quinta-feira, 8 de março de 2012

Serra escolhe o mesmo marqueteiro de sempre.

                    
    Dirceu Ayres


Comentário: E sabem o que o Gonzáles pensa de blogs, jornais e rede social? Isso não enche urna... Portanto, podem descer o porrete que ele não vai dar a mínima... O jornalista Luiz González será o marqueteiro da campanha do pré-candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, cuja equipe para a eleição já está virtualmente montada. González foi o marqueteiro das campanhas vitoriosas de Serra em 2004, para a prefeitura de São Paulo, e 2006, para o governo estadual, mas a cúpula nacional do PSDB põe na sua conta boa parte da responsabilidade pelas derrotas do partido nas eleições presidenciais de 2006, com Geraldo Alckmin, e de 2010 com o próprio Serra. Segundo apurou o Valor, Serra confia no jornalista e quer refazer a parceria. González tem outra campanha vitoriosa em São Paulo no currículo: a reeleição do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, em 2008 - o atual prefeito sucedeu Serra, em 2006, quando o tucano deixou a prefeitura para disputar o governo de São Paulo. As maiores dificuldades de González com o PSDB se deram com a direção nacional tucana, nas duas eleições presidenciais que comandou para o partido, as duas vencidas pelo PT. A principal restrição dos dirigentes tucanos ao jornalista, nas duas eleições, era a seu comportamento considerado excessivamente centralizador. González era acusado pelos tucanos e aliados do DEM, no caso da eleição disputada por Serra contra Dilma Rousseff, de não admitir interferência no marketing da campanha e de não ouvir as opiniões da classe política. Mas em 2010 contribuiu para o conflito também o fato de setores do PSDB terem outras alternativas para a comunicação e publicidade da campanha. À época, dirigentes do PSDB diziam que González era muito bom para comandar eleições em São Paulo, mas tinha dificuldades de elaborar um discurso nacional. O jornalista resistiu às pressões, assim como Serra, que preferiu mantê-lo mesmo quando se delineou a derrota para a candidata do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, num cenário de crescimento econômico e alta popularidade do petista. Serra já sondou praticamente todos os profissionais com os quais espera contar na equipe de campanha, muito embora sua candidatura, formalmente, ainda dependa de vitória na prévia do PSDB, caso ela efetivamente seja realizada: a consulta foi esvaziada com a desistência dos pré-candidatos Bruno Covas e Andrea Matarazzo, após Serra anunciar que aceitaria ser o candidato do partido à sucessão do prefeito Gilberto Kassab. O tucano dizia que não seria candidato a prefeito, mas efetivamente cedeu a apelos dos tucanos, especialmente do governador Geraldo Alckmin, que se julgavam sem alternativa competitiva para manter a Prefeitura de São Paulo, nas eleições de outubro. Na avaliação do PSDB, perder o cargo para o PT abre um flanco nas posições tucanas que pode levar à queda do governo do Estado nas eleições de 2014. O PSDB governa São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, desde a posse de Mário Covas, em janeiro de 1995 (nesse período, só não teve um tucano no Palácio dos Bandeirantes durante a breve passagem de Cláudio Lembo, vice que substituiu Alckmin entre março de 2006 e 1º de janeiro de 2007). Deve completar os 20 anos de poder estadual no fim do mandato do atual governador, Geraldo Alckmin. Além de González, Serra também já convidou para comandar a equipe de campanha o secretário de Desenvolvimento Metropolitano do Estado de São Paulo, Edson Aparecido. Pré-candidato que desistiu depois da entrada de Serra na disputa, o deputado estadual Bruno Covas ficará encarregado pela área responsável pela juventude. Andrea Matarazzo também estará na equipe, assim como o secretário e deputado federal Walter Feldman. A equipe que está sendo montada por Serra, segundo apurou o Valor, é quase uma reedição da que foi formada na campanha vitoriosa de 2004. Devem integrar o conselho político da campanha - ainda não está claro se formal ou informalmente - o senador Aloysio Nunes Ferreira e o ex-governador Alberto Goldman. O primeiro foi secretário de governo e o segundo vice quando Serra era governador.(Valor Econômico)

