sábado, 12 de maio de 2012

AME, EVITA ATÉ LUPOS.





    Dirceu Ayres

Amar sempre, Este raciocínio foi abolido junto com as fitas de VHS, o Sapoti, O abacate e algumas coisas que sabemos... Não existe mais ou existe muito pouco. Assim Como algumas dessas espécies entra em extinção, Como a tecnologia é suplantada, como a medicina avança rápido demais para quem não estuda o comportamento humano também se altera com o passar das décadas. O homem inventou o Teatro para seu lazer, Inventou a TV e colocou o Teatro em segundo plano O “Love it or leave it” acabou junto com os sonhos de igualdade. Inventou o Computador e já deixou de lado a TV. Agora a Raiva e o ódio é que estão ativos. Não há opção de ignorar quem você não gosta. Ninguém quer mais saber do “tira por menos” ou o deixa ‘pra lá.’ Em função deste acontecimento, a incapacidade de simplesmente ignorar os desafetos, o mundo passou a praticar o ódio como deveria praticar o amor da era “hippie”. O maior exemplo disso são as muitas comunidades do tipo “eu odeio” em sites de relacionamento. Claro que o ódio não é uma invenção moderna. Amor e ódio são tão antigos quanto o Tempo que estamos na face da terra. O que abala é que odiamos todas as pessoas que se tornam obstáculos em nossas vidas. Odiamos o cara na nossa frente na fila, odiamos a moça do tele marketing que liga no final de semana, ou nos feriados ou quando estamos em uma paquera, quando estamos tomando uma cervejinha no bar da esquina. O jornalista; que trabalha na TV dizendo bobagem, Também odiamos todos os motoristas que estão na nossa frente no trânsito impedindo nosso acesso ao próximo caminho que nos leva para casa. Sempre odiamos as mulheres que nos dão o “fora”, A cerveja que não está bem gelada, o mau cheiro do ambiente em que estamos Diabos quanto ódio, quanta raiva. Não é de se admirar que tanto ódio tenha gerado a maior onde de falta de auto-estima do mundo. Só se fala nisso. A auto-estima não é nada senão o velho amor-próprio com roupinha nova. E o que é a falta de amor-próprio senão a falta de capacidade de amar? Se não amamos nem a nós mesmos como vamos ser capazes de amar qualquer um a nossa volta?. Talvez o remédio seja mesmo amar e fazer amor adoidado e para não encher a cabeça de minhocas, terem um Deus como quer que vocês o concebam e se drogar. Aceite meu convite...Vamos amar. Mas o mundo não vai se curar de suas mazelas se não começarmos a praticar o amor novamente e o mais depressa possível. O amor ao próximo, a nós mesmos, amor à vida, amor ao mundo. Nem que pra isso tenhamos que criar academias de amor ou até Bolsa Amor (na moda) onde todos possam desenvolver este músculo-bomba tão simbólico e representativo da vida chamados coração. Lá, sim, vai ser um bom lugar pra malhar. Esse é meu convite, amar, amar e amar. Vamos bombear mais sangue para o cérebro, mais sangue para o corpo todo, mais adrenalina, ter disritmia amorosa, sentir o coração pulsando com mais força e mais pressa, aí talvez descubra que está amando. Se praticarem esse exercício nunca sofrerá do mal de Alzheimer nem desenvolverão um mal horroroso chamado de Lupos, uma espécie de “ALERGIA DE SI MESMO” doença desgraçada e sem cura, talvez porque nunca amou, ou ao contrário... Odiou.

Editorial O Globo: Tentativa mensaleira de manipular a CPMI.


