domingo, 4 de março de 2012

ASSALTOS, ASSASSINATOS E SEQUESTROS.


                                    

     Dirceu Ayres

“Quadrilha rende família e joga criança para fora de carro. Cinco pessoas - três menores - participaram do assalto. Menino de 7 anos dormia no banco traseiro.” Noticia no Jornal Estado de São Paulo.O que vai ser dos meninos no Rio de Janeiro?. O que vai ser daquela cidade? Espero que desta vez destaquem o papel dos policiais que evitaram o pior, que evitaram que a história de João Hélio se repetisse. E o que vão dizer aqueles que batem na surrada tecla de que a participação de menores nesse tipo de coisa é exceção. No Brasil, menor pode matar... Não dá nada. Nunca me cansarei de repetir duas coisas: a primeira é que sou a favor da pena de morte. A outra é que certas sociedades mudam suas leis temporariamente dependendo do tipo de crimes que se cometem ou da evolução. Quando as quadrilhas espalhavam o terror na Itália, seqüestrando vários empresários e, posteriormente, gente da classe média, o Parlamento passou a bloquear automaticamente os bens dos seqüestrados. Deu certo. Mas depois, os “rebeldes” passaram a matar. O ápice foi o assassinato de Aldo Moro, o primeiro-ministro. As quadrilhas seqüestraram e mataram o sujeito. O que fez o Parlamento? Instaurou a pena de morte nesses casos. Pegaram o primeiro e mataram. O segundo, vala. O terceiro, caixão. E o que aconteceu? Quando eles viram que o Governo falou (ou agiu) grosso, os seqüestros acabaram. Logicamente acontecia como aqui: eles achavam que só iam matar morrer nunca… Depois de umas cinco ou seis execuções dos senhores “revolucionários de classe média”, a coisa voltou ao normal. Ou seja, nada desse tipo de crime. Alguns anos se passaram e a Itália aboliu a pena de morte. Aqui no Brasil, no entanto, impera a poesia. Sempre disse: Não sou contra, sou a favor da pena de morte, mas também sou a favor da prisão perpétua. Ou, no mínimo, que o sujeito cumpra os 25, 30 anos aos quais foi condenado, sem esse romantismo de progressão de pena. Não é precisamente o que vemos todos os dias aqui no Brasil, até no pequeno Estado de Alagoas já existe seqüestro inclusive de altas Autoridades, veja-se o seqüestro do Presidente da Associação dos Magistrados e outro, do Genro de um Desembargador. Precisamos dar um freio de arrumação, uns apertos daqui, outros dali, mais que é preciso fazer alguma coisa, há, isso é. Não podemos deixar “correr frouxo” para não tomarem gosto e seqüestrar todos que eles quiserem. Tudo tem de ter um basta, um ponto final, um “end”., finito, chegou. Se não tomarmos conta da situação... Eles tomaram. Compete principalmente não só a Cidade do Rio de Janeiro ou São Paulo, como todas as cidades do Brasil, investir em segurança pública para proteger a população o Patrimônio das pessoas, como a preciosidade da vida. Temos de parar assassinos, e seqüestradores para que a população tenha mais um pouco de calma na vida. “Cabe ao Grande Criador do Universo” perdoar os marginais por seus crimes hediondos. “Cabe ao Grupo de Operações Especiais da Polícia promover esse encontro”!. Enquanto isso não acontecer ficaremos assistindo a sanha criminosa de uns poucos sendo a lei sem ordem implantada por eles para atender aos criminosos que estão sempre de plantão. Nós ficaremos do lado de cá do cano do revolver dos marginais, pois até onde eu sei, não temos outra escolha. É ficar e morrer.

O velho Cachoeira deitava e rolava em Goiás. Demóstenes, Perillo e outros achavam que ele tinha mudado de vida.

                   

      Dirceu Ayres

Na quarta-feira (29), a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo, com a prisão do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e dezenas de policiais civis e militares, acusados de envolvimento na exploração ilegal de máquinas caça-níqueis em Goiás e na periferia de Brasília. Foram presos também dois delegados da Polícia Federal e o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá. Cachoeira e Dadá foram personagens de alguns dos principais escândalos políticos, como o Caso Waldomiro Diniz. Segundo a apuração da PF, Carlinhos Cachoeira mantinha forte influência na política goiana. Nas cerca de 200 horas de gravações telefônicas, captadas com ordem judicial, Cachoeira conversa com freqüência e intimidade com deputados federais de vários partidos e com o senador goiano Demóstenes Torres, líder do DEM no Senado Federal. De acordo com os investigadores, em julho do ano passado Carlinhos Cachoeira deu um generoso presente de casamento para o senador goiano: uma cozinha completa. ÉPOCA ouviu Demóstenes. O senador confirma ter recebido, em seu casamento, um fogão e uma geladeira do casal Cachoeira. “Sou amigo dele há anos. A Andressa, mulher dele, também é muito amiga da minha mulher”, diz Demóstenes. Segundo o senador, Cachoeira mantém conversa também com políticos de todas as tendências em Goiás. “Depois do escândalo Waldomiro Diniz, eu pensei que ele tivesse abandonado a contravenção, e se dedicasse apenas a negócios legais”, afirma Demóstenes. “Para mim, foi uma surpresa as revelações feitas por essa operação da Polícia Federal”. Entre os presos na Operação Monte Carlo, o ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Wladmir Garcez, era interlocutor freqüente do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Segundo investigadores, Garcez trocou dezenas de torpedos pelo celular com o governador. Depois, segundo a polícia, o ex-vereador repassava as informações para Cachoeira. Por intermédio de sua assessoria, o governador Perillo disse que há anos mantém relações políticas com Garcez, com quem fala com freqüência e troca mensagens eletrônicas. "Não me lembro bem sobre o que a gente falava só que ele me ajudou a vender uma casa", diz Perillo por meio da assessoria. Nas escutas telefônicas, metade da bancada de Goiás na Câmara conversava habitualmente com Cachoeira. Entre eles, o deputado Jovair Arantes, líder do PTB na Câmara. “Eu sempre falei com o Cachoeira, mas não tenho negócios com ele”, afirma Arantes. “Ele sempre foi ligado à política. Eu liguei recentemente para ele, por exemplo, para pedir apoio porque sou candidato à prefeitura de Goiânia. Mas era uma ajuda legal”. Outro interlocutor habitual de Carlinhos Cachoeira é o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. “Nossas famílias são amigas há muitos anos. Nunca escondi nossa amizade, sempre freqüentei a casa dele. Mas nunca tive negócios com ele”, afirma o deputado Leréia. (Revista Época)

Senhores Comandantes: pedir as contas é um dever!

                  

     Dirceu Ayres

Pois a fúria ditatorial de Dilma Rousseff, alimentada pela vassalagem explícita de Celso Amorim, atingiu o clímax - por enquanto, pois nada é tão ruim que não possa piorar - ontem: a Comandante em Chefe mandou os comandantes das três Forças punirem os oficiais da reserva que assinaram o "Alerta à Nação: Eles que venham, por aqui não passarão!". 'Oficiais da reserva', você leu bem. A dupla quer punir militares inativos por manifestarem sua opinião, o que lhes é assegurado por Lei. Está lá, na Lei 7.514, de 17 de Julho de 1986: "...é facultado ao militar inativo, independentemente das disposições constantes dos Regulamentos Disciplinares das Forças Armadas, opinar livremente sobre assunto político, e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público." O maior problema, pelo leitura que faço, é que os comandantes, pela enésima vez, baixaram a cabeça e voltaram para seus gabinetes acarpetados dispostos a cumprir a ordem, mesmo ao arrepio da lei. Nenhum teria tido a decência de informar claramente à Suas Excelências que seus colegas de pijama estava exercendo um direito que a legislação do país lhes garante. Imagino o contorcionismo dos assessores jurídicos em parir um enquadramento que justifique, minimamente, uma punição aos signatários do documento. Se acontecer, a punição será uma vergonha - mais uma - não para os oficiais de pijama, mas para os comandantes que terão sucumbido aos caprichos ditatoriais da dupla Dilma-Amorim. Senhores Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica: antes de compactuar com tamanha indignidade, pedir as contas é um dever! Montedo.

SABOR DE PLEBISCITO: NACIONALIZAÇÃO DA ELEIÇÃO EM SP LEVA PT AO DESESPERO. SERRA TEM O APOIO DE 44 MILHÕES DE ELEITORES.

                     
   Dirceu Ayres


O mais interessante não é a performance de José Serra, que sempre foi muito bem votado em São Paulo. Mas a grande novidade da eleição paulistana é a sua nacionalização. A ficha começa a cair. As pessoas de todo o Brasil estão vendo que o resultado eleitoral de São Paulo, desta feita, terá implicações profundas no curto prazo em termos nacionais. Na eleição presidencial José Serra teve 44 milhões de votos. Conseguiu isso praticamente sozinho porque foi abandonado pelo seu próprio partido. Esses mesmos que agora estão postando vídeos no YouTube em reuniões que defendem uma prévia furadíssima. E porque Serra obteve sozinho aquela volumosa votação na última eleição presidencial? Ora, porque em grande medida foram votos plebiscitários, não que isso deponha contra José Serra que é sem dúvida um dos melhores quadros políticos do Brasil. Mas é uma realidade, porque a campanha presidencial de Serra foi um desastre de marketing, de ações políticas e, sobretudo, de empenho de seu próprio partido que á fraco, titubeante e que tem medo de fazer oposição, de assumir a sua responsabilidade como o maior partido oposicionista. Provavelmente Serra desta feita irá também fazer uma campanha solitária, mas vencerá o pleito porque os eleitores paulistas primeiro, já conhecem José Serra que fez ótimas gestões no governo e na prefeitura; segundo, porque não têm nenhuma razão de entregar a prefeitura de uma das maiores metrópoles do mundo e a maior e mais pujante cidade que sustenta boa parte do Brasil, nas mãos dos comunistas do PT. Sabem o descalabro que foi a prefeitura nas mãos da Marta Suplicy e da Luiza Erundina e não estão a fim de embarcar em mais uma canoa furada. Quem acompanha a política brasileira já sabia que a primeira pesquisa que se fizesse mostraria os números que essa pesquisa DataFolha mostrou. Outro fato que levou os analistas conseqüentes a intuirem essa performance de José Serra estava no comportamento da grande imprensa que nos últimos dias dedicou-se a baixar o cacete em José Serra, sem qualquer motivo.
Nesta noite gastei boa parte no tempo na internet, principalmente no Twitter e FaceBook e pude sentir de perto a virulência e os desesperados ataques da bandalha do PT. Um fator, no entanto, conspira favoravelmente a José Serra: a campanha eleitoral de São Paulo tornou-se um evento nacional. Os 44 milhões de eleitores brasileiros mantêm a interpretação deste pleito como um evento que mexe com todo o Brasil. Tendem a ser comportar como no pleito presidencial, isto é, alimentando uma visão plebiscitária que coloca José Serra como o único político anti-PT. A eleição paulistana adquire esse contorno que deixa o PT apavorado já que esse volumoso eleitorado em todos os cantos do Brasil conjugará esforços no sentido de ajudar José Serra nessa sua nova empreitada. Os eleitores sabem que mais uma vez José Serra será traído miseravelmente pelos seus próprios companheiros de partido e caminhará sozinho pelas ruas de São Paulo. Por isso, um instrumento que foi pouco usado na última eleição este ano vai bombar: são as redes sociais, especialmente o FaceBook e o Twitter que cresceram de forma vertiginosa e muito mais brasileiros possuem computador. Não por causa do governo do PT, mas por causa da produção em escala global. A cada dia esses equipamentos ficarão mais baratos e acessíveis a todos, como já são os telefones celulares e o smartfones que dão acesso às redes sociais. Mesmo sem computador, mas com um smartfone não mão o eleitor tem acesso em tempo real sobre o que está rolando no Brasil e no mundo. E não ficará indiferente! Esta é uma nova realidade que ajuda muito José Serra, pois linkará seus 44 milhões de eleitores espalhados pelo Brasil que, de repente, não se furtariam em doar cada um apenas R$ 1 real. Esta é a conta que tem de ser feita. Foi isso que contribuiu decisivamente para levar Obama à Casa Branca e aumentar vertiginosamente o caixa da campanha. Se José Serra atentar para estes fatos vencerá a eleição em São Paulo no primeiro turno. O sintoma mais explícito de que os petistas estão apavorados aparecerá nas edições dos jornalões deste domingo. A maioria dos analistas dos grandes jornais e televisões são todos petistas de carteirinha. E, como todo petista é comunista, esse pretensos analistas imparciais são uns grandes mentirosos e manipuladores da opinião pública. Como todo comunista, evidentemente. No início começarão analisando o quadro eleitoral em favor do PT, mas com certo cuidado. Mais adiante partirão para o tudo ou nada e dispararão calúnias e infâmias, sem falar nos dossiês que , a esta altura, devem estar sendo preparados nos porões do PT. A informação, portanto, não está mais nos veículos da grande imprensa. Está na internet, nas redes sociais e nos blogs independentes e no trabalho dos poucos jornalistas que não comem caraminguás oficiais.

E a milicada está de quatro!!!!

            

   Dirceu Ayres

Desde os áureos tempos da ditadura militar as foças armadas nunca foram tão mal avaliadas pela população. Em primeiro lugar o fato de terem prendido, torturado e deixados vivos todos os bandidos que hoje estão no poder central de Banânia foi de uma incompetência absurda. Fizeram um servicinho de merda, já que era para sentar o dedo nos terroristas tinham que ter dizimado a ninhada inteira... Deixaram alguns vivos... Olha a merda que deu. Eram pouco mais de 1.600 presos políticos e hoje tem mais de 20.000 recebendo a bolsa ditadura..Só fizeram merda!!! Essa tal de comissão da verdade nada mais é do que um descarado revanchismo de quem levou o ferro na revolução e que hoje quer a vingança. Não estão atrás de verdade alguma, querem apenas a revanche e punir os "vencedores", mais uma vergonha nacional. As forças armadas desde a chegada de FHC ao poder vêm sendo sucateada ano a ano, e com a chegada das Ratazanas Vermelhas a coisa desandou a ponto de um General de Divisão virar carregador de bolsa da PresidANTA. Quem não lembra da imagem da presidANTA indo a frente e um generaleco atrás carregando uma bolsa, servil e humilhantemente desrespeitando a farda que vestia. Para carregar bolsinha de terrorista presidANTA existe uma legião de puxa sacos, não precisava de uma graduada melancia verde oliva.  Interessante é que a imagem do General carregando as bolsas estava pela NET e hoje eu virei o Google do avesso e não encontrei mais....Estranho...muito estranho... Alé de sucateada e ajoelhada diante dos "poderosos" as FFAA se tornaram guarda de patrimônio e estão no Hell de Janeiro fazendo o servicinho sujo de "coibir" o tráfico de drogas e "pacificar" de araque algumas favelas. Milico tomando conta de favela é o fim da picada... mas, enfim... Agora chegou a vez do Clube Militar entrar na mira dos Vermelhinhos. Lançaram um manifesto "Alerta à nação - eles que vem, por aqui não passarão". Onde criticam a presidANTA por não ter censurado as ministras Maria do Rosário (Direitos Dusmanos) a Eleonora Menicucci (Secretaria de Política para Mulheres), que pediram revogação da lei de anistia. Esse manifesto só tem recebido mais e mais apoio dos milicos da reserva e criou uma pequena batalha entre o executivo, o sinistério da defesa, "leia-se Celso Amorim" e o clube militar. A presidANTA ficou irritadinha com a postura dos Milicos de pijama e chamou seu baba ovos da defesa e exigiu providências. Estão estudando a possibilidade de punição contra os milicos reformados...Punição contra aposentado só se for o corte nos pagamentos dos benefícios. Ou vai me dizer que a presidANTA é tão sem noção que será capaz de pedir a prisão de todos os generais que assinaram o protesto? Se isso acontecer é chegada a hora de fecharem os quartéis, dispensarem as tropas derrubarem as construções lá edificadas e nos terrenos colocar projetos do minha casa minha vida, ou simplesmente moto nivelar e plantar bananas. Pois em terreno que dá melancia dá banana também. Ou seja, em vez de punirem os milicos com a infame comissão da verdade, conseguiram pular algumas etapas com a ajuda dos próprios melancias e poderão punir a milicada apenas por conta desse manifesto. E na caserna a tropa de quatro esperando a vez de tomar no rabo. E assim vai caminhando o Brasil dos covardes. Ai que saudade do Médici, do Golbery, e principalmente do Figueiredo!!! Ao menos nos tempos deles militar era respeitado. Hoje, alguns carregam as malas de quem combateram no passado...O pior não é ser derrotado pelo inimigo, o duro mesmo é a humilhação. Ahhh, e não esqueçam que a Bolsa Ditadura é coisa do FHC, hein? O Sebentão só expandiu o benefício para a cumpanherada. E PHODA-SE!!! (O Mascate)

A Visão do Leitor


        Dirceu Ayres


Marcelo Dornelas disse... MPF/DF propõe ação de improbidade contra Lula e ex-ministro da Previdência: A assinatura de correspondências enviadas a aposentados do INSS foi feita para promover as autoridades e favorecer o Banco BMG, argumenta o MPF/DF O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) entrou na Justiça contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Previdência Social Amir Francisco Lando por improbidade administrativa. Eles são acusados de utilizar a máquina pública para realizar promoção pessoal e favorecer o Banco BMG, envolvido no esquema do mensalão. As irregularidades aconteceram entre outubro e dezembro de 2004. Segundo apurações do MPF/DF e do Tribunal de Contas da União, mais de 10,6 milhões de cartas de conteúdo propagandístico foram enviadas aos segurados do INSS com dinheiro público. As cartas informavam sobre a possibilidade de obtenção de empréstimos consignados com taxas de juros reduzidas. A manobra custou aos cofres públicos cerca de R$ 9,5 milhões, gastos com a impressão e a postagem das cartas. O MPF/DF defende que não havia interesse público no envio das informações e a assinatura das correspondências diretamente pelo então presidente da República e pelo ex-ministro da Previdência foi realizada para promover as autoridades. Outra irregularidade apontada foi o favorecimento do Banco BMG, única instituição particular apta a operar a nova modalidade de empréstimo naquela época. As investigações mostraram que a única novidade na época do envio das cartas era o convênio recém firmado entre o banco e o INSS, pois a lei que permitia aos segurados efetuarem empréstimos consignados foi sancionada dez meses antes. Outro fato que chamou atenção foi a rapidez no processo de convênio entre o BMG e o INSS: durou apenas duas semanas, quando o comum é cerca de dois meses. Para o MPF/DF, fica evidente o propósito propagandista da carta, a qual não tinha nenhum caráter educativo, informativo, ou de orientação social, como prevê a legislação. “Diante do apurado, podemos concluir facilmente que a finalidade pretendida com o envio das correspondências era, primeiramente, promover as autoridades que assinavam a carta, enaltecendo seus efeitos e, consequentemente, realizando propaganda em evidente afronta ao art. 37, 1º da CF e, ao mesmo tempo, favorecer o Banco BMG, única instituição particular apta a operar a nova modalidade de empréstimo”, defende o MPF/DF na ação. Para garantir a devolução dos valores gastos com o envio das correspondências aos cofres públicos, o MPF/DF pede, em liminar, o bloqueio de bens dos acusados. O processo está em fase de intimação dos réus. Irregularidades – De acordo com investigação feita pelo MPF/DF e o Tribunal de Contas da União, o envio das cartas foi feito a pedido do então chefe de gabinete do ministro da Previdência Social. Entretanto, a emissão e impressão das correspondências, que ficou por conta da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), não obedeceu os trâmites legais, já que não houve um contrato formal para o processo. Só depois de iniciada a produção das cartas é que a Dataprev encaminhou proposta de contrato ao INSS, especificando o número e custo das cartas encomendadas, no valor total de R$ 9,5 milhões, aproximadamente. A resposta da Previdência, no entanto, veio apenas quatro meses depois, quando mais de 11 milhões de cartas já haviam sido impressas e pelo menos 10,5 milhões enviadas aos segurados pelos Correios. O INSS não reconheceu a dívida e concordou em pagar apenas pela postagem das cartas já expedidas, cerca de R$ 7,6 milhões. Os custos de emissão e impressão – cerca de R$ 1,9 milhão – foram arcados pela Dataprev. Nos dois casos, nunca existiu qualquer instrumento legal autorizando os pagamentos. Após a constatação das irregularidades pelo TCU, as duas instituições decidiram interromper o processo de produção e expedição das cartas e, no ano seguinte, determinaram a destruição de mais de meio milhão de cartas. A investigação mostrou, ainda, que os custos de postagem das cartas também causaram prejuízo aos cofres públicos, uma vez que os valores pagos pelo INSS aos Correios foram mais altos do que os valores de mercado. A ação quer o ressarcimento aos cofres públicos de todos os valores gastos indevidamente. Se forem condenados pela Justiça, os acusados poderão, ainda, ter os direitos políticos suspensos; pagar multa; ficar proibidos de contratar ou receber benefícios do Poder Público; e perder a função pública ou aposentadoria, quando for o caso. O caso será decidido pela 13ª Vara da Justiça Federal no DF. Processo 7807-082011.4.01.3400. Consulte aqui a íntegra da ação civil pública. 4 de março de 2012 07:31 Postado por Laguardia