sexta-feira, 25 de maio de 2012

Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade



    Dirceu Ayres

Percam um pouquinho de tempo para ler. Vale a pena... Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, assina uma coluna no The Plain Dealer, Cleveland, Ohio. "Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi." Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez:
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..
26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.
33. Acredite em milagres.
34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.”
Estima-se que 93% não encaminhará isto. Se você for um dos 7% que o farão, encaminhe-o com o título 7%.
(Colaboração da Clarice-SP)

Negociaçõe$ política$ tentam impedir que CPI convoque governadores e quebre sigilos da Delta no RJ.


                             DIRCEU AYRES

http://www.alertatotal.net Leia mais artigos no site Fique www.fiquealerta.net Por Jorge Serrão Apesar de a pizzarice petralha estar operando a pleno vapor no Congresso, tudo indica que pode se reafirmar a velha tese de que “CPI todo mundo sabe como começa, mas nunca como acaba (mal)”. Revelações sobre o uso de uma rede de “laranjas” para abastecer o esquema de Carlinhos Cachoeira com muita grana desviada da Delta Construções servem de motivo objetivo para a quebra dos sigilos bancários e fiscal da empreiteira, a partir de sua sede no Rio de Janeiro. A turma chapa-branca da CPI começa a ver a coisa muito preta... Era tudo que não queriam o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e demais parceiros dos governadores Sérgio Cabral Filho (RJ), Marconi Perillo (GO) e Agnelo Queiroz (DF). Dese ontem, já começaram as negociaçõe$ para impedir que sejam aprovados, na terça-feira que vem, os requerimentos de convocação dos três políticos. PT, PSDB e PMDB também trabalham para impedir que a sessão de terça da CPI escancare as contas nacionais da Delta. Por enquanto, quem está jogando uma cachoeira de água no forno da pizza da CPI é o senador Pedro Taques (PDT-MT). O escândalo Cachoeira já começa a transformar em torneirinha o esquema do Mensalão – que será julgado pelo foro privilegiado do Supremo Tribunal Federal. Uma investigação mais séria pode revelar os verdadeiros esquemas de corrupção por trás de muitos políticos que posam de sérios. O grande temor da petralhada e seus companheiros peemedebistas é que a desgraça de Cachoeira deságüe em quem recebia, de verdade e de forma indireta, a grana desviada de grandes obras públicas. A Delta era a principal empresa do PAC, cuja mãe é a Presidenta Dilma e o padrasto, lógico, era Luiz Inácio Lula da Silva. Engraçado é como só Cachoeira apareça como o “filho da mãe” de uma grande famiglia mafiosa... Até agora, a informação mais comprometedora é um laudo de Perícia Criminal Federal Contábil Financeiro número 1833/2011, assinado pelos Peritos Guilherme Puech Bahia Diniz e Marden Jorge Fernandes Rosa, revela que ocorreram pelo menos cinco transferências realizadas por Geovani Pereira da Silva, o contador ainda sumido de Cachoeira, para o escritório do ex-procurador geral da República, Geraldo Brindeiro. Foi confirmado um repasse de R$ 161.279,85 ao escritório Morais, Castilho e Brindeiro Sociedade de Advogados. Investigações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, reuniram provas objetivas de que o caixa da Delta Construções no Rio de Janeiro abastecia empresas de fachada do esquema de Carlinhos Cachoeira, usando “laranjas” – pessoas aparentemente inocentes que nem sabiam de nada ou não levaram dinheiro do esquema mafioso. Da conta do CNPJ nacional da Delta saíram pelo menos R$ 12 milhões para a Alberto e Pantoja e Brava Construções, empresas de fachada usadas pelo grupo de Cachoeira. Serão alvos (de investigação ou abafamento?) da CPI as empresas Zuk Assessoria Empresarial e a Flexa Factoring Fomento Mercantil – que funcionam em um mesmo endereço, no Centro do Rio de Janeiro. As empresas receberam recursos da Brava Construções, que é do esquema de Cachoeira. A Brava Construções e a Alberto Pantoja movimentaram R$ 39 milhões da Delta. Tudo veio à tona porque os sigilos bancário e fiscal da Zuk e da Flexa Factoring e de seus sócios Cristina Lacerda de Almeida, Tatiana Correia Rodrigues, Edivaldo Ferreira Lopes e Maria Aparecida Corrêa foram quebrados em 2011, na Operação Monte Carlo. O fim de semana será de intensa$ negociaçõe$ para impedir que a semana que vem escancare o verdadeiro esquema financeiro da Delta – que parece ir muito além do mero lobista Carlinhos Cachoeira. Por enquanto, em silêncio, é só ele que segura a bronca. O defensor de honra dos ilustres petistas, criminalista Márcio Thomaz Bastos, terá de trabalhar mais que Hércules para livrar a barra dos implicados no escândalo que ainda sequer vieram à tona das águas turvas e fétidas do Delta da Cachoeira (um ponto geográfico imaginário onde se centraliza o Governo do Crime Organizado). Laranjada podre: Depois de tanta laranjada descoberta no esquema da Delta e Cachoeira, no Rio de Janeiro, uma previsão: É grande o risco de um governador virar suco, se for convocado à CPI. Mas o pior é se constatarem que ele é um laranja de um chefão muito mais suculento... Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 25 de Maio de 2012.

Inadimplência de veículos sobe a 5,9% e bate novo recorde

      

    Dirceu Ayres

Crédito para compra de carros recua 0,3% em abril para R$ 200,691 bilhões. É o menor valor desde novembro de 2011 BRASÍLIA - A inadimplência nos financiamentos para a compra de veículos por pessoas físicas bateu novo recorde em abril, informou nesta sexta-feira, 25, o Banco Central. A taxa de atrasos acima de 90 dias passou de 5,7% em março para 5,9% no mês passado. Desde dezembro, a inadimplência já subiu 0,9 ponto porcentual. O BC informou também que os empréstimos com atrasos entre 15 e 90 dias, indicador utilizado para antecipar a tendência da inadimplência, recuou de 8,6% em março para 8,5% em abril, ainda acima dos 7,6% registrados em dezembro do ano passado. Outra linha de crédito que registrou aumento da inadimplência em abril ante março foi o crédito pessoal, cuja taxa passou de 5,3% para 5,5%. Nos empréstimos para aquisição de bens, os atrasos também cresceram, de 12,9% para 13,4% na mesma base de comparação. Entre as linhas detalhadas pelo BC, apenas o cheque especial registrou queda na inadimplência, de 10,6% em março para 10% em abril, menor taxa desde outubro de 2011 (9,5%). Crédito As operações de crédito para compra de veículos destinadas às pessoas físicas caíram 0,3% em abril ante março, segundo o BC. Com esta retração, o total de financiamentos para compra de carros concedido pelo sistema financeiro caiu para R$ 200,691 bilhões no mês passado, o menor valor desde novembro de 2011, quando o total era de R$ 199,590 bilhões. Segundo o BC, a contração do mercado no mês passado aconteceu no segmento de arrendamento mercantil - o chamado leasing -, cujo estoque caiu 5% no mês, para R$ 22,606 bilhões. No crédito direto ao consumidor, a carteira cresceu 0,3%, para R$ 178,085 bilhões. O BC também informou que as operações de crédito para o setor habitacional cresceram 2,3% em abril ante março e alcançaram R$ 222,646 bilhões. No acumulado em 12 meses, o segmento cresceu 42,9%. Prazo O prazo dos empréstimos para aquisição de veículos voltou a cair em abril e retornou ao menor nível desde agosto de 2009. A média do estoque de financiamentos recuou de 519 dias em março para 515 dias no mês passado, de acordo com o BC. É o 10º mês seguido de queda. Em agosto de 2009, estava em 513 dias.O recorde para esse indicador foi registrado em dezembro de 2010 (568 dias), mês em que o BC anunciou medidas macroprudenciais de restrição a operações com prazos acima de 60 meses. Na segunda-feira, o governo anunciou novas medidas para impulsionar o crédito para veículos e ampliar prazos. Foi mantida, no entanto, a restrição a operações acima de cinco anos. A taxa de juros para esses empréstimos recuou pelo segundo mês seguido, de 26,5% em março para 26% ao ano em abril, menor patamar desde dezembro de 2010 (25,2% ao ano). O recuo se deve, em parte, à redução no spread bancário de 17,3 pontos porcentuais para 17,1 pontos, na mesma comparação. Esse spread ainda é o maior desde janeiro, quando a taxa estava em 16,6 pontos. O spread representa a diferença entre o custo de captação dos bancos e o que é efetivamente cobrado do cliente. Eduardo Cucolo e Fernando Nakagawa, da Agência Estado

CÓDIGO FLORESTAL TERÁ VETO PARCIAL DA DILMA. ECOCHATOS DECIDEM VIVER NO MATO EM CAVERNAS...