Dilma decide abrir cofre para conter base, mas sofre revés no Congresso

                      

     Dirceu Ayres

Apesar do aumento no repasse de emendas, Senado rejeitou a recondução de petista para a ANTT Christiane Samarco, Tania Monteiro e João Domingos, de O Estado de S. Paulo BRASÍLIA - Pressionada pelos partidos da base, a presidente Dilma Rousseff mandou abrir o cofre na tentativa de pacificar os aliados insatisfeitos com o controle sobre os gastos dos ministérios e com o arrocho imposto à liberação das emendas dos parlamentares em ano eleitoral. O movimento veio tarde e não foi capaz de abafar a rebelião da base, sobretudo do PMDB. O maior sinal do forte desgaste na relação com o Planalto foi a rejeição na quarta-feira, 7, da recondução de Bernardo Figueiredo para a presidência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Ideli e Mantega reunidos com a base aliada do Senado nesta quarta-feiraO nome de Figueiredo era avalizado pela presidente por ser um petista que coordena o projeto do trem-bala, uma prioridade do Planalto. “Foi um posicionamento político de pessoas que estão insatisfeitas. O governo vai avaliar o que fazer. Existem insatisfações em vários partidos manifestadas no voto secreto. A gente tem que entender o recado, aprofundar as relações políticas e acabar com as defecções”, disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), a respeito da rejeição ao indicado da presidente da República. “Foram vários recados, do PMDB principalmente”, completou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). O primeiro gesto de pacificação da base dado pela presidente Dilma foi determinar à ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que se reunisse na tarde de quarta-feira com a colega do Planejamento, Miriam Belchior, para tratar da liberação de recursos para emendas orçamentárias de parlamentares que têm pressa de atender as bases eleitorais. Mas a presidente também pretende entrar pessoalmente em ação, para se reafirmar como interlocutora da base - papel que até então evitava assumir -, e não apenas do PT. Dilma pretende participar mais regularmente de reuniões com parlamentares. Em campo. A decisão de entrar em campo e abrir negociação para pacificar os partidos rebelados veio no embalo do manifesto do PMDB contra o tratamento “privilegiado” do conjunto do governo ao PT, o que, para peemedebistas, põe em risco a eleição de prefeitos da sigla. Na véspera, em reunião com o vice-presidente da República, Michel Temer, descontentes do PMDB das cinco regiões do País queixaram-se da “falta de instrumentos e autonomia” dos ministérios para atender as bases. Dilma decide abrir cofre para conter base, mas sofre revés no Congresso Apesar do aumento no repasse de emendas, Senado rejeitou a recondução de petista para a ANTT “O pagamento das emendas não é favor: é direito nosso e está na lei orçamentária”, protestou o líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). “O que o partido vai dizer na sua base? Em outubro houve um acordo com o governo para a liberação das emendas. Mas nada disso aconteceu. Pelo contrário, contingenciaram tudo.” Segundo Henrique Alves, os ministérios não cumpriram de 30% a 40% dos empenhos autorizados pela própria presidente. Agora, Dilma determinou que sejam refeitos os cálculos para que as emendas sejam liberadas. Coube ao PMDB aparecer como o pai da rebelião. Mas há insatisfação em todos os partidos da base, até mesmo do PT. Prova disso é que na reunião de líderes governistas, nesta quarta-feira, o apoio ao manifesto do PMDB foi geral. “Todos os líderes da base disseram que queriam assinar o documento”, assegurou Alves. É diante deste cenário que Temer e os líderes peemedebistas deverão participar de uma reunião, ainda na quinta-feira, 8, com as ministras Gleisi e Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Henrique Alves admite que a queixa geral na bancada é de que ministros do PMDB não têm autonomia para liberar um centavo. “Estamos discutindo a relação com o governo e queremos tratamento equânime: o que derem ao PT, tem que ser dado ao PMDB”, protesta o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Repasso: Cumprindo o meu dever de Cidadão Brasileiro

                      

   Dirceu Ayres


Tenho algumas perguntas a fazer a Lula, a Kassab e aos vereadores que querem doar patrimônio público para o falso "Memorial da Democracia" do PT. Se houver resposta, juro que publico! O Instituto Lula quer construir no Centro de São Paulo, num terreno que fica na antiga Cracolândia, o que chama "Memorial da Democracia", que reunirá, com especial ênfase, um acervo de documentos e objetos dos oito anos de mandato do Apedeuta. Os petistas agora dizem que pretendem dar atenção também a outros momentos importantes da história, como a luta contra a escravidão, a proclamação da República etc. Para tanto, pediram à Prefeitura de São Paulo a cessão do tal terreno, com o que concordou o prefeito Gilberto Kassab (PSD), que já enviou o pedido à Câmara, onde tem folgada maioria. Então ficamos com o roteiro completo para o triunfo da mistificação: Lula, um ex-presidente bastante popular, pede um terreno ao prefeito; este, que vive uma fase de aproximação com o PT, acha a idéia boa e envia a mensagem à Câmara, onde tem maioria. A maioria dos vereadores tende a concordar: quem não é fiel a Lula é fiel a Kassab. Resta ao Ministério Público demonstrar se tem ou não vergonha na cara e memória histórica ou se também está rendido a um partido político. E por que escrevo assim? O escracho já começa no nome do empreendimento. O inspirador do "Instituto Lula" — que quer privatizar uma área de mais de 4 mil metros quadrados, que pertence a todos os moradores de São Paulo — decidiu, como se vê, privatizar também a democracia. Julga-se no papel de quem pode ser o inspirador de uma "memorial". É uma piada grotesca, típica de asininos enfatuados, de exploradores da boa-fé pública. Se Lula é o senhor de um "Memorial da Democracia", o que devemos a Ulysses Guimarães, por exemplo? A canonização? Estamos diante de uma pantomima histórica, de uma fraude. Tenho algumas perguntas a fazer a Lula, a Kassab e aos vereadores que estão doidos para cair de joelhos. 1: Constituição - A negativa dos petistas em participar da sessão homologatória da Constituição de 1988, uma das atitudes mais indignas tomadas até hoje por esse partido, fará parte do "Memorial da Democracia", ou esse trecho será aspirado da historia, mais ou menos como a ministra da Mulher diz que aspirava úteros na Colômbia? 2: Expulsões - A expulsão dos três deputados petistas que participaram do Colégio Eleitoral que elegeu Tancredo Neves, pondo fim à ditadura - Airton Soares, José Eudes e Bete Mendes - fará parte do "Memorial da Democracia", ou isso também será aspirado da história, como a Universidade Federal de Santa Catarina aspirou a entrevista da agora ministra da Mulher? Em tempo: vi dia desses Soares negar na TV Cultura que tivesse sido expulso. Diga o que quiser, agora que fez as pazes com a legenda. Foi expulso, sim! 3: Governo Itamar - A expulsão de Luíza Erundina do partido porque aceitou ser ministra da Administração do governo Itamar, cuja estabilidade era fundamental par a democracia brasileira, entra no Memorial da Democracia, ou esse fato será eliminado da história junto com os fatos, os fetos, as fotos e os homens que não são do agrado do petismo? 4: Voto contra o Real - A mobilização do partido contra a aprovação do Plano Real integrará o acervo do Memorial da Democracia, ou os petistas farão de conta que sempre apostaram na estabilidade do país? 5: Guerra contra as privatizações - As guerras bucéfalas contra as privatizações — o tema anda mais atual do que nunca — e todas as indignidades ditas contra a correta e necessária entrada do capital estrangeiro em setores ditos "estratégicos" merecerá uma leitura isenta, ou o Memorial da Democracia se atreverá a reunir como virtudes todas as imposturas do partido? 6: Luta contra a reestruturação dos bancos - A guerra insana do petismo contra a reestruturação dos bancos públicos e privados ganhará uma área especial no Memorial da Democracia, ou os petistas farão de conta que aquilo nunca aconteceu? Terão a coragem, já que são quem são, de insistir na mentira e de tratar, de novo, um dos pilares da salvação do país como um malefício, a exemplo do que fizeram no passado? 7: Ataque à Lei de Responsabilidade Fiscal - Os petistas exporão os documentos que evidenciam que o partido recorreu à Justiça contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, tornada depois cláusula pétrea da gestão de Antônio Palocci no Ministério da Fazenda? 8: Mensalão - O Memorial da Democracia vai expor, enfim, a conspiração dos vigaristas, que tiveram a desplante de usar dinheiro sujo para tentar criar uma espécie de Congresso paralelo, alimentado por escroques de dentro e de fora do governo? O prédio vai reunir os documentos da movimentação ilegal de dinheiro? 9: Duda Mendonça na CPI - Haverá no Memorial da Democracia o filme do depoimento de Duda Mendonça na CPI do Mensalão, quando confessou ter recebido numa empresa no exterior o pagamento da campanha eleitoral de Lula em 2002? O museu de Lula terá a coragem de evidenciar que ali estava motivo o bastante para o impeachment do presidente? 10: Dossiê dos aloprados - O Memorial da Democracia que tanto entusiasma Lula e Kassab trará a foto da montanha de dinheiro flagrada com os ditos aloprados, que tentavam fraudar as eleições — para não variar —, buscando imputar a José Serra um crime que não cometera? Exibirá a foto do assessor de Aloizio Mercadante, que disputava com Serra, carregando a mala preta? 11: Dossiê da Casa Civil - Esse magnífico Memorial da Democracia trará os documentos sobre o dossiê de indignidades elaborado na Casa Civil contra FHC e contra, pasmem!, Ruth Cardoso, quando a titular da pasta era ninguém menos do que Dilma Rousseff, e sua lugar-tenente, ninguém menos do que Erenice Guerra? 12: Censura à imprensa - Kassab, que quer doar o terreno, se comprometeria a pedir a Lula que o Memorial da Democracia reunisse as evidências das muitas vezes em que o PT tentou censurar a imprensa, seja tentando criar o Conselho Federal de Jornalismo, seja introduzindo no Plano Nacional de Direitos Humanos mecanismos de censura prévia? 13: Imprensa comprada e vendida - Teremos a chance de ver os contratos de publicidade do governo e das estatais com pistoleiros disfarçados de jornalistas, que usam o dinheiro público para atacar a imprensa séria e aqueles que o governo considera adversários nos governos dos Estados, no Legislativo e no Judiciário? 14 - Novo dossiê contra adversário - O Museu da Democracia do Instituto Lula reunirá as evidências todas das novas conspiratas do petismo contra o candidato da oposição em 2010, com a criação de bunker para fazer dossiês com acusações falsas e a quebra do sigilo fiscal de familiares do candidato e de dirigentes tucanos? 15 - Uso da máquina contra governos de adversários - A mobilização da máquina federal contra o governo de São Paulo em episódios como o da retomada da Cracolândia e da desocupação do Pinheirinho entrará ou não no Memorial da Democracia como ato indigno do governo federal? 16 - Apoio a ditaduras - O sistemático apoio que os petistas empenham a ditaduras mundo afora estará devidamente retratado no Memorial da Democracia? Veremos Lula a comparar presos de consciência em Cuba a presos comuns no Brasil? Veremos Dilma Rousseff a comparar os dissidentes da ilha a terroristas de Guantánamo? Fiz acima perguntas sobre 15 temas. Poderia passar aqui a noite listando as vigarices, imposturas, falcatruas e tentativas de fraudar a democracia protagonizadas por petistas e por governos do PT. As que se lêem são apenas as mais notórias e conhecidas. NÃO! ERRAM AQUELES QUE ACHAM QUE QUERO IMPEDIR LULA — E O PT — DE CONTAR A HISTÓRIA COMO LHE DER NA TELHA. QUEM GOSTA DE CENSURA SÃO OS PETISTAS, NÃO EU! O Apedeuta que conte o mundo desde o fim e rivalize,se quiser, com Adão, Noé, Moisés ou o próprio Deus, para citar alguém que ele deve julgar quase à sua altura. MAS NÃO HÁ DE SER COM O NOSSO DINHEIRO. Kassab tem o direito de doar uma área pública para aquilo que será, necessariamente, um monumento à versão da história de um só partido, com especial ênfase no trabalho de um líder? Não! Essa conversa de que será uma instituição suprapartidária é mentirosa desde a origem. Supor que Paulo Vannuchi — JUSTAMENTE O RESPONSÁVEL POR AQUELE PLANO SINISTRO QUE DIZIA SER DE DIREITOS HUMANOS E QUE PREVIA CENSURA PRÉVIA — e Paulo Okamotto possam ter qualquer iniciativa que não traga um viés petistas é tolice ou má fé. Ou, então, o prefeito transforme o centro de São Paulo numa espécie de Esplanada dos Partidos. Por que só para Lula? Fique de olho, leitor! Se você for petista, deve achar a doação de um terreno a Lula a coisa mais normal do mundo, um presente merecido. Se não for, veja lá o que vai fazer o vereador. Se ele disser "sim" à proposta, estará sendo generoso com o seu dinheiro, com aquilo que lhe pertence. Espalhe este texto. Herói é você, que sobrevive no Brasil mesmo com a classe política que aí está, não Lula. Ele é só um contumaz sabotador de governos alheios, que agora pretende, com a ajuda do prefeito e dos vereadores, tomar um terreno que pertence à população de São Paulo para erguer no lugar o Museu das Imposturas. De resto, basta que ele estale os dedos, e haverá empresários em penca dispostos a lhe encher as burras de grana. Que compre o terreno! E Kassab que transforme esse dinheiro em creches. ((De Reinaldo Azevedo) vamos divulgar até que esses canalhas se rendam da nefasta idéia !!!)

Traição: Hacker entrega todo o grupo Anonymous

               

     Dirceu Ayres

De acordo com o FBI, este é Sabu, o líder da LulzSec, e o Rei dos Anonymous – com certeza o hacker mais notório e influente vivo. Um problema: ele acaba de entregar os outros membros para a polícia. O nome Sabu deve soar familiar: ele foi a cabeça dos legendários ataques contra a CIA, FBI, Sony e outras companhias e organizações governamentais. Mas, de acordo com a Fox News, o deus dos hackers não apenas é Hector Xavier Monsegur, um nova-iorquino desempregado de 28 anos, como também tem colaborado com o governo por meses, levando a uma série de prisões no mundo inteiro. Ainda é incerto quantos serão delatados, através da colaboração de nove meses com os agentes federais. De acordo com a Fox News, em 15 de agosto de 2011, Monsegur se afirmou culpado para mais de dez acusações relacionadas à sua atividade de hacker. Nas semanas seguintes, ele trabalhou quase diariamente com o FBI, ajudando a identificar e retirar outros membros do alto escalão da LulzSec e do Anonymous. O homem que que ajudou a internet a celebrar o #FuckFBIFridays estava fazendo isso diretamente da mesa do FBI. Mas isso porque ele possuía filhos: “Não foi fácil convencê-lo”, afirma um oficial envolvido no caso. “Foi por causa de seus filhos. Ele não queria ir preso e deixa-los. Foi assim que o pegamos”. De acordo com a Fox, Sabua comelou a trabalhar para o FBI em junho, logo após ser preso – é incerto qual sua situação atual. O que é claro é que as autoridades conseguiram dar o troco, após quase um ano de humilhações vindas do Anonymous: “Isso é devastador para a organização”, afiram o oficial do FBI. “Nós estamos cortando a cabeça da LulzSec”. Apesar da LulzSec ter se mantido dormente no último semestre, Sabu continuava sendo uma imagem cultuada. A revelação de que ele se vendeu pode ter consequências um tanto devastadoras, psicologicamente e logisticamente. [GizModo] BLOG DO MARIO FORTES

Aparências enganam


         Dirceu Ayres


As aparências sabemos, não são confiáveis. Mostram uma coisa, mas não necessariamente querem dizer a mesma coisa. Tomemos o caso da eleição municipal de São Paulo, exemplo recorrente, mas expressivo por causa do caráter decisivo para o quadro político nacional. Aparentemente os petistas estão ávidos pela retirada da candidatura de Gabriel Chalita à Prefeitura de São Paulo e, aparentemente, a resistência do PMDB prejudica os planos do PT. Aparentemente os correligionários do ainda pré-candidato Fernando Haddad fazem de tudo - até abrir mão de um ministério - para que Celso Russomanno, do PRB, desista da candidatura e, aparentemente, a resistência do partido do novo ministro da Pesca sinaliza fracasso na manobra. No caso da entrega da pasta ao senador Marcelo Crivella, não é apressado pensar que o gesto não tenha tido como objetivo tirar Russomanno da disputa, mas precisamente mantê-lo nela. Tenta-se matar dois coelhos: acenar com a disposição de dirimir conflitos com o eleitorado evangélico (Crivella foi eleito na condição de bispo da Igreja Universal) e, assim, entre outros benefícios, poder contar com mais uma voz no campo de batalha de ataques a José Serra, do PSDB. Nesse cenário, atua também Gabriel Chalita, conforme mostram suas declarações iniciais. Já foi interessante para o PT a retirada dele. Hoje não é mais. Por dois fatores: um, porque nessa altura não há o que o governo possa oferecer ao PMDB para forçar um recuo que deixaria o vice-presidente numa situação periclitante, justamente no momento em que Michel Temer tenta administrar a contestação interna. Chalita ocupou espaço no programa de TV nacional do partido, retirando de cena lideranças regionais que cederam -a contragosto - ao argumento de que a candidatura era ponto de honra do PMDB contra a hegemonia do PT. Agora vai dizer que deixou de ser? E o manifesto assinado por 70% da bancada na Câmara ao qual Temer emprestou apoio? O outro fator que leva o PT a não mais enxergar vantagem na retirada é o reforço que Chalita dará no primeiro turno ao contingente de combate à aliança Serra/Gilberto Kassab. Por motivos diversos, os interesses convergem e atendem às circunstâncias. Sempre se pode argumentar que a desistência dos candidatos da base nacional do governo - PMDB, PRB e até o PC do B de Netinho de Paula - daria ao PT um tempo de televisão no horário eleitoral obrigatório (não gratuito, pois custam milhões em renúncia fiscal) mais confortável. Em termos. Se seguirem a mesma linha de discurso, a divisão dos fatores não altera o resultado, pois todos os programas serão direcionados contra o mesmo alvo. Com a vantagem adicional de tornar remota a hipótese de uma vitória do PSDB no primeiro turno e a união das tropas no segundo. Barrados. A lista de políticos atingidos pela Lei da Ficha Limpa organizada pelo site Congresso em Foco já tem mais de 30 nomes relacionados. Há gente conhecida como Severino Cavalcanti, que não poderá concorrer à reeleição para a Prefeitura de João Alfredo (PE) porque renunciou ao mandato de deputado quando era presidente da Câmara, para evitar processo de cassação por quebra de decoro. Foi acusado de receber propina na época em que ocupava a primeira-secretaria. Na listagem constam cinco ex-governadores, dois ex-prefeitos, quatro ex-presidentes de assembléias legislativas e três ex-senadores. Os deputados e ex-deputados são os campeões da ficha suja: 18. A conferir. Pelo andar da carruagem conduzida por petistas que já reclamam uso mais eficaz da máquina federal em favor de Fernando Haddad, a presidente Dilma ainda acabará sendo apontada como responsável caso a candidatura à Prefeitura de São Paulo não deslanche. Mais fácil que responsabilizar Lula pela escolha, se vier a se revelar equivocada. DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo