domingo, 24 de fevereiro de 2013

Yoani, o poder das palavras e o ódio à democracia no texto de uma professora de direito da USP



    
       Dirceu Ayres

Os leitores deste blog sabem quem é a sempre excelente Janaina Conceição Paschoal. Advogada criminalista, professora livre-docente de direito penal da Universidade de São Paulo, esta moça costuma pensar sem medo, uma qualidade cada vez mais rara num país que parece fazer de tudo para caminhar para a ditadura do consenso — que pode, em muitos aspectos, ser ainda mais odiosa do que as do Castro. Fiquei sabendo que Janaina esteve, nesta manhã, no auditório do Estadão, onde Yoani Sánchez conversou com jornalistas, podendo, finalmente, dizer com clareza o que pensa. Convidei, então, a professora a escrever um texto exclusivo para o blog. Ela aceitou. Mais uma vez, segue o trabalho desassombrado desta jovem professora, de 38 anos. Não! Juventude não é categoria de pensamento, eu sei. Nestes dias, no entanto, em que tantos moços se comportam como frangotes do velho totalitarismo, saúdo o trabalho de uma moça que tem a coragem de defender as liberdades individuais. Janaina toca numa questão essencial: as agressões de que Yoani foi vítima começam a se tornar rotina, ainda que de forma mitigada, até no ambiente acadêmico brasileiro. Basta que não se recite a cartilha de um partido ou de uma ideologia para cair vítima da difamação. Parabéns, professora!  Janaina Paschoal: coragem de dizer o que pensa Segue o seu texto. Acompanhei, hoje pela manhã, a “Conversa com Yoani”, promovida pelo Jornal O Estado de São Paulo. Diversamente do ocorrido em outras oportunidades em que a blogueira tentou se manifestar, o clima estava ameno e respeitoso. O que, confesso, conferiu-me grande alívio, pois, na qualidade de cidadã brasileira, já estava morrendo de vergonha pela forma com que a moça vinha sendo recepcionada. Várias perguntas foram formuladas pelos jornalistas que conduziram a conversa e também pelo público. Yoani respondeu a todas de forma objetiva e serena. Algumas questões deram à blogueira a oportunidade de fazer o papel de garota propaganda de uma suposta abertura cubana, bem como do elevado espírito democrático do governo brasileiro. Com efeito, pela “enésima” vez, ela foi indagada acerca do embargo a Cuba. Respondeu ser contra, pois, caindo o embargo, Cuba não mais terá desculpas para todas as violações praticadas na Ilha. O Senador Eduardo Suplicy perguntou a opinião de Yoani sobre a frase da presidente Dilma, referente a ser melhor ter uma democracia barulhenta do que uma silenciosa ditadura. Ela, como qualquer pessoa minimamente racional faria, afirmou que gostaria de eternizar a frase, por ser uma de suas preferidas. Eu já estava redigindo uma pergunta quando alguém se antecipou e indagou a opinião de Yoani acerca da postura do governo brasileiro diante da ditadura cubana. Nesse instante, a meu ver o ponto alto da Conversa, a moça, corajosa e calmamente, disse que, se ela pudesse dar uma sugestão, seria justamente a de que diminuísse o silêncio. Ela elogiou e agradeceu a ajuda financeira que o Brasil envia a Cuba, mas foi bastante clara ao cobrar firmeza e menos silêncio perante a violação aos direitos fundamentais. Ela ainda fez questão de enfatizar que não existem cubanos de Fidel ou cubanos de Miami. Há apenas cubanos que amam o seu país, onde quer que estejam.Para aqueles que vêm procurando distorcer os fatos, sugerindo que, se Cuba fosse mesmo tão ditatorial, esta moça não estaria aqui, Yoani, de forma muito diplomática (ela, inclusive, se apresentou como uma diplomata da cidadania), disse que, na verdade, Cuba nem a tolera nem autoriza que ela mantenha seu trabalho. Cuba, dada a visibilidade mundial que ela conquistou, não tem mais como impedi-la.Restou, portanto, muito evidente que Yoani não recebeu a liberdade; ela abriu, conquistou, a duras penas, esse espaço. Ao falar da frustração que implica ler as notícias em seu país, Yoani relatou que, ao comparar os verbos utilizados nas notícias nacionais e internacionais, intriga constatar que, nas nacionais, sempre estão presentes “AUMENTAR”, “CRESCER”, “DESENVOLVER”; por outro