quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

E no desfile da Gaviões.....



   Dirceu Ayres


O EX jogador e resmungão, Neto.... O EX presidente do curintxá, o PTralha com cara de areia mijada, André Semsanches...(esse trocadalho foi do carilho) A EX premeira Muda e atual italo nipônica, Maritza Letitia. E para completar a quadrilha, só faltou mesmo o EX Presidente Defuntus Sebentus que não foi porque não estava no Canadá e tem medo de vaias!!! Com um time desses na avenida, o que mais a Gaviões queria? Sétimo lugar ficou até bom demais para essa escola. E se o estatuto da liga das escolas de samba de SP for seguido a risca. A Gaviões tem que ser expulsa, pois sua torcida promoveu desordem, violência e quebra quebra. Mas....como no Brasil do jeitinho tudo sempre tem uma maneira de ser contornado, certamente a Gaviões vai permanacer nos desfiles, pois a expulsão mais a péssima apresentação da escola na avenida, somados ao que a torcida aprontou, certamente vai esbarrar na campanha do PT para a prefeitura. E como sabemos que no Brasil do PT nada é sério, toda essa presepada vai acabar em pizza de marmelada. Perder o carnaval fazendo homenagem para bandoleiro, R$5.000.000,00. Botox suficiente para transformar a Premera Muda em japa, R$ 15.000,00 Ser expulso do carnaval de SP, não tem preço. E para o resto existe o cartão corporativo.... E no mais.... PHODA-SE!!!! http://o-mascate.blogspot.com/

JORNALISTA BRASILEIRO QUE ANTECIPOU PIORA DO CÂNCER DE CHÁVEZ REVELA QUEM SÃO OS VERDADEIROS MENTIROSOS!

                        

      Dirceu Ayres

Quando a cabeça não ajuda, o corpo paga! O jornalista Merval Pereira, em seu blog no site do jornal O Globo faz novas revelações sobre a doença de Hugo Chávez que conduzem a uma conclusão: face aos avanços da medicina Chávez poderia ter logrado um melhor resultado do tratamento do câncer se optasse por clínicas modernas. Tem respaldo financeiro para se tratar nos melhores hospitais do mundo! Mas optou pelas precárias instalações de hospital cubano por conta de sua demência ocasionada pela idiotice de sua revolução bolivariana. No seu último post agora à tarde em seu blog, o jornalista Merval Pereira informa o seguinte: "Acabei de saber de mais uma exigência do presidente venezuelano Hugo Chavez para vir se tratar no Hospital Sírio e Libanês em São Paulo: ele queria que seu serviço de segurança tivesse acesso à ficha de qualquer cidadão norte-americano que estivesse internado no hospital, ou que viesse a sê-lo enquanto estivesse por lá em tratamento...". Em suma, Chávez condicionou seu tratamento no Hospital Sírio Libanês desde que essa clínica fosse literalmente interditada para que só ele, Chávez, permanecesse no seu interior com a equipe médica. Não estamos diante de um ditador com câncer, mas sim frente a um homem enlouquecido pelo poder e que perdeu o último fio de razão. Tomara que minha intuição esteja completamente errada. Mas Chávez poderá pagar com a própria vida pelo seu ato de loucura.Transcrevo abaixo e com link ao final, o post escrito por Merval Pereira. Aliás, foi Merval quem antecipou acertadamente, conforme divulgamos aqui no blog, que médicos brasileiros haviam confrontado os exames de Chávez. Nessa ocasião intuiram que o câncer poderia ter piorado, como de fato piorou, tanto é que o caudilho deverá ser operado neste domingo em Cuba, ou a qualquer momento. Leiam o texto de Merval Pereira: O caso da doença do presidente venezuelano Hugo Chávez é exemplar dos transtornos que um regime quase ditatorial pode causar na sua tarefa cotidiana de esconder os fatos e manipular informações. O jornalista Nelson Bocaranda, com prestígio consolidado na Venezuela depois deter dado no ano passado o furo jornalístico sobre o tratamento do câncer de Chávez em Cuba, foi atacado ferozmente por ter postado em seu blog e divulgado pelo twitter na segunda-feira que Chávez havia retornado a Cuba, acompanhado de vários parentes, inclusive sua mãe. A notícia de que o estado de saúde de Chavez havia piorado foi negada pelo governo de maneira peremptória, e o Ministro da (des) Informação, Andrés Izarra, disse que ela fazia parte de uma "guerra suja da escória". O líder governista no Congresso, Diosdado Cabello, chegou a afirmar que Chávez estava saudável, dizendo também pelo twitter que "Bocaranda está doente na alma”. Da mesma maneira, depois que na quinta-feira publiquei no meu blog (Blog do Merval.com.br) que o quadro de saúde de Chavez havia piorado, com informações de médicos brasileiros que haviam analisado exames do presidente da Venezuela indicando a possibilidade de metástase em direção ao fígado, Maximilien Arvelaiz, pomposamente intitulado “embaixador da República Bolivariana da Venezuela no Brasil”, enviou carta ao GLOBO afirmando que “o tratamento contra um câncer, pelo qual o presidente Hugo Chávez foi submetido em 2011, foi exitoso, estando o presidente gozando de boa saúde”. O embaixador bolivariano chega a ser inadvertidamente irônico ao afirmar a certa altura de sua mensagem que via na notícia “uma falta de transparência no texto ao reproduzir o falso diagnóstico creditado a “médicos” que não possuem nem identidade”. Além de demonstrar que nada conhece sobre o jornalismo em um país democrático, onde se pode preservar o sigilo da fonte, chega a ser risível o representante de um país que esconde todos os fatos relacionados à doença de seu presidente falar em “falta de transparência”. Ainda mais quando se sabe que Chavez deixou de se tratar no Brasil por que não foi possível aceitar suas exigências de sigilo absoluto. O presidente venezuelano, com o espírito ditatorial que lhe é próprio, queria interditar dois andares do Hospital Sírio e Libanês em São Paulo e colocar o Exército para tomar conta do hospital, revistando todos os visitantes. E ainda proibir a divulgação de boletins médicos. A rejeição de Chavez ao Hospital Sírio e Libanês justifica-se, do ponto de vista autoritário, justamente pelo sistema aberto de informações, que fez com que fosse revelada até mesmo a presença do pára-normal João de Deus no hospital, para um tratamento espiritual a Lula paralelamente ao tratamento oficial. A falta de transparência na Venezuela é tanta que até o momento não se sabe oficialmente em que local do corpo de Chavez está localizado o primeiro tumor. Sabe-se que poderia estar na “região pélvica”, talvez no colo do reto, mas não há mais detalhes. Da mesma maneira, as informações sobre o segundo tumor, que obrigará Chavez a fazer uma outra operação em Cuba – em São Paulo, sendo as exigências as mesmas,continua impossível, mesmo que as condições técnicas sejam melhores – saíram até agora apenas da boca do interessado, o próprio Chavez. Na véspera de viajar para Cuba para os exames que confirmaram que ele tinha um novo tumor, Chavez apareceu em público para negar a notícia que eu havia divulgado pelo blog, e depois no GLOBO de papel, afirmando que o câncer “se fora” de seu corpo. Assim como, quando regressou de Cuba depois da primeira operação, declarou-se “curado”. Quando o presidente venezuelano diz que não se trata de uma metástase, mas de um novo tumor encontrado no mesmo local do anterior, não temos nenhuma evidência médica para comprovar. Pode ser o que os médicos chamam de uma “recidiva local”, quando um tumor surge nomesmo lugar do que foi extirpado, ou pode ser um efeito do processo de metástase. Há outras hipóteses, como a levantada pela agênciade notícias Reuters, de que Chavez sofre também de síndrome da lise tumoral (SLT), complicações metabólicas que podem ocorrer após o tratamento de um câncer, mais comum em linfomas e leucemias, que podem causar, entre outras coisas, insuficiência renal aguda. A quimioterapia pode precipitar a síndrome, mas o tratamento com esteróides também pode ter como consequência a SLT. O jornalista venezuelano Nelson Bocaranda disse em seu blog que o presidente Hugo Chavez estava usando esteróides ultimamente para mascarar os sintomas da doença, tentando uma aparência mais saudável. Os esteróides atacam também o fígado, podendo até mesmo provocar câncer. Todas essas especulações se devem apenas à falta de transparência com que o governo venezuelano, à maneira de todas as ditaduras, trata a doença do Presidente, como se ela não fosse um assunto de interesse público. A maneira mais fácil para um governo democrático acabar com as especulações sobre a saúde de um presidente é a divulgação integral dos exames médicos, o que dissiparia quaisquer dúvidas. Nos casos do ex-presidente Lula e da presidente Dilma, as informações médicas foram dadas com a transparência possível até o momento. Mesmo os médicos brasileiros que tiveram acesso aos exames de Chavez, alguns a pedido do próprio Lula, não tiveram permissão para ver todos eles e analisaram peças isoladas, como se montassem um quebra-cabeça. Na Venezuela, o twitter não pára com gozações sobre “os verdadeiros mentirosos”, o ministro da Comunicação Social Andrés Izarra e o lider no Congresso Diosdado Cabello, “os chavistas desinformados”. Mas é surpreendente como temos “chavistas desinformados” também aqui no Brasil. Do Blog de Merval Pereira

De volta ao Samba do Crioulo Doido. Ou: Urucubaca luliana mostra a Gaviões por que não se deve ser pombinha do PT

                       

   Dirceu Ayres


De volta! Fim do ziriguidum, mas ainda neste clima de carnavalização da política, de samba-do-crioulo-doido em que estão transformando — ou transfugando?, se me permitem o neologismo — a política brasileira. O único pecado abaixo do Equador é pertencer à oposição. Nesse ritmo, ainda acaba “proclamada a escravidão, lá iá lá iá lá ia”…Viram o espetáculo deprimente na apuração do resultado do desfile das escolas em São Paulo? Os partidários da Império da Casa Verde e da Gaviões da Fiel eram os mais exaltados. E o pau quebrou, sendo necessária a intervenção dos Unidos da Lei e da Ordem, mas com a devida moderação, ou os petralhas acusam o governo de São Paulo de “militarizar o Carnaval”… Se as pessoas descontentes não puderem, vamos ser modernos, trollar o processo, onde está a democracia, não é mesmo? Precisamos dar vivas à intervenção direta, ao fim da fantasia, ao fogo na alegoria (isso é uma alegoria)! Chegando em casa, este novo ser político deve se armar com um micro, um celular, um iPad — qualquer um desses instrumentos criados pelo maldito capitalismo para oprimir os excluídos — e trollar também os sites, blogs e páginas pessoais de adversários reais ou supostos. Precisamos de um mundo sem mediação, de ação direta, sem oponentes, como queria Ernst Röhm, antes de ser contido por Hitler, o progressista, lá iá lá iá lá ia…Vi fotos de Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, e de Marisa Letícia — a Mulher do Homem — num carro alegórico da Gaviões da Fiel. Mais alguns anos, e chegaremos, finalmente, ao século 19. A nova aristocracia manda a República às favas, lá iá lá iá lá ia. E se apodera das esferas pública, privada e estatal. Como naquela música do sambista Chico Jabuti, “Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal…” A Gaviões — e eu espero que o meu Corinthians um dia se liberte dos “grilhões que nos forjou o ardil astuto da perfídia” —, movida pelo mau espírito da sujeição encomiástica, tentou rapinar o Carnaval de São Paulo em ano eleitoral, levando à avenida um samba-enredo ideológico: “Verás que um filho fiel não foge à luta - Lula, o retrato de uma nação”. Nono lugar antes de a bandidagem trollar a apuração. Os trouxas ainda não perceberam que nada viceja à sombra de Lula a não ser o partido; o resto murcha, decai e morre, lá iá lá iá lá ia. Lula já privatizou o processo democrático brasileiro — daí que seu instituto pretenda criar o “Memorial da Democracia”, em terreno que Gilberto Kassab, eleito com votos anti-Lula, pretende doar àquela entidade privada. Já no título da pantomima-enredo, privatizam-se, a um só tempo, um verso do Hino Nacional e a torcida do Corinthians. Os Acadêmicos do Nariz Marrom, que lotam nossas universidades, sempre de joelhos para o petismo, deveriam seguir os passos de seus colegas argentinos rendidos ao Casal Kirchner e iniciar um movimento de revisão da história, de extinção dela talvez. Declare-se 2003 o “Ano Um” do Brasil. Em tempo: as escolas de samba recebem grana do município: R$ 27 milhões só neste ano. Não sei que parcela coube à Gaviões. O fato é que, também nesse particular, há evidente uso de dinheiro público com propósito político-partidário. “Ah, Lula já é um figura que pertence à história”. Uma ova! Assim seria se assim fosse. Ele não está em casa cuidando de suas memórias, mas na ativa, organizando os palanques do PT Brasil afora, muito especialmente o de São Paulo. Tanto é assim que foi ele a oficializar a aproximação de Kassab com o PT, iá lá iá lá ia… Não haver uma cláusula — no regulamento da Liga das Escolas ou nos critérios de concessão de dinheiro público — que impeça a exploração político-eleitoral do desfile corresponde a se expor à rapinagem. E assim foi. E, mais uma vez, a urucubaca luliana recaiu sobre aqueles que se colocaram de joelhos. Não chega a ser uma determinação da natureza, mas é uma constante sem exceção: é assim que se firma uma… urucubaca! O filme “Lula, O Filho do Brasil”, por exemplo, foi um fiasco. Não obstante, acabou selecionado pelos puxa-sacos para concorrer a uma indicação ao Oscar. Ninguém deu bola. Quem quer que se aproxime para se contaminar com a “sorte” do “Homem” colhe os efeitos contrários. Vejam esta foto: Por Reinaldo Azevedo

SE UM HAMAS ERA RUIM, DOIS É PIOR

                        

      Dirceu Ayres


Cisão no grupo terrorista palestino complica o já atribulado conflito árabe- israelense De boas intenções, o inferno e o Oriente Médio estão cheios. Desde que revoluções populares começaram a derrubar ditadores na Tunísia, no Egito e na Líbia, há um ano, diplomatas árabes passaram a marcar reuniões para sanar as divergências entre os grupos que dirigem os dois territórios palestinos: o partido laico Fatah, que governa a Cisjordânia, e o grupo islâmico Hamas, no comando da Faixa de Gaza. Desde 2006, a participação do Hamas em ambos os governos atravanca as negociações de paz com Israel. O primeiro país a se candidatar para intermediar a briga foi o Egito, com o moral em alta após a queda de Hosni Mubarak. Depois, foi a vez das monarquias da Jordânia e do Catar de tentar uma reconciliação. Um a um, os acordos viraram poeira no deserto. Hamas e Fatah continuam rivais. A novidade é que agora existem dois Hamas. O primeiro é o do exílio, com sede na Síria e liderado por Kalid Meshal. De Damasco, ele comandava as brigadas Al-Qassam, seu braço armado e terrorista. Seus membros eram protegidos pelo ditador sírio Bashar Assad. Apesar de o Hamas ser da corrente muçulmana sunita e de Assad ser alauita, considerada uma vertente do xiismo, ambos tinham algo em comum: viviam do dinheiro enviado pelos aiatolás iranianos para fazer frente a Israel. O segundo Hamas é o que governa a Faixa de Gaza desde 2007, quando seus soldados deram um autogolpe e mataram mais de uma centena de rivais do Fatah. O racha no Hamas se deu em meados do ano passado. O governo de Assad já havia assassinado milhares de cidadãos quando o Irã pediu que o grupo palestino apoiasse o regime sírio. Meshal e sua turma se recusaram a endossar o massacre de sunitas, anulando assim a aliança circunstancial com o Irã e a Síria e voltando-se para a fidelidade de tribo. Como reprimenda, os cheques iranianos sumiram. O escritório do Hamas em Damasco foi abandonado e Meshal tornou-se mais moderado. Nas conversas diplomáticas, ele reconheceu as fronteiras palestinas da maneira como preveem os tratados da ONU – o que representa uma aceitação tácita de Israel – e falou em reduzir a hostilidade em relação ao estado judeu. Já o primeiro-ministro em Gaza, Ismail Haniyeh, do segundo Hamas, reafirmou o objetivo de destruir Israel e até reprimiu uma manifestação de palestinos indignados com a matança de sunitas na Síria. As promessas de Meshal no exterior não têm valor algum para esse Hamas. Há duas semanas, no Catar, onde se estabeleceu após sair da Síria, Meshal apertou as mãos de Mahmoud Abbas, do Fatah. Os dois prometeram criar um governo conjunto em que Abbas acumularia os postos de presidente e de primeiro-ministro da Autoridade Palestina. O acordo foi rechaçado pelo outro Hamas. O líder religioso do grupo em Gaza, Mahmoud Zahar, desautorizou Meshal e disse que ninguém no território tinha sido consultado previamente. Na semana passada, Ismail Haniyeh foi ao Irã para reafirmar os laços com a teocracia xiita e obteve o compromisso do líder supremo, Ali Khamenei, e do presidente, Mahmoud Ahmadinejad, de ter todo o apoio necessário para seguir na luta contra Israel. Khamenei ainda alertou o palestino sobre infiltrações de agentes do Fatah em seu grupo. Gaza continua assim como um posto avançado e um depósito de munições do Exército iraniano, que pretende usar o território em uma guerra contra Israel – um cenário cada vez mais provável, considerando-se a recusa do Irã em suspender seu programa nuclear e a disposição de Israel de impedir a construção de um arsenal atômico persa. Na semana passada, o Irã inaugurou 3 000 novas centrífugas para produzir urânio enriquecido, o combustível da bomba. Quando o Hamas assumiu o poder na Faixa de Gaza, especulava-se que talvez a necessidade de governar obrigasse o grupo a ser mais pragmático e, portanto, moderado. Mais preocupante era a atuação do seu braço exilado, que longe das responsabilidades do cotidiano poderia se apegar à ideologia e às táticas terroristas. Os fatos das últimas semanas indicam que ocorreu o contrário. O Hamas no exterior negocia, e o Hamas no governo se arma. Triste é saber que quem agora opta pela moderação não é ouvido por aqueles que teriam condições de pôr essa nova postura em prática. A resposta para essa reviravolta está nos ventos que sopram do Irã. (VEJA - 18/02/2012)

MITOS E EQUIVOCOS.



     Dirceu Ayres

As avaliações sobre a recente privatização de três aeroportos brasileiros têm misturado duas coisas: a questão política, enfatizada pela maior parte da oposição e retomada pelo PT, e a da forma e do conteúdo do processo. Ao contrário do que se propalou as privatizações dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Campinas (Viracopos) não são as primeiras dos governos do PT. Basta lembrar as espetaculares privatizações na área do petróleo, lideradas pelo megainvestidor Eike Batista, sob a cobertura da lei aprovada no governo FHC - alterada recentemente para pior -, e na geração e transmissão de energia elétrica. Outra ação privatizante digna de menção ocorreu nas estradas federais, a qual fracassou, não obstante o clima de comemoração na época. Fez-se a concessão de graça, pôs-se pedágio onde não havia, mas os investimentos não chegaram, as estradas continuam ruins e o governo federal só faz perdoar as faltas dos investidores. Um modelo furado, que pretendia ser opção vantajosa ao adotado por São Paulo, com vista a dividendos eleitorais em 2010. O padrão petista de privatização chega ao dinheiro público. O governo faz concessões na área elétrica e as subsidia, via financiamentos do BNDES e reduções tributárias. Não se trata de dinheiro do FAT, mas tomado pelo Tesouro à taxa Selic, repassado ao BNDES a custo bem inferior. Outro exemplo é o da importante e travada Ferrovia Transnordestina. O governo está pagando quase toda a obra, com dinheiro subsidiado, mas a propriedade da concessão é privada. Quem banca a diferença? O contribuinte é lógico. Quem faz a filantropia? Os governos petistas, cujas privatizações são originais, ao incluírem grandes doações de capital público ao setor privado. O outro grande exemplo - felizmente, ainda virtual - é o do trem-bala Rio-São Paulo, projeto alucinado que poderá custar uns R$ 65 bilhões, a maior parte de recursos diretos ou indiretos do governo federal e até mesmo dos Estados, via renúncia fiscal, ou dos municípios, que teriam de fazer grandes obras urbanas. O governo quer bancar também os riscos operacionais do empreendimento: se houver número insuficiente de passageiros, o Tesouro comparecerá para evitar prejuízo para o empreendedor privado! Para alguns representantes extasiados da oposição, com as concessões dos aeroportos, "finalmente o PT se rendeu à privatização", como se este governo e o anterior já não tivessem promovido as outras que mencionamos. Poderiam, sim, ter lembrado o atraso de pelo menos cinco anos na entrada do setor privado na atividade aeroportuária - atraso ocorrido quando a agora presidente comandava a infraestrutura do Brasil. As manobras retóricas do petismo são toscas. O primeiro argumento, das cartilhas online e de grandes personalidades do partido, assegura que não houve "privatização" de aeroportos, mas "concessão". Ora, no passado e no presente, os petistas chamavam e chamam as "concessões" tucanas (estradas em São Paulo, telefonia, energia elétrica, ferrovias, etc.) de "privatização". Os PT argumenta ainda que a Infraero mantém 49% das ações de cada concessionária. Isso é vantagem? Em primeiro lugar, a estatal está pondo bastante dinheiro para formar o capital das empresas sob controle privado - sociedades de propósito específico (SPEs) - que vão gerir os aeroportos. Além disso, vai se responsabilizar por quase metade dos recursos investidos, sem mandar na empresa. Mais ainda: pagará 49% da outorga (preço de compra da concessão) de cada aeroporto. O total de outorgas é de R$ 25 bilhões, número comemorado na imprensa e na base aliada. Metade disso virá do próprio governo, via Infraero! Isso sem contar os fundos de pensão de estatais, entidades sob hegemonia do PT, que predominam no maior dos consórcios, ganhador do Aeroporto Franco Montoro, em Guarulhos. Tais fundos detêm mais de 80% do grupo privado que comandará o empreendimento! A justificativa de que a Infraero obterá os recursos para investimentos e outorgas da própria concessão é boba - até porque ela já está investindo nas SPEs e vai sacrificar seus retornos. De mais a mais, quais retornos? As outorgas são obrigatórias, enquanto as receitas são duvidosas. A receita líquida do aeroporto de Guarulhos foi de R$ 347 milhões em 2010. A bruta, R$ 770 milhões. A outorga dessa concessão será paga em 20 parcelas anuais de R$ 820 milhões... Mesmo que a receita líquida duplicasse, de onde iriam tirar o dinheiro para os investimentos? No caso de Brasília, a outorga exigirá cerca de 94 % da receita líquida... Com razão, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), favorável, como eu, às concessões, ponderou: "Com o que sobra é possível entregar a qualidade desejada? Difícil. Difícil até mesmo operar com os baixos níveis atuais, pois sobrará para as concessionárias muito menos dinheiro do que a Infraero tem hoje". O que poderá acontecer? As possibilidades são várias: mudanças nos contratos, revisão, para cima, de tarifas, atrasos nos investimentos necessários, subsídios do governo e prejuízos para os cotistas dos fundos. Tudo facilitado pela circunstância de que a privatização (um tanto estatizada) tirará o TCU do controle e transparência de gastos com aeroportos... Existe ainda um erro elementar e pouco notado. De todos os consórcios que entraram no leilão foi exigida a participação de uma operadora internacional de aeroportos. Mas os consórcios onde estavam as boas operadoras perderam a licitação. E as operadoras internacionais dos grupos que ganharam são de segunda linha... A Presidência da República reclamou disso, como se não fosse o governo o responsável. O correto teria sido as operadoras internacionais serem introduzidas depois da licitação. Cada consórcio vencedor convidaria então uma operadora, a ser aprovada previamente pelo governo como condição para a homologação da concorrência. É uma sugestão que pode ser adotada nos futuros leilões. Por ora, fica o leite derramado... *EX-GOVERNADOR E EX-PREFEITO DE SÃO PAULO JOSÉ SERRA - O Estado de S.Paulo

TUDO É CARNAVAL O “MICO” DE UMA NOMEAÇÃO

                      
       Dirceu Ayres


Em pleno carnaval milhões de ignorantes, idiotas, imbecis, covardes, omissos, e canalhas esclarecidos deixam de lado o fato do país já ter sido transformado em um Paraiso da Patifaria para cair na orgia de uma festa que já perdeu suas verdadeiras conotações culturais para transformar-se em um processo generalizado de quase devassidão de costumes, excetuando-se ainda muitos blocos de rua em que famílias ainda se reúnem apenas para divertirem-se. Uma festa que também já virou uma “rota de fuga” para milhares de turistas endinheirados livrarem-se das amarras de valores morais e éticos dos seus países de origem para entregarem-se aos encantos de prostitutas nativas de todas as classes sociais que “doam“ seus corpos em troca de muitas “verdinhas” de $100 – que pode dar até em casamento com otários que somente pensam com a cabeça de baixo. Muito felizes também devem estar os donos e as donas dos famosos “books”, para que os prostitutos e as prostitutas de outros países, que vem curtir nosso carnaval, sejam recebidos com ofertas de carnes bronzeadas ou musculosas, e para que as “recepcionistas” de camarotes possam ser escolhidas a dedo. Já no início da “suruba” carnavalesca, foi publicado no Diário Oficial do Município a nomeação do ex-ministro Carlos Lupi – aquele mesmo – para o cargo de Assessor Especial do gabinete do Prefeito Eduardo Paes. Mesmo que a ordem para essa nomeação tenha vindo do chefe geral da máfia da corruptocracia fascista que domina o poder público, o “mico” no ano de eleições municipais tendia a ser grande demais para o caminhão da patifaria oficial, sendo assim a nomeação teve que ser desfeita. Essa é a cara da distribuição de cargos no “orgasmograma” do Estado em qualquer de suas prostitutas versões: federal, estadual e municipal. Essa é a cara do prefeito do Rio que de combatente do mensalão deixou cair as cortinas do seu circo de mentiras ideológicas e abraçou sem pudor sua verdadeira causa: servir como mais um tentáculo do projeto petista de transformar o país em uma Cuba Continental. O Rio virou um canteiro de obras para construir uma “Nova Cidade” e fazer novos milionários com as “comissões” de obras sem licitação ou com licitações questionadas pelo Tribunal de Contas. O “caixa” para as próximas eleições municipais está ficando cada vez mais “gordo”. Para azar do Prefeito o ex-ministro não pode, pelo menos oficialmente, oferecer sua larga competência em gerir contratos do poder público com empresas privadas ou organizações “sem fins lucrativos”. Vamos aguardar as eleições no segundo semestre para testemunhar mais uma demonstração do grau do apodrecimento educacional e cultural do país: a vitória de centenas de patifes, mentirosos, ladrões, corruptos, levianos e “outros” para continuarem fazendo os contribuintes de palhaços e imbecis do Circo do Retirante Pinóquio. Geraldo Almendra 20/02/2012