? As pessoas não se iludem, não! Elas sabem que não é a PM que faz alguém deixar de ser viciado ou que o tráfico sempre vai existir. MESMO ASSIM, APÓIAM A PM NA CRACOLÂNDIA PORQUE NÃO QUERM SER MOLESTADAS NEM POR TRAFICANTES NEM POR VICIADOS. Os únicos que acham que viciados têm o direito de importunar a vida dos não-viciados, juntando-se em hordas, são intelectuais pés-de-chinelo, que estão longe das cracolândias, moram em bairros seguros e não hesitam, como é o certo, em discar o 190 quando ameaçados. Achar uma nova causa Os petistas tentam desesperadamente fazer do Pinheirinho uma causa porque não estão conseguindo ganhar a opinião pública. Tentaram com os desordeiros da USP. Não deu! Tentaram com a cracolândia. Não deu! Agora têm a nova causa. Desta vez, vêem até com o peso-pesado (eticamente, peso-leve) Gilberto Carvalho, que decidiu partir para o terrorismo político. Sim, trata-se de uma tramóia eleitoral. Que cada partido e cada líder seja devidamente ligado à sua obra! *Por Reinaldo Azevedo BLOG DO MARIO FORTES

82% apóiam ação da Cracolândia. Está explicado porque o terrorismo da esquerda mudou para o Pinheirinho?

                           DIRCEU AYRES
O bate-boca entre pré-candidatos do PT e do PSDB à Prefeitura de São Paulo sobre a operação da Polícia Militar na cracolândia não encontra eco entre os eleitores. Ouvidos pelo Datafolha na quinta e na sexta, 82% dos paulistanos concordam com a ação da PM para tentar desbaratar o tráfico e o consumo de crack na região central de São Paulo. Quando questionados que nota atribuem à operação, 72% dão seis ou mais. A nota dez foi citada por 28%. Entre as pessoas que têm o PT como partido de preferência, 83% concordam com a operação policial. A nota média foi 7,4. Os tucanos são ainda mais entusiastas: 90% concordam com a forma como a PM agiu e dão uma nota média de 7,9. Segundo estudiosos, isso reflete a demanda da população por uma polícia mais forte e atuante. "O paulistano gosta desse tipo de polícia que impõe mais rigor. Mas é necessário que ela seja controlada e transparente, para evitar abusos", afirma o sociólogo Renato Sérgio de Lima, secretário-geral do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A ação na cracolândia paulistana, conduzida pelos governos municipal (PSD) e estadual (PSDB), começou no dia 3, menos de um mês depois de o governo federal (PT) lançar seu plano nacional de combate ao crack. Houve denúncias de que tanto a PM colocada nas ruas de forma apressada quanto o plano federal tinham motivação eleitoral -PT e PSDB, principalmente, gostariam de usar na campanha a bandeira de combate à droga. Imediatamente, o tema mobilizou os pré-candidatos.Entre os tucanos, Andrea Matarazzo, secretário estadual de Cultura, afirmou que "o governo do PT consolidou o crack na região central [da cidade]", numa alusão à gestão municipal de Marta Suplicy (2001-2004). Já Fernando Haddad, pré-candidato petista, disse que a ação da PM foi "desarticulada", "desastrada" e "marcada pela repressão". Ao menos por enquanto, a cracolândia parece não ter afetado a intenção de votos na cidade. A questão é saber se o tema continuará na agenda eleitoral. "O uso político da ação na cracolândia vai exigir muito cuidado", afirma o cientista político Fernando Abrucio. Segundo ele, é claro que num primeiro momento ela favorece o governo estadual. "A classe média vai aplaudir, porque considera que o problema está sendo enfrentado. Mas quanto tempo dura esse efeito midiático, de uma cracolândia limpa? Além disso, é preciso ver se os viciados não vão se espalhar, o que provocaria um efeito negativo", diz Abrucio. Os paulistanos estão certos de que irão se espalhar. Para 82% dos ouvidos, os usuários buscarão a droga em outra região da cidade. Os entrevistados são também céticos com relação a uma solução definitiva para o problema -57% afirmam que não é possível acabar com o tráfico e o uso de crack na cidade de São Paulo.Nesse ponto, os tucanos são mais pessimistas: 68% são descrentes. Mas a maioria, independentemente do partido de preferência, isenta os poderes públicos pelo problema. Para 24%, os culpados são os próprios usuários. Os traficantes vêm em segundo lugar (22%). Depois aparecem o governo estadual (16%), o federal (14%) e a prefeitura (6%).(Da Folha de São Paulo)