lado, nas internacionais, sempre se encontram “MATAR” e “MORRER”. Tudo a referendar a falsa ideia de que Cuba seria um paraíso. Ideia, infelizmente, muito difundida no ambiente acadêmico brasileiro, onde nossos jovens escutam, reiteradamente, que a verdadeira democracia está em Cuba. Quando questionada sobre os protestos que enfrentou, a blogueira foi bastante categórica ao aduzir que exercício da democracia não guarda relação com fanatismo, que se caracteriza pela violência verbal e até física. Acrescento que a truculência sofrida pela visitante, mais que motivo de vergonha própria e alheia, não tem mesmo nada a ver com democracia e poderia até configurar o crime de constrangimento ilegal, previsto no artigo 146 do Código Penal, pois ela foi impedida de fazer o que a lei permite. Fossem os tais protestos, que realmente exorbitaram a livre manifestação, intentados apenas por jovens românticos, aqueles que ainda acham “in” usar camisetas com fotografias de Che Guevara, ou Fidel, até seria “desculpável”.No entanto, as agressões físicas e verbais, perpetradas por pessoas já não tão jovens — pessoas, muitas vezes, que se esforçam para não terminar os cursos universitários em que ingressaram e, quando jubiladas, prestam novos vestibulares para poder exercer seu ofício — são, em grande parte, estimuladas por muitos mestres. Mestres que propalam e escrevem que a liberdade de manifestação não tem valor quando não se tem igualdade social. Mestres que, como no nazi-fascismo, elevam a sociedade ao patamar de uma entidade indefinida e, portanto, diversa dos vários indivíduos que a compõem. Os indivíduos, com suas necessidades, suas esperanças, medos e sonhos são apenas detalhes. Ora, para aniquilar um detalhe, não precisa muito.Yoani foi bem clara ao dizer que os cubanos vivem um quotidiano de pavor, pois não sabem se o amigo com quem falam ao telefone é ou não um agente do Estado. Não pertenço a nenhum partido. Por óbvio, apesar de ter até parentes petistas, não posso me alinhar com uma sigla que trabalha, a todo tempo, com dois pesos e duas medidas. Amigo é herói. Inimigo é ditador. Aliado é vítima de perseguição política. Dissidente é terrorista ou vendido. Amigo de amigo recebe asilo, não importa o que tenha feito. Opositor de amigo é deportado, hostilizado, vaiado, agredido. Tribunal que condena inimigo é democrático. O que condena amigo é Corte de Exceção. Ora, já que democracia barulhenta é melhor que ditadura silente, por que, diante da ditadura cubana, ainda permanece o silêncio? Além do silêncio, por qual razão um governo que se diz democrático ainda não explicou todo esse imbróglio envolvendo o funcionário da Presidência e um esquema de espionagem da visitante? Muito tenho ouvido que seria papel da oposição ter uma presença mais firme ao lado de Yoani. Respeito, mas não penso dessa forma. Apoiar alguém que luta COM PALAVRAS por liberdade para AS PALAVRAS é papel de todo cidadão, independentemente da causa. Ademais, não são poucos os intelectuais e políticos não formalmente petistas que ainda ostentam certo romantismo juvenil em torno de Cuba; reverenciam Fidel, em um saudosismo injustificável. Creio que o problema seja mais profundo que qualquer confronto de legendas partidárias. Já escrevi e faço questão de repetir que ditadura é ditadura, e ditador não é herói. A vinda de Yoani para o Brasil se revelou muito importante por escancarar a realidade que tomou conta do país há um bom tempo. Algumas pessoas se assustaram com os protestos e agressões contra a blogueira, como se fossem atos isolados. No entanto, esse já é o tratamento dispensado a qualquer pessoa que ouse pensar um pouco diferente. Para não perder o tom de relato, concluo dizendo que, ao final do evento, encontrei Yoani no banheiro e, a pedido de uma cubana, que sonha poder voltar para sua terra natal sem correr riscos, bati uma fotografia de ambas, abraçadas, ali mesmo no banheiro. As duas cubanas estavam felizes por se encontrarem, fisicamente e nos ideais. Eu fiquei feliz por registrar o momento e por, finalmente, ter a visitante conseguido falar. Afinal, foi somente para isso que ela veio. Por Reinaldo Azevedo




