terça-feira, 12 de junho de 2012

AS PLACAS.

             

         Dirceu Ayres

Sabem aquelas placas em lugares públicos ou agências bancárias, casas lotéricas que constam algo como "atendimento preferencial para idosos, gestantes, lactantes e mães com crianças de colo"? Acho que sei pra que servem. Não estão lá porque algum famigerado legislador resolveu trabalhar e, de repente decidiu que esse pessoal tem preferência para ser atendido e não precisa pegar fila como é o comum da humanidade. A grande realidade é, na verdade, despachar logo essa gente para não ficar puxando conversa e chamando atenção, incomodando o restante das pessoas. Porque tem coisa mais irritante que criança chorando, por isso o melhor mesmo é mandar aquela sirene ambulante para casa. Quem já não teve vontade de amarrar um moleque desses que incomoda pelos tornozelos com cordinhas de sapatos iguais aquelas dos tênis. O mesmo vale para os velhos. Putz desculpe os idosos, a terceira idade, a melhor idade, Os mais experientes, os jovens senhores são tantos os termos que são politicamente corretos que eu me perco. Os vovôs, já são de reclamar por natureza. Plantados numa fila para fazer qualquer coisa então... Lembra-me muitos bêbados que querem alugar o ouvido da garçonete para escutar sua estória. Não há quem agüente quando o idoso quer que ouça todas as suas reclamações. Por isso, proponho para o próximo legislador que olhe também para outras classes que merecem a mesma deferência. Os fedidos, por exemplo. Pessoas mal diagramadas fisicamente e com mau cheiro, (principalmente mulheres) não conseguem pensar em nada mais intolerável. Sugiro que aqueles que não se encaixam em qualquer padrão mínimo de higiene e de asseio, tenham um acesso exclusivo e restrito, isolado, para que não precisem compartilhar sua fealdade e seu mau cheiro. Por motivos óbvios, os Apedeutas, beócios e idiotas de uma forma geral, pois dentre eles pode haver algum Fratricida e engrossar o caldo, esses também devem ter o direito a cortar fila. Por mim, podem passar na frente e se mandar o mais rápido possível. Esse tipo de gente é muito perigoso, descontrolado, rabugento e quem sabe até doente e contaminante. Não poderia deixar de incluir na minha pauta de reivindicações os pobres. Porque não tem uma raça no mundo que seja mais digna de todos os privilégios e regalias tantas como são os pobres. Vide a igreja católica, que até hoje os defende inapelavelmente, do alto do seu castelo de ouro, vestida de seda e coroada pelo poder e glória, redentora de Deus. Na bolsa ou dobrados dentro de carteiras dos pobres, carregam seus carnês de pagamentos amarrotados, não cuidam da higiene, más são bons pagadores. Chego a pensar que todos juntos são a própria visão do nono círculo do inferno que nem Dante teve coragem de descrever. Ah, sim, proponho também um guichê exclusivo para chatos, cabuloso que reclama de tudo. Tenho de colocar aqui os que mais precisam de uma vaga mais perto da entrada do Mercado que são: Deficientes físicos, aleijados de todas as formas, grávidas e gente com dificuldades de locomoção que nunca são respeitados. Às vezes me pergunto como pode um senhor ou uma senhora que são perfeitos de corpo e até redonda demais, cheia de grana e saúde ocupar o lugar destinado a algum deficiente só porque ela não quer andar mais um pouquinho. Quem sabe um dia poderemos colocar o seguinte aviso como alerta. CUIDADO, AQUÍ TEM, “ A REVOLTA DAS BENGALAS E DAS CADEIRAS DE RODAS. ” E sempre acompanhado de alguma autoridade para fazer cumprir a lei, esses pobres coitados poderão achar local para estacionar e colocar suas cadeiras de roda…

Diretor do Turismo sob investigação pede exoneração.

     
    Dirceu Ayres

Ricardo Moesch foi mantido no cargo mesmo após investigação do próprio governo apontar favorecimento a instituto em que sua mãe e esposa trabalham BRASÍLIA - Investigado sob suspeita de utilizar o cargo no Ministério do Turismo para favorecer entidade dirigida por parentes, o diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico (Deaot) da pasta, Ricardo Martini Moesch, pediu exoneração. O pedido foi apresentado nesta segunda-feira, 11, ao ministro Gastão Vieira. Segundo o servidor, a decisão visa preservar "sua imagem profissional, pessoal e da família". Ricardo Moesch afirmou que exoneração visa preservar 'sua imagem profissional, pessoal e da família' O Ministério do Turismo informou que Vieira aceitou a exoneração. A portaria com a decisão deve ser publicada na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União. A exoneração ocorreu após o Estado publicar, no último sábado, reportagem mostrando que o diretor aprovava contas, autorizava contratos e liberava verbas para o Instituto Marca Brasil (IMB), que tinha a mãe dele em cargo de direção e sua mulher como advogada. Embora soubesse das irregularidades, apuradas em uma sindicância interna desde outubro, o ministro manteve Moesch no cargo. Neste domingo, a assessoria de Gastão Vieira alegou que o afastamento do servidor poderia atrapalhar o trâmite processual das investigações. Segundo Moesch, a própria Controladoria-Geral da União (CGU), em uma recomendação emitida no mês passado, pediu que nesses casos os servidores permaneçam no cargo. A recomendação diz que não devem ser aceitos pedidos de férias, afastamento ou exoneração. Fábio Fabrini, da Agência Estada. Antecessora deixou cargo e prestou serviço ao IMB As estreitas relações entre o Instituto Marcam Brasil (IMB) e servidores do Ministério do Turismo não se restringem ao diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico (Deaot), Ricardo Martini Moesch. Entre julho de 2007 e junho de 2009, Tânia Maria Brizzola ocupava o posto de comando do departamento. Nesse período, foram firmados 11 contratos entre o ministério e a entidade, que somam R$ 15 milhões. Ao deixar o cargo, ela passou a representar o instituto. A empresa Vitrine Brasil Comunicação e Turismo, da qual a ex-diretora é sócia, foi contratada pela entidade para executar serviços em três convênios, ao custo de R$ 251 mil, um deles aprovado por ela no Turismo. "A quantidade de instrumentos de transferência celebrados com o Instituto Marca na ausência de realização de chamamento público e as ligações identificadas entre essa entidade e integrantes do Ministério do Turismo evidenciam o favorecimento da mesma na destinação de recursos do órgão", constata a Controladoria-Geral da União (CGU), em nota técnica recém-concluída. Voucher. Parcerias foram aprovadas pela pasta do Turismo sem que sequer os custos apresentados fossem analisados. Num desses convênios, para qualificação de 1,8 mil profissionais da cadeia do turismo, o aval foi dado pela então diretora de Qualificação e Certificação e de Produção Associada ao Turismo, Francisca Regina Magalhães Cavalcante, presa no ano passado durante a Operação Voucher, da Polícia Federal, por suposto envolvimento em irregularidades em convênios com uma entidade do Amapá. Na investida, também foi detido o então secretário executivo da pasta, Frederico Silva da Costa. Na parceria para a produção de roteiros turísticos, de R$ 1,6 milhão, a empresa Idéias & Destinos apresentou propostas de prestação de serviços, na qual identificou Rosiane Rockenbach como consultora. Posteriormente, registra a CGU, ela atuou na mesma parceria, assinando nota técnica como coordenadora de setor no Turismo, em junho de 2009. / F.F. BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo