terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Cuba, a grande mentira.



       Dirceu ayres

Cuba nunca deixou de constar, de alguma forma, da agenda da política externa brasileira. Mesmo, é claro, quando, na ditadura militar, a ilha era a materialização da ameaça comunista próxima à fronteira. Por uma dessas contingências irônicas da História, o general presidente Ernesto Geisel chegou a ficar do mesmo lado de Fidel Castro na defesa do MPLA na descolonização de Angola. Veio o início da redemocratização, em 1985, e, logo no ano seguinte, com José Sarney na presidência, as relações diplomáticas entre os dois países foram reatadas. Não havia mesmo motivo para mantê-las congeladas. Até por complementaridades econômicas, a mais evidente delas a especialização dos dois países na agroindústria canavieira. O tema ganharia forte tonalidade político-ideológica em 2003, com a chegada a Brasília, na caravana vitoriosa do PT, de militantes com fortes laços com Havana, alguns do círculo de amizade dos irmãos Castro. Passou a existir altoteor de passionalidade no trato com a ilha. Como o antiamericanismo feroz é traço do DNA da esquerda latino-americana, a política externa brasileira foi reciclada para atuar nesta frequência. Daí deriva, entre outros, o erro estratégico da aposta, com todas as fichas, na Rodada de Doha, para compensar o bombardeio da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), malquista por ter se originado em Washington, numa operação de que a Argentina kirchnerista e o Brasil lulopetista participaram com grande alegria, sob aplausos do caudilho Hugo Chávez e do ditador Fidel. No fim, o Brasil e parceiros no Mercosul ficaram sem Doha e sem Alca. Até mesmo em questões sensíveis como direitos humanos e, dentro deles, a condução de situações delicadas como o asilo político, o Brasil desconsiderou a longa tradição de profissionalismo do Itamaraty. Foi assim na inominável deportação de dois lutadores de boxe cubanos, Guilhermo Rigoundeaux e Erislandy Lara, competidores no Pan do Rio, em 2007, cujo pedido de asilofoi negado, quando estava no Ministério da Justiça Tarso Genro, atual governador do Rio Grande do Sul. Para completar o desatino, o repatriamento foi feito, de forma sugestiva, em avião venezuelano (!). Os dois, felizmente, conseguiram depois escapar de Cuba. Lula, ainda presidente, desembarcar em Havana na morte de um prisioneiro político em greve de fome, deixar-se fotografar com Raúl e Fidel como velhos companheiros em férias no Caribe, e, na volta ao Brasil, comparar os detidoscubanos por delitos de opinião a presos comuns é uma excrescência, se vista do ângulo dos direitos humanos, mas coerente com a visão ideológica míope desta geração de filhos de Fidel. O mesmo viés explica o fato de a presidenteDilma Rousseff, também em viagem à ilha, equiparar o tratamento abjeto dado a islâmicos acusados de terrorismo, presos na base americana de Guantánamo, aos crimes da ditadura cubana. São questões diferentes. O descumprimento da própria legislação americana na base é inaceitável, e isso pode ser criticado livremente nos Estados Unidos. O mesmo não ocorre com uma ditadura de pouco mais de meio século que transformou Cuba em grande prisão. Se a democracia e os direitos humanos são fundamentais para a Humanidade — e são —, nada pode justificar um regime que os desrespeite. Sequer alegados avanços sociais. Mesmo porque as sociedades mais avançados são as em que há mais liberdade. Se há tantos avanços, por que Cuba não abre as fronteiras? ( O Globo) BLOG DO MARIO FORTES

ATENDENDO PEDIDO PESSOAL DE LULA, TRÊS MÉDICOS BRASILEIROS PARTICIPAM DE JUNTA MÉDICA QUE AVALIA ESTADO DE SAÚDE DE CHÁVEZ

         

   Dirceu Ayres

Rosto inchado pode ser conseqüência de esteróides para dissimular os efeitos da doença. Médicos teriam desaconselhado uso da droga. Em seu blog Nota Latina (link permanente aqui no blog), Graça Salgueiro que se dedica a análise de temas latino-americanos, como sugere o próprio título de seu blog, escreveu um post abordando o agravamento estado de saúde do caudilho Hugo Chávez. Na seqüência postou, traduzido para o português, o artigo do jornalista Nelson Bocaranda Sardi, que está no site do jornal venezuelano El Universal. Em post aqui no blog, logo abaixo, reporto-me às informações que Nelson Bocaranda veiculou pelo Twitter quando já era alta madugada desta segunda-feira. Mais tarde seria editado o artigo que Bocaranda escreveu em sua coluna RunRunes, oportunidade que, coincidentemente, também fez a reprodução, como fiz, de seus twitts. Faço a transcrição de seu artigo traduzido por Graça Salgueiro que pode ser também lido AQUI no original em espanhol. Para ler o post completo no Blog Nota Latina o leitor deve clicar AQUI. Neste seu artigo intitulado no original "Barinas e Cuba com a tensão Desbocada por questionamentos graves sobre Hugo Rafael Chávez Frías", Bocaranda observa que três médicos brasileiros confrontaram os exames de Chávez a pedido do ex-presidente Lula da Silva. Outra revelação: Chávez vem usando esteróides, o que talvez explique o inchaço de seu corpo que se reflete no rosto como tem mostrado fotos recentes do caudilho. Leiam: Em vista de que foi todo um dia, ou melhor, todo um fim de semana carregado de rumores sobre a saúde presidencial, quis contribuir com alguns dados confidenciais com os quais me deito esta noite após haver contactado minhas fontes na ilha de Cuba, desde Miami. As mesmas fontes que me permitiram conhecer e revelar o padecimento de um câncer por parte do presidente venezuelano Hugo Rafael Chávez Frías, no passado mês de julho de 2011. Seguindo com meu respeito pelo paciente e sua enfermidade, demonstrado nestes meses e reconhecido pelo próprio paciente “impaciente”, quero fazer constar estes cinco tweets que passei na madrugada e que nos dão uma idéia do que está acontecendo na capital cubana. Várias vezes escrevi nestas páginas e em minha coluna de El Universal que o mandatário não levou a sério nem os médicos, nem os familiares e nem sequer seu octogenário mentor Fidel Castro, quanto ao repouso requerido para superar os estragos da enfermidade e o devastador efeito da quimioterapia. Pior ainda é o fato de que Chávez, para competir e atacar o candidato opositor eleito nas primárias democráticas, fez esforços sobre-humanos aplicando-se esteróides para dissimular sua enfermidade, e fazer crer a seus seguidores que está com saúde e inteiro para ganhar por outros seis anos a presidência venezuelana Um trio de médicos do Brasil, que a pedido expresso do ex-presidente Lula da Silva confrontaram seus informes com outros médicos que cuidam de Chávez - entre os quais estão três cubanos, dois espanhóis e um venezuelano de ascendência judia -, recomendaram ele parar de imediato com o uso desses esteróides pelo dano colateral que estavam causando. Devemos lembrar que nos planos anunciados desde agosto passado, tinha-se previsto a retomada do tratamento com quimioterapia em março - menos aconselhável após as 4 doses já colocadas - ou com radioterapia em órgãos específicos, se fossem atingidos pela enfermidade. A revisão que se faz em Cuba - visita à ilha que Chávez anunciou no dia de sua aparição após as primárias opositoras desde Cidade Bolívar na comemoração do Discurso de Angostura, assinalando que viajaria para preparar com Raúl Castro dois encontros futuros como a Cúpula da ALBA e outra reunião -, serve para avaliar se há possibilidade ou não de outra operação. As distintas publicações desde o jornal Miami Herald e outros diários globais, referindo que a enfermidade não se havia detido senão que, pelo contrário, avançou, deu margem a todo tipo de especulações no fim de semana. Copio o que informei esta madrugada. Que esta nota adicional sirva como apresentação dos tweets enviados.