Não é que eles amem tanto o comunismo… Eles amam mesmo é a ditadura!



     Dirceu Ayres

Por que Yoani Sánchez, mulher de aparência frágil, fala doce e textos nada inflamados, provoca a fúria de alguns dinossauros da ideologia mundo afora, inclusive no Brasil? A resposta não é simples. Ainda que as esquerdas contemporâneas tenham mudado a sua pauta, e já não se encontrem mais comunistas de verdade nem em Pequim (restaram alguns apenas nas universidades brasileiras), é certo que elas conservam o gene totalitário e o ódio à democracia e à pluralidade. Herdaram do passado uma concepção de sociedade que as coloca como a vanguarda da história. Essa vanguarda seria a caudatária legítima de todas as lutas em favor do progresso, da igualdade e da justiça e, por isso, estaria habilitada a conduzir a humanidade para o futuro. Elas se consideram dotadas desse exclusivismo moral — e, em nome dele, tudo lhes seria permitido. Os que não aderem à sua pauta, pouco importa o conteúdo, seriam forças da reação, agentes do atraso, sabotadores do progresso. A história é rica em exemplos. A depender das necessidades, o comunismo internacional ora se alinhou com o nazi-fascismo “contra o imperialismo”, ora com o imperialismo “contra o nazi-fascismo”. Seus comandados defenderam com igual entusiasmo uma coisa e outra e, em ambas, vislumbraram o caminho para a redenção do homem. Afinal, os donos da história sempre sabem o que é melhor para a humanidade. Esses grandes embates ficaram no passado. Desmoronou também a ambição de se criar um modelo econômico alternativo ao capitalismo. Setenta anos de história bastaram para evidenciar a impossibilidade, restando, a exemplo de Cuba, algumas experiências que vivem de esmagar as liberdades individuais e que se impõem pela violência. O capitalismo fatalmente chegará à ilha hoje tiranizada pelos irmãos Rául e Fidel Castro não porque a história tenha acabado, e esse modelo de sociedade vencido. O capitalismo chegará justamente porque a história não acabou, e o estado comunista fracassou no seu intento de refundar o homem, a economia, a ciência, a natureza e até a metafísica. Não custa lembrar que as esquerdas é que eram partidárias do “fim da história”, não os liberais. O comunismo fracassou. Curiosamente, aquele “império” ruiu mais com suspiros do que com estrondo, tais eram as suas fragilidades. Não foi o pouco de abertura econômica proporcionada pela era Gorbachev que liquidou com o modelo, mas o pouco de liberdade que ele resolveu inocular no sistema. O totalitarismo é uma doença anaeróbia do espírito. Não convive com o oxigênio da liberdade e do contraditório. Aquilo tudo foi abaixo. A existência de Cuba e da Coreia do Norte é a prova mais evidente de que o comunismo, como a humanidade o conheceu um dia, acabou. Mas as esquerdas sobreviveram com a sua mesma concepção de história. A despeito de todos os desastres humanitários que já provocaram, continuam a reivindicar o monopólio do humanismo e da verdade e a vender a fantasia de que são as únicas forças moralmente habilitadas a nos conduzir para o futuro. Essa é a razão pela qual a noção de “crise” — entendida como um momento de transformação — é a que mais estimulou, ao longo do tempo, a imaginação dos historiadores e ensaístas de esquerda, a começar do pai original, Karl Marx. Eles julgam saber para onde conduzir a humanidade, ainda que esta, eventualmente, não queira… Yoani provoca a fúria do governo cubano e dos esquerdistas que se manifestam sem restrições nas democracias (justamente porque o comunismo perdeu…) não porque defenda a economia de mercado — todo esquerdista sabe, hoje em dia, que não há alternativa; não porque esteja colocando em dúvida supostas “conquistas” da revolução — ela é até bastante cordata a respeito. Os furiosos protestam porque Yoani é a evidência de que o exercício da liberdade individual desconstrói a fantasia totalitária, pouco importa em que modelo econômico ela esteja ancorada. E isso vale também para o Brasil. Vivemos, a despeito dos totalitários em voga, numa regime de plenas liberdades democráticas. É uma conquista da população brasileira, não desta ou daquela forças políticas em particular. Não existe mais em nosso país um embate relevante entre os que defendem e os que atacam a economia de mercado. O mercado venceu porque é a escolha mais eficiente, mais racional e mais adequada às habilidades e às aspirações humanas. Mas permanece, sim, um confronto inconciliável entre os que creditam nas liberdades individuais e os que entendem que estas devam se subordinar aos anseios daqueles que se apresentam ainda hoje como “a vanguarda”. Aqueles patetas fantasiados de Che Guevara que hostilizaram Yoani, a absurda participação de um funcionário graduado do governo na conspirata armada pela embaixada cubana, as grosserias que contra ela desferiram parlamentares de esquerda, tudo isso é a evidência não de amor pelo comunismo, mas do ódio à liberdade. Com a sua simplicidade, com a sua verve mais tímida do que encantatória, com algumas formulações muitas vezes óbvias sobre o que é ser livre, Yoani não trouxe à luz apenas as violências do regime político cubano; ela conseguiu denunciar também as tentações totalitárias que ainda estão muito vivas no Brasil. Não é que essa gente que saiu urrando contra ela ainda acredite no comunismo. Mas é certo que essa gente ainda acredita na ditadura. Em Cuba ou aqui. Por Reinaldo Azevedo 24/02/2013



DEMOCRACIA PARA QUE???



             

    Dirceu Ayres

E pensar que nos anos 80 do século passado eu ainda nos bancos da universidade já lutava contra o recém criado Partido dos Trabalhadores. Armei muita confusão, algumas até as vias de fato, dentro dos corredores, no DA, e até na atlética da faculdade por atacar o "milagre" político que se formava como nova proposta para livrar o país da ditadura militar que ainda dominava o cenário político no Brasil. Para ser sincero, os militares jamais incomodaram a mim ou a qualquer membro de minha família, justamente por estarmos preocupados em tocar a vida e sobreviver com dignidade. Certo que a inflação e o descontrole financeiro a que estávamos entregues neste período eram um entrave no crescimento econômico das famílias, tempos bicudos, inflação, desemprego, mas podíamos caminhar nas ruas durante as madrugadas sem sermos molestados por quem quer que fosse. Segurança garantida, vagabundos de verdade iam aos montes para a casa do caraleo nas mãos do saudoso E.M. Vagabundo naquela época não virava celebridade, virava estatística ou lenda. HOJE, ESTÃO NO PODER... Muitos da minha geração lutaram de alguma maneira pela abertura política e pela restauração da democracia, enfim, elas vieram, os militares entregaram o país às mãos do povo. Finalmente o Brasil virou uma democracia após pouco mais de vinte anos de ditadura militar, A população feliz acreditava que sabia o que estava fazendo, compraram o pacote de bondades que o PT vendia dentro de suas promessas de limpeza ética e transparência na política, era o novo se apresentando. Por fora bela viola, por dentro pão bolorento. O partido que veio repleto de pensadores, juristas, e mais do mesmo, os terroristas cassados pela ditadura tiveram a chance de se colocarem novamente na vida pública, e pior, com direito a se elegerem. E deu no que deu, os PTistas de raiz, aqueles que acreditavam na ética, na mudança, e na moralidade, abandonaram o partido por não aceitarem as novas diretrizes que o partido apresentou assim que começou a chegar ao poder. Instalaram a ditadura do tudo por dinheiro, transformaram o país numa baderna, trocaram as lutas pelas liberdades civis e pela democracia em uma feira de corrupção e bandalheira. Membros do partido enriqueceram assustadoramente em pouco mais de 5 anos, e membros da fundação do partido que lutavam por um país melhor se corromperam pelo poder e pelas facilidades que o estado corrupto sempre promove para seus pares. O PT sempre foi contra tudo e contra todos, sempre votou contra o país, nunca aceitou a possibilidade de governantes de outros partidos poderiam implantar programas que realmente ajudariam a mudar o Brasil. E foi assim no plano Real, entre outros, o PT sempre votou contra, afinal eles eram os donos da verdade e os paladinos da justiça. E o povaréu esquerdofrenico de ocasião, funças públicos e de estatais, professores, e simples trabalhadores sindicalizados se tornaram a massa de manobra para a manutenção do poder dos bandoleiros vagabundos que venderam a ilusão de um Brasil mais justo e solidário. Estamos entregues à própria sorte, os governantes que aí estão, passam anos à fio preocupados sempre com as próximas eleições, aparelharam o estado de tal maneira que nem o STF, ou a PF escapam de seus tentáculos, e as leis são para os inimigos, já que para os amigos, tudo. O PT está transformando o país em uma ditadura "light", permite aos cidadãos o livre ir e vir, e promove festas para alienar ainda mais a fraca cabeça da imensa maioria deste povo. Promoveu o festival do crédito fácil, onde hoje 60% das famílias brasileiras estão atoladas em dívidas, mas o que importa estar pagando juros sobre juros se quem nada tinha, hoje tem até TV de prasma mesmo sem saberem ler o manual de instalação do aparelho, e as dívidas? Oras, as dividas que se phodam, pago quando der, e se não der não pago. O consumo explodiu, os Brazucas se enfiam mundo à fora feito novos milionários torrando o que tem e o que não tem em bugigangas que se compram facilmente em qualquer loja de SP ou RJ, mas sempre saem com aquela velha desculpa de que lá é bem mais barato. Aqui não é bem mais barato porque o povão torrador de grana está preocupado em quando acabar de pagar a última viagem já se enfiar na próxima prestação para rodar o mundo como um novo rico sem noção. Em vez de ir a luta para que o governo baixe os impostos e pare de nos explorar. E os investimentos em educação, isso apenas a velha classe média, aquela que é classe média por educação, conceitos e esforços, tem feito. Fazem de tudo para melhorar a vida de seus filhos, se matam de trabalhar para pagar as melhores universidades do país para dar aos seus herdeiros as condições de lutar por melhores empregos, sejam aqui ou no mundo. E os emergentes gastando em bobageiras, comprando carros em 800 prestações, se endividando cada dia mais sem pensar no amanhã. Para que pensar no amanhã? Se nada der certo, e com o PT no poder, ao menos garantimos uma bolsa ajuda qualquer. Na cabeça desses dirigentes corruptos e estelionatários, é mais fácil transformar o grande Brasil em uma nova CÚba, do que em uma Alemanha, Coréia, ou mesmo Uzestaduzuinidus. Cidadania é uma coisa que se tem de berço, com muita educação e com o estado atuando em favor da melhoria social do povo. Mas um povo cidadão não mantém gente do gabarito dos PTralhas no poder, e é isso que eles tem pavor. Preferem ser os governantes de um povo totalmente alienado do que entrarem para a história da humanidade como os governantes que transformaram uma repúbliqueta de bananas em um país dos mais fortes do mundo em todos os sentidos. É mais fácil alienar uma população para se perpetuar no poder, do que dar cidadania e condições de pensar para essa população e se manter no poder por saber que o povo que pensa assim o entendeu e os elegeu. Olhando as manifestações de jovenzinhos babacas e alienados contra a visita de Yoani ao Brasil, é que chego a conclusão de que nosso país não vai mudar tão cedo já que a juventude que sempre foi a mola propulsora das mudanças no mundo está cooptada pela esquerda festiva, sei que ao menos nas próximas duas ou tres gerações o Brasil vai continuar mediocre. Os próximos ao poder, e os que nele estão, continuarão enriquecendo a olhos vistos, e jogando migalhas para um povo burro que dá risada de tudo Sabem que não correm perigo de um levante da população contra seus governos. O Comunismo travestido de capitalismo populista transformou uma nação inteira em caarneirinhos dóceis e alienados. Pensando bem...quem deveria andar com nariz de palhaço somos todos os que um dia lutamos pela redemocratização do Brasil. Pois, perdemos um tempo enorme para entregar o país nas mãos de um povo sem cultura e sem compromisso algum, um povo totalmente idiotizado pela mídia, festeiro e carnavalesco que só pensa em se dar bem sem ter que se esforçar. Sorte dos jovens da tradicional classe média que estão sendo preparados para poderem sair do país e viverem com dignidade nas verdadeiras democracias do mundo. Deemocracia no Brasil para que mesmo? E PHOD@-SE!!! (O Mascate)

