sexta-feira, 23 de março de 2012

MORREU CHICO ANYSIO

             
     Dirceu Ayres

A lição de Chico: “Não posso consertar nada, mas tenho obrigação de denunciar tudo” “Muita falta me faz o contato com vocês. Porque eu sou um artista fiel ao meu público. Sempre trabalhei para as classes C, D e E. É assim que vejo o trabalho do humorista: eu não posso consertar nada, mas tenho obrigação de denunciar tudo. Foi isso que eu sempre tentei fazer. E acho que fiz. Porque estou fora da TV aberta há tantos anos e as pessoas continuam me reconhecendo e, o que é melhor, gostando de mim” Eis, nas palavras do próprio Chico Anysio, uma síntese exemplar do seu trabalho. Pode soar como a voz de um marciano, hoje, mas é a visão de mundo de um humanista. Um artista que sempre fez humor popular com fé no poder iluminador e transformador das palavras. Chico nunca fugiu aos temas do seu tempo. Concordando-se ou não com a sua opinião, sempre colocou o dedo na ferida. Discutiu as mais variadas formas de opressão, preconceito e exclusão social, sempre pela ótica do humor. Falou de religião, fé, misticismo, riu do mundo das celebridades, inclusive da própria Globo, mergulhou no universo do futebol, encarou o racismo, preconceito sexual… Veja se você é capaz de lembrar de um tema que algum dos 209 personagens criados por Chico não tenha falado… “Fiz um sucesso que considero inconcebível”, diz Chico no DVD. “Fiquei 36 anos na Rede Globo com um programa que só mudava de título, mas no fundo era a mesma coisa, era eu fazendo tipos, sempre liderando o horário, e sempre sendo o primeiro programa a ser vendido e o melhor vendido a cada ano. Uma coisa gloriosa. Uma carreira que não posso reclamar de nada.” “Chico Especial” é o principal registro oficial, até hoje, do trabalho do humorista. “Esse DVD tem a pretensão de contar uma história. A história da minha vida como artista”, ele diz, no depoimento de 20 minutos que encerra o disco 1. Chico começou em 1947, na rádio Guanabara. Dez anos depois, ao estrear na TV Rio, pensou: “Tenho que inventar alguma coisa para mim. Eu vou ser aquele que faz vários.” Em 1971, contratado pela Globo com a verba economizada pela emissora após demitir Chacrinha no ano anterior, propôs a Boni fazer “Chico City”. Acho que este é o título que mais se aproxima do legado do artista. Mas é preciso dizer que Chico não criou só uma cidade, mas um mundo próprio. Siga o Mauricio Stycer.
    


ESPECIALISTAS ENCONTRAM VULNERABILIADE NA URNA DO TSE. MAS NO FINAL A CONCLUSÃO É QUE A URNA CONTINUA SEGURA!

                                      
     Dirceu Ayres


Um grupo de quatro especialistas da Universidade de Brasília (UnB) encontrou uma lacuna na segurança das urnas eletrônicas, em teste promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os pesquisadores do Centro de Informática e do Departamento de Computação da UnB conseguiram decifrar códigos da urna e identificaram a ordem dos votos registrados no equipamento. Se o mesmo grupo tivesse em mãos os nomes dos eleitores que votaram na urna, em ordem cronológica, poderia indicar quem votou em que candidato. Com a descoberta, o TSE foi obrigado a criar novos obstáculos para impedir que os dados da urna possam ser descriptografados. O mesmo grupo da UnB terá uma nova chance para desvendar o mistério. Para alcançar seu objetivo, os profissionais puderam visualizar por um curto período de tempo o código-fonte - a tradução do algoritmo -, que fica guardado no cofre do tribunal. O chefe do grupo, Diego de Freitas Aranha, professor do Departamento de Computação da UnB, disse que é impossível saber se conseguiriam quebrar o segredo caso não tivessem acesso à informação privilegiada. - Isso facilitou a execução do teste. Nós conseguimos recuperar os votos em ordem, numa totalidade de 99,99%. O que isso significa? De posse dos votos, em ordem, e de uma lista de eleitores que precisa ser obtida de uma outra forma, em ordem, é possível você fazer a correspondência. Esse é o resultado do nosso teste - explicou Aranha. A urna investigada estava carregada com a média de votos digitados, por equipamento, nas eleições gerais de 2010. O mesmo grupo demonstrou ao TSE como desembaralhou os votos e foi obrigado a apontar sugestões para fechar a porta do sistema. - Faz parte do protocolo do teste os investigadores sugerirem alterações, correções, reparos. Se nossas sugestões forem adotadas, não deveria haver risco - completou o especialista. O perito da Polícia Federal (PF) Thiago Cavalcante, que também participou do teste, reforçou que a ação dos colegas apontou uma vulnerabilidade no sistema. Mas pondera que o processo eleitoral tem uma série de etapas não relacionadas entre si, o que dificultaria, em tese, a quebra do sigilo. - Por isso, o teste é bem-vindo. Justamente para corrigir problemas antes da eleição - afirmou o perito da PF. Além da quebra do sigilo dos votos, outros grupos de hackers trabalharam, no mesmo teste, para fraudar as eleições, mas nenhum obteve êxito. Este foi o segundo “ataque” com especialistas em computação, que transformaram a urna em alvo eletrônico. Em 2009, outro pesquisador, com um rádio de pilha a cinco centímetros de distância do equipamento, venceu a disputa promovida pelo TSE. Ele distinguiu as ondas eletromagnéticas dos números 1 e 2. Um dos técnicos que supervisionaram o teste admitiu que os vencedores deste ano foram muito além. O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, informou que a descoberta, por si, garantiu o sucesso do teste, que durou seis dias. Ele informou que já providenciou o “reforço da rotina do algoritmo”, aumentando a complexidade da operação. - A urna continua segura. Esta é uma iniciativa inédita no mundo, e o teste demonstra a competência da equipe. Assim que os ajustes estiverem concluídos, esse mesmo grupo será chamado para repetir o teste - assegurou Janino. Do site de O Globo MEU COMENTÁRIO: Está aí uma matéria incrivelmente surrealista. O grupo encontrou vulnerabiliade no sistema, mas ao final mais uma daquelas tiradas conhecidas: nunca antes no mundo se fez um teste assim e a urna eletrônica continua segura. Resta apenas uma indagação: por que essa urna tão segura não emite um tiket com o voto que seria depositado numa urna convencional para que se pudesse fazer uma recontagem dos votos caso surgisse alguma denúncia de fraude? Está aí uma típica matéria da Rede Globo. Mais parece um press-release do Tribunal Superior Eleitoral. FRAUDE URNA ELETRÔNICA, (Aluizio Amorim)

