sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Eliana Calmon: A Justiça depois do mensalão


              
     Dirceu Ayres

A ministra deixa a Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça certa de que a condenação dos mensaleiros vai levar à tolerância zero com a corrupção nos tribunais brasileiros  Eliana Calmon é capaz de ficar horas e horas falando sobre culinária. Sua especialidade mais admirada, porém, é outra. Há dois anos, ela assumiu o cargo de corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prometendo combater com rigor os desmandos dos juízes. Não era promessa de político. Antes disso, já tinha se envolvido em sonoras brigas no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao denunciar que alguns de seus colegas faziam conchavos para interferir na escolha dos novos integrantes da corte e, assim, influir em suas futuras decisões. No CNJ, a ministra apontou a existência de "bandidos escondidos atrás de togas", generalização que atraiu sobre ela a ira da categoria. Sob seu comando foi aberto um número recorde de processos para apurar a conduta irregular de juízes. Na semana passada, antes de deixar o cargo de corregedora e voltar ao STJ, a ministra fez a VEJA um balanço de sua gestão. O julgamento do mensalão terá algum impacto sobre a Justiça brasileira como um todo? Esse é um julgamento de importância fundamental para o Brasil, porque toda a nação está examinando como se comportará o Poder Judiciário. O Judiciário também está sendo julgado. Esse julgamento vai refletir o que é a Justiça brasileira. Os ministros podem condenar ou absolver, mas terão de mostrar com clareza por que estão condenando ou absolvendo. Isso está sendo feito. O rigor que os ministros do Supremo têm demonstrado com relação à corrupção reflete uma mudança de parâmetros? O Supremo faz com que a magistratura se enquadre num novo modelo. Toda carreira — e a magistratura em especial vive de lição e exemplo. Temos de ser exemplo para as pessoas que estão abaixo de nós. No momento em que o Supremo ensina a lição e dá exemplo, vira referencial. O juiz de comarca passa a ter referência, admiração, e passa a trabalhar para se igualar àqueles que ele admira no topo da hierarquia. Quando o Supremo faz um julgamento técnico, sério e até rápido, com votos compreensivos, como tem sido neste caso, isso transmite credibilidade ao povo brasileiro. O Supremo está dizendo que a corrupção, que durante dois séculos reinou neste país, a partir de agora tem um freio, e esse freio está no Poder Judiciário. Não haverá mais tolerância com a corrupção. Não tenho dúvida de que isso já está provocando mudanças nos planos de certos bandidos, inclusive os de toga. Por que essa atitude mais proativa em defesa do bem público demorou tanto a chegar ao Poder Judiciário? A Justiça não se apercebeu das mudanças que a Constituição trouxe. Na medida em que o Judiciário não tem consciência de seu papel, vira o chancelador do que os outros poderes decidem. O Judiciário demorou a perceber que tem poder próprio e não deve funcionar como extensão dos outros poderes. A senhora deixa o Conselho Nacional de Justiça mais assustada ou mais aliviada?Conheci as entranhas do Poder Judiciário e pensei que a situação estivesse melhor. Na Corregedoria, eu vi a Justiça em uma situação muito negativa. A gestão, por exemplo, ainda é muito ruim. Mas saio aliviada porque me aproximei muito dos tribunais, que perceberam que com boa gestão é possível melhorar. Não digo que fiz um saneamento, mas fiz parceria com os presidentes dos tribunais. São Paulo é um exemplo que me deixa maravilhada. Era um tribunal fechado, que nunca aceitou o CNJ, mas no fim conseguimos avançar. É preciso eliminar de vez o patrimonialismo e o compadrio. Alguns tribunais até hoje fazem favores ao governador, e o governador arruma emprego para parentes de juízes. A senhora gerou uma crise sem precedentes no Judiciário quando disse que há bandidos escondidos atrás de togas. Eles existem mesmo? É claro que há bandidos de toga. É só olhar o número de juízes afastados por improbidade, olhar o número de investigações instauradas nos últimos tempos. Os números são grandes. Olhe que a Corregedoria do CNJ tem uma estrutura pequena para tantos problemas, e não temos condições de descobrir tudo. Aquilo que eu falei, e não foi generalizando, falei numa linguagem forte para mostrar que muitas vezes as pessoas querem se esconder atrás da toga porque buscam a proteção que o cargo dá. Na verdade, eu acabei sendo intérprete da consciência coletiva. Qual foi a parte mais difícil do trabalho da senhora como corregedora? A função disciplinar é difícil porque há uma grande resistência por parte das associações de juízes. O corporativismo é forte. Ainda pensam que, se acharmos corrupção, temos de resolver a questão internamente, sem levá-la ao conhecimento da sociedade. Eu penso diferente. Nós temos, sim, de levar as mazelas do Judiciário ao conhecimento da sociedade. Uma das punições é justamente essa. Até porque a legislação que trata de punições a juízes é muito antiga. Por ela, a punição máxima para um desembargador é a aposentadoria. Se não for uma falta gravíssima, ele ficará sem punição. Daí eu acho que uma das penas mais temidas é a divulgação daquilo que for constatado. Qual é o perfil desses “bandidos de toga” a que a senhora se refere?Obviamente não estou afirmando que todos os juízes que dizem só falar nos autos são bandidos, mas o criminoso de toga tende a ser um juiz hermético, formalista, que fala pouco e não recebe as partes. Mas ele está apenas se escondendo atrás do formalismo. Essa atitude o beneficia. O objetivo dele é fazer da Justiça um balcão de negócios. Ele sabe quais processos podem render dinheiro. Existem alguns nichos preferenciais, como os processos por dano moral. Por quê? Porque o dano moral não é mensurável pela lei. Os bancos também são vítimas frequentes. Os juízes dão decisões, impõem multas estratosféricas e mandam depositar o dinheiro imediatamente. Muitas vezes o juiz se associa ao advogado e divide os lucros. É claro que, em um universo de 16000 juízes, nem 2% fazem isso, mas o estrago para a carreira é muito grande. Essa é a pior face da magistratura. A senhora fala muito da “intimidade indecente” entre o Judiciário e a política. Por que ela teima em existir? Isso vem de dois séculos. O Judiciário sempre foi conivente com os outros poderes, sempre foi um chancelador do que os outros poderes decidiam. Até hoje há juízes que comungam da ideia de que é preciso ser amigo do rei. O modelo de nomeação de juízes de tribunais superiores, que são escolhidos politicamente por decisão do presidente da República, contribui para essa relação?Esse é o caminho. Em todos os países, quem escolhe os ministros da Suprema Corte é o presidente da República. Pensei muito nisso, inclusive quando passei por esse processo para chegar ao STJ. É doloroso para um juiz de carreira enfrentar um processo tão político. Você aprende que um magistrado deve ficar afastado da política, não deve se imiscuir na política, mas na hora H tem de passar a cuia entre os políticos pedindo o favor da indicação. Existe uma maneira de quebrar essa situação de dependência do Judiciário em relação aos políticos? Do ponto de vista formal, o processo de escolha de ministros de tribunais superiores é perfeito. O indicado é escolhido pelo presidente da República e submetido ao Senado, que o sabatina para ver se tem notável saber jurídico. Tudo isso é público e as pessoas podem avaliar se o indicado tem os requisitos necessários para o cargo. Tudo perfeito. Mas só na teoria. Na prática é diferente. Falta responsabilidade. Dentro do Judiciário, no qual se diz que não existe política, há a política miúda dos grupelhos que se acertam para escolher quem vai compor as listas de indicados. O Executivo escolhe de acordo com os apoios políticos, ou seja, os padrinhos. Por sua vez, o Legislativo, que deveria analisar o saber jurídico e a reputação ilibada do indicado, não faz o que deve. Antes da sabatina, o indicado visita os gabinetes dos senadores para amortecer intervenções que não sejam do seu agrado. A sabatina vira apenas uma formalidade. A senhora também teve padrinhos? Lógico. Todo mundo busca apoio, só que ninguém diz. Eu tive como padrinhos os senadores Antonio Carlos Magalhães, Renan Calheiros, Jader Barbalho e Edison Lobão. Amigos me levaram até eles, e eles se tomaram meus padrinhos. Esse apadrinhamento não é cobrado depois, na forma de algum favor? Imagino que sim. A mim nunca fizeram pedido, porque quando cheguei lá coloquei tudo às claras, incluindo os nomes de quem me indicou. Quem vai pedir alguma coisa a uma língua ferina como esta minha? Nós precisamos é de seriedade institucional. Na hora de escolher alguém para um cargo relevante, não se pode pensar em colocar o amigo, alguém que vá fazer favor. Tem de ser o melhor possível, para fazer justiça, para ser um bom ministro. A senhora foi acusada de abuso nas investigações de juízes especialmente quando começou a apurar suspeitas de enriquecimento ilícito. A reação foi exagerada? Eu tratei as questões do Judiciário de forma muito incisiva e crua. E isso chocou um pouco. É um poder muito fechado e corporativista, que se sentiu agredido. Mas eu falei o que tinha de falar, e fiz isso para chocar mesmo, porque, se não chocasse, não causaria o efeito que causei. Eu estava disposta a mudar, e ninguém muda comodamente. A gente só muda quando choca. A senhora prevê alguma hostilidade na sua volta ao Superior Tribunal de Justiça, no qual comprou brigas? Uma dessas brigas foi criticar a atuação de filhos de ministros como advogados na corte. Esse problema resiste no STJ. Antigamente os filhos de ministros viviam como funcionários públicos. Quando nós combatemos o nepotismo e achamos que tínhamos realizado uma grande coisa, combatemos um problema e o outro ficou. Não se pode impedir que filhos de ministros advoguem. O grande problema é o fato de eles usarem seu nome para fazer cooptação de clientela. Eles dizem ao cliente que têm influência no tribunal porque são filhos de ministros. No meu gabinete, eles não têm vez nem para marcar audiência. Nem filho de ministro nem ministro aposentado atuando, que é outra coisa imprópria mas existe. O ministro se aposenta e vai fazer lobby no tribunal. Nós precisamos acabar com essa prática, não dando chance de aproximação. Por que essa prática resiste, apesar de ser imprópria? Muitas vezes esses filhos de ministros não têm nem procuração nos autos. Eles não fazem sustentação oral, não fazem nada, só acompanham outros advogados para facilitar o acesso. Entram apenas para dar a impressão ao cliente de que realmente têm chance de ganhar, não por ter o direito, mas por influência. Em alguns gabinetes, dizem que isso funciona. Vende-se a ideia de que filho de ministro faz milagres. Faz milagres porque é mais inteligente? Não, é porque, se não der jeito, vai fazer safadeza. É a advocacia de lobby, que não se sustenta pelas razões jurídicas, mas pelas razões extrajurídicas, de amizade, de afeto, de relacionamentos. Qual é a consequência mais visível desse tipo de situação? Em primeiro lugar, isso desacredita a Justiça. Além do mais, é uma absoluta injustiça para com os advogados que são sérios, trabalhadores e vão à tribuna defender o direito. A advocacia de lobby causa um mal enorme e precisa ser banida, é um horror. É obrigatório acabar com isso. Cabe aos próprios ministros coibir essa prática. Isso só depende de nós. Basta perguntar ao ""advogado” que chega ao gabinete se ele tem procuração nos autos. Se não tem, o ministro tem de dizer: "O senhor ponha-se daqui para fora". Sua visibilidade fez surgir rumores de que poderia sair candidata a algum cargo político. Isso está nos seus planos? Já me convidaram para ser candidata a senadora pelo Distrito Federal, mas não vou me meter em política de maneira nenhuma. Também não vou advogar. De dinheiro eu não vou precisar, porque tenho uma vida modesta e a minha aposentadoria certamente será suficiente. Penso em mais tarde, quem sabe, participar de uma entidade de combate à corrupção ou me dedicar aos livros de culinária. VEJA -

