quarta-feira, 14 de março de 2012

Até que enfim, Oficial General da ATIVA se pronunciando

                   
          Dirceu Ayres


O nosso jeitinho frouxo e cretino de ser Lá se vai mais um ano, e a cada dia torna - se impossível não ser mais orgulhoso de ser brasileiro. Estamos em paz com a nossa consciência (?), pois não importa se vivemos sob a ditadura da corrupção, e que o peculato não é crime, mas sinal de inteligência (gostou do elogio Lupi?), e o que interessa é que vivemos despreocupados, e que o problema é dos outros, não nos interessando se os outros são VOCÊS. Depois que do nada viramos um tudo, e passamos a usufruir de carros, mulheres, riquezas, poder e impunidade. Nós atingimos o panteão da esbórnia institucionalizada sem o menor esforço. Não importa que o País esteja estratificado, o que importa é que vivemos em êxtase. No País, testemunhamos um verdadeiro milagre em andamento, que promete durar mais vinte, trinta anos. Não adianta falar que a carga tributária do brasileiro está próxima de 40% do PIB, e que o país tem um dos piores índices de qualificação e eficiência de seus serviços públicos. Não importa que o país acumule troféus de incompetência, seja no IDH, o 84º lugar; no analfabetismo, o 95º; na mortalidade infantil, o 106º; na renda per capita, a 71º; e ocupe apenas o 52º lugar entre 110 países da América Latina melhor para se viver, e que estamos no primeiro lugar no mundo em corrupção, com mais de R$ 80 bilhões desviados do bolso de VOCÊS. Se alguém afirma que o metrô de Brasília é o mais caro do mundo, não podemos deixar de falar com a boca cheia, que nada devemos às mais avançadas nações do mundo. Sim, quantos países atingiram tal situação? Quantos países podem taxar os remédios, e o brasileiro é um doente crônico, com 33,9% de impostos, que pagamos sem o menor muxoxo? O que importa, se temos apenas 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, e uma participação no comércio mundial em torno de 2%, e que a nossa d-ívida interna está só em um trilhão e 500 bilhões de reais? Sem contar, que patrocinamos uma bolsa-família que paga para cinco filhos, e até os quinze anos de idade. E, conforme a necessidade de cooptação de votos, o atual benemérito desgoverno pode ampliar o leque, pois sabe que alguém sempre pagará a conta. Devemos apedrejar os que soltam vitupérios contra esta maravilhosa gestão, alegando que no período de janeiro a outubro de 2011, o Governo Federal já gastou R$ 197,7 bilhões de juros da dívida pública. Esse valor astronômico é superior à soma dos orçamentos anuais da saúde e da educação, que somaram R$ 143 bilhões. Não importa que a presidenta no exterior, impossibilitada de negar-se a dar uma entrevista não diga coisa com coisa e, para piorar, tropece nas palavras, que soam com gritante incoerência. No País, atém-se a um texto pobre, elaborado para não colocar em circuito sua imensa teia de neurônios mortos (provavelmente, durante as sessões de tortura). Não importa que nada de grandioso tenha sido construído nos últimos dez anos para sedimentar necessidade futuras, seja na infraestrutura seja na educação, pois acreditamos piamente que Deus é brasileiro, e ele nos proverá. Não temos escolas, nem hospitais, mas teremos imensos e majestosos estádios de futebol, pois nossa sede de circo é imensurável. Quanto ao pão, haverá sempre uma bolsa com uma cesta fornecida por ELES, às suas expensas. Com a inflação subindo, para 2012, modifiquemos os índices dos seus componentes e, ela diminuirá. Viram como é fácil? Sim, estamos orgulhosos, pois apesar de tudo, aumentamos o nosso já elevado índice de aceitação, tanto do EX como da atual presidente. Sim, somos calhordas, mas quem não é, somos jeitosos, somos coniventes, malandros, aproveitadores e, sabiamente, mandamos o futuro para o inferno. É isso aí gente, ninguém vive de valores, ninguém está preocupado com honestidade, com princípios, com justiça, abdicamos de pruridos que na prática tolhem espertezas. Por tudo, estamos eufóricos, que se preocupem com o amanhã aqueles que vierem no futuro. A vida atual é boa, não a estraguemos lendo jornais e revistas aos serviços da fajuta oposição. O nosso espelho é a metamorfose ambulante, exemplo de que tudo se pode, e no espelho, refletimos a imagem de nosso mestre, e como a dele, as nossas faces enchem-se de orgulho. Nós somos os caras. De fato, somos honoris em causa própria, em patifarias, em malandrices; o que trocando em miúdos, nos eleva aos píncaros do gênero cafajeste de ser dos vivaldinos. Brasília, DF, 02 de dezembro de 2011 General Valmir Fonseca Azevedo Pereira. Já vimos este filme antes....!!! O País agradece penhoradamente. Postado por Vindo dos Pampas

Sanatório Geral!

           
     Dirceu Ayres

"Nós nos preocupamos com esse tsunami monetário de países desenvolvidos, que não usam políticas fiscais de ampliação da capacidade de investimento para sair da crise em que estão metidos". (Disse Dilma Rousseff, recitando, sem saber o que está dizendo, o que ouviu na conversa com Lula, que não sabe o que diz). *Augusto Nunes Leiam abaixo o que disse a imprensa alemã, a respeito das palavras desconexas da "presidenta":  - Essa senhora vem à Alemanha nos dizer o que temos que fazer? Ora, a Alemanha vai bem obrigado apesar de tudo. Mas eu vou aproveitar para dar um conselho a ela... Antes de vir aqui reclamar das nossas políticas econômicas, por que ela não diminui os gastos do governo dela e dimimui os juros que são exorbitantes no Brasil? Se eu posso emprestar dinheiro a juros baixos e o meu povo pode ganhar juros absurdos lá no país dela, eu não vou ser quem direi ao meu povo que não faça isso. Ela que torne a especulação no país dela menos atraente. * Manager-magazin. de BLOG DO MARIO FORTES

Senado aprova lei que regulamenta direito de resposta

                           
      Dirceu Ayres


Texto de autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR) teve aprovação unânime na Comissão de Constituição e Justiça e seguirá para votação na Câmara BRASÍLIA - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 14, projeto de lei que regulamenta o direito de resposta para pessoas e entidades que se considerarem ofendidas pelo conteúdo de reportagens jornalísticas. De autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR), o projeto, que contou com o apoio unânime dos integrantes da comissão, seguirá diretamente para a Câmara dos Deputados, caso não haja recurso para ele ser apreciado pelo plenário. A principal inovação do texto, uma emenda substitutiva do senador Pedro Taques (PDT-MT), é estipular um prazo para que a Justiça decida se o ofendido tem direito à resposta com idêntico tamanho e destaque da reportagem questionada. O projeto aprovado determina que o ofendido por uma publicação tenha 60 dias para pedir a um jornal, revista, blog ou órgão de imprensa que publique seu direito de resposta. O veículo de comunicação, por sua vez, tem sete dias para responder diretamente a quem questiona, esclarecendo suas informações publicadas. Se as explicações não forem consideradas satisfatórias, o ofendido poderá ir à Justiça, que terá 30 dias para decidir se cabe a publicação da resposta. A exceção para esse prazo é na hipótese de o processo ser convertido em pedido de reparação de perdas e danos. O relator da matéria disse que o esclarecimento dos veículos de comunicação ao pedido de direito de resposta não garante necessariamente ao ofendido direito à publicação de uma carta. Para garantir rapidez no processo, a carta que for encaminhada pelos órgãos de imprensa com os esclarecimentos terá de ter aviso de recebimento. "Não se trata de censurar a imprensa. A imprensa é livre. Agora a liberdade rima com responsabilidade", afirmou Taques. Para o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), a proposta preenche uma "lacuna no ordenamento jurídico", desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional em 2009 a Lei de Imprensa. "O projeto é absolutamente necessário e valoriza a liberdade de imprensa ao assegurar o direito ao contraditório", disse. "Nós temos que, de certa forma, conter a irresponsabilidade", afirmou Requião, durante os debates. Ele apresentou o projeto, depois que retirou um gravador das mãos de um repórter, por ter discordado da pergunta. O jornalista questionou-o se ele abriria mão da aposentadoria que recebia como ex-governador paranaense. O texto assegura ao ofendido que, caso uma matéria seja repercutida por outros veículos de comunicação, ele também poderá pedir direito de resposta a todos que divulgaram a informação. Outro ponto previsto é que uma retratação ou retificação espontânea, com o mesmo destaque e dimensão da reportagem, garante um perdão de se publicar um direito de resposta, mas não anistia um eventual processo de reparação por dano moral. O projeto exclui a necessidade de publicar direito de resposta a comentários de usuários a uma reportagem, em sites da internet. Ricardo Brito, da Agência Estado

Onde está à ministra Maria do Rosário, aquela que odeia os militares?

                
     Dirceu Ayres


Dezessete dias depois do incêndio que destruiu a base brasileira na Antártica, as famílias do sargento da Marinha Roberto Lopes dos Santos, de 45 anos, e do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo, de 47 anos, mortos tentando combater o fogo na Estação Comandante Ferraz, ainda sofrem para enterrá-los. Os corpos chegaram em 28 de fevereiro à Base Aérea do Galeão, vindos de Punta Arenas, no Chile, e só foram liberados pelo Instituto Médico-Legal (IML) do Rio na última sexta-feira, depois de feitos os exames de DNA. Os corpos, no entanto, continuam no IML. Revoltados com a demora, os parentes reclamam que as informações sobre o caso são desencontradas. Até a noite de ontem, eles não tinham qualquer previsão oficial sobre quando serão realizados os sepultamentos. Na Bahia, familiares ainda aguardavam o translado do corpo de Carlos Alberto para Salvador. - É mais fácil os corpos serem trazidos da Antártica para o Brasil do que sair do Rio de Janeiro e ir para Salvador? Esta é a pergunta que eu faço às autoridades. Onde está a sensibilidade? Os corpos já foram liberados - desabafou Evanira Santos da Costa, de 40 anos, cunhada de Carlos Alberto, cuja família mora em Vitória da Conquista, na Bahia. - A Marinha fez uma cerimônia dizendo que eles eram heróis para dar uma resposta rápida para quem? As informações são desencontradas. Ninguém fala nada para a gente. Que entrave burocrático é esse? Faço um apelo à presidente Dilma, ao Ministério da Defesa e ao governo do Estado do Rio: estou sem trabalhar há 15 dias por causa deste sofrimento O drama de Evanira é compartilhado com o da família de Roberto. A mulher do sargento, Sueli Colares dos Santos, de 42 anos, não sabe mais o que fazer. Ela conta que ontem deu uma procuração a um advogado da Marinha, que passará a cuidar dos trâmites legais para evitar mais transtornos. Moradora de Nilópolis, na Baixada Fluminense, Sueli passa a maior parte do tempo na casa dos pais, em Anchieta, na Zona Norte do Rio, e não sabe quando vai poder enterrar o marido, com quem tem dois filhos, Alan, de 14 anos, e Aline, de 18. - É estresse demais. A gente fica angustiada. Os amigos ligam para saber sobre o enterro e não sabemos o que dizer. Todo esse processo está lento. Já era para terem resolvido tudo. Eu não tenho mais vida. Só Deus mesmo para fazer com que eu e meus filhos superemos essa dor - disse Sueli, com uma foto de Roberto nas mãos. Irineu Lopes dos Santos, de 46 anos, irmão do sargento morto, presta serviços à Marinha como técnico de controle de qualidade. Ontem, ele estava desolado com a situação. Sem saber o que fazer para agilizar o sepultamento, lamentou: - É atípico todo esse episódio. A família, claro, fica ansiosa, desgastada. Estamos preocupados. Hoje (ontem) não sabemos quando vamos enterrar o meu irmão. Os amigos da própria Marinha, os pesquisadores e os alunos de Roberto no judô nos procuram todos os dias. Meu irmão era muito querido. Dependemos agora desta burocracia. A identificação dos corpos foi realizada pelo Instituto de Pesquisa e Perícia em Genética Forense da Polícia Civil do Rio. Na cerimônia realizada na Base Aérea do Galeão, os militares receberam homenagens e foram promovidos a segundos-tenentes. O vice-presidente Michel Temer, e o ministro da Defesa, Celso Amorim, além dos comandantes das três Forças Armadas, participaram da solenidade. No mesmo dia, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil é um país formado por "heróis anônimos" e anunciou também que a base do país na Antártica seria reconstruída. À época, Dilma reconheceu que a estação, antes do incêndio, já estava precisando de obras. Procurada pelo GLOBO ontem, a assessoria da Polícia Civil informou que os corpos já estavam liberados para os enterros e que não sabia os motivos pelos quais os sepultamentos não ocorreram até ontem. A diretora do IML do Rio, Naura Aded, também foi procurada, mas não quis falar sobre a demora nos exames. A Marinha não retornou as ligações e não respondeu aos questionamentos do GLOBO para explicar a demora nos enterros.

Petistas que ajeitaram a "Sua Casa, Sua Vida" com dinheiro dos trabalhadores vão pagar pelo roubo.


        Dirceu Ayres


Cotados para assumirem a coordenação-geral e a tesouraria na campanha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, dois quadros importantes do PT, Ricardo Berzoini e João Vaccari Neto, respectivamente, poderão ter de pagar do próprio bolso dívidas da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, o conhecido caso Bancoop. Por unanimidade, a 10.ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado decretou nesta terça-feira, 13, a desconsideração da personalidade jurídica da Bancoop, o que, na prática, impõe a seus dirigentes e ex-mandatários a obrigação de ressarcir cooperados que reclamam judicialmente valores relativos a danos que teriam sofrido. A decisão do TJ não cita nominalmente o deputado federal Berzoini, ex-presidente nacional do PT e fundador da Bancoop nos anos 90; Vaccari, ex-presidente da Bancoop; ou nenhum outro integrante da direção da cooperativa. Mas abre caminho para que os dois petistas tenham de assumir o desembolso se a Bancoop não honrar os pagamentos. “São dívidas antigas, a partir de um determinando momento a Bancoop parou de lançar empreendimentos”, anota o procurador de Justiça Rossini Lopes Jota. “Desse modo, devem responder todos aqueles que tinham poder decisório na Bancoop ou que de alguma forma tenham concorrido para gerar prejuízo aos cooperados.” Votaram pela desconsideração da personalidade jurídica da Bancoop os desembargadores Elcio Trujillo, relator; Mendes Coelho, revisor; e Roberto Maia. Eles julgaram apelação do Ministério Público contra decisão judicial de 1.º grau na qual o juiz homologou parcialmente acordo entre a promotoria e a Bancoop. “O Ministério Público recorreu (ao TJ) exclusivamente para o fim de ter o reconhecimento da aplicação do Código de Defesa do Consumidor com relação aos cooperados e a Bancoop e, conseqüentemente, para ver decretada a desconsideração da cooperativa para ressarcimento dos prejuízos suportados pelos cooperados”, observa Rossini Jota. “É importante o reconhecimento da relação de consumo porque justamente nesse caso o artigo 28, parágrafo 5.º do Código, impõe que essas pessoas (os ex-dirigentes da Bancoop) não precisam estar nesse instante na relação processual. O procurador esclarece que a eventual participação dos ex-dirigentes será apurada na fase de execução. “Vai se apurar quem participou, quem tinha poder de mando. Pode ser individualmente ou coletivamente. No processo civil, não foram indicados os nomes (de Vaccari e Berzoini). Não posso antecipar quem a execução vai atingir, mas existe uma denúncia criminal e, a princípio, aqueles nomes (denunciados) devem figurar no polo passivo da execução.” A denúncia criminal, recebida pela 5.ª Vara da Capital, indica prejuízo de R$ 100 milhões a cooperados e imputa a Vaccari os crimes de formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. (Estadão)

Troca de líderes no Congresso incendeia PMDB e deixa alas da base descontentes

                        
     Dirceu Ayres


Para peemedebistas, Chinaglia ameaça sucessão na Câmara e Braga exclui cúpula do partido BRASÍLIA - Ao promover trocas nas lideranças do governo no Senado e na Câmara, a presidente Dilma Rousseff incendiou parte da cúpula peemedebista, deixou descontentes setores do PR e do PT e não conseguiu, por ora, atingir seu objetivo: o fim da crise com a base aliada. Senadores Eunício Oliveira, Renan Calheiros e o deputado Henrique Alves confabulam em sessão solene O PMDB entendeu as substituições como uma operação contra o partido. No Senado, ao trocar Romero Jucá (PMDB-RR) pelo correligionário Eduardo Braga (AM), a presidente criou uma interlocução paralela com o chamado grupo dos descontentes - conhecido por G8 -, sem passar pelo crivo do presidente da Casa, José Sarney (AP), e do líder da sigla, Renan Calheiros (AL).Na Câmara, Dilma escalou um concorrente do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), na corrida pela presidência da Casa. O novo líder do governo nomeado nesta terça-feira, 13, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que substituiu Cândido Vaccarezza (PT-SP), nunca escondeu sua pretensão de voltar ao comando que já exerceu. Embora tenha dito que respeitará o acordo de rodízio com o PMDB, não convenceu os partidários de Henrique Alves. Dilma avisou a Chinaglia que sua ida para a liderança excluía a volta do PT para a presidência da Câmara em 2013. “No ano que vem, a presidência da Câmara é do PMDB”, afirmou ela. “O Chinaglia sempre desejou voltar à presidência da Câmara. Se for essa a sinalização do governo, é uma declaração de guerra ao PMDB”, disse o deputado Danilo Forte (PMDB-CE). No Senado, Eduardo Braga, o escolhido de Dilma, tentou, sem êxito, tomar a liderança de Renan Calheiros, que também almeja a presidência da Casa em 2013. Especula-se que a escolha de Dilma possa ser uma estratégia política para descartar os dois e insuflar uma candidatura do ministro Edison Lobão (Minas e Energia) à presidência do Senado, um nome contra o qual nem Sarney nem Renan podem se insurgir. Na tentativa de manter a união do PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, chamou Eduardo Braga para catequizá-lo. “Agora você não é representante de um grupo. Você representa o governo e, nessa condição, terá de conversar com Renan e Sarney”, disse-lhe. Em seguida, Temer convocou Jucá, aconselhando-o a se recompor com o substituto. Renan e Sarney ofereceram a Jucá o cargo de relator do Orçamento de 2013, um dos mais disputados no Congresso. O novo papel de Jucá, na posição chave do Orçamento, preocupa o ex-presidente Lula, que alertara Dilma: “Cuidado com o Jucá!”, disse o petista, preocupado com uma revanche, conforme um ministro revelou ao Estado. Desafeto. Além de desagradar ao PMDB, a escolha de Braga como líder no Senado também causou uma crise com o PR. Ele é desafeto do presidente da legenda, senador Alfredo Nascimento (AM), com o qual a presidente tenta fazer as pazes desde que o demitiu da pasta dos Transportes, em julho. Na vassourada, saíram ainda outros 26 apadrinhados do PR no setor. A operação de troca de líderes foi interpretada ainda como “estranha” e “desastrada” por líderes da base aliada. Estranha porque foi feita de supetão, como um castigo para a derrota de quarta-feira, quando Bernardo Figueiredo foi recusado pelos senadores para dirigir a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); desastrada porque os demitidos ficaram sabendo que sairiam não pela boca da presidente, mas por outras vozes. A maior mágoa de Vaccarezza foi ter tomado conhecimento da demissão pela mídia. Ele atribuiu a substituição a uma decisão política. Anteviu que pode haver algum “estremecimento” na base a curto prazo, por conta da “boa relação” que mantém com todos os aliados. Ele entende que estão em risco projetos importantes como a Lei da Copa, Código Florestal e royalties do petróleo. / CHRISTIANE SAMARCO, EUGÊNIA LOPES, JOÃO DOMINGOS e VERA ROSA. O Estado de S. Paulo