Custo da transposição do São Francisco aumenta 71% e vai superar R$ 8 bilhões

                   
  Dirceu Ayres

Obras começaram de forma açodada, o que explicaria revisões constantes no orçamento BRASÍLIA - Vencido o prazo original em que a transposição do Rio São Francisco deveria estar pronta e funcionando no semiárido nordestino, a obra registrou aumento de R$ 3,4 bilhões - ou 71% - em seus custos em relação à previsão inicial, segundo a mais recente estimativa feita pelo Ministério da Integração Nacional. Desde o início do governo Dilma Rousseff, o custo total da obra pulou de R$ 4,8 bilhões para R$ 8,2 bilhões. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva previa inaugurar a obra em 2010. Vários trechos da obra da transposição estão com obras paralisadas ou abandonadas Isso significa que, se a transposição fosse uma aplicação financeira, teria rendido 65% acima da inflação do período. Para essa comparação, o Estado usou a variação de preços medida pelo IPCA, índice usado no regime de metas de inflação do governo. A alta foi de 8,2% entre dezembro de 2010 e março de 2012. A construção de cerca de 600 quilômetros de canais de concreto que desviarão parte das águas do rio ainda deve consumir mais 45 meses. O preço aumentou com a renegociação dos contratos originais e o lançamento programado de mais de R$ 2,6 bilhões em novas licitações. Iniciada em 2007 como a mais cara a ser paga com dinheiro dos tributos entre os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a obra da transposição do São Francisco está parada em três trechos: em Salgueiro (PE), Verdejante (PE) e São José das Piranhas (PB). Os contratos originais referentes a esses trechos serão rompidos e haverá nova licitação. Também serão licitados trechos de obras “remanescentes” ao longo de quase toda a extensão do projeto. Há dois outros trechos em reforma, pois placas de concreto que haviam sido colocadas racharam, registraram fissuras, ou se deslocaram, supostamente por falhas na drenagem de canais que não suportaram chuvas fortes. Todos os demais trechos tocados pela iniciativa privada tiveram os preços aumentados em até 25%, limite fixado pela lei de licitações. Novos editais. Só neste mês, o Ministério da Integração Nacional lança quatro novos editais para a licitação de R$ 2 bilhões em obras. Até junho, outros dois editais serão lançados, ao custo estimado em R$ 645 milhões. O total é superior ao previsto pelo ministro Fernando Bezerra Coelho menos de três meses atrás, quando revelou ao Estado que a obra custaria R$ 1,2 bilhão extra. Responsável pela obra, o Ministério da Integração atribuiu o aumento do custo da obra a adaptações no empreendimento, em decorrência do detalhamento dos projetos. As obras começaram de forma apressada, sem os respectivos projetos executivos. Além disso, segundo o ministério, “a forte demanda” sobre a construção civil e a construção pesada pressionou os custos. No mesmo período em que o preço da transposição aumentou 71%, os custos da construção civil no Brasil cresceram 6,9%. No Nordeste, local da obra, os custos cresceram 7,2%. O Ministério do Planejamento, que coordena o PAC, autorizou o aumento do custo da obra. “Os aditivos são explicados pelo avanço dos projetos executivos, que têm identificado, com maior grau de precisão, as intervenções necessárias para a completude (sic) do projeto de interligação (sic) do São Francisco”, informou em nota a assessoria da ministra Miriam Belchior. O início das obras, em 2007, sem o projeto executivo, não seria um caso único entre os projetos do PAC, continua a nota, que classifica o projeto como “estratégico, desafiador e fundamental” para 390 cidades dos Estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. O Ministério da Integração evita criticar abertamente o início das obras sem um projeto detalhado porque isso aconteceu sob a gestão do então ministro Ciro Gomes, correligionário no PSB do atual ministro Fernando Bezerra e padrinho do novo secretário de recursos hídricos da pasta, Francisco Teixeira, principal executivo da transposição. No início das obras, Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil, era citada como a “mãe” do PAC. Segundo o Ministério da Integração, é responsabilidade das empreiteiras já contratadas recuperar cerca de 900 metros de canais de concreto danificados antes mesmo de entrarem em uso. “Essas falhas serão refeitas, sem custo adicional para os cofres públicos”, reiterou a pasta, referindo-se a trechos deteriorados dos canais, revelados pelo Estado, no final do ano passado. No início deste ano, outros 240 metros do canal foram danificados no Ceará por causa das “fortes chuvas” em Mauriti. O ministério contabiliza que 150 quilômetros foram concretados até o momento. Marta Salomon, de O Estado de S. Paulo.

Base aliada se rebela, humilha Planalto e, sem consenso, votação da Lei Geral da Copa é adiada Boa, Dilminha Chávez!!!!

              
      Dirceu Ayres

Base aliada se rebela, humilha Planalto e, sem consenso, votação da Lei Geral da Copa é adiada Por Gabriel Castro e Luciana Marques, na VEJA Online. Volto depois: Um erro de avaliação do Planalto, em plena rebelião da base aliada, inviabilizou a votação da Lei Geral da Copa nesta semana. Mesmo sem consenso entre os líderes partidários, o presidente da Casa, Marco Maia (PT RS), cedeu à pressão do governo e anunciou que o tema entraria em pauta nesta quarta. O problema é que parte dos deputados (especialmente a bancada ruralista) exige, em troca, que seja definida a data para votar o Código Florestal - mas o governo não quer se comprometer com a apreciação do projeto que trata do uso do solo do país. Isso, somado à insatisfação crescente na base aliada, gerou o resultado previsível para todos - só o governo não viu. O imbróglio foi ignorado e Maia anunciou a votação: “A Lei Geral da Copa não tem nada a ver com o Código Florestal”, disse, pouco antes do início da sessão da sessão. O petista sabia, entretanto, o que estava por vir. Em sequência, partidos adotaram uma artimanha regimental e começaram a anunciar a obstrução dos trabalhos, impossibilitando a votação por falta de quórum. Foi o que fizeram PMDB, PSD, PR, DEM, PDT, PV, PSC, PMN e PSDB. A insatisfação dos deputados vai além da falta de acordo sobre o Código: os líderes de PR e PDT, por exemplo, declararam abertamente em plenário que protestavam contra a falta de traquejo do governo na relação com a Câmara.
Os deputados nem chegaram a analisar o mérito da Lei da Copa: a sessão se encerrou ainda durante a votação de um requerimento do PSDB, que pedia a retirada do assunto de pauta. Apesar do plenário repleto, boa parte dos deputados aderiu à obstrução e não marcou presença. O placar, inútil, ficou de 135 votos contra oito para manter a votação nesta quarta. Doze deputados se abstiveram. O número mais impressionante, porém, foi o de parlamentares em obstrução: 138. Foram eles que inviabilizaram a votação. “Nós vamos agora dar um tempo ao governo. Digamos que nós entramos na prorrogação, vamos ver se não é necessário ir para os pênaltis”, disse um resignado Marco Maia à imprensa, ao fim da sessão. Do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), veio a avaliação mais lúcida: “Os líderes não estão segurando suas bancadas”. Ele afirmou que, se o texto da Lei da Copa fosse votado nesta quarta, como queria o governo, a chance de derrota seria altíssima. Pela ótica de Alves, os peemedebistas até ajudaram quando defenderam a obstrução: desta forma, mantêm o projeto em pauta e evitam que a Câmara rejeite o texto. Pressão Os líderes aliados alegam que não são contra o projeto da Lei da Copa, mas, sim, contra o posicionamento do governo. A postura do presidente da Câmara atende à pressão do Executivo, que quer ver a Lei da Copa aprovada rapidamente e, ao mesmo tempo, não pretende dar qualquer garantia sobre o Código Florestal. “Eu acho razoável por parte do governo que haja uma preocupação com a votação do Código Florestal. É importante dar um tempo para o governo, e eu quero dar mais uma semana para que o governo possa construir sua opinião sobre o mérito de forma consensuada”, justificou Marco Maia. Boa parte da insatisfação dos aliados decorre, especialmente, da possibilidade de venda de bebidas alcólicas em estádios durante o torneio. Para contornar a resistência, o governo pediu que a liberação expressa desse comércio no projeto fosse suprimida. Agora, a proposta se omite sobre o tema e empurra a decisão para o colo dos governos estaduais que hoje proíbem a venda das bebidas alcoólicas. Os parlamentares contrários à medida - inclusive o líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG) - comemoraram o adiamento da votação. Eles seguraram um cartaz com os dizeres: “Vamos dar um chute no traseiro do álcool nos estádios da Copa”. O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), disse que a decisão sobre a liberação de bebidas alcóolicas nos estádios deve ser do Congresso Nacional, e não dos governos estaduais. “Não abrimos mão das nossas prerrogativas de decidir sobre essa matéria”, disse Campos. “O Brasil vai abrir exceção apenas para atender a interesses do mercado?”, questionou. Campos afirmou que os 76 parlamentares da bancada evangélica são contra a liberação das bebidas. Por Reinaldo Azevedo Enviado por Madeiro

Corrupção na saúde? Agora me contem algo que eu não saiba!!!

                        
    Dirceu Ayres


No Fantástico do último domingo exibiram uma reportagem onde mostra como funciona a corrupção e a safadeza em licitações no sistema de saúde do Hell de Janeiro. A grita foi geral após a exibição das imagens. O governo do estado deu declarações de que os culpados seriam punidos, que providências enérgicas seriam tomadas, e que a bandalheira iria acabar. Duas coisas me incomodam nessa situação. A primeira é que a reportagem trouxe a luz uma prática comum no Brasil, seja na saúde, na educação, ou mesmo na segurança. Em qualquer licitação que se faça na pocilga, em qualquer estado ou prefeitura, SEMPRE existiu e continuará existindo "os por fora" que determinarão os vencedores das concorrências. É assim até em condomínios onde a maioria de vocês moram. Qualquer obra em condomínio é praxe a empresa que é a vencedora da licitação já ter colocado no orçamento os 10% do síndico. E sei do que falo, pois já fui síndico de prédio e tive vários problemas para fazer os fornecedores entenderem que eu queria os 10% de desconto para o condomínio no serviço ou no material em vez de "por fora" na minha conta. Mas isso era só eu, os outros que me antecederam e me sucederam ficavam caladinhos e felizes, tanto que em alguns condomínios o cargo de síndico é quase que vitalício. Prestem atenção no seu prédio, se o síndico não quer largar o cargo nem a pau, podem acreditar, tem maracutaia, grana e alguns benefícios envolvidos. Mas os problemas dos condomínios acontecem porque a imensa maioria dos moradores pagam para não terem que participar de reuniões e nem fiscalizar onde vai o próprio dinheiro da contribuição mensal. E assim é na vida comum, o governo pega sua grana e faz o que bem entende e a sociedade não quer nem saber de se posicionar e se unir para que tenha uma gestão séria do dinheiro público e colocar um fim na corrupção. E a segunda, é que todo esse oba-oba da imprensa sobre essa reportagem não vai dar em nada. As punições não acontecerão, os envolvidos não puxarão um único dia de cadeia, a grana não sera devolvida, e as empresas envolvidas mudarão de nome e continuarão trabalhando para o governo e tudo vai continuar na mesma. Acontece que a corrupção e os "por fora" no Brasil se tornaram culturais, o poder público é o campeão nessa categoria. Seja em uma repartição onde o funça diz que seu processo vai levar "x" dias para sair, ou se você der um "jeitinho" o processo sai na hora. Seja na fiscalização onde os fiscais te encurralam na legislação caolha e te cobram para não te autuar ou liberar um simples alvará. Chegando aos ministérios e ao congresso nacional onde 10% é taxa de sucesso. Na verdade nada vai mudar após essa reportagem. Assim como a faxina que a gerentona iria fazer nos ministérios e a coisa acabou em águas de batatas. Para acabar com a corrupção no Brasil precisaríamos das ações e cobranças da população, mas um povo que estaciona o carro em vaga de deficiente físico, que recebe troco errado no balcão da padaria e se cala se o troco for para maior, claro. Um povo que abre e come produtos nos supermercados sem pagar, um povo que leva uma multa de trânsito e corre para passar os pontos da carteira para aquele funcionário ou parente que tem habilitação mas não dirige. Um povo que não vai nem a reunião de condomínio para fiscalizar onde e como seu dinheiro está sendo gasto. Esse povo não vai se importar com reportagens onde mostram a corrupção escancarada no Brasil. E nem importa o quanto o governo roube para a Copa de 2014, o que o povão quer é o EXA!!! Afinal de contas, todo mundo sempre gosta de levar uns 10% "por fora" né? E...se o Fantástico mostrasse os empresários indo a reunião e se ofendendo com o "pedido" dos "por fora" para a licitação e saíssem da concorrência por não concordar com tal prática, aí sim seria estranho e digno de reportagem ou até de estudo de psiquiatria. Mas mostrar o óbvio é de uma falta de imaginação impressionante. Aí virão alguns me dizer "ao menos mostraram a corrupção" E eu direi..."grande coisa nada vai mudar depois que esse assunto esfriar, a bandalheira vai continuar existindo e os corruptos continuarão trabalhando a todo vapor." Então... PHODA-SE!!!!! (O MASCATE)

Assessores de Aécio Neves no Senado recebem jetom em estatais mineiras

                
      Dirceu Ayres

Auxiliares do tucano engordam rendimentos em até 46% na função de conselheiros de empresas BRASÍLIA - Assessores do gabinete do senador Aécio Neves (PSDB-MG) estão engordando seus contracheques graças a cargos em estatais mineiras. Três servidores comissionados recebem, além do salário do Senado, remunerações por integrar conselhos de empresas do Estado, governadas pelo tucano de 2003 a 2010 e agora sob o comando do aliado Antônio Anastasia (PSDB). Assim, turbinam os rendimentos em até 46%. Ninguém é obrigado a bater ponto no Senado e, nas estatais, são exigidos a ir a no máximo uma reunião por mês. Veja também: MP investigará repasses do governo de Minas para rádio de Aécio Nomeado assessor técnico de Aécio em fevereiro de 2011, o administrador Flávio José Barbosa de Alencastro recebe R$ 16.337. No Conselho de Administração da Companhia de Abastecimento de Minas (Copasa), ele tem direito a até R$ 5.852 por mês, totalizando R$ 22.190. A política de remuneração da Copasa, enviada à Comissão de Valores Mobiliários, diz que em 2011 foram reservados R$ 632.100 para o pagamento dos nove conselheiros. Metade é paga como parcela fixa mensal e o restante, conforme a participação nas reuniões. Alencastro foi eleito para o conselho em 15 de abril, menos de um mês após a nomeação no Senado. Reuniões. Também assessora de Aécio, com salário de R$ 16.337, a jornalista Maria Heloísa Cardoso Neves recebe jetons de R$ 5 mil por mês da Companhia de Desenvolvimento Econômico de MG (Codemig) para participar, obrigatoriamente, de três reuniões anuais do Conselho de Administração. E, por vezes, de encontros extraordinários. Em 2011, foram três. Heloísa foi indicada em 2004, pelo então governador Aécio, e admitida pelo Senado em 2011. Ela diz que sua atribuição é, sobretudo, cuidar de estratégias de comunicação e projetos ligados à área. Assistente parlamentar do senador, Maria Aparecida Moreira, trabalha como atendente no escritório político do tucano na capital, com salário de R$ 3.202 pago pelo Senado. A Companhia de Habitação (Cohab-MG) lhe garante R$ 1.500 mensais por integrar o Conselho de Administração. Segundo o órgão, os integrantes participam de “até uma reunião ordinária mensal”. A assessora está no conselho desde 2003 e no Senado desde agosto de 2011. Questionado, Alencastro não se pronunciou. Heloísa Neves e Maria Aparecida disseram que não há irregularidade e que a documentação referente aos conselhos foi entregue ao Senado, sem objeções. A Casa não se pronunciou sobre o acúmulo de cargos. Aécio informou, via assessoria, que não há vedação legal ou incompatibilidade entre as funções. Alegou que a acumulação indevida, prevista na Constituição, não se aplica a esses casos e que o STF, em medida cautelar, acolheu esse entendimento. Aécio disse que os funcionários cumprem carga horária regular no Senado. Fábio Fabrini, de O Estado de S. Paulo

PF: Demóstenes Torres pediu dinheiro a Carlinhos Cachoeira

                     
   Dirceu Ayres


Gravações revelam que senador do DEM solicitou ajuda para despesa de táxi-aéreo Senador Demóstenes Torres discursa no plenário do Senado sobre sua relação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira Aílton de Freitas / O Globo BRASÍLIA - Gravações da Polícia Federal revelam que o senador Demóstenes Torres (GO), líder do DEM no Senado, pediu dinheiro e vazou informações de reuniões oficiais a Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar a exploração ilegal de jogos em Goiás. Relatório com as gravações e outros graves indícios foi enviado à Procuradoria Geral da República em 2009, mas o chefe da instituição, Roberto Gurgel, não tomou qualquer providência para esclarecer o caso. O documento aponta ainda ligações comprometedoras entre os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e João Sandes Júnior (PP-GO) com Cachoeira.O relatório, produzido três anos antes da deflagração da Operação Monte Carlo, escancara os vínculos entre Demóstenes e Cachoeira. Numa das gravações, feitas com autorização judicial, Demóstenes pede para Cachoeira “pagar uma despesa dele com táxi-aéreo no valor de R$ 3 mil”. Em outro trecho do relatório, elaborado com base nas gravações, os investigadores informam que o senador fez “confidências” a Cachoeira sobre reuniões reservadas que teve no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Parlamentar influente, Demóstenes costuma participar de importantes discussões, sobretudo aquelas relacionadas a assuntos de segurança pública.O relatório revela ainda que desde 2009 Demóstenes usava um rádio Nextel (tipo de telefone) “habilitado nos Estados Unidos” para manter conversas secretas com Cachoeira. Segundo a polícia, os contatos entre os dois eram “frequentes”. A informação reapareceu nas investigações da Monte Carlo. Para autoridades que acompanham o caso de perto, esse é mais um indicativo de que as relações do senador com Cachoeira foram mantidas, mesmo depois da primeira investigação criminal sobre o assunto. O documento expõe também a proximidade entre Cachoeira e os deputados Leréia e Sandes Júnior.Leréia também usava um Nextel para conversas secretas com Cachoeira. A polícia produziu o relatório com base em inquérito aberto em Anápolis para investigar a exploração de bingos e caça-níqueis na cidade e arredores. Como não pode investigar parlamentares sem autorização prévia do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF enviou o material à Procuradoria Geral em 15 de setembro de 2009. O relatório foi recebido pela subprocuradora-geral Cláudia Sampaio Marques. Caberia ao procurador-geral, Roberto Gurgel, decidir se pediria ou não ao STF abertura de inquérito contra os parlamentares. Mas, desde então, nenhuma providência foi tomada. No segundo semestre de 2010, a PF abriu inquérito para apurar exploração ilegal de jogos em Luziânia e se deparou com as mesmas irregularidades da investigação concluída há três anos. Procurado pelo GLOBO, Gurgel disse, por meio da assessoria de imprensa, que estava aguardando o resultado da Operação Monte Carlo para decidir o que fazer em relação aos parlamentares. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, confirmou o uso do Nextel por Demóstenes.Segundo ele, o senador usou o telefone, mas não se lembra desde quando. O advogado não fez comentários sobre o suposto pedido de pagamento de despesas e o vazamento de informações oficiais.