quinta-feira, 4 de outubro de 2012

MINHA OPINIÃO SOBRE OS CANALHAS.


             
     Dirceu Ayres

Vivo decepcionado com essa gente que pensa que nós somos bobos e eles é que sabem tudo, na verdade eles são os desonestos, sem caráter e genuinamente canalhas. Gente que jamais conheceu o que é respeito e consideração por adversários ou correligionários, a exemplo de inúmeros políticos que por não poder exercer com independência, decência e dignidade seus mandatos, tiveram que se afastar do Partido por vontade ou por ser o cínico que ousa, ainda hoje, fazer a mesma política retrógrada, eivada de mentiras e caracterizada pela "distribuição" gratuita e sórdida de injúrias, calúnias e difamação. É um cínico e mentiroso contumaz. Um ser doentio, asqueroso que deve, ele sim, se aposentar ou sair da vida política e social. Pessoas que desconhecem que o Intelecto é medido pelas suas idéias e não pela força ou outro tipo de imposição. Precisa saber que existe o momento de continuar ou é hora de parar. Ser prestigiado porque é honesto, saber zelar pelo bem do povo, é diferente, isso é muito diferente de ser “honores causa” com interveniência de muito dinheiro e/ou apoio de políticos que por conveniência professão suas idéias. Acredito honestamente que é isso que faz certas pessoas perderem o devido respeito, consideração e atenção por outras pessoas ou adversários esquecendo até de si mesmo. O mau procedimento em ser falso complica também as autoridades que confiaram naquele personagem. Por esses procedimentos e ausências de bons costumes é que a ousadia leva certos personagens a se converter em corrupto. Esquecendo que o Estado não tolera o poder que corrompe ou que se deixa corromper, mais cedo ou mais tarde alguém pagara por seus mal feitos. Como se já não bastasse o que temos de ladrões, falsários, assassinos e picaretas de toda ordem, ainda temos de aturar pessoas que fingem alguma dignidade, se candidata a cargos políticos, falam mal de outros e alguns chegam a ser empossados, que porca miséria. Isso me leva a pensar nas putas, há poucos dias houve um concurso de miss prostituta em Minas Gerais. Onde vamos parar. Eleger um bom aluno isso quase não temos, veja que a outra faz leilão da virgindade outra toma o marido da amiga, isso é outra idiotice, só tem ignorantes neste País não temos coisas boas? Viva o Brasil cada vez desgraçadamente mais burro o povinho que é o mais ignorante do Brasil, para eles é muito bom quanto mais ignorante o Povo mais eles faturam e roubam! Praticam toda sorte de trampolinagem. Veja o que diz o apresentador das “Misses” “Profissionais do sexo desfilam ousadia na primeira edição do "Miss Prostituta", em Minas” e acrescenta: A campeã foi Giovana da Silva, ou simplesmente "Mara". De Vila Velha. Precisamos ver quem foi ou foram “OS ANÕES DO ORÇAMENTO” Os compradores de Ambulâncias super valorizadas, os assassinatos de uns para beneficiar outros. Os Anões do orçamento diziam que havia ganhado cerca de 20 vezes na loteria, as compras super faturadas das coisas que o Brasil precisa e sem os preços desonestos. O País não precisa de tantas maracutáias que fazem desordenadamente e nós precisaríamos de um jornal para citar uma pequena parte dessas malandragens. Vamos esperar que o Brasil melhore e possamos nos orgulhar de nossos representantes nas câmaras, congresso, nas prefeituras e tudo que precisarmos de um representante legal. Uma parte péssima dessas atitudes é você ouvir de um bandido mirim a expressão: ”ATIREI NA NINA SEU CARA, HÁ, HÁ, HÁ”.

Ao discriminar Serra, Lula fere o Estatuto do Idoso que ele mesmo promulgou.


       
    Dirceu Ayres

Em 1 de outubro de 2003, Lula sancionava o Estatuto do Idoso. Vejam o que diz o artigo 100: Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa: I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade;  Ontem, de forma criminosa, Lula afirmou que José Serra está velho para ser prefeito de São Paulo. O fez em cima de um palanque, em público, diante de centenas de pessoas, muitas delas idosas. Desdenhou, humilhou, menosprezou e discriminou um cidadão brasileiro. Mostrou mais uma vez que é um covarde da pior espécie, um imbecil em estado latente, um ser humano desprezível. José Serra tem 70 anos, apenas três anos a mais do que Lula. A mesma idade de Marta Suplicy, outra desavergonhada, que foi excluída da eleição porque São Paulo precisava do "novo", mas que estava ali, ao seu lado no palanque, pois recebeu um ministério de presente para dar apoio aquele que a desdenhou. Lula fere a Constituição de forma sistemática. Nunca houve na história deste país um presidente que desrespeitasse tanto as leis. Aliás, no caso de dois candidatos terminarem empatados na primeira colocação, o eleito será o mais velho, segundo a legislação eleitoral. Os paulistanos devem mostrar a Lula que ele não pode tudo. A começar pelos idosos, vítimas, na pessoa de José Serra, de uma das campanhas mais preconceituosas e mais sujas movidas por esta quadrilha de mensaleiros que tomou o Brasil de assalto. Não votar em Lula e sua camarilha é um ato de respeito humano. Também. “Lula, chefe do Mensalão, alquebrado pelo câncer, ataca de forma preconceituosa e covarde os seus adversários. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou ontem que o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, 70, se aposente da vida pública. No palanque do petista Fernando Haddad, Lula disse que o tucano "deve estar desesperado porque não tem mais idade para disputar a Presidência”. "Agora volta para São Paulo como se São Paulo fosse um cabide de emprego. Ai, meu Deus, requere a aposentadoria que é melhor" ironizou o ex-presidente. Sem citar o nome de Serra, ele afirmou que um dos adversários de Haddad elegeu-se prefeito e "se mandou"."Depois, ficou três anos no governo e se mandou para disputar a Presidência. “Tomou uma chulada [uma surra]”, discursou. “Contra o líder da disputa pela prefeitura, Celso Russomamno (PRB), Lula insistiu na idéia de que administrar São Paulo exige experiência”. (Folha de São Paulo

Lula meteu o bico de vez no governo da Dilma.



           

     Dirceu Ayres

Leiam, abaixo, editorial publicado no Estadão, intitulado "Dilma no palanque confirma STF". A presidente Dilma Rousseff, sempre obediente a o seu criador, atendeu à convocação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e subiu no palanque petista em São Paulo para socorrer Fernando Haddad, candidato que está ameaçado de uma vexaminosa exclusão do segundo turno do pleito paulistano, mesmo tendo a seu dispor toda a formidável máquina petista - sem falar da dedicação diuturna de Lula, já comparado a "Deus". Presidentes da República não estão proibidos, nem do ponto de vista legal nem sob o aspecto moral, de manifestar apoio a correligionários, pois, antes de mais nada, eles são entes políticos. No entanto, ao emprestar em pessoa seu peso institucional ao "barraco" em que se transformou a campanha em São Paulo, permitindo-se "meter o bico", Dilma apenas confirmou a essência do veredicto do Supremo Tribunal Federal (STF) enunciado naquele mesmo dia: o governo do PT, em nome do grandioso projeto de poder lulista, fará o que achar necessário para não ser derrotado. No comício pró-Haddad comandado por Lula na zona leste da cidade, na noite de segunda-feira, Dilma partiu para cima de José Serra, pretextando responder a declarações por este feitas na véspera, de que a chefe do governo não deveria "meter o bico" em São Paulo. Era uma explícita referência à campanha eleitoral e ao fato de Dilma ter, a mando de Lula, colocado Marta Suplicy no Ministério da Cultura em troca do apoio da ex-prefeita à candidatura de Haddad.  Dilma fez-se de desentendida e proclamou uma obviedade que nada tinha a ver com as declarações de Serra: "Não tem como dirigir o Brasil sem meter o bico em São Paulo". E como no palanque tudo se permite, a chefe do Executivo federal não se constrangeu em ir quase às lágrimas ao relembrar sua ligação com a cidade, à qual ela entende que "deve muito". Lula aproveitou para dizer que o bico de Dilma "não é predador" como o dos tucanos, seus maiores inimigos. Convém sempre descontar os excessos e as deficiências da retórica que caracterizam as campanhas eleitorais - mas que, quase sempre, dão a exata medida do desprezo que aqueles que disputam votos a qualquer preço dedicam à capacidade de discernimento dos cidadãos. Além disso, o enorme empenho do PT em concentrar na capital paulista, na reta final da campanha municipal, aqueles que considera serem os seus maiores cabos eleitorais revela claramente duas coisas. Em primeiro lugar, Lula & Cia. sempre tiveram em mente que quebrar a hegemonia política do PSDB no Estado que governa há quase 18 anos é condição indispensável à consolidação de sua própria hegemonia no plano federal. Além disso, pessoalmente, o Grande Chefe petista jamais assimilou o fato de ter sido sempre derrotado nas urnas no Estado em que se projetou para a vida política. Em segundo lugar, a atual campanha municipal, por todos considerada um vestibular importante para a eleição presidencial de 2014, tem reservado prognósticos sombrios para o PT na maior parte dos principais colégios eleitorais do País - especialmente onde Lula indicou candidatos tirados do bolso do colete. A vitória de Haddad em São Paulo, portanto, teria o dom de mitigar o efeito extremamente negativo de um fraco desempenho do partido e de Lula em cidades como Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Fortaleza e até mesmo Rio de Janeiro, onde o candidato favorito é apenas aliado e o PT não tem nome próprio na disputa. Por todos esses motivos, e pelo retrospecto de suas relações com o homem que a transformou em presidente, dá para compreender por que Dilma pôs de lado a liturgia do cargo que ocupa e se dedicou, por alguns momentos, à atividade palanqueira. Mas, tomando de empréstimo as duras palavras do ministro Celso de Mello sobre o mensalão, o papel a que a presidente da República vem se prestando, sob a batuta mandonista de Lula, não pode ser entendido senão como parte integrante da degradação do exercício das instituições republicanas "a uma função de mera satisfação instrumental de interesses governamentais e de desígnios pessoais".

Manual de instrução



           
     Dirceu Ayres

Depois de anos de elogios ao cinismo, de celebração da baixa esperteza e do rebaixamento da ética à categoria das irrelevâncias, voltamos a falar de valores na dimensão do valor que de fato têm. A impressão que dá é que ministros do Supremo Tribunal Federal estavam com o tema entalado na garganta, à espera do melhor momento para desabafar. Assim, a cada dia, a cada sessão de julgamento do processo do mensalão, sucedem-se, em forma de votos, lições sobre a distinção entre o certo e o errado. Uma questão aparentemente simples, cuja abordagem fica complicada em ambiente onde viceja com sucesso a cultura da transgressão. O que seria normal tornou-se excepcional. A regra virou exceção. Quem reclama é mal intencionado ou desavisado sobre a impossibilidade de o Brasil andar nos trilhos da lei. Na sessão de segunda-feira, o decano da Corte, Celso de Mello, deu uma aula magna sobre o direito de todo cidadão de contar com "administradores íntegros, parlamentares probos e juízes incorruptíveis". Um voto em feitio manual de instrução contra a venalidade e a delinqüência como modos de operação do poder público. Pontuou com clareza meridiana o mal que a corrupção faz ao Estado de direito, resgatou o sentido do memorável discurso de Marco Aurélio Mello quando assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral em 2006. Marco Aurélio foi o primeiro a apontar com contundência o processo de degradação de princípios baseada nas conveniências políticas de um governo. "A rotina de desfaçatez e indignidade parece não ter limites, levando os já conformados cidadãos brasileiros a uma apatia cada vez mais surpreendente, como se tudo fosse muito natural e devesse ser assim mesmo; como se todos os homens públicos, em diferentes épocas, fossem e tivessem sido igualmente desonestos, numa mistura indistinta de escárnio e afronta, e o erro do passado justificasse os erros do presente", avisou. À época falou praticamente sozinho, no diapasão dos votos vencidos que costumam lhe render acusações de que contraria o senso comum por puro estrelismo. Na essência, hoje Marco Aurélio tem a companhia da maioria de seus pares. Com variações de entonação e argumentos, reafirmam os limites da legalidade como pressuposto básico - deveria ser óbvio - para a vida pública e privada. "A República não admite a apropriação do espaço público por governantes nem por governados", disse Celso de Mello em lembrete desnecessário caso não vivêssemos tempos de tão graves distorções. Tempos em que é preciso um processo judicial para que o País pare para ouvir que o crime não pode ser aceito como uma prática habitual no exercício do poder. Perícia. A certeza de que haverá condenações no capítulo da corrupção ativa resulta de pura lógica: se o tribunal aceita que os fatos apontados pela acusação aconteceram, aceita que alguém tinha domínio sobre eles. Do contrário teriam ocorrido sem sujeito nem objeto. Algo como um corpo (de delito) sem tronco nem cabeça, composto só de membros. Estilo. Com seu jeito ameno, o presidente do Supremo, Ayres Britto, confrontou a argumentação do revisor Ricardo Lewandowski de forma talvez, se considerado o conteúdo, mais dura que o relator Joaquim Barbosa com suas maneiras irritadiças. Na sessão de segunda-feira chamou a tese do caixa 2, aceita por Lewandowski, de "teratologia argumentativa". Usou o juridiquês para dizer o que em bom português significa "aberrante", "estapafúrdio", "absurdo".Empregatício. O leitor Celso da Costa, advogado, faz uma constatação: "Para Lula, ministro do Supremo é cargo de confiança". Dora Kramer - O Estado de S.Paulo.

Mensalão do PT: Joaquim Barbosa condena José Dirceu por corrupção ativa.



     Dirceu Ayres

O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, apontou ontem o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu como o "mandante" do esquema e o condenou por corrupção ativa. O ministro também condenou pelo mesmo crime o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares de Castro, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e mais quatro pessoas ligadas a ele. José Dirceu, homem forte do primeiro mandato do presidente Lula (2003-2006), deixou o comando da Casa Civil em junho de 2005, dias após a Folha publicar a entrevista em que o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) revelou a existência do mensalão. Ao acusar Dirceu e os outros dois petistas de corrupção ativa, a Procuradoria afirma que eles organizaram o mensalão com o objetivo de subornar parlamentares e garantir o apoio dos partidos que se aliaram ao governo após a chegada de Lula ao poder. A condenação de Dirceu e dos outros réus ainda depende de uma maioria de 6 dos 10 ministros. Ontem o ministro revisor Ricardo Lewandowski começou o seu voto e condenou Delúbio e Marcos Valério, mas absolveu Genoino (leia mais na pág. A8). Para vincular Dirceu à organização do esquema e justificar sua condenação, Barbosa lembrou seu papel na negociação com os partidos que formaram a base governista e mencionou episódios narrados pela acusação. Dirceu se reuniu com os dirigentes do Banco Rural e com Valério na época em que o banco concedeu os empréstimos que financiaram o mensalão, e testemunhos sugerem que ele tinha conhecimento dessas operações. Entre 2003 e 2004, o Rural concedeu R$ 32 milhões em empréstimos a empresas de Valério e ao Diretório Nacional do PT. O dinheiro foi logo revertido a parlamentares indicados por Delúbio."O conjunto probatório [...] coloca o então ministro-chefe da Casa Civil em posição central, posição de organização e liderança da prática criminosa, como mandante das promessas de pagamento de vantagens indevidas aos parlamentares que viessem a apoiar as votações de seu interesse", disse o relator. Sobre a principal linha de defesa apresentada por Dirceu, de que ele desconhecia os empréstimos e os pagamentos, Barbosa afirmou: "Considero impossível acolher a tese de que Dirceu simplesmente não sabia".Para Barbosa, "entender que Valério e Delúbio agiram ou atuaram sozinhos, contra o interesse e a vontade do acusado José Dirceu, neste contexto de reuniões fundamentais do ex-ministro, é, a meu ver, inadmissível." O relator ressaltou que Dirceu admitiu ao ser interrogado seu papel na negociação da base aliada, incluindo os líderes dos partidos cujos integrantes foram condenados por corrupção agora. "Dirceu controlava os destinos da empreitada criminosa, especialmente mediante seus braços executores mais diretos, isto é, Marcos Valério e Delúbio Soares", disse o ministro. "Dirceu detinha o domínio final dos fatos." Para reforçar o elo entre o ex-ministro e Valério, Barbosa lembrou os favores do empresário a ex-mulher de Dirceu, Maria Ângela Saragoça. Em 2003, ela conseguiu um emprego e um empréstimo e vendeu um imóvel com a ajuda de Valério. (Folha de São Paulo) Aluizio Amorim.

A posse da caneta


              
    Dirceu Ayres

Lula não é mais aquele, sua liderança se esvai e sua influência míngua, constatam analistas, cientistas, especialistas em geral. Daqui desse canto, no entanto, o panorama não parece assim tão definido nem soa completamente comprovada a tese de que o ex-presidente já possa ser visto como um rio que passou na vida política do Brasil.É preciso esperar para ver se as urnas conferem com o que ainda é uma impressão. Nas eleições municipais as pesquisas indicam possibilidades de arrancadas de última hora de candidatos petistas em capitais. Se confirmadas, terão coincidido com a entrada de Lula nas campanhas e aí será preciso rever os raciocínios segundo os quais o ex-presidente já caminha para sentar praça no passado. Verdade que ele não inspira o mesmo entusiasmo entre os que até outro dia o consideravam um oráculo nem provoca o mesmo temor entre aqueles que, na oposição, evitavam enfrentá-lo. No ambiente dos políticos e partidos aliados tampouco priva da reverência de antes. É fato que cometeu erros graves de avaliação, quando superestimou seu poder de influir na vontade do eleitorado, de comandar o calendário, de dar o tom do julgamento e submeter a decisão do Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão aos seus desígnios. São dados da realidade. Não necessariamente decorrentes de uma situação excepcional. Antes a consequência natural da perda dos instrumentos da Presidência da República. Nesse aspecto, Lula não é muito diferente de qualquer outro governante que se afastou do poder. Perdidas a caneta, a posse do Diário Oficial e a veneração inerente ao cargo, evidentemente não poderia ser o mesmo. Não há poderio eterno nem qualidades divinas. Não sendo Deus nem super-homem, Lula está ao alcance das contingências da vida, nas quais se incluem as conseqüências da privação de poder. Sete palmos. Se ainda não estivesse enterrada a versão de que o PT deu dinheiro aos aliados para financiar, entre outras, campanhas nas eleições municipais de 2004, o relator Joaquim Barbosa ontem apresentou um argumento definitivo. Como as alianças locais não seguem o critério da coalizão nacional, não faria sentido o PT, em 2003, se oferecer para pagar as contas daqueles que poderiam vir a disputar com o partido no plano municipal. Linha de comando. Joaquim Barbosa desenhou o papel de José Dirceu como articulador político do governo Lula, como ministro-chefe da Casa Civil. Baseado em depoimento do próprio Dirceu que na Justiça asseverou sua condição de "responsável"pela formação da base. Um episódio mais que conhecido, contudo, aponta quem dava a última palavra no assunto. É aquele em que o ainda presidente eleito desfez de véspera acordo firmado por José Dirceu com o PMDB. A decisão de Lula à época foi unilateral. Por avaliar que os peemedebistas não seriam boas e probas companhias, optou pela parceria com PL, PTB, PP e adjacências. Com o PMDB, fez acordo "informal" com a ala que viria a eleger José Borba - agora o único réu ligado ao partido - líder na Câmara. Francamente. Chega a ser uma contradição em termos um deputado condenado por corrupção, que renunciou ao mandato para fugir da cassação, ir à Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos contra decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal à luz das leis do País. O currículo de Valdemar da Costa Neto, cujo último feito foi a candidatura de Tiririca, com os votos de quem elegeu a si e a um lote de deputados do PR, não se amolda ao papel de mártir sob os auspícios de uma OEA que tem mais o que fazer. Dora Kramer - O Estado de S.Paulo.

STF julgará anulação de acordo Brasil-OEA que obriga Exército a colocar na Aman placa mentirosa sobre morte do cadete Lepoente “por tortura”





              Dirceu Ayres

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net O decano do STF, ministro Celso de Mello, será o relator do Mandado de Segurança (MS 31629) para que seja considerado nulo o Acordo de Solução Amistosa 12.674 firmado entre o Brasil e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos. A decisão invasiva da OEA atropela a soberania brasileira e obriga o Exército a colocar uma placa na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) admitindo a mentirosa versão de que foi resultante de “tortura” a morte do cadete Márcio Lapoente da Silveira, em 9 de outubro de 1990, durante uma corrida de treinamento no Curso de Formação de Oficiais. Enquanto a opinião pública e publicada volta os olhos apenas para o julgamento do Mensalão, o Supremo Tribunal Federal se prepara para reafirmar sua soberania frente golpismos globalitários que tentam inviabilizar o funcionamento das instituições brasileiras. O famigerado acordo entre o Brasil e a OEA faz parte de uma política transnacional para a chamada “implementação de políticas públicas de lugares de memória”. Por trás de tal proposta aparentemente bem intencionada e democrática, está a tática de enfraquecer o papel dos militares como defensores da soberania nacional.O julgamento urgente desse Mandado de Segurança ganha importância no momento em que os advogados dos réus condenados do Mensalão, liderados pelo ex-ministro da Justiça e criminalista Márcio Thomaz Bastos, ameaçam um golpe contra a decisão soberana do plenário do STF, recorrendo à CIDH da OEA para reclamar que o sistema de julgamento conjunto aplicado pelo Supremo prejudicou o direito à dupla jurisdição (o recurso a uma instância superior). O absurdo recurso à OEA deve acontecer depois de julgados todos os embargos de declaração dos réus. Os autores do Mandado de Segurança, José Gobbo Ferreira e Pedro Ivo Moezia de Lima, denunciam ao STF que o acordo com a CIDH da OEA consiste em "afronta à soberania nacional". Por isso, os dois requerem a concessão de medida cautelar para suspender sua eficácia. Além disso, ao final, no mérito, os brasileiros pedem ao Supremo a anulação do entendimento e a proclamação da inocência da União e dos agentes envolvidos no caso. Aliás, a CIDH da OEA é a mesma instituição multilateral que prega a não validade da Lei de Anistia de 1979, atropelando até uma decisão sacramentada pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro. A petição ao STF lembra que a versão de tortura não corresponde à realidade. Num primeiro atendimento, no Hospital Escolar da Aman, ainda em vida, Lepoente foi diagnosticado com meningite. Depois foi removido para o Hospital Central do Exército no Rio de Janeiro, onde deu entrada morto. A autópsia revelou que a causa do óbito foi choque térmico seguido de infarto agudo do miocárdio durante a realização do exercício. O Superior Tribunal Militar (STM) já tinha arquivado o caso por falta de provas, embora tenha condenado o oficial responsável pelo treinamento pelo crime de “violência contra o subordinado”. A pena foi de três anos de prisão, com sursis (suspensão condicional da pena) de dois anos. O mais grave nesse acordo é que a ordem para o agendamento de tal cerimônia pública com colocação de placa - ferindo nossa soberania – foi acatada, passivamente, pelo próprio Gabinete do Comandante do Exército. O General Enzo Martins Peri não assinou a determinação contida no ofício DIEx 104-A2.2.6/A2/Gab Cmt Ex, de 14 de maio de 2012. Quem chancelou o documento, “por ordem do Comandante do Exército”, com caráter “URGENTÍSSIMO” (sic), foi o Chefe de gabinete, o General de Divisão Mauro Cesar Lourena Cid. Estranho e lamentável foi como o Guardião Constitucional da soberania do Brasil, o Exército, aceitou ser vítima passiva de mais uma ação de guerrilha psicológica para desmoralizá-lo como instituição de defesa da Democracia – no conceito de Segurança do Direito. Felizmente, advogados e militares na reserva recorreram ao STF em socorro ao Exército que tem de cumprir o dever constitucional de guardião de nossa soberania. Tomara que o ministro-relator Celso de Mello de mais ministros do STF ratifiquem a soberania brasileira, da Justiça Brasileira e de nossas Forças Armadas. Do contrário, o esquema globalitário fara o que quiser do Brasil. Releia, abaixo, o artigo: Jamais outro brado... Recadinho O ministro Marco Aurélio Mello mandou ontem uma mensagem aos golpistas que sonham em apelar à OEA contra a soberania do STF. Marco Aurélio considerou pouco provável que seja acolhido o pedido do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) para que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) reveja a decisão do Tribunal: “Não acredito que a Corte Internacional irá atender esse pedido e revogar uma decisão do tribunal superior do país. E de um réu condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. E que teve seu direito a defesa respeitado. Entendo como direito dele de espernear. Ou de se fazer discurso político”. Salvando a cúpula O ministro revisor do processo do Mensalão, Ricardo Lewandowski, já sinalizou que vai inocentar José Dirceu de Oliveira e Silva da acusação de prática de corrupção ativa. Lewandowski também considerou que não houve provas concretas para condenar José Genoíno pelo mesmo crime. Mas o revisor pediu a condenação de Delúbio Soares, além de Marcos Valério e seus sócios por corrupção ativa – indicando quem são os bodes expiatórias desta historinha... Previsivel Como era esperado, o relator Joaquim Barbosa reafirmou ontem que era fato público e notório que Dirceu era o principal articulador politico do governo, e comandava as atuações de Delúbio Soares e Marcos Valério no esquema do Mensalão. Por isso, Barbosa votou pela condenação, por corrupção ativa, de oito réus: José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, Marcos Valério, Cristiano Paz, Ramon Hollerbach, Rogério Tolentino e Simone Vasconcelos. Barbosa só absolveu Anderson Adauto e Geiza Dias. Sr Spock, faça alguma coisa...Mensagem da Frota Estelar enviada pelos veteranos oficiais Capitão Kirk e Comandante Spock ao deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) que promete recorrer “em todas as instâncias do planeta”, inclusive a globalitária OEA, contra a condenação no STF por corrupção passiva e por lavagem de dinheiro: “Prezado parlamentar. No Planeta Terra não vai ser fácil defendê-lo. Mas, no hiperespaço sideral, o companheiro Dart Vader, auxiliado pelos juízes do Império Klingon, já está a sua disposição para atuar como julgador de vosso recurso”. Para quem o Supremo já mandou para o espaço, até que a proposta de ajuda soa bem para o parlamentar... Reflexões pizzaiolas O leitor Marco Antônio Araújo comenta, por e-mail “Gostaria que comentasse a seguinte possibilidade: Já que a fuga de Pizzolato (Banco do Brasil) é prejudicial aos réus do Mensalão, a Itália deveria permitir que ele ficasse na Itália até o término do processo. Ele seria condenado à revelia e, só então, como um "tapa de luva" no governo petralha, decretaria a sua extradição, contrariando a expectativa de todos que esperam uma contrapartida referente ao caso Batistti. Seria o MAXIMO, não?” Seria, sim... Fica registrada a grande ideia para os italianos implementarem no momento oportuno... Censura é petralhagem O deputado federal José Guimarães (PT-CE), irmão do réu do mensalão José Genoino, lançou uma ameaça por vídeo: "Passadas as eleições, nós do PT vamos tomar uma medida quer queiram, quer não queiram. É a regulamentação da questão da comunicação no país. Vamos ter que enfrentar esse debate porque foi além do limite. Temos que mobilizar a militância, fazer um apelo aos "democratas" deste país porque a mídia não pode ser partido político". "Temos que reagir à altura a essa ação da elite brasileira, de setores da mídia brasileira que querem interditar o projeto vitorioso do PT." Pela tosca ética petista, falar bem deles é exercício da liberdade; criticá-los é prática golpista que precisa ser censurada, com leis condenatórias e multas contra os adversários e inimigos. Quem é mais ético? Piadinha curta e grossa que circula no gaiato mundo da internet,relatando uma suposta conversa entre um parlamentar e uma garota de programa, numa sala virtual de bate-papo: Um Deputado petista escreve: "Oi, Quero te conhecer melhor, sou deputado petista há 10 anos e honesto". A moça responde, de bate-pronto, na mesma linha:"Oi, muito prazer, sou prostituta há vinte anos e sou virgem". Resultado da conversa: ambos namoram há 13 anos, e prometem viver felizes para sempre... Detalhe: o companheiro continua honesto e a companheira ainda não perdeu a virgindade... Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 4 de Outubro de 2012.