  Dirceu Ayres


Continuam as manobras de facções radicais do PT, ligadas aos mensaleiros, para usar a CPI do Cachoeira com objetivos sem qualquer relação com o escândalo da montagem pelo contraventor goiano de uma rede de influência em todos os poderes da República. Uma das intenções é constranger o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por ser ele o responsável pelo encaminhamento da denúncia do Ministério Público Federal contra os envolvidos no esquema de troca de dinheiro sujo - inclusive público - por apoio parlamentar ao governo, na primeira gestão de Lula. Estes grupos começaram a pressionar Gurgel quando, no estouro do escândalo, com a descoberta da proximidade entre Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (GO), foi noticiado que o procurador-geral recebera em 2009 o inquérito da Operação Las Vegas, da PF, e nada fizera. Nele já havia registros da afinidade da dupla. Instalada a CPI, as facções partiram para tentar uma convocação de Gurgel ou convite. Não importava, contanto que o procurador-geral da República comparecesse perante os holofotes da comissão, para certamente ouvir toda sorte de provocações de representantes dos mensaleiros. O procurador já explicara ter mantido o primeiro inquérito no gabinete para que seu conhecimento público não prejudicasse as novas investigações da PF, na seqüência da Operação Las Vegas. Além disso, afirmou, não havia bases sólidas para o indiciamento de Demóstenes. Não há por que rejeitar a explicação lógica de Gurgel, pois, de fato, a operação seguinte, a Monte Carlo, foi um sucesso. A CPI e o início do processo de cassação do senador são a prova. No primeiro depoimento tomado pela comissão, o delegado da PF Raul Alexandre Marques Souza confirmou o envio do inquérito ao procurador e a decisão dele de nada fazer naquele momento. E, com isso, as pressões sobre Gurgel voltaram. Na quarta-feira, o procurador-geral foi claro: "Há protetores de réus (do mensalão) como mentores disso." Ou seja, da campanha para levá-lo à CPI. Como o objetivo é político e de constrangimento pessoal, não adiantou, também, Gurgel explicar, antes do depoimento do delegado, que, por lei, ele não pode falar acerca de inquéritos sobre os quais se pronunciará como procurador da República. Também é de fundo político-ideológico a definição por esta facção radical, minoritária no PT, de um segundo alvo na CPI: a imprensa independente. O fato de Cachoeira ter sido fonte de denúncias publicadas pela revista "Veja" contrárias a interesses do grupo leva à tentativa de conversão da comissão num exótico tribunal de julgamento do jornalismo profissional. Parece uma forma de buscar alguma vantagem no "tapetão" político depois que as tentativas institucionais de manietar a imprensa se frustraram. Dilma, como Lula, se mantém distante dessas aventuras, numa demonstração de maturidade.Acima de tudo, o Brasil já demonstrou que tem instituições em pleno funcionamento capazes de defender a Constituição, na qual é estabelecido como cláusula pétrea o direito à liberdade de imprensa e expressão, entendimento reafirmado não faz muito tempo pelo Supremo. Fariam melhor os radicais se gastassem tempo e energia fazendo a CPI funcionar para de fato mapear as conexões do crime organizado dentro do Estado brasileiro.

No Ministério Público, mulher de Gurgel investiga ministros e senadores



     Dirceu Ayres

Vista como ‘discreta’ por colegas, Cláudia Sampaio virou alvo da CPI após ter seu nome citado. BRASÍLIA - Apontada por colegas do Ministério Público Federal como “discretíssima” e “competente”, a subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques tornou-se alvo dos parlamentares da CPI do Cachoeira. Poucos fora do Ministério Público Federal sabem que Cláudia, mulher do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, tem atuação destacada há pelo menos sete anos nas principais investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) contra ministros, deputados e senadores. A subprocuradora está sob ameaça de depor na comissão depois que, na última terça-feira, o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Sousa disse ter enviado ao Ministério Público Federal a investigação da Operação Vegas quando se deparou com conversas envolvendo o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) e os deputados Sandes Júnior (PP-GO) e Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO). Foi Cláudia que, em setembro de 2009, decidiu não levar adiante as investigações por entender que não havia elementos concretos sobre o caso. Em nota, ela afirma que, àquela altura, o caso seria arquivado pelo STF. A subprocuradora, então, disse que atendeu a um pedido da PF para segurar a investigação, não o arquivando sumariamente no Ministério Público. Diante da decisão, deputados e senadores governistas querem trazê-la à CPI. Confiança. Desde a gestão do ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, iniciada em meados de 2005, ela conta com a confiança do MP para tocar as investigações criminais mais sensíveis contra ministros de Estado e parlamentares. A parceria foi mantida na gestão do marido, que vai até julho de 2013. Pelas mãos dela já passaram ou estão casos envolvendo o atual vice-presidente Michel Temer, o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Por designação de Antonio Fernando, ela tocou, com mais três procuradores, parte da investigação do escândalo do mensalão. Tomou, por exemplo, o depoimento do empresário Marcos Valério e preparou terreno para que, antes da conclusão das investigações pela PF, Antonio Fernando oferecesse denúncia contra os 40 envolvidos no STF. “Ela goza e sempre gozou da minha estrita confiança dentro do Ministério Público Federal”, afirmou Antonio Fernando. Procuradores mais jovens consideram Cláudia e Gurgel conservadores em matéria de investigação criminal. Pessoas ligadas aos dois, contudo, afirmam que a dupla é cautelosa. Eles só pedem a abertura de apurações no STF ou no Superior Tribunal de Justiça se tiverem, na avaliação de uma pessoa que goza da intimidade do casal, “elementos concretos”. “A gente na primeira instância é mais ousado mesmo”, admitiu um procurador da República que trabalhou no caso do mensalão. Ricardo Brito, de O Estado de S. Paulo.