Duas bobagens do imaginário político: Kassab não tem voto e Serra será punido pelo eleitor por abandonar prefeitura.

            
     Dirceu Ayres


Sobre a primeira bobagem... Em 2004, enfrentando Marta Suplicy (PT), José Serra (PSDB) obteve, no segundo turno, 54,86% dos votos. Em 2008, concorrendo contra a mesma adversária, Gilberto Kassab (DEM) ultrapassou 60% dos votos. Usando a velha e boa matemática, o desempenho de Kassab foi quase 10% melhor do que o obtido por Serra, sendo ele próprio o vice. Este é o capital próprio de Kassab, no mínimo. O seu valor agregado. Somando os 10% com a máquina de R$ 36 bilhões da Prefeitura, a bancada de vereadores e uma intensa campanha publicitária, Kassab tem os votos que decidirão a eleição na cidade. Sobre a segunda bobagem... Em 2004, a cidade de São Paulo elegeu Serra como prefeito com 54,86% dos votos. Em 2006, após ter renunciado ao cargo para concorrer ao governo do Estado, o tucano obteve 53,08% dos votos paulistanos e venceu a eleição no primeiro turno. Em 2010, concorrendo à presidência da República, José Serra obteve 53,64% dos votos da maior cidade do país. Nunca Serra obteve menos de 50% dos votos na cidade. E, salvo engano, 50% mais 1 continua sendo o número para ganhar eleição até mesmo contra inimigos na trincheira. Então que babaquice é esta de que a cidade de São Paulo tem mágoa por Serra ter renunciado ao cargo de prefeito? A cidade tem é o maior orgulho do seu maior político, tanto é que continua votando nele, na mesma proporção, em qualquer eleição. A conclusão é que Serra e Kassab, juntos, são imbatíveis em São Paulo, por mais que alguns tentem criar "lendas urbanas" em cima da baixa aprovação de um e de cobranças que o eleitorado fará sobre o passado do outro. Alckmin já sentiu o peso da dupla e amargou um terceiro lugar na eleição paulistana de 2008, com míseros e ralos 22% dos votos. Parece que, finalmente, acordou. É bom que fique esperto para não ter que trocar o governo do Estado pela prefeitura de Pindamonhangaba em 2016. Por isso, a solução mais lógica sempre foi aquela que antecedeu a bobajada das prévias tucanas. Afif como prefeito, Matarazzo como vice e o partido unido em torno da chapa que manteria intocada a aliança vencedora que governa a cidade. Em 2014, Alckmin teria o apoio de todos para o governo do estado, tendo uma reeleição tranquila. Kassab poderia optar entre ser o seu vice ou senador. E Serra estaria liberado para concorrer à Presidência da República. A ilusão de certo tucanato aecista e alckminista de que poderiam destruir José Serra e Gilberto Kassab em um só lance criou a situação que aí está, que coloca a todos sobre o fio da navalha. Todos os que deveriam estar unidos correm imensos riscos futuros. Todos perdem anéis, mas alguns, com toda a certeza, também perderão os dedos. E não será Lula.

O velho tucano e seus filhotes.