    Dirceu Ayres

A presidente Dilma Rousseff excluirá a anistia a desmatadores do Código Florestal. A lista dos vetos da presidente ao texto da Câmara será apresentada hoje, juntamente com uma proposta que o Planalto enviará ao Congresso restaurando o texto do código do Senado. A ideia é que nenhum proprietário rural seja desobrigado de recompor as chamadas áreas de preservação permanente (APPs) em margem de rio, principal polêmica gerada pelo texto da Câmara. Haverá regras mais flexíveis para pequenos proprietários, na linha do previsto no artigo 62 do texto do Senado, rejeitado em parte pelos deputados na Câmara. Outros pontos polêmicos excluídos pela Câmara do texto do Senado serão restituídos. O principal deles é a previsão de corte de crédito para os proprietários rurais que não aderirem aos programas de regularização ambiental em cinco anos. A proteção às margens de rios urbanos e o artigo 1º da lei, que estabelecia princípios ambientais para o Código Florestal (como a conservação das florestas e o combate às emissões de gases-estufa) também voltarão ao texto. Embora longe do que queriam os ambientalistas -o veto total ao texto da Câmara-, a proposta do governo deve tranquilizar a opinião pública no Brasil e no exterior, num momento em que a Europa vê no futuro da lei florestal um indicador de sucesso ou fracasso da conferência ambiental Rio +20, em junho. "A reação da opinião pública confirmou a tese que defendíamos de que seria melhor ter apostado no acordo do Senado", afirmou a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) a jornalistas ontem, após uma reunião com os líderes do governo Arlindo Chinaglia (Câmara), Eduardo Braga (Senado) e José Pimentel (Congresso). Às 9h de hoje, Dilma recebe Ideli e os líderes. O objetivo é fazer uma exposição prévia dos vetos e acertar a estratégia na tramitação de uma nova proposta no Congresso para cobrir as lacunas que eles deixarão na lei. No encontro de hoje, Ideli vai sugerir a Dilma fazer uma reunião com todos os líderes da base e os ministros envolvidos nas negociações. A estratégia de veto foi decidida ontem à noite, após uma exaustiva série de encontros que a presidente vinha fazendo desde sábado com os ministros Gleisi Hoffman (Casa Civil), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Mendes Ribeiro (Agricultura), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União). Nos encontros, chamados por membros do governo de "sessões de espancamento", cada artigo do código foi discutido, com direito a aulas particulares de especialistas, como o agrônomo Gerd Sparovek, da Esalq-USP, e o ex-ministro Roberto Rodrigues. Prevaleceu no governo a posição de Izabella, que defendia o texto do Senado como o melhor acordo possível para conciliar produção agrícola e conservação. Ontem à noite, ambientalistas iniciaram uma vigília em frente ao Planalto. A Polícia teve de intervir, mas não houve confronto. O governo recebeu uma petição com 1,9 milhão de assinaturas pedindo o veto ao novo código. Da Folha de S. Paulo. ALUZIO AMORIM

SOB O GOVERNO DO PT, EMPRESAS ESTATAIS PAGAM JORNALISTAS PARA MENTIR.



     Dirceu Ayres

O sociólogo Demétrio Magnoli escreveu um artigo no jornal O Estado de S. Paulo que merece toda a atenção. Magnoli, antes de dedicar-se à vida acadêmica foi jornalista. Seu texto é excelente. Aliás, na atualidade se encontram poucos escritos com essa qualidade. Magnoli eviscera o monstro petralha que devorou redações e empresas jornalísticas desde que Lula tormou-se o rei desta Nação botocuda, dando a ficha de gente graúda da grande imprensa brasileira que se especializou em mentir a soldo de empresas estatais. O título no original é "Os bons companheiros". Vale a pena ler o texto de Demétrio Magnoli: De “caçador de marajás” Fernando Collor transfigurou-se em caçador de jornalistas. Na CPI do Cachoeira seu alvo é Policarpo Jr., da revista Veja, a quem acusa de se associar ao contraventor “para obter informações e lhe prestar favores de toda ordem”. Collor calunia, covardemente protegido pela cápsula da imunidade parlamentar. Os áudios das investigações policiais circulam entre políticos e jornalistas — e quase tudo se encontra na internet. Eles atestam que o jornalista não intercambiou favores com Cachoeira. A relação entre os dois era, exclusivamente, de jornalista e fonte —algo, aliás, registrado pelo delegado que conduziu as investigações. Jornalistas obtêm informações de inúmeras fontes, inclusive de criminosos. Seu dever é publicar as notícias verdadeiras de interesse público. Criminosos passam informações — verdadeiras ou falsas — com a finalidade de atingir inimigos, que muitas vezes também são bandidos. O jornalismo não tem o direito de oferecer nada às fontes, exceto o sigilo, assegurado pela lei. Mas não tem, também, o direito de sonegar ao público notícias relevantes, mesmo que sua divulgação seja do interesse circunstancial de uma facção criminosa. Os áudios em circulação comprovam que Policarpo Jr. seguiu rigorosamente os critérios da ética jornalística. Informações vazadas por fontes diversas, até mesmo pela quadrilha de Cachoeira, expuseram escândalos reais de corrupção na esfera federal. Dilma Rousseff demitiu ministros com base nessas notícias, atendendo ao interesse público. A revista em que trabalha o jornalista foi a primeira a publicar as notícias sobre a associação criminosa entre Demóstenes Torres e a quadrilha de Cachoeira — uma prova suplementar de que não havia conluio com a fonte. Quando Collor calunia Policarpo Jr., age sob o impulso da mola da vingança: duas décadas depois da renúncia desonrosa, pretende ferir a imprensa que revelou à sociedade a podridão de seu governo. A vingança, porém, não é tudo. O senador almeja concluir sua reinvenção política inscrevendo-se no sistema de poder do lulopetismo. Na CPI opera como porta-voz de José Dirceu, cujo blog difunde a calúnia contra o jornalista. Às vésperas do julgamento do caso do mensalão, o réu principal, definido pelo procurador-geral da República como “chefe da quadrilha”, engaja-se na tentativa de desqualificar a imprensa — e, com ela, as informações que o incriminam. O mensalão, porém, não é tudo. A sujeição da imprensa ao poder político entrou no radar de Lula justamente após a crise que abalou seu primeiro mandato. Franklin Martins foi alçado à chefia do Ministério das Comunicações para articular a criação de uma imprensa chapa-branca e, paralelamente, erguer o edifício do “controle social da mídia”. A sucessão, contudo, representou uma descontinuidade parcial, que se traduziu pelo afastamento de Martins e pela renúncia ao ensaio de cerceamento da imprensa. Dirceu não admitiu a derrota, persistindo numa campanha que encontra eco em correntes do PT e mobiliza jornalistas financiados por empresas estatais. Policarpo Jr. ocupa, no momento, o lugar de alvo casual da artilharia dirigida contra a liberdade de informar. No jogo da calúnia, um papel instrumental é desempenhado pela revista Carta Capital. A publicação noticiou falsamente que Policarpo Jr. teria feito “200 ligações” telefônicas para Cachoeira. Em princípio, nada haveria de errado nisso, pois a ética nas relações de jornalistas com fontes não pode ser medida pela quantidade de contatos. Entretanto, por si mesmo, o número cumpria a função de arar o terreno da suspeita, preparando a etapa do plantio da acusação, a ser realizado pela palavra sem freios de Collor. Os áudios, entretanto, evidenciaram a magnitude da mentira: o jornalista trocou duas — não 200 — ligações com sua fonte. A revista não se circunscreveu à mentira factual. Um editorial, assinado por Mino Carta, classificou a suposta “parceria Cachoeira-Policarpo Jr.” como “bandidagem em comum”. Editoriais de Mino Carta formam um capítulo sombrio do jornalismo brasileiro. Nos anos seguintes ao AI-5, o atual diretor de redação da Carta Capital ocupava o cargo de editor de Veja, a publicação em que hoje trabalha o alvo de suas falsas denúncias. Os editoriais com a sua assinatura eram peças de louvação da ditadura militar e da guerra suja conduzida nos calabouços. Um deles, de 4 de fevereiro de 1970, consagrava-se ao elogio da “eficiência” da Operação Bandeirante (Oban), braço paramilitar do aparelho de inteligência e tortura do regime, cuja atuação “tranquilizava o povo”. O material documental está disponível no blog do jornalista Fábio Pannunzio (http://www.pannunzio.com.br/), sob a rubrica Quem foi quem na ditadura. Na Veja de então, sob a orientação de Carta, trabalhava o editor de Economia Paulo Henrique Amorim. A cooperação entre os cortesãos do regime militar renovou-se, décadas depois, pela adesão de ambos ao lulismo. Hoje Amorim faz de seu blog uma caixa de ressonância da calúnia de Carta dirigida a Policarpo Jr. O fato teria apenas relevância jurídica se o blog não fosse financiado por empresas estatais: nos últimos três anos, tais fontes públicas transferiram bem mais de R$ 1 milhão para a página eletrônica, distribuídos entre a Caixa Econômica Federal (R$ 833 mil), o Banco do Brasil (R$ 147 mil), os Correios (R$ 120 mil) e a Petrobrás (que, violando a Lei da Transparência, se recusa a prestar a informação). Dilma não deu curso à estratégia de ataque à liberdade de imprensa organizada no segundo mandato de Lula. Mas, como se evidencia pelo patrocínio estatal da calúnia contra Policarpo Jr., a presidente não controla as rédeas de seu governo — ao menos no que concerne aos interesses vitais de Dirceu. A trama dos bons companheiros revela a existência de um governo paralelo, que ninguém elegeu.