quinta-feira, 1 de março de 2012

NEM MACHO NEM BOIOLA


                        

      Dirceu Ayres

Os anos 60 foram marcados pela liberdade sexual, pela ideologia de igualdade, pelo exercício da paz e do amor e pela busca de igualdade entre os sexos. A mulher queria deixar de ser objeto e abrir mão da condição de mocinha subjugada. Era o começo da tentativa de acabar com o machismo e o macho dominante. Mas se as mulheres soubessem que isso ia dar em tanta boiolagem talvez nem tivessem começado o movimento. Nada a ver com gays. O que não dá é esse homem neo-boiola que não é nem homem e nem gay. É um enrustido do armário, escondido atrás de suas inseguranças. O tipo que faz strip tease pra si mesmo diante do espelho e ainda escolhe a música de fundo. Parece mulher. Não dá. É o tal que gasta metade do salário em cosméticos e a outra metade com tratamento de beleza. Esse tipo que só pensa em implante de silicone nas nádegas e no peitoral, que usa calcinha de lycra ou seda no lugar da cueca, que faz lipo todo mês e depila com cera quente. Tudo em nome da auto-estima e da saúde. Desde quando saúde tem a ver com tirar a sobrancelha e usar anel no dedão do pé? Esse ex-machão que virou casaca e fica contando calorias em todas as refeições e ainda pede gelatina diet de sobremesa gelatina diet é a coisa mais boiola do mundo. Pode ser machismo da minha parte, pode ser uma postura retrógrada, tanto faz. Mas a coisa está piorando a cada dia. Acabei de ouvir um comentário de amigos que está sendo contaminado pelo neo-boiolismo. No meio de uma transmissão esportiva o locutor deu receita de refeição light, dizendo que ele saiu para comprar uma pescadinha branca, que comeu com ervas e tomate com um pouquinho de azeite, enaltecendo as baixas calorias da refeição. Que é isso minha gente!? Falar de baixas calorias no meio de um clássico de futebol no Pacaembu pelo amor de Deus. Faça alguma coisa! Sei lá, coça o saco, cospe pro lado, limpa o nariz na mão e depois limpe a mão na calça, palita os dentes com a ponta de uma faca peixeira, joga uma sinuca no bar, faça qualquer coisa, mas tome uma atitude de macho! Macho à moda antiga, tipo analista de Bagé, pra ver se dá uma compensada! Cuida que ainda tá no começo E agradece a Deus por você ser totalmente careca porque se você tivesse cabelo ia ser sério candidato à escova definitiva de formol! Ou de chocolate! Esta é uma tirada com certo humor e não tem o intuito de ofender nenhum boiola, macho, machão, gay, lésbica, transexual, transgêre, gigante, anão, comentarista, blogueiro, leitor ou qualquer outro ser humano em geral. E, Não terá muita dificuldade de mostrar que ser macho não é tão difícil assim. Vire peão improvisado, monte nem que seja em um jumento (por cima lógico), vá à praia, aproveite para nadar um pouco, não precisa exibir sua musculatura com esses extraordinários bíceps, simplesmente tome banho de Mar e de Sol, uma caipirinha cai bem, tome seu transporte e GO HOME, vá descansar. Se nem é Macho nem Boiola, fica na tua porque ceder as tentações?. Em uma dessas tentações resolve experimentar o falo e pronto, lascou-se, Oe comentários de quem é entendido fala que esse tal de falo vicia e você vai entrar na “ferramenta. Se gostar vai estar muito feliz e se não gostar (O que é muito difícil), esqueça, deixe pré lá.

Manifesto dos Clubes Militares

                                

       Dirceu Ayres

Em sinalização de como os militares da reserva estão digerindo a instalação da Comissão da Verdade, presidentes dos três clubes militares publicaram um manifesto censurando a presidente Dilma Rousseff e atacaram as ministras dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e da Secretaria das Mulheres, Eleonora Menicucci, por supostas críticas dirigidas à caserna. Reportagem especial: Conversas com Mr. Dops A carta, embora assinada por oficiais da reserva, traduz a insatisfação de militares da ativa, que são proibidos de se manifestarem. Eles se queixam de Maria do Rosário por supostamente estar questionando a Lei da Anistia e da titular da pasta das mulheres por “críticas exacerbadas aos governos militares”. Os militares reclamam que Dilma, como comandante em chefe das Forças Armadas, deveria ter repreendido suas auxiliares, e não ter aplaudido o discurso de posse da nova ministra das mulheres, endossando suas palavras supostamente contra a categoria. “Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da Presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo”, diz a nota. Ao se queixarem da postura da ministra Maria do Rosário, os militares citam que ela deu declarações na qual “mais uma vez asseverava a possibilidade de as partes que se considerassem ofendidas por fatos ocorridos nos governos militares pudessem ingressar com ações na Justiça, buscando a responsabilização criminal de agentes repressores, à semelhança ao que ocorre em países vizinhos”. Na nota, os presidentes dos clubes Militar, Naval e da Aeronáutica reclamam de Maria do Rosário alegando que “mais uma vez esta autoridade da República sobrepunha sua opinião à recente decisão do STF”, que rejeitou a revisão da Lei. “A Presidente não veio a público para contradizer a subordinada”, criticaram. Jornal O Estado de São Paulo.Vindo dos Pampas


Justiça chega mais perto do chefe da sofisticada organização criminosa do mensalão.

                            

      Dirceu Ayres

A dupla José Dirceu e Waldomiro Diniz: companheiros siameses. O ex-presidente da Loterj Waldomiro Diniz foi condenado pela juíza Maria Tereza Donatti, da 29ª Vara Criminal do Rio, a 12 anos de prisão por corrupção passiva e ativa e crime contra a lei de licitações, segundo informa a coluna de Ancelmo Gois, publicada no GLOBO desta quinta-feira. Ele deverá pagar ainda multa de R$ 170 mil. A decisão ocorre na mesma semana em que o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso em uma operação da Polícia Federal contra caça-níqueis. Representante do consórcio Combralog, Carlinhos Cachoeira recebeu uma pena de oito anos e deverá pagar multa de R$ 85 mil. Pivô do primeiro escândalo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Waldomiro pediu propina a Carlinhos Cachoeira, em negociação flagrada em vídeo, em 2004. A divulgação das imagens resultou na demissão de Waldomiro, um dos principais assessores do então ministro da Casa Civil José Dirceu à época. Cachoeira tentava entrar no perigoso mercado do jogo no Rioe buscava cooptar o ex-presidente da Loterj. Mas as imagens de Waldomiro pedindo 1% de propina a Cachoeira tiveram impacto e chamaram a atenção para outras atividades do então subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil. As investigações iniciadas depois da divulgação das gravações puseram em xeque um milionário contrato da Caixa Econômica Federal com a empresa americana GTech e enfraqueceram a posição de Dirceu no governo. (O Globo)

Militares sob "censura" - Um comentário

                            

     Dirceu Ayres


Parece - me que o governo petista começa a errar onde alega que os militares erraram: censurando e punindo. Diariamente, os noticiários nos mostram pessoas morrendo às portas de hospitais; falta de médicos e medicamentos em hospitais onde impera a propaganda; cadeias que são verdadeiros depósitos de presos de fazer inveja a Auschwtiz ; crianças caminhando léguas para ir à escola; outras catando sua dose diária de nutrientes e proteínas em lixões de periferias; favelas onde se amontoam milhares de famílias sendo incendiadas, tudo isso, e muito mais, Brasil afora levando a crer que o maior genocida do país é o Estado. Assim, parece um tremendo contra censos ou a existência de mais interesses escusos, mais um entre as centenas de escândalos que corroem o país, a existência de uma secretaria de Direitos Humanos, nas mãos de uma autoridade que na aparência parece instilar raiva a todo instante, instalando uma comissão da verdade, para punir " desvios ocorridos noscitados direitos em certo período da história do Brasil". Alegam que os cidadãos têm direito à verdade, embora os supostos detratores das garantias individuais, como Instituição, detém os maioreis índices de aprovação justamente por quem teria sido oprimido por uma " ditadura sanguinária". Afirmam que as Forças Armadas de hoje não são as mesmas de antes. Oras, não são mesmo. Assim como a sociedade também não é a mesma. Ou vamos voltar no tempo para alguns segmentos e para outros não? Aqueles que imaginam que isso possa fazer parte da evolução das sociedades nacionais podem estar cometendo um tremendo erro de avaliação, pois ao condenar o passado - abrindo armários onde imaginam haver esqueletos -,pode - se estar correndo o risco de deixar "ovos de serpente", entre os que atualmente integram o presente das Instituições armadas. Os militares de hoje que porventura pensem que somente serão levados aos tribunais velhos moribundos, não devem se esquecer que amanhã novos moinhos de vento podem ser imaginados e, bem, o efeito Orloff é bastante conhecido neste país. Fácil entender que a tal comissão da verdade pode estar atacando aqueles que justamente garantem a existência dela. Ou será que cumprem, sem ao menos saber, os ditames subliminares de um imperialismo que condenavam, desarmando o Brasil em corações e mentes? Seria algo como um mafioso tentando prender e punir seus próprios guarda-costas. Ou o dono de um pittbull que todo dia espanca o animal até que um dia este o morde. Mas.... *Marco Antonio dos Santos - Professor e empresário, por e-mail, via resistência democrática BLOG DO MARIO FORTES

Dilma aposenta a vassoura: PR e PDT, demitidos por malfeitos, vão ganhar ministérios de volta para apoiar o PT.

                         

     Dirceu Ayres

A presidente Dilma Rousseff pretende concluir o mais rapidamente possível as mudanças no primeiro escalão do governo, resolvendo assim a situação do PR e do PDT no Executivo. A ideia inicial de Dilma era acabar com essas pendências até o fim desta semana, antes de viajar à Alemanha. No entanto, as crises envolvendo a cúpula do Banco do Brasil e os militares (ver página A8) podem atrapalhar os planos do Palácio do Planalto. Enquanto a situação não é definida, os dois partidos ameaçam unir forças à oposição na disputa pela Prefeitura de São Paulo, maior colégio eleitoral do país e eleição considerada estratégica pelo PT. O PR tenta derrubar Paulo Sérgio Passos do comando do Ministério dos Transportes, que substituiu o senador Alfredo Nascimento (AM), presidente da sigla, após uma série de denúncias de irregularidades. Desde então, o partido adotou uma postura de independência no Congresso por não ter sido ouvido por Dilma antes da mudança. Já o PDT quer indicar logo um substituto para Carlos Lupi, que também foi demitido do Ministério do Trabalho devido a denúncias. Para o senador Blairo Maggi (MT), é possível o PR aderir à candidatura do tucano José Serra a prefeito de São Paulo. O partido faz parte da coalizão que dá sustentação ao prefeito Gilberto Kassab (PSD), que apoiará Serra, argumentou. "Se nós não fizermos parte da base, não somos base do governo, nós somos livres para qualquer negociação em qualquer lugar. Não é só em São Paulo, tem outros locais também que a gente tem interesse", afirmou Maggi. "O PR tem uma posição: se ele é governo e está dentro do arco de alianças, está dentro da base, tem compromissos com o governo e é muito mais tranquilo seguir com as parcerias com o PT nos outros lugares." O PR apresentou ao Palácio do Planalto quatro sugestões para o cargo de ministro dos Transportes: os deputados Luciano Castro (RR) e Milton Monti (SP), o ex-senador César Borges (BA) e o vereador de São Paulo Antonio Carlos Rodrigues. Os nomes ainda são analisados pelo governo. O PDT, por sua vez, vive um clima de disputa interna. Os nomes cotados para chefiar o Ministério do Trabalho são os dos deputados Vieira da Cunha (RS) e Brizola Neto (RJ), além do secretário-geral da sigla, Manoel Dias. Diante do impasse, no Planalto não é descartada a possibilidade de Dilma promover uma dança das cadeiras para viabilizar a reacomodação dos dois partidos. O PR poderia, por exemplo, assumir o Ministério da Agricultura e abrir espaço para o PMDB tomar posse do Ministério dos Transportes. No entanto, articuladores políticos do Executivo e líderes da base aliada questionam a viabilidade dessa manobra. (Valor Econômico)

Militares da reserva redigem novo documento com críticas ao governo: “Eles que venham. Por aqui não passarão”

                              

     Dirceu Ayres


A presidente Dilma Rousseff — e algo me diz que o fez estimulada por Celso Amorim, ministro da Defesa — resolveu escolher a desnecessidade. E fez bobagem! No dia 16, os três clubes militares divulgaram uma nota protestando contra intervenções da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Mulheres). Consta que a soberana não gostou e, em nome da subordinação que mesmo o militares da reserva devem aos respectivos comandos — e, pois, a ela própria e a Amorim —, cobrou que o texto fosse retirado do ar. Foi… Ocorre que os clubes militares são entidades associativas que têm o direito de protestar contra o que bem entender, nos limites da lei. Opinião de uma entidade que reúne reservistas não é sublevação — um exagero à altura de Amorim, que é chegadito a dar demonstrações ociosas de autoridade. Mas foi tratada como se fosse. Naquele texto (íntegra aqui), os militares destacam um trecho do discurso de Dilma Rousseff, tão logo eleita, e o contrastaram com intervenções das duas ministras. Leiam trechos: “Dirijo-me também aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada. Estendo minha mão a eles. De minha parte, não haverá discriminação, privilégios ou compadrio. A partir da minha posse, serei presidenta de todos os brasileiros e brasileiras, respeitando as diferenças de opinião, de crença e de orientação política.” No dia 31 de outubro de 2010, após ter confirmada a vitória na disputa presidencial, a Sra Dilma Roussef proferiu um discurso, do qual destacamos o parágrafo acima transcrito. Era uma proposta de conduzir os destinos da nação como uma verdadeira estadista. Ao completar o primeiro ano do mandato, paulatinamente vê-se a Presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas. Parece que a preocupação em governar para uma parcela da população sobrepuja-se ao desejo de atender aos interesses de todos os brasileiros.
Na quarta-feira, 8 de fevereiro, a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos concedeu uma entrevista à repórter Júnia Gama, publicada no dia imediato no jornal Correio Braziliense, na qual mais uma vez asseverava a possibilidade de as partes que se considerassem ofendidas por fatos ocorridos nos governos militares pudessem ingressar com ações na justiça, buscando a responsabilização criminal de agentes repressores, à semelhança ao que ocorre em países vizinhos. Mais uma vez esta autoridade da República sobrepunha sua opinião à recente decisão do STF, instado a opinar sobre a validade da Lei da Anistia. E, a Presidente não veio a público para contradizer a subordinada.Dois dias depois tomou posse como Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres a Sra Eleonora Menicucci. Em seu discurso a Ministra, em presença da Presidente, teceu críticas exacerbadas aos governos militares e, se auto-elogiando, ressaltou o fato de ter lutado pela democracia (sic), ao mesmo tempo em que homenageava os companheiros que tombaram na refrega. A platéia aplaudiu a fala, incluindo a Sra Presidente. Ora, todos sabemos que o grupo ao qual pertenceu a Sra Eleonora conduziu suas ações no sentido de implantar, pela força, uma ditadura, nunca tendo pretendido a democracia.” Voltei. Nunca apoiei, não apóio e não apoiarei insubordinação militar. Mas reitero que os três clubes militares (do Exército, da Marinha e da Aeronáutica) têm caráter associativo e, antes de mais nada, lembre-se, não dispõem de armas. Acima, vai uma análise de caráter político, concernente à categoria, que está perfeitamente adequada ao regime democrático. Em tempo: no mérito, o texto está certo nas duas coisas:
a) a fala de Maria do Rosário, com efeito, afronta decisão do Supremo;
b) Eleonora pertenceu a um grupo terrorista que nunca quis saber de democracia.
Que mal há em lidar com a verdade? Dilma e Amorim não tinham de bulir com os clubes. Mas sabem como é a tentação do mando… Pressionaram para que a nota fosse retirada do ar. Agora, em novo texto, divulgado nesta terça, 98 militares da reserva reafirmam os termos daquele primeiro manifesto e publicam um protesto ainda mais duro, intitulado: “ELES QUE VENHAM. POR AQUI NÃO PASSARÃO” (leia íntegra). O documento está na Internet, à espera de adesões (íntegra aqui). Seguem trechos: Este é um alerta à Nação brasileira, assinado por homens cuja existência foi marcada por servir à Pátria, tendo como guia o seu juramento de por ela, se preciso for, dar a própria vida. São homens que representam o Exército das gerações passadas e são os responsáveis pelos fundamentos em que se alicerça o Exército do presente. Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do Manifesto publicado no site do Clube Militar, a partir do dia 16 de fevereiro próximo passado, e dele retirado, segundo o publicado em jornais de circulação nacional, por ordem do Ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer tipo de autoridade ou legitimidade para fazê-lo. O Clube Militar é uma associação civil, não subordinada a quem quer que seja, a não ser à sua Diretoria, eleita por seu quadro social, tendo mais de cento e vinte anos de gloriosa existência. Anos de luta, determinação, conquistas, vitórias e de participação efetiva em casos relevantes da História Pátria. O Clube Militar não se intimida e continuará atento e vigilante, propugnando comportamento ético para nossos homens públicos, envolvidos em chocantes escândalos em série, defendendo a dignidade dos militares, hoje ferida e constrangida com salários aviltados e cortes orçamentários, estes últimos impedindo que tenhamos Forças Armadas (FFAA) à altura da necessária Segurança Externa e do perfil político-estratégico que o País já ostenta. FFAA que se mostram, em recente pesquisa, como Instituição da mais alta confiabilidade do Povo brasileiro (pesquisa da Escola de Direito da FGV-SP). Voltei Pois é. Entre os signatários, estão 13 oficiais generais. Militares da reserva não provocam crise. Já uma Dilma e um Amorim meio destrambelhados… Desde a redemocratização, é a primeira vez que um presidente da República tem esse tipo de comportamento. E foi uma tolice. Sei não… Acho que estão faltando um pouco de habilidade a Dilma na relação com os militares e, quem sabe?, um tantinho de decoro. Ontem, por exemplo, houve uma cerimônia de homenagens póstumas na Base Aérea do Galeão, no Rio, ao primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos e ao suboficial Carlos Alberto Figueiredo, que morreram no sábado tentando combater o incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz. Estavam lá Amorim, o vice-presidente Michel Temer e o comandante da Marinha. Dilma tinha outros compromissos. Os dois corpos foram levados ao Rio em um Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB). Os militares foram promovidos ao posto de segundo-tenente, admitidos na Ordem do Mérito da Defesa, e suas respectivas famílias receberam a Medalha Naval de Serviços Distintos. Mas onde estava Dilma? Em Recife, entregando 480 unidades habitacionais a famílias que foram removidas de palafitas, no bairro de Brasília Teimosa. Estava longe da notícia não-virtuosa. O evento renderia uma fotografia mais alegre. Não foi uma atitude muito decorosa da comandante-em-chefe das Forças Armadas… PS - Comentem com moderação. Este blog não apóia arroubos de autoritarismo do governo nem manifestações de quebra da ordem legal — em consonância, diga-se, com militares da ativa e da reserva.. Já dei palestra duas vezes no Clube Militar do Exército. Nunca ouvi por ali, nem remotamente, a defesa da indisciplina. Por Reinaldo Azevedo 29/02/2012 às 6:07