                     

      Dirceu Ayres

É impressionante. Agora uma parte do tucanato prega a renovação dos quadros partidários por intermédio de prévias kamikase. Preferem perder a cidade de São Paulo em nome de um rejuvenescimento por meio de lideranças inexpressivas (eleitoralmente), evocando a força de uma militância que não reúne 100 pessoas para protestar contra um "golpe" em si mesma. Tudo isso para destruir José Serra por tabela, em função de um indicador absolutamente irrelevante: a sua idade. Tudo isso para abrir espaço matando o único nome que pode derrotar o PT em 2014, com remotissimas chances, diga-se de passagem. Vejam o paradoxo. Estes mesmos tucanos reverenciam e dobram a espinha para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que recentemente completou 80 anos em meio a uma festa cujo mote foi a recuperação do seu "legado", que não teria sido defendido e teria sido a principal causa das derrotas amargadas contra o PT. A partir daí, cada palavra dele, que por sinal mais trouxeram danos do que consertaram as quebraduras causadas no passado, viraram norte, rumo, indicativo de modernidade. Santo Deus! É bom que se registre que nunca na história deste país alguém esqueceu que FHC criou o real, a lei de responsabilidade fiscal, as privatizações e domou a inflação. Ocorre que o seu segundo mandato foi uma lástima, fazendo com que o ex-presidente completasse o seu ciclo com aprovação baixíssima, em meio a uma crise econômica que minou tudo o que ele havia realizado, além de estar estigmatizado pelo fisiologismo por ter criado a reeleição e por não ter sabido, como maior líder, defender as privatizações. Sim, porque o grande culpado não foi Serra, foi FHC. Ele que não teve força e liderança para sustentar os seus atos. O PT criou a campanha "Fora FMI, Fora FHC", unificou o discurso, fez oposição dura, suja, virulenta, enquanto os tucanos brigavam pelos despojos e pelo botim do real, cada um agarrado no seu pequeno feudo estadual. Derrota anunciada, pois. Até desejada pelo sociólogo que gostou de entrar para a história entregando o poder para um operário metalúrgico. Hoje os jornais publicam depoimentos duros de Eduardo Graeff, o ex-secretário e porta-voz de FHC. Xico Graziano, assessor executivo do IFHC. Fábio Lepique, coordenador de Juventude da campanha FHC em SP (1998) e Assessor da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Governo FHC (1999 – 2002). Simplesmente fecham a porta para que Serra seja o candidato do partido na cidade de São Paulo, porque Serra não se manifestou há alguns meses. Não há proposta para que as tais prévias sejam canceladas. Na verdade, sempre deixam a porta aberta, desde que Serra venha de joelhos, implorar a vaga, mesmo sendo o maior patrimônio eleitoral do partido, com direito a disputar qualquer cargo por aclamação. O velho FHC está, como sempre, em silêncio. Assim como ficou escondido comodamente enquanto destruíam o seu "legado". Mas os seus arautos estão na rua, fazendo a sua parte. Novamente, preferem entregar o poder para o metalúrgico que, afinal de contas, está por trás de tudo. Não vamos esquecer que um dia a arrogância de FHC já entregou a maior cidade do país para um doido chamado Jânio Quadros. Belo legado! Sobre Arnaldo Madeira, que hoje deu entrevista ao Estadão não deixando brecha alguma que não sejam as prévias, a Folha de Sao Paulo escreveu em 1998: Consta no PFL que, antes de nomear o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) líder do governo na Câmara, o presidente Fernando Henrique Cardoso escreveu o nome de quatro políticos em um pedaço de papel. Em seguida, como sempre faz nessas horas, FHC consultou o presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães. Além do nome de Madeira, estavam no papelucho os seguintes possíveis líderes, todos tucanos: Aécio Neves, José Aníbal e Pimenta da Veiga. ACM fez um "x' em três nomes, deixando inalterado o de Arnaldo Madeira ...Com Arnaldo Madeira, FHC consolida a presença tucana no posto. E homenageia Mário Covas, que tem estreitas ligações com Madeira. " Todo mundo tem que estar renovando sempre. Como dizia o Chacrinha, quem não se comunica se trumbica. Quem não renova se trumbica também " (Fernando Henrique Cardoso, novembro de 2011)