Os estranhos critérios de Lewandowski. Ou: Todo mundo está entendendo tudo!


                 

     Dirceu Ayres

Ricardo Lewandowski, o revisor, tem um modo de pensar realmente muito peculiar. E adota critérios para estabelecer a pena dos réus também singulares. Vamos ver. Entre outros crimes, Ramon Hollerbach foi condenado por 10 atos de corrupção na relação com os parlamentares. Isto mesmo: só nesse caso, ele reiterou 10 vezes no crime, o que foi reconhecido pelo próprio tribunal. A corrupção ativa prevê uma pena de 2 a 10 anos de prisão — no caso de haver continuidade delitiva, a pena pode ser acrescida de um sexto a dois terços. Muito bem! Para Lewandowski, corromper um parlamentar merece pena mínima: dois anos! Incidir 10 vezes no mesmo crime — DEZ! — é causa de aumento de pena. De quanto? Ora, o aumento mínimo: de apenas um sexto! Ao optar pela pena mínima como base, evocou testemunhos de pessoas que conviveram com Ramon Hollerbach — que não estão nos autos —, segundo os quais ele é um homem honrado. Curiosamente, são pessoas ligadas à área de publicidade, ramo de atividade do condenado. Houve uma nova altercação com Barbosa, que perguntou: — Vossa Excelência acha que corromper um parlamentar é igual a corromper um guarda? Nervoso, Lewandowski afirmou que a corrupção de um guarda ou de um parlamentar são igualmente graves etc e tal. Entendo! Porque são igualmente graves, ele estabelece a… pena mínima! Entenderam o critério? Espantoso! No caso da continuidade delitiva, que causa a elevação da pena, Lewandowski expôs os seus critérios. Ele aumenta a pena em um sexto para quem reiterou no crime até… 15 vezes! Majora em um quatro quando o criminoso insiste no crime de 16 a 25 vezes! E aumenta em um terço quando mais de… 25 vezes!!! Critério aloprado  Não é o único critério, data vênia, aloprado de Lewandowski. Ao expor seus critérios lassos, ele lembra que, na sua dosimetria particular, Valério já seria condenado a mais de 24 anos. E daí? Qual é a tese de Lewandowski? O publicitário só está tendo essa pena elevada porque cometeu vários crimes. Foi uma escolha sua? Incidir, agora, em várias ações criminosas distintas deve ser um fator que amolece o coração do juiz? Qual é a tese do ministro? Para definir a pena de cada crime, deve-se fazer antes uma conta de chegada? O juiz tem de botar a mão no queixo, olhar para o vazio, definir uma pena e, depois, ir adequando as penas? Lewandowski comentou o risco de suas opiniões não serem devidamente compreendidas pela sociedade. Ele pode ficar tranquilo. Todo mundo que acompanha o caso está compreendendo tudo. Por Reinaldo Azevedo.

ONIBUS INCENDIADO POR BANDIDOS EM SÃO PAULO.


          

