terça-feira, 1 de maio de 2012

CPI x Mensalão.



    Dirceu Ayres

O que o senador Demóstenes Torres fala com Carlinhos Cachoeira, citando nomes, sem que estes tenham sido gravados ou tenham concretizado algum ilícito relatado pelos dois bandidos, não pode ser considerada uma prova contra os citados. Na maioria das gravações vazadas é flagrante que ambos supervalorizam as suas influências e importâncias, contando vantagens e antevendo resultados de um típico trabalho de lobby. É o caso de Cachoeira em relação ao repórter da Veja. Não existe nenhuma relação entre o que o bicheiro propala com o que saiu publicado na revista. Há, aí, uma nítida tentativa de tipificar como crime o relacionamento de um jornalista com a sua fonte, liderada por mensaleiros e seus tentáculos na esgotosfera, na tentativa de desqualificar a Imprensa. Até estourar o escândalo, não havia nenhuma acusação contra o então pujante empresário do ramo farmacêutico, Carlinhos Cachoeira. Seria muito mais criminoso se o repórter da Veja tivesse José Dirceu - o chefe da sofisticada organização criminosa do Mensalão, definição cunhada pelo Procurador Geral da República - como fonte. Pano de fundo: os mensaleiros querem atingir a revista, de qualquer forma, pelo fato de que a mesma nunca poupou a corrupção do PT. E encontram parceiros em ex-jornalistas que odeiam a Editora Abril e a mídia em geral, o PIG, de onde foram chutados por desonestidade ou incompetência. Até agora, vários ministros são citados. José Carlos Toffoli deu carona para o senador Demóstenes. Alexandre Padilha teria facilitado a vida do bicheiro na Anvisa. Edson Lobão estaria alavancando a venda da Celg, a empresa de energia de Goiás. Gilmar Mendes estaria trabalhando para reduzir a dívida desta estatal. Nada disso está confirmado em gravações, apenas em conversas entre o senador e o bicheiro. Os mensaleiros não escondem que gostariam de envolver o ministro Gilmar Mendes no escândalo e, inclusive, a revista bandida Carta Capital chegou ao ponto de estampar a sua foto na capa, sugerindo o seu envolvimento.É preciso que a CPI não sirva de instrumento para jogar uma cortina de fumaça que empane o julgamento do Mensalão. E que não deixe de ouvir os efetivamente envolvidos, como Sérgio Cabral, governador do Rio, pelas suas relações umbilicais com a Delta. Marconi Perillo, por tratar e conviver diretamente com o bicheiro. Agnelo Queiroz, o sempre suspeito petista que desgoverna Brasília. Enfim, chamar para depor aqueles figurões carimbados e tarimbados em tornar a vida pública do país um mar de lama. A CPI do Cachoeira, com provas guardadas durante dois anos para serem vazadas faltando alguns meses para o julgamento do Mensalão, é uma estratégia minuciosamente traçada pelos corruptos que estão prestes a serem julgados. Uma tentativa desesperada que começa a se voltar contra os seus criadores. Daqui a pouco será mais vantagem perder um dedo do que entregar a mão inteira, com anéis e tudo. Lula é especialista nisso.

Dia do trabalho e a bandalheira sindical!!!



    Dirceu Ayres

Dia do Trabalho (Tarsila do Amaral)  1º de Maio dia do Trabalho. Grande merda, né? A não ser pela festança regada a muita ideologia rastaquera, e shows mambembes de artistas mediocres promovidos a base de sorteios de brindes pagos com dinheiro resultante da infame contribuição sindical obrigatória. As odiosas centrais sindicais se fartam em usar e abusar da arrecadação sem controle do dinheiro dos trabalhadores. As centrais sindicais não passam de braço ideológico das Ratazanas Vermelhas, são mantidas a peso de ouro pela própria classe trabalhadora. E em todo 1º de Maio a história é a mesma, promovem shows e utilizam da burrice do povo para fazerem palanque eleitoral para político imoral aparecer e conseguir alguns votos. Se o dia é do trabalhadores e a festa que é paga por eles mesmos é para comemorações trabalhistas, político deveria ser proibido de subir nos palcos dos shows, e qualquer alusão a partido político deveria ser punida com milionárias multas contra quem fez a lambança. Mas na pocilga aproveitam esse dia para fazer proselitismo político, e servir de palanque eleitoreiro dos Ratos Vermelhos que invariavelmente farão a via sacra em tudo que é comemoração deste país. Em Sampa, dou minha cara a tapa se o Haddad e a cangalha vermelha não se enfiarem nas festas da CUT. O que o trabalhador burro que vai a essas festas não percebe é a realidade da sua situação que é obrigado a doar um dia do seu trabalho em forma de imposto sindical e a central faz o que bem entende com essa grana e ninguém fiscaliza porra nenhuma. E é por isso que todo aquele que é envolvido com sindicatos acaba ficando "bonito na fotografia", e até mortes saem pelas disputas políticas internas nessas agremiações. Já conheci muita gente ligada a sindicatosinhos que até viagens a Paris fizeram através da imoral "sindicalidade". E alguns doutores que ganham babas em salários para trabalharem nos sindicatos. Tudo movido a muita trampolinagem e muita falta de ética com o dinheiro do trabalhador. E essa cambada promove shows mediocres e sorteios ridículos apenas para fazer com que os desavisados "trabalhadores" compareçam as comemorações para receberem a doutrina socialista esquerdofrênica. No dia em que proibirem que político suba em palco de comemorações do primeiro de Maio, e quando a justiça passar a cobrar acerto de contas dos sindicatos provando onde foram gastos os bilhões arrecadados todos os anos, e quando o imposto sindical deixar de ser contribuição obriogatória. Muita gente que se diz lider dos trabalhadores irá desaparecer da mídia e muito bandido enfiado em sindicato irá bater com o costado na cadeia, ou ter que arrumar emprego de verdade. Mas enquanto a bandalheira continuar correndo solta. Nada vai mudar na pocilga. E viva o Primeiro Desmaio!!!! E PHODA-SE!!!!

Cachoeira articulou compra de partido



     Dirceu Ayres


Por intermédio de araponga, contraventor ofereceu R$ 200 mil pelo PRTB de Goiás BRASÍLIA - Definido pela mulher como "preso político", o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preparava uma ofensiva política em Goiás. Conversas interceptadas pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo mostram Cachoeira negociando a compra de um partido. O presidente nacional do PRTB, Levy Fidelix, é citado em diversas conversas Os áudios da PF indicam que seria a seção goiana do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), cujo presidente nacional Levy Fidelix é citado em diversas escutas. As conversas sobre a compra do partido começam em maio de 2011, quando Cachoeira questiona um aliado sobre a direção da legenda em Goiás. A ideia era tirar do cargo Santana Pires, presidente regional da sigla. Dois dias depois, o contraventor pede a Wladimir Garcêz que envie uma mensagem para alguém, cujo codinome entre o grupo é "nosso maior", questionando se valia a pena "pegar" o PRTB. A PF identificou que o sargento aposentado da Aeronáutica, Idalberto Matias Araújo, o Dadá, também fazia parte da negociação. Em um grampo, Dadá diz a Cachoeira que falou com o advogado (possivelmente do partido) e que ele teria pedido R$ 300 mil. "Já aumentou aquele valor que falei para você. Falou que era R$ 200 mil, passou para R$ 300 mil", diz Dadá. "Tá roubando. Que garantia que tem?", pergunta Cachoeira. "Disse que faz na hora. O presidente vem e faz tudo e vai para o TRE. Resolve tudo", explica o araponga. Cachoeira então quer saber quanto custa a manutenção anual do partido e Dadá diz que ele não falou sobre o assunto. "Falou que fica com o Estado todo na mão e nomeia os municípios." Cachoeira anima-se e diz que é para fechar o negócio por R$ 150 mil: "Até R$ 200 mil dá para fazer. Fecha logo, mas tem que ter garantia". Segundo a PF, em agosto o grupo continuava discutindo o assunto. No início do mês, Dadá liga para Cachoeira perguntando se ele ainda estava interessado "naquele negócio do partido?" Ele confirma e pergunta qual era a legenda. Dadá responde que é o mesmo partido do Levy, o PRTB. No dia 11, Cachoeira liga para Dadá e questiona: "E o negócio do partido lá, o que deu?". O araponga responde: "Uai, tá naquele lenga, lenga, o cara quer, tá lá em São Paulo, hoje mesmo ligou, querendo os nomes, mas eu sugeri aquilo que você me falou, ‘ó meu irmão, é, vamos visitar lá o 01 do Estado’, aí ele falou ‘não’, que ele ficou de ver com o cara o seguinte: se a gente mandasse um emissário nosso com os nome e se lá o cara quiser trazer a nominata, beleza, entendeu?. Agora entregar os nomes e pegar a nominata no outro dia, eu falei que não tava certo. Aí ele ficou de ver lá com o Levy Fidelix, pra ver se fazia assim, pra mim te falar e mandar mensageiro lá, mandar o negão lá com esses nomes". Cachoeira mostra-se satisfeito com a resposta e pede que Dadá verifique o andamento das negociações. Três dias depois, Dadá informa que levaria os nomes para o pessoal do partido. Cachoeira insiste para que o araponga marque uma conversa com Fidelix para "desenrolar" o assunto. As investigações não revelam se a negociação prosperou. O Estado tentou falar com o Levy Fidelix, ontem. Porém, ele não foi localizado. Alana Rizzo e Fábio Fabrini - O Estado de S. Paulo

Nenhuma novidade.


     


    Dirceu Ayres

Velha conhecida – O escândalo envolvendo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e a Delta Construções não é o primeiro da história política nacional. É apenas mais um capítulo de uma epopeia criminosa sem fim, o que impede a imprensa brasileira de se mostrar indignada diante dos fatos. A cada novidade que surge no caso Cachoeira, veículos de imprensa e jornalistas exalam doses de indignação, como se não conhecessem os as entranhas do mundo político. O que esses escribas deveriam fazer ao longo dos anos, mas não fazem, é denunciar a bandalheira que marca a vida pública. E é com a consciência absolutamente tranquila que o ucho.info faz esse alerta, pois sempre afirmamos que política é negócio milionário e que o Congresso Nacional se transformara em um largo balcão de negócios. Durante quase onze anos de existência o ucho.info chamou a atenção para os custos das campanhas políticas, sempre escandalosamente superiores aos valores informados pelos candidatos à Justiça Eleitoral. Uma campanha à Câmara dos Deputados em um estado do Nordeste, por exemplo, custa, em média, R$ 50 por voto. Ou seja, um candidato que se elege com 150 mil votos, o que não é nenhum absurdo, terá investido R$ 7,5 milhões em três meses de campanha, enquanto seus ganhos salariais em quatro anos de mandato não ultrapassarão a marca de R$ 1,4 milhão. No âmbito do Senado Federal, uma campanha pelos mais importantes estados brasileiros, capaz de levar o candidato ao triunfo, não sai por menos de R$ 20 milhões. Para o mais alto cargo do País, o de presidente da República, uma campanha com chances de sucesso custa ao candidato por baixo perto de US$ 300 milhões, o que representa R$ 500 milhões. Na política não há inocentes, assim como quem investe em campanhas não tira o dinheiro do bolso por diletantismo ou patriotismo. Faz porque que mais adiante, cedo ou tarde, cobrará a contrapartida. O grande problema está na forma como se dá a cobrança e o suposto “pagamento”. Quando a sensação de impunidade fala mais alto, o político acaba se descuidando e torna-se alvo principal de um escândalo de corrupção. Muitos dos que foram escalados para compor a CPI do Cachoeira têm extensos telhados de vidro, o que deve fazer com que as investigações sejam rasas. De tal modo, a imprensa não pode passar à opinião pública essa falsa indignação, pois a bandidagem que marca a política é velha conhecida de todos. A diferença está no compromisso de alguns de sempre denunciar esse tipo de conluio criminoso entre os políticos e seus financiadores. E isso o ucho.info tem feito com reconhecida insistência. *Texto por Ucho.info BLOG DO MARIO FORTES

Na TV, Dilma diz que juro alto dos bancos é ‘inadmissível’





   Dirceu Ayres


Presidente aproveitou pronunciamento na véspera do Dia do Trabalho para elevar o tom da briga com as instituições financeiras  BRASÍLIA - O governo elevou o tom na briga contra os juros altos cobrados pelos bancos. A presidente Dilma Rousseff aproveitou um pronunciamento nesta segunda-feira, 30, em cadeia nacional de rádio e televisão, para orientar os clientes a exigirem "melhores condições" de financiamento. No novo ataque do Planalto contra o sistema financeiro, Dilma classificou de "inadmissível" o custo dos empréstimos no Brasil e recomendou às instituições privadas seguirem o "bom exemplo" dos bancos estatais, que já fizeram pelo menos duas rodadas de corte de juros nas principais linhas de financiamento. "É inadmissível que o Brasil, que tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com os juros mais altos do mundo", desabafou a presidente, em seu pronunciamento aos trabalhadores, em comemoração ao 1º de maio. Apesar de os maiores bancos privados terem anunciado cortes nos custos dos financiamentos por conta da pressão que o governo vem fazendo nas últimas semanas, Dilma deixou claro que há mais espaço para cortes e recomendou às instituições privadas que sigam o "bom exemplo" da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, que já cortaram em pelos menos duas ocasiões as taxas de juros de várias linhas de empréstimo. "A Caixa e o Banco do Brasil escolheram o caminho do bom exemplo e da saudável concorrência de mercado provando que é possível baixar os juros cobrados dos seus clientes em empréstimos, cartões, cheque especial, inclusive no crédito consignado", afirmou Dilma. Briga: O ataque da presidente na TV é mais um capitulo na luta que o governo resolveu travar com os bancos privados. O governo considera inaceitável a grande diferença entre a taxa de juros que os bancos pagam para pegar recursos e o que é cobrado dos clientes que vão tomar um empréstimo, o chamado spread bancário. Outro fator que tem incomodando bastante a equipe econômica e o Palácio do Planalto é que o Banco Central iniciou em agosto do ano passado um ciclo de corte da taxa básica de juros - que está atualmente em 9% ao ano -, mas o custo do financiamento para os clientes bancários não tem acompanhado esse movimento, pelo menos não na velocidade e na magnitude esperada. "Os bancos não podem continuar cobrando os mesmo juros para empresas e para o consumidor enquanto a taxa básica Selic cai, a economia se mantém estável, e a maioria esmagadora dos brasileiros honra com presteza e honestidade os seus compromissos", disse Dilma. "O setor financeiro, portanto, não tem como explicar essa lógica perversa aos brasileiros. A Selic baixa, a inflação permanece estável, mas os juros do cheque especial, das prestações ou do cartão de credito não diminuem." Para demonstrar que o governo está preocupado com as denúncias que têm surgido a cada dia antes mesmo do início do funcionamento da CPI de Carlos Cachoeira e mostrar que o governo não compactua com desvios, Dilma encerrou o pronunciamento falando que combaterá a corrupção. "Garanto às trabalhadoras e aos trabalhadores brasileiros que vamos continuar buscando meios de baixar impostos, de combater os malfeitos e os malfeitores, e cada vez mais estimular as coisas bem feitas e as pessoas honestas de nosso país", declarou a presidente, avisando que não vai abrir mão de "cobrar com firmeza, de quem quer que seja, que cumpra o seu dever". Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo

PMDB quer impedir depoimento de Cabral, amigão e patrocinador da Delta, na CPI.



   Dirceu Ayres

Tranqüilos até poucos dias atrás com o tiroteio entre PT e oposição, que mantinha o PMDB distante do alvo central da CPI do caso Cachoeira, integrantes da cúpula do partido começaram a se mobilizar no fim de semana para tentar blindar o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e evitar que seja aprovada sua convocação para depor logo no início dos trabalhos. Dirigentes peemedebistas não escondiam nesta segunda-feira o desconforto e a preocupação com a superexposição das relações de Cabral com o dono da Delta, Fernando Cavendish, em fotos divulgadas pelo ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ). A avaliação feita em conversas reservadas era de que a CPI começa a caminhar com as próprias pernas, e que a cúpula do PMDB terá que rever sua estratégia inicial de se manter à margem da CPI que nunca quis. Por isso, apesar do feriado de hoje, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), chega a Brasília para uma reunião com o presidente licenciado do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e com o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), para discutir como conduzir o caso e não deixar que o foco da CPI extrapole o objeto de sua criação: o esquema Carlinhos Cachoeira, Delta e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). A preocupação é com o descontrole das investigações além dos limites dos negócios da Delta no Centro-Oeste — que podem atingir os governadores Marconi Perillo (GO) e Agnelo Queiroz (DF). O governador do Distrito Federal é o único que já tem pedido de inquérito aberto pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sob a alegação de que assessores receberam propina para facilitar contratos em seu governo. Marconi Perillo é acusado de relações estreitas com o grupo de Cachoeira e Demóstenes, que teriam indicado servidores em postos de alto escalão em seu governo. Mas não há ainda inquérito ou gravações que o incriminem diretamente. Um dos representantes do PMDB na CPI, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) disse, num primeiro momento, que seria inevitável a convocação de Cabral. — Será uma oportunidade para ele se explicar sobre as denúncias de que privilegiou a Delta por ser amigo do Fernando Cavendish. Não faria sentido chamarmos outros governadores acusados de envolvimento na teia da CPI, como o Perillo e o Agnelo, e deixarmos o Cabral de fora só porque pertence ao PMDB ou porque governa o Rio — declarou Ferraço no domingo ao site IG. Nesta segunda-feira, depois da mobilização da cúpula peemedebista, Ferraço estava mais cauteloso, alegando que Garotinho estava fazendo disputa política: — O Renan me deu liberdade para agir de acordo com minhas convicções. E minha convicção é que não vou ser instrumento de lutas regionais. Pode tirar o Garotinho da chuva! — disse Ferraço, ontem, ao GLOBO. Preferindo manter-se no anonimato, um deputado do PMDB faz a mesma avaliação que Ferraço: — A CPI começa a ganhar rumo próprio. Quem é que vai convocar o Perillo e o Agnelo e depois botar a cara lá para defender o Cabral? Quem defender Cabral vira alvo. Como que o Renan, que quer ser presidente do Senado, vai defender isso? Só por baixo dos panos. Nas conversas de bastidores, peemedebistas avaliaram que a situação de Cabral se complicou muito no final de semana com a divulgação dos vídeos e fotos. Mas a ordem interna é não alimentar essa polêmica. — A CPI é para investigar o Cachoeira e as investigações das operações da Polícia Federal. Se tem outras ramificações, lá na frente a CPI terá que investigar. Temos que aguardar o plano de trabalho da comissão para ver onde e o que tem de ligação com Cachoeira — disse ex-líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ressaltando que não é da CPI. Cabral, que não tem relação estreita com seus partidários no Congresso, está procurando aproximação maior e sondou pessoas do partido para refutar suspeitas de que privilegiou a Delta. (O Globo)