Os Antibrasileiros

                                DIRCEU AYRES
Artigo no Alerta Total – http://www.alertatotal.net Por Aileda de Mattos OliveiraUma análise ligeira do perfil caracterizador das mulheres que formam o esquadrão ministerial da presidente impressiona pela semelhança de comportamentos, de vocabulários e, interessante salientar, de semblantes, por espelharem a dureza de suas almas, empedernidas pelos recalques da vida. Mulheres estranhas! A ideologia que alimenta esses pobres espíritos é tal uma fôrma que molda o caráter de cada uma dentro de uma mesma linha de fabricação. Daí, a produção em série. Excetuando-se a apagada Ana de Hollanda, as demais assemelham-se às chefes de disciplina em orfanatos de crianças, na Inglaterra do século XIX.O azedume que se estampa nas faces dessas mulheres, o voltarem-se para a negação do ser e não para a sobrevivência dele são sinais indicadores de que a obsessão doutrinária, a lavagem cerebral, a despersonalização de si mesmas são os fatores que as levaram a abraçar causas tortas que se opõem à natureza das coisas.Declararem-se a favor de desvios morais, a fim de fazer crer que a igualdade de natureza sexual é idêntica à igualdade de direitos e deveres como cidadãos, é manipularem a letra da lei; é afrontarem os sentimentos da sociedade, é desvirtuarem as naturais tendências de cada pessoa, é levarem-na à degradação. Aproveita-se essa gente da ignorância e da alienação, estados deploráveis em que, infelizmente, a sociedade teima em permanecer.Não tenho simpatias por padres nem por nenhuma das alas da Igreja, principalmente a CNBB, contudo, não posso deixar de reproduzir as palavras do bispo de Assis (SP), D. José Benedito Simão, presidente da Comissão da Vida, deste mesmo segmento da Igreja. Sendo ele lutador em prol da vida, revidou as palavras da ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Política para Mulheres, já que é defensora da prática do aborto, logo, da morte. Diz o bispo, segundo o ESTADÃO.COM. BR (Política), em 13/2/2012: A ministra “é uma pessoa infeliz, mal-amada, e irresponsável” que “adotou uma postura contra o povo e a favor da morte”.A escolha dessa ministra foi um dos muitos erros de dona Dilma por manter-se arraigadamente com um pé no passado, o que justifica ser o seu governo retrógrado, por congregar à sua volta elementos incapazes, de uma época que não deseja considerar ultrapassada. Injetou no seu pensar, ter a obrigação de trazer de volta a escória de seus antigos “aparelhos”, para tirar uma lasca do poder e, com ele, do dinheiro público. O que se estranha é que a Secretaria destinada a uma política para as mulheres seja dirigida por estranha mulher, com estranha filosofia de vida (ou de morte). Aliás, traz desconfiança qualquer entidade, departamento, ministério, instituição que tenham, na sua designação, uma identificação especificadora de sexo, etnia ou religião. Uma Secretaria destinada a mulheres, também não é uma discriminação? Não é a maneira dissimulada de considerar as mulheres dependentes do Estado e, portanto, peças maleáveis nas mãos ásperas do governo? Não é uma forma de manipular as de baixa renda e obrigarem-nas a abortarem ou a outro ato abominável qualquer? Toda a atenção será pouca em relação às atividades desta Secretaria, e acompanhar quais ações vão ser postas em prática é um dever e, como tal, não se pode relegar. Afinal, a própria ministra declarou ter aprendido a prática de fazer aborto, em 2004, sem ser médica. Ainda a mesma fonte anterior (ESTADÃO.COM. BR), em 14/2/2012, informa que “a ministra afirma que foi para a Colômbia aprender a fazer aborto pelo método Amiu (Aspiração Manual Intrauterina). O mais grave nesta informação é que “Segundo ela, (continua o jornal virtual) a entidade feminista da qual participava tinha como objetivo "autocapacitar" mulheres para "lidar com o aborto", mesmo sem conhecimentos de medicina.” Isto faz lembrar o nazismo.O que pretende esta Secretaria fazer com as mulheres, de pouco ou nenhum conhecimento sobre as conseqüências que recairão no seu próprio corpo? Que sanha é esta de destruição da vida humana?Quais argumentos terão as autoridades para fechar clínicas clandestinas, os chamados “açougues”, se a própria ministra agiu (ou age) clandestinamente? Quem tem poder, pode? Quem não tem, dane-se? Afinal, a lei é ou não aplicável a todos?Será possível que essa presidente atabalhoada não acerte a mão, pelo menos uma vez? É imperioso que busque em centros de inteligência alguém mais equipado intelectualmente e de mãos limpas, já que dentro de suas hostes a qualidade de recursos humanos é precária.É igualmente imperioso que reconheça, o quanto antes, a pobreza de espírito dos que a rodeiam, o que lhe concede, e ao Lula, o galardão de governantes que reuniram o maior número de ministros e assessores incompetentes e corruptos, na história política brasileira, tanto no campo do desvio do dinheiro público, quanto no desvio dos mais caros valores da dignidade humana. Neste, então... Como o Brasil agüenta, não se sabe. Aileda de Mattos Oliveira éProf.ª Dr.ª em Língua Portuguesa. Articulista do Jornal Inconfidência. Membro da Academia Brasileira de Defesa.

PT: Kassab or not Kassab.

                
    Dirceu Ayres


O movimento de aproximação feito pelo prefeito Gilberto Kassab em direção ao PT, por ora suspenso enquanto o ex-governador José Serra (PSDB) decide se entra na campanha eleitoral, deflagrou um embate entre setores petistas e o grupo que hoje circunda o ex-presidente Lula . Em jogo ainda latente está a disputa pelo controle dos rumos que deve tomar a pré-candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. Oficialmente, quem decide o destino do barco haddadista é o conselho político da pré-candidatura, que conta com 27 integrantes e tem feito reuniões mensais para avaliar cenários e delinear estratégias. Na prática, porém, uma batalha surda vem sendo travada entre o grupo petista favorável e o contrário à aliança. O grupo que quer o acordo com o PSD de Kassab, e que até o recuo do prefeito contava cada vez mais com ele na chapa, já revê a estratégia que tinha em mente para desorganizar o campo tucano, mas também atrair os setores médios e conservadores que tradicionalmente rejeitam o PT na capital. De orientação mais pragmática, os petistas kassabistas avaliam que, sem o prefeito, a campanha terá de montar uma agenda específica voltada para a atração do empresariado e de grupos religiosos. O PT pró-Kassab está temeroso de que a entrada de Serra unirá na órbita tucana parte importante dos grupos econômicos em disputa, além dos líderes evangélicos com mais capacidade de mobilização de eleitores.Nos bastidores, esse grupo classifica como “ingênuos” os setores petistas contrários ao alinhamento com Kassab e avalia que o PT que torce o nariz para o prefeito “não tem ideia” da força dos setores conservadores que vão se mobilizar na disputa. De outro lado, os segmentos petistas que esperam com cada dia mais vigor que Serra entre na disputa para que leve Kassab junto com ele – a órbita haddadista na ponta de lança – viu com espanto a aproximação do prefeito e torce para que ele se distancie definitivamente. Integrantes desse time lembram que a tese de revisão da estratégia ora defendida pela cúpula petista – a órbita lulista à frente – foi derrotada em reunião do conselho político. Esse grupo analisa que a entrada de Kassab na chapa tira não apenas de Haddad o discurso de oposição, mas de todos os candidatos a vereador. O grupo antikassab avalia que uma derrota de Serra seria mais acachapante para os tucanos e comprometeria o projeto do governador Alckmin para 2014 do que a derrota de um dos quatro pré-candidatos que estão hoje colocados na disputa – Andrea Matarazzo, Bruno Covas, José Aníbal e Ricardo Trípoli. (Estadão)