     Dirceu Ayres

Um ônibus biarticulado da Viação Cidade Dutra foi incendiado por um grupo de pessoas por volta das 22h de quinta-feira, 8, na região do Grajaú, zona sul da capital. O veículo, que fazia a linha 6913 (Terminal Bandeira - Terminal Varginha), seguia para o centro da cidade e parou em um dos pontos. Homens armados mandaram os passageiros descerem e atearam fogo ao coletivo. O cobrador Roberto Ribeiro Mendes, de 33 anos, teve parte do corpo queimado e foi levado para o pronto-socorro do Grajaú. Ele não corre risco de vida. Nenhum suspeito foi detido. O caso foi registrado no 101º Distrito Policial, do Jardim das Embuias.
COMENTO: Nenhum ativista dos direitos humanos vai procurar saber se o cobrador Roberto está bem ou piorou. Não farão barulho nem reivindicarão pelos direitos humanos. Não mobilizarão o Ministério Público que, por sua vez, aguardará o andamento do inquérito. Se algum bandido sofresse algum revés. Se fosse atingido pela polícia... Aí sim, haveria mobilização de centenas de pessoas a vociferar pelos direitos humanos dos "pobres bandidos" humilhados e vitimados pelos "maus" policiais! Vocês sabem de quem é a culpa? Dos nossos legisladores que fazem ou aprovam leis que só beneficiam bandidos. As leis são quase amenas, dada a flexibilidade, para quem abraça a delinqüência. Os direitos do preso são tantos e tão amplos que muitos até preferem delinqüir do que viverem uma vida decente. Até salário para a família do bandido, superior ao que ganha um trabalhador comum, é direito líquido e certo. A última aberração legal, sancionada pela "presidenta" foi à aprovação da lei que autoriza "visita íntimas delinqüentes menores apreendidos.Será que nossos governantes e legisladores fazem leis pensando em si mesmos...amanhã? BLOG DO MARIO FORTES

Lei de Segurança Nacional neles, sim!, Já que o PT não permite que se vote uma lei contra o terrorismo


                     

      Dirceu Ayres

Já tratei do assunto aqui algumas vezes: o PT e as esquerdas se recusam a votar uma lei que puna crimes de terrorismo. A razão é conhecida: boa parte dos atos do MST e da tal Via Campesina mereceria essa caracterização. A ausência de uma punição específica para esse crime já fez com que o Brasil libertasse um libanês comprovadamente ligado à rede terrorista Al Qaeda. Aquela comissão criada por José Sarney para reformar o Código Penal resolveu punir o terror, mas tomou o cuidado de estabelecer uma exceção: a menos que seja praticado por grupos que lutam por… justiça social! Ah, bom! Se for “pelo social”, então pode! Uma nojeira! Mas por que volto agora a essa questão? O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, chegou a defender que certos crimes praticados recentemente em São Paulo sejam enquadrados na Lei de Segurança Nacional, a 7.170, de novembro de 1983. Na Folha, noticiou-se que ele queria empregar uma “lei do Regime Militar”. Bem, a ser assim, deve-se jogar fora boa parte do Código Penal, votada durante o Estado Novo — ou aquilo não era uma ditadura? A Lei 7.170 está em plena vigência. E é o único texto que temos para enquadrar devidamente alguns atos praticados pelo crime organizado. Quem, de caso pensado, mata um policial porque policial, com características de execução, está obviamente cometendo um crime contra o estado e contra a ordem democrática. É subversão. É diferente do bandido que eventualmente mata um soldado numa troca de tiros, durante uma perseguição ou algo assim. O que se busca é levar o terror a uma corporação, tentando intimidá-la, para que não faça o seu trabalho. Entendo que o crime está previsto — com o estabelecimento da devida pena — no Artigo 20 da lei, a saber: Art. 20 – Devastar, saquear, extorquir, roubar, sequestrar, manter em cárcere privado, incendiar, depredar, provocar explosão, praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados à manutenção de organizações políticas clandestinas ou subversivas. Pena: reclusão, de 3 a 10 anos. Parágrafo único – Se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até o dobro; se resulta morte, aumenta-se até o triplo. O PCC é uma organização clandestina de caráter obviamente subversivo. A subversão não é caracterizada apenas por uma agenda política, de caráter ideológico, nem precisa estar estruturada para tomar na marra o poder legal. Basta que tente promover o caos social. Não é o único caso em que a lei pode ser evocada. Leiam o que dispõe o Artigo 15: “Art. 15 – Praticar sabotagem contra instalações militares, meios de comunicações, meios e vias de transporte, estaleiros, portos, aeroportos, fábricas, usinas, barragem, depósitos e outras instalações congêneres. Pena: reclusão, de 3 a 10 anos. § 1º – Se do fato resulta: a) lesão corporal grave, a pena aumenta-se até a metade; b) dano, destruição ou neutralização de meios de defesa ou de segurança; paralisação, total ou parcial, de atividade ou serviços públicos reputados essenciais para a defesa, a segurança ou a economia do País, a pena aumenta-se até o dobro;  c) morte, a pena aumenta-se até o triplo. Vagabundo que sai por incendiando ônibus para depois ver a sua obra nas reportagens de TV — o que deve lhe proporcionar grande satisfação pessoal, além de estimular outros a também produzir “notícia” — responderia por crime mais grave, com risco maior de pena; poderia chegar a 30 anos no caso de haver morte. A Lei de Segurança Nacional foi aprovada durante o regime militar, mas não é “do” regime militar. Deixou de sê-lo quando, na ordem democrática, foi mantida sem se chocar com a Constituição e com os demais códigos vigentes. Se ela pode contribuir para punir com a devida gravidade os crimes cometidos pela bandidagem, que seja acionada em defesa da sociedade, ora essa! Ou um país deve agora se envergonhar de recorrer a seu estoque legal para manter a paz social e enquadrar os agressores? Marcos Carneiro Lima, o delegado-geral, está, entendo, certo na defesa que faz. Não dá para ficar à espera do Congresso ou das medidas miraculosas propostas pelo governo federal. A seriedade da turma no combate à violência se revela num corte, em 2011, de R$ 1,5 bilhão no dinheiro destinado à segurança pública. Se bandido comum recorre ao terrorismo, tem de ser tratado como terrorista. Por Reinaldo Azevedo.

CULTURA DO BRASIL




     Dirceu Ayres


São pequenas ações no dia-a-dia que mostram o tipo de cultura imperante no Brasil e revelam o caráter dos brasileiros. A desonestidade, quando deveria ser a exceção, é a regra. O somatório dos grandes e pequenos golpes que marca o cotidiano acaba por impor um pesado ônus sobre a sociedade brasileira. E os mais prejudicados são justamente aqueles que detêm a menor renda. Esses, os ditos humildes e excluídos, têm tanta culpa e responsabilidade quanto à elite que, historicamente, manipula ou manipulava o poder. Não fosse assim, mensaleiros, sanguessugas e desqualificados de todos os matizes não haveriam de ser guindados ao poder mais de uma vez pelo voto dos Brasileiros. Sociologicamente pode-se inferir que as ações e relações sociais são balizadas por um conjunto de valores nos quais os mínimos padrões morais e éticos não são levados em consideração. Uma idéia que eu acho de mau gosto, é sem dúvida a bolsa família. Não se encontra mais um trabalhador para fazer algum trabalho na fazenda, pois já está viciado a receber a esmola da bolsa família, prá que trabalhar, ninguém é de ferro. Tanto que o cantor Nordestino Luiz Lua Gonzaga cantava em uma de suas canções: “Dar uma esmola a um homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”. Pelo que se vê, isso nunca foi levado em conta, continuamos, senão viciar mesmo. Já não querem trabalhar pois é só exigir o dinheiro do gás, da bolsa escola e a feira, ou pelo menos a sesta básica e se não forem atendidos, no que foi solicitado... Invade algum super Mercado e tiram: TV, DVD Player, toca CD, Computador e outras coisas para se “alimentar” e também a terra para plantar o que é lógico, o plantio nunca acontecerá, mas querem a terra. Não esqueça, isso é cultura, a cultura dos sem lei e sem ordem. A cultura que agora está imperando no Brasil, o sistema dos que reclamavam que os Políticos da época em que eles eram oposição não faziam ou não sabia fazer, mas agora na situação as coisas pioraram e muito. Podem invadir até a câmara dos deputados. Não dá em nada, quebra tudo, depreda, esbagaça e faz tudo que querem. Não dá em nada. Gente que não trabalha, não estuda, não tem ocupação nenhuma porque ficar parado com tantas coisas para quebrar e tantas terras para invadir, vamos lá, mãos a obra. Na China agora é lei, se invadir terras dos outros, vai para a cadeia. Devem ter chegado à conclusão que o que tem dono não é para ser tomado, precisa ser respeitado tanto os proprietários como as terras. Pois é, na China comunista a propriedade privada passa a ser respeitada e protegida legalmente. No Brasil patrimonialista acontece o contrário: invasões de fazendas e propriedades rurais, destruição obscurantista de centros de pesquisa científica etc. Tudo sob a bênção dos poderosos da Política e Autoridades, da "Teologia da Libertação", a conivência das autoridades, da Igreja e o silêncio cúmplice do empresariado em geral, pois enquanto estiverem ganhando, não gritarão nem farão nada, além de entidades como a OAB, que no passado era guardiã e zelou pelo Estado de Direito. Sempre foi uma opinião respeitada e até temida, quando se dizia... A OAB vai cobrar responsabilidades do responsável por mais essa falta de respeito pelo que pertence aos outros. Causava muito respeito, e agora?. Não temos sequer a quem denunciar sem sermos nós os presos ou agredidos. Temos agora a modalidade nova: Matar gente, de preferência soldados, trabalhando ou de folga. Deve ser muito divertido passar de carro, carroça, bicicleta ou outro meio de transporte e largar a dar tiros certeiros mesmo ou a esmo. Que desgraça, que desgraça de gente está protegendo ou abafando o que eles fazem isso sem contar que mesmo sendo preso nunca dará em nada. Minha pergunta, que eu mesmo acho idiota. O QUE ESTARÃO PRETENDENDO FAZER COM OS CHAMADOS MELIANTES???. Como vamos parar essa matança? Quem é na verdade o/ ou os responsáveis dessa carnificina? Aguardaremos a resposta e quem sabe um dia teremos indicação.

Rita Lee, baixa as calças e mostra a "uva passa". ARGH!!!


                 

     Dirceu Ayres

Gente, é phoda não saber envelhecer. A Sexagenária vovó do Rock Tupiniquim, Rita Lee, agora no final da carreira resolveu incorporar a Derci Gonçalves e partiu para a insanidade total. Já não é a ´rimeira vez que a decana do rock cisma de mostrar aquela bunda véia e branca para o público. Ela já havia feito um show de despedida que acabou na delegacia por conta da senilidade aliada ao uso abusivo de substâncias fumacentas que a cantora faz uso desde os tempos em que o inferno era frio. Não dá para tolerar uma pessoa que perdeu de vez a mão. A decadência somada a idade avançada, fazem com que certas pessoas percam a noção e insistam em continuar na profissão. Uma pessoa que já atingiu o auge da fama deveria sair da vida pública por cima, se despedindo do seu público, e desaparecendo da mídia para curtir a vida e os netos. Vejam o exemplo da Tina Turner, quando ela percebeu que era hora de parar, simplesmente parou e sumiu. Agora, entrar na apelação e na baixaria para criar polêmica e manter espaço na mídia é o máximo da cretinice e da falta de noção. Uma pessoa pública acaba colocando a perder uma vida inteirinha de sucessos por não saber a hora de parar. Rita deveria ter parado há uns 10 anos, mas seguiu em frente e agora deu para apelar para o ridículo. Uma pena. Vamos esperar para ver quais serão as novas baixarias promovidas pela decrépita cantora. Quem sabe ela coloque fogo ao próprio corpo em algum show só para chamar a atenção. E o mais bizarro, se a mãe de algum de nós baixar as calças e mostrar a uva passa, certamente internaremos a véia em uma clínica, a Rita faz a mesma coisa e vira notícia como se ela ainda vivesse nos tempos da ditadura, onde tudo era feito para quebrar as regras e os padrões. E o pior, tem gente que acha o máximo e ainda bate palmas. E o mais triste é saber que quando ela era "gostosinha" não queria mostrar a bunda, agora que virou uma múmia quer mostrar o que não queremos ver. E cá entre nós, Rita é bananeira que deu cacho. Já era. O tempo passou na janela e só Rita Lee não viu....Coitada. E PHOD@-SE!!! (O Mascate)