quinta-feira, 14 de junho de 2012

CRIMES E MUITOS ASSASSINATOS.


            
   Dirceu Ayres

Poucos dias se passaram e nem tínhamos esquecido o tenebroso crime que aconteceu em uma família de posses que aparentemente viviam bem. Aptº de luxo, várias domésticas, filhos e marido rico. Mas aconteceu que segundo consta, o marido deu umas escapadelas fazendo uns programinhas com uma moça bem apessoada que ele passou a gostar e dedicar muita atenção. Isso foi o bastante para a jovem esposa lhe dar um tiro com uma arma semi-automática cal. 380 e estourar seus miolos. Bem, até aí quase normal o acontecido. Agora pense... Depois de um acontecimento tão trágico, a jovem de posse de uma faca peixeira desmembrou todo corpo do cidadão parte por parte e não ficou somente nisso, colocou em algumas maletas de viagem e pegou a estrada em direção a casa da mãe já em outro estado. Teve um entrevero com a policia no posto de pedágio que a levou a voltar ao local da partida. Mas tinha de descartar as partes do corpo que ainda tinha consigo, não se fez de rogada, distribuiu espalhando as partes do corpo já devidamente cortado em vários pedaços e voltou calmamente para sua casa. Casos semelhantes foram revelados nas páginas do Estado de S. Paulo, em vários períodos. Os motivos para esses crimes passionais foram diversos, herança, ciúmes, mas o desfecho foi sempre o mesmo: o autor foi descoberto. A diferença no caso da moça que matou o Empresário que dizem ser enfermeira é que pela primeira vez o homem é a vítima do crime. Em 1928, Maria Mercedes Féa foi asfixiada pelo marido, o italiano José Pistone, teve seu corpo colocado em uma caixa depois de esquartejado e despachado no porto de Santos por navio para a França. O plano não deu certo porque a carga chamou atenção pelo cheiro. O Estado de S. Paulo - 30/10/1928. Nos anais da estória ainda em 1928 aconteceu um assassinato com estrangulamento e depois o cadáver foi metodicamente desmembrado. O corpo era de Ângela de Souza da Silva que teve como seu verdugo o Sr. Francisco da Costa Rocha, este homem ficou preso até 1986 quando ganhou liberdade e em uma horinha de folga matou, estrangulou a esquartejou a bailarina Margareth Suida. O Sr. Francisco Costa Rocha estrangulou e esquartejou a bailarina austríaca Margareth Suida, de 38 anos, em um apartamento no centro de São Paulo com tanto capricho que ficou conhecido como - Chico Picadinho. Foi preso e condenado há 17 anos e 6 meses em regime fechado. Em 1974, foi solto por bom comportamento. O Estado de S. Paulo - 10/8/1966. Em 24 de janeiro de 2003, o cirurgião plástico Farah Jorge Farah dopou, matou e esquartejou a dona de casa Maria do Carmo Alves, de 46 anos, uma ex-paciente com quem teve um romance conturbado. Seu corpo foi encontrado no porta-malas do carro de Farah, em cinco sacos pretos. O médico foi preso e condenado a 13 anos de prisão. O Estado de S. Paulo - 28/1/2003. Ato de fúria. Rafael Lima (pernambucano) flagrou a ex-mulher com outro homem e, num "ato de fúria" a matou e escondeu o crime numa mala. O Estado de S. Paulo - 20/5/2010. Após a prisão Rafael Lima de 27 anos confessou ter matado sua ex. mulher Iris de Freitas 21 anos em um “ato de fúria” Rafael Lima flagrou a ex-mulher com outro homem e, nesse "ato de fúria" a matou esquartejou e escondeu o crime numa mala. 20/05/2010. Morador encontra mulher esquartejada na zona norte de SP Polícia está no bairro Cachoeirinha fazendo a perícia; vítima pode ser uma mulher SÃO PAULO - Partes do corpo de uma mulher foram encontradas na tarde desta terça-feira, 12, na Rua General Penha Brasil, na altura do Nº 1320, na Vila Nova Cachoeirinha, zona norte de São Paulo. De acordo com a PM, os restos mortais estavam dentro de sacos plásticos e foram encontrados por um morador às 14h. A polícia está no local para realizar a perícia e os restos devem ser encaminhados para o 38º DP, na Vila Amália. Estadão.com. br 12 /06/2012. Agora nesse mês de junho de 2012 temos a noticia de um casal (ele pedreiro e ela Empregada doméstica que foram convidados a ver (para comprar) um terreno em um arrabalde em são Paulo e lá foram assassinados e jogados em um poço abandonado no meio dos matos só pelo dinheiro que ele (pedreiro) haveriam de ter para comprar o tal terreno. Fico pensando... Onde iremos parar????.

MP pede R$ 40 mi por "fracasso" na cracolândia.



          Dirceu Ayres
SÃO PAULO - Após finalizar inquérito sobre a ação da Polícia Militar na cracolândia, o Ministério Público entrou nesta terça-feira, 12, com ação civil pedindo à Justiça que o governo do Estado pague indenização de R$ 40 milhões por danos morais coletivos. Também foi pedida uma liminar que proíba que os policiais realizem as "procissões do crack", termo criado pelo Estado para definir a dispersão permanente dos usuários, sob pena de multa R$ 100 mil. Para os promotores, a ação foi "um fracasso completo", violou direitos humanos e desperdiçou dinheiro público. "Começou de modo desastrado pela sua desarticulação, desenvolveu-se de modo violento e, se chegou ao final, chegou com resultado desastroso", definiu o promotor da Habitação e Urbanismo, Maurício Ribeiro Lopes.  Segundo os quatro promotores que assinam a ação, a operação não quebrou a logística do tráfico de drogas, um dos objetivos da intervenção que começou em 3 de janeiro. Foram apresentados dados de autuações que mostram que houve menos apreensões de drogas em janeiro e fevereiro. Em 2011, foram apreendidas 5.123 pedras de crack, contra 3.037 no mesmo período de 2012, queda de 40,9%. Também houve redução das apreensões de cocaína (90,9%) e maconha (91,7%). "A operação ampliou a atuação dos traficantes para outros logradouros da capital, à medida que para lá dispersou os usuários", disse o promotor de Direitos Humanos, Eduardo Valério.  O inquérito também concluiu que a ação na região central foi malsucedida do ponto de vista de saúde. Três meses após a operação, de 129 internados, 86 não faziam mais tratamento. Entre os 43 que sobraram, a maioria não era da cracolândia. Segundo o MP, a Prefeitura estabelece que o tratamento ideal contra o crack dura seis meses e tem eficácia entre 10% e 30% dos usuários. Além disso, documento da Secretaria Municipal de Saúde mostra que as instituições não comportam a demanda. De 255 internações solicitadas pelo Atendimento Médico Ambulatorial (AMA) Boracea, que fica perto da cracolândia, só 148 pacientes foram atendidos. O Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) solicitou 74 internações, mas fez só 65. Promotores afirmaram que ação quebrou vínculos dos agentes de saúde com os viciados. Responsabilidade. Apesar das críticas à Prefeitura, o Município não é alvo da ação. Promotores constataram que a Prefeitura foi pega de surpresa pelo episódio. Outro inquérito foi aberto para apurar se os agentes públicos cometeram irregularidades. Os promotores encaminharam a apuração para o procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, que vai apurar se uma ação contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) é cabível. Caso o Estado seja condenado, a indenização deve ser depositada em um fundo público e pode ser usado em ações contra as drogas. Se a liminar for concedida, policiais não poderão dispersar os usuários. Caso sejam flagrados usando drogas, devem ser levados à delegacia. Falando em nome do Estado, a Secretaria de Estado da Justiça afirma que a operação "vem atingindo seus objetivos". Em nota, diz que houve internação voluntária de 660 dependentes e encaminhamento de 11 mil para abrigos. "A presença da PM resultou na captura de 121 condenados foragidos, bem como na prisão de 462 traficantes", afirma a nota. Por não ser alvo da ação, a Prefeitura não se manifestou. ( Estadão ) COMENTO: Por isso eu jamais esperaria. O MP politizando um episódio onde até eles mesmos não sabiam, e não sabem, como proceder da melhor forma. Tentar responsabilizar a Polícia e o Governo, é fragilizar as instituições e cercear o incentivo necessário às ações contra o tráfico e uso de substâncias entorpecentes.  Sabe quem perde com isso? O povo! Enquanto se protege viciados da cracolândia, protege-se, indiretamente, os traficantes se a ação protetora é concomitante a intenção de enfraquecer as instituições que combatem essa praga que é o crack. Outro dia assisti a uma declaração de um policial da qual se depreendia sua frustação e medo de lutar contra o tráfico. Dizia o policial que o maior medo era do Ministério Público que parecia ficar radiante diante da possibilidade de punir um policial por ser rigoroso com o crime. Cada vez mais, quem faz polícia, acha que não vale a pena combater o crime. A vítima pode ser o combatente. BLOG DO MARIO FORTES