A blogueira cubana e o blog do juiz



       Dirceu Ayres

Sob o título “Os direitos humanos em Cuba”, o artigo a seguir é de autoria do juiz de direito Jorge Adelar Finatto, do Rio Grande do Sul. Foi publicado originalmente em seu blog “O Fazedor de Auroras” (*). As ditaduras são feitas de cadáveres e prisões. Não existe a figura do bom ditador. Sejam de direita ou de esquerda, ditaduras são igualmente infernais. As pessoas da minha geração, que sofreram na pele a falta de liberdade e de perspectivas durante o período ditatorial brasileiro, sabem o que isso significa. Depois de muitas e frustradas tentativas, a filóloga, jornalista e blogueira cubana Yoani Sánchez, nascida em 4 de setembro de 1975, conseguiu autorização para viajar para fora do seu país. Chegou ao Brasil há alguns dias, o primeiro país que visita. Yoani é alguém com coragem para criticar o sistema político e social em seu país. Criou, em 2007, o blog Generación Y. Por conta disso, é perseguida. Não é inimiga de Cuba, pelo contrário. Quer mudanças, quer mais participação do povo e melhores condições de vida. Deseja, enfim, o que qualquer pessoa razoável sonha: uma existência melhor para todos. O tratamento agressivo que Yoani vem recebendo no Brasil, por parte de alguns defensores do regime ditatorial cubano, é desrespeitoso não apenas com ela como em relação à sociedade brasileira, que não aceita o cerceamento à liberdade de expressão. A visita da jornalista tem sido marcada por manifestações antidemocráticas e grosseiras contra ela, por parte dessa minoria extremista que nem de longe representa o povo brasileiro, por “ousar” criticar o regime. Os irmãos Fidel Castro Ruz, ex-presidente, e Raúl Castro Ruz, atual líder político de Cuba, não se mostram dispostos a permitir a democratização e nem a rever a forma de tratar os opositores do regime de partido único (Partido Comunista de Cuba). A Revolução Cubana, vitoriosa em 1959, liderada por gente como Fidel Castro e Ernesto “Che” Guevara, combateu a ditadura do general Fulgencio Batista, que, entre outras violências, tratava com brutalidade os inimigos políticos. Uma vez no poder, os dirigentes cubanos repetem a intolerância contra os adversários. Informações divulgadas ao longo das últimas décadas mostram que a revolução trouxe avanços, principalmente em áreas como educação e saúde. É um país pequeno, que tem hoje cerca de 12 milhões de habitantes. O embargo econômico imposto pelos Estados Unidos só tem colaborado para a falta de avanços sociais e políticos em Cuba. A posição americana é um obstáculo ao fim da ditadura e fortalece o discurso persecutório dos governantes. Yoani, por sinal, é contra o embargo. Fidel Castro, seu irmão e sequazes cometem o erro essencial de todos os ditadores: acham-se insubstituíveis, e não admitem a transição democrática do poder. Consideram-se melhores e mais preparados do que todos os outros cidadãos e só eles sabem o que é bom para o país. O governo que se diz revolucionário não reconhece a existência de perseguições por razões de consciência e afirma que o que há são mercenários a serviço dos Estados Unidos, alegação que não convence a mais ninguém. O que se pergunta é quantas prisões e até mortes serão ainda necessárias para que se estabeleçam o diálogo e o respeito aos que pensam diferente do governo em Cuba. É uma violência aos direitos humanos um mesmo grupo manter-se no poder por tanto tempo, afastando a população da democracia, negando-lhe direitos políticos e condenando gerações ao silêncio e ao atraso. Não existe justificativa, do ponto de vista ético, político e humano, para essa eternização, que só é possível mediante a eliminação da liberdade e, às vezes, da própria vida de quem é contrário ao sistema. O que se espera do governo brasileiro é uma posição firme e clara contra a falta de democracia naquele país e contra a perseguição movida aos que se manifestam por mudanças. É incompreensível e inaceitável o longo e pesado silêncio das autoridades brasileiras em relação aos direitos humanos e à escuridão política em Cuba. (*) http://ofazedordeauroras.blogspot.com.br/ POR Frederico Vasconcelos.
           






 .

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O DIAGNÓSTICO.



      Dirceu Ayres

Já vai longe o tempo, (1951) que para treinar um aluno e torná-lo Médico, dispondo somente e tão somente das macas existentes na Santa Casa de Misericórdia, alguns instrumentos cirúrgicos, lençóis brancos e uma estufa que depois foi trocada por uma pequena autoclave, que graças a Deus existia neste local onde tinha também, duas salas a disposição dos professores de Medicina. O Dr. Paulo de Miranda Neto. Nosso Dr. Paulo Neto, que dava aula de Anatomia sem dispor de nada além de seus livros, sua capacidade, inteligência e a ajuda do “Cadáver Desconhecido” realizava verdadeiro milagre de ensino os seus doze (12) alunos. Também não era diferente para os outros professores: Abelardo Duarte, Sebastião da Hora, Deraldo Campos, João Azevedo, Durval Cortez, Roland Simon, Pedro Reis João Vasconcelos, Aristeu, Reynaldo, Adail e tantos outros que sempre teimaram em levar adiante a faculdade dos sonhos para nosso Alagoas. E assim, depois de tantos esforços, para fundar e manter uma escola de nível superior, tantas vidas desgastadas, tantas noites mal dormidas, tantos estudos, não seria agora que deixariam os Agentes Comunitários ajudando a população mais do que os verdadeiros profissionais da Saúde que são com certeza (Médicos) os mais indicados. Hoje em dia, o Médico conta com uma verdadeira parafernália de Máquinas e equipamentos que o ajuda no que existe de pior na Medicina. Anamnese. Anamnese é o nome dado a entrevista médica ou terapêutica, realizada como ponto inicial no diagnostico de uma doença. Uma anamnese, como qualquer outro tipo de entrevista, possui formas ou técnicas corretas de serem aplicadas. Ao seguir as técnicas pode-se aproveitar ao máximo o tempo disponível para o atendimento, o que produz um diagnóstico seguro e a um tratamento correto. Sabe-se hoje que a anamnese, quando bem conduzida, é responsável por 85% do diagnóstico na clínica médica, liberando 10% para o exame clínico e apenas 5% para os exames laboratoriais ou complementares. As perguntas a serem feitas ao pacientes dividem-se em 3 tipos: abertas, focadas e fechadas. Classicamente, a base do diagnóstico médico é a consulta médica, (anamnese, aquí já citado), mas existe um grande e crescente número de técnicas complementares de diagnóstico máquinas, aparelhos eletrônicos, computadores, etc. A comunidade científica tem como filosofia aceitar os instrumentos de diagnóstico que foram validados pelo método científico. Métodos não validados tendem a ser agrupados no conjunto das terapias alternativas. A origem histórica e a filosofia intrínseca de muitos métodos de terapia, como a Yoga, a Homeopatia e a Acupuntura, dificultam a utilização do método científico em sua análise, o que cria resistência a seu uso em muitos meios. Muitas aquisições recentes da tecnologia também ainda não foram validadas e em especial não foram demonstradas como superiores aos métodos existentes, o que também dificulta sua aceitação geral. Só se faltar uma boa dosagem de compreensão e até atenção do menos estudioso, é que este Médico com pouco estudo (ou experiência) poderá medicar um paciente portador de um distúrbio, como sendo portador de outro tipo de doença. Pura falta de atenção, ou falta de experiência? Isso não se sabe, más, com certeza, algumas vezes encontramos um “profissional” desse fazendo esse “tipo” e não é raridade que atenda muito mal as pessoas que o procuram para se consultar e ao tentar contar sua estória ou explicar sua doença, o paciente escuta.”. O Médico aqui sou eu “!!! Na verdade, não sabe coisa nenhuma, nem tem a capacidade que quer aparentar. É O SIMULÁCRO DE UM VERDADEIRO MÉDICO. Mesmo que tivesse capacidade, não é onipotente nem está acima do paciente. Também não precisa demonstrar seu materialismo para o doente. Em minha opinião, o verdadeiro Médico, dissemina amor, compreensão, muito atenção ao paciente com boa dosagem de paciência. Um “Midas” alquímico e diferente que converte positivamente em SAÚDE, o negativismo da MOLÉSTIA. Quando não esta estudando está espalhando perdão, disseminando conhecimento, demonstrando o conhecimento e Amor acentuado pela profissão que abraçou. Um tipo que vive sófre, ama, luta e pugna pela ética de sua profissão. Sabe que existem doentes, más, ele é o agente Hospitalar dos enfermos do Mundo, É o grande Médico plantonista do Hospital de DEUS. Sabe que não é e nem se julga melhor que ninguém. Seu pensamento deverá sempre ser: “Enquanto estiver bem de saúde, SERVIREI os outros e quando adoecer, parar, ou morrer, outros tomaram meu lugar para continuar servindo a Humanidade”. Esses sim são os verdadeiros Médicos, conscientes das obrigações e responsabilidades que tem para com o povo e toda a Humanidade. Uma profissão completamente diferente de todas as outras. O Advogado, quando sem ética, pode “fabricar testemunhas” O Engenheiro poderia até errar um cálculo de Edificação. Más o Médico não pode errar nem se descuidar, pois disso depende o fracasso ou o triunfo de suas ações e a saúde do doente. (isso é imediato). Ser Médico não é um cargo, muito menos um encargo, senão responsabilidades que entidades superiores colocarão em seus ombros e não serão “fardos”, Más, se faz necessário carregar por toda a vida. Sabe-se que Alagoas pelo menos em se tratando de Cardiologistas que se estima em mais de cem, estão entre os melhores do Pais. Essas obrigações fazem do Médico um ser diferente cheio de muitas responsabilidades e obrigações. Aqui não cabe o neófito (estudante) que quer ser Médico por ser uma profissão boa e rentável, porque quer ser rico. Não senhor. Ser Médico é uma profissão de muita responsabilidade e muito amor com os pacientes, uma verdadeira prestação de serviços a Humanidade. Acontecendo assim e as escolas providenciando para que assim seja; teremos na próxima geração de Médicos uma verdadeira classe de profissionais altamente qualificados e portadores de grande sapiência. E quem ganhará com isso... O Povo, a humanidade, todos e até ele mesmo.

A BÉLA DESCONHECIDA




          Dirceu Ayres

Olhei aquela imagem alongada e bela, o bastante para hipnotizar uma pessoa menos avisada. Com o corpo escultural a se retorcer como uma cobra, cabelos escorridos, castanhos claros! Cabelos que davam sentidos diferentes ao seu rostinho angular, muito formoso e ilustrado por um diferente par de olhos semiamendoados e brilhantes. Tal feição parecia ter vindo do oriente místico de mulheres sexy como se tivesse o rosto escondido em um véu de purificação e consumo interno. Olhos que não diziam nada e pediam tudo. Parecia uma dessas jovens que confundem liberdade com licenciosidade, civilização com modernidade mistura tudo com amor e pecado, pureza com fé. Tentei contratá-la, falei com voz aveludada e calma com muito cuidado para não assustar ou causar alguma desconfiança, quer trabalhar para mim? Não... Quero fazer com que você passe comigo algumas horas dulcíssimas praticando o bem Divino do “crecei e multiplicaivos”; como recusar, mesmo que fosse o Diabo travestido de uma bela mulher? Fácil capitular diante de tal assertiva, o conflito que se impõe à alma, subjuga até o bom senso e a ardência do corpo pede amor, amor e amor, sem preços, sem barreiras, custe o que custar. A mulher parecia um BISCUÍ de adôrno que além de enlouquecer os homens, enfeitaria a casa, o quarto e até as cabeças. Melhor parar e pensar. Depois de uma experiência dessas, as fronteiras da realidade se diluem; quem é quem ou contra quem devemos investir nossa raiva ou condenar por sentir tais desejos. Depois dessa experiência espontaneamente confessada como se fosse à melhor expressão de ingenuidade concedida e mal disfarçada, tomamos banho, nos vestimos e fomos embora, cada um para seu lugar. Agora, depois de vários dias, verifiquei que aquilo que pensava ser mais uma aventura descobri para minha tristeza, que estou sentindo muita saudade da desconhecida de cabelos castanhos e ou cor de mel. Não conhecia nada da moça e nem sabía onde morava, sabía que lá fora, nas esquinas da vida, as pessoas continuavam tendo preconceito contra o que acabávamos de fazer e que por força de alguma razão, teimo em não aceitar. O que havíamos feito naquele dia foi cheio de muito amor e ternura. Acredito que as pessoas são felizes quando são livres para amar sem convenções arcaicas e superadas, para que possa viver sem fronteiras e sem censura. Meu instinto me dizia: Crie coragem, inicie seus casos amorosos e conclua tendo prazer naquilo que está fazendo sem prejudicar a você nem a outrem. Lembrei-me de um trecho do verso de um poeta PERSA... (hoje—o IRAN)
“Aproveita a existência fugás
Se morreres, não más,
Nunca mais voltarás”.
(Omar Khayyám)
É meu amigo, vou continuar sempre que possível quando encontrando uma desconhecida em meu caminho, tentarei viver a vida como eu conheço e que sempre me fez tanto bem. Não deixarei passar aquela oportunidade que poderá ser a única, pelo menos com aquela pessoa, as oportunidades não se sucedem com tantas facilidades nem com tanta freqüência. Assim sendo, mesmo não encontrando uma mulher espetacular tipo –Biscuí- vou me contentar com uma simplesmente mulher. Sendo carinhosa e sabendo amar já é pedir muito a Deus, mas se ela for... É tudo que eu ando desejando desde que A DESCONHECIDA foi embora, eu jurei que nunca mais faria exigência com nenhuma mulher a não ser com relação a higiene, pois estando limpinha e perfumada...É outra coisa.

AS DENTUCINHAS...




     Dirceu Ayres

Acho que podemos fazer uma denúncia chamando a atenção dos rapazes para o que está acontecendo: estão acabando com as meninas dentuncinhas. Sim, não é de hoje, faz tempo, mas agora beiramos realmente a extinção da espécie. Essa de encher de arames os dentes das moças. Essa modinha de desentortar os lindos dentinhos das meninas em flor. Sim, os rapazes também são vítimas da ortodontia moderna, mas os moços, pobres moços, que se defendam. Este Mancebo lírico e sentimental que está a lhes lembrar, se preocupa tão somente com as meninas, como um amante tardio e lesado. No início do modismo, era mania apenas dos mais aquinhoados; depois se alastrou de vez, como as cirurgias plásticas. Tem criatura que mal possui dentes e já pendura lá os ferrinhos. E sai todo mundo falando mole, cuspindo no próximo. Estão acabando com o charme das dentucinhas. Toda sala de aula tinha sua dentucinha, toda repartição, toda rua, todo clube, todo cabaré, toda casa de tolerância que se prezasse... Esses milagres da ortodontia limaram uma espécie mais do que graciosa. Exceto a reposição hormonal, ventilador em cápsula capaz de atenuar a quentura senegalesa da menopausa, esses avanços da modernidade não caem bem para as moças. Já já eliminam de vez o charme das estrias, e todas as mulheres ficam iguais, as Nádegas todas iguais, peitos do mesmo tamanho, cheios redondos e reforçados. Lábios de branquinhas com recheios artificiais para imitar a lindeza da mestiçagem... Reparem os cabelos, por exemplo, onde andam os caracóis, os lindos cachos?, Está tudo dominado, tudo esticado, foi inventada a chapinha elétrica, modinha que nasceu em pleno apagão da energia elétrica, veio para ficar de vez. Já já escrevem na bandeira nacional: ordem e escova progressiva! A mulher brasileira, como a fêmea mestiça vista por Gilberto Freyre, está desaparecendo. Pelo menos nas grandes cidades. Uma Sônia Braga, que era o xodó do homem de Apipucos, é cada vez mais rara. Meu primo (Dinho) babava tanto pela morenidade da dublê de Gabriela que dona Madalena chegou a adverti-lo, na brincadeira, claro: “Cuidado com esse velhote!”. Tratava-se, deveras, de um velho enxerido, tipo brasileiríssimo já louvado nas colunas de sociedade. Mas o que está em jogo agora, o que estamos querendo entender meu camarada, é o fim das dentucinhas. Uma lástima, uma tragédia dos nossos dias. Vocês lembram como eram especiais os beijos das dentucinhas? E os dengos orais das dentucinhas? Triste correção. Lembro-me do denguinho quando magoava ou fingia que magoava, bons tempos. Agora devemos tomar cuidado quando beijar porque podemos encontrar com alguma menina que não tem os arames nem aquelas armações dentárias, mas pode ter sido ou foi criada com os Canibais e tenha aprendido os costumes. Preste bem atenção, muitas beijam muito bem e outra parece que está tentando comer os lábios da pessoa ou alguma coisa mais. Beijar é gostoso, mais continuar com seus lábios inteiros, é muito mais gostoso e saudável.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O QUE MAIS ME IRRITA



               

    Dirceu Ayres

O que mais me irrita, me deixa meio pirado e fora do sério, é a impotência de realizar alguma coisa. Às vezes eu sei o início da coisa, sei até o fim da coisa, mas não conheço nem sei onde se encontra o meio. Como aqueles labirintos de revistas para crianças, em que você vê o fazendeiro no alto da página, a Fazenda com a vaquinha lá embaixo, e um emaranhado de caminhos para levar a vaquinha. Agora pense nos caminhos e corredores que existem dentro daquele labirinto, mais parece a minha vida. São tantas as variáveis, tantos os meios, dificuldades e você sequer sabe como fazer para desembaralhar aquele caminho desgraçado. E sem a certeza de que vai conseguir chegar àquele final da trilha e alcançar o Fazendeiro e dar a alimentação da vaca . Impotência. É um palavrão desgraçado. Se eu tivesse muito, muito dinheiro, Iria entrar em um avião e ir passando por cima de tudo até chegar lá. Mas como não tenho, fico só olhando aquela confusão de linhas, corredores, becos, todo sem indicação, aí fico sem saber como sair daqui e como vou chegar até ali ou lá, a isso se chama Impotência, uma famigerada situação que além de irritar é desagradável. Às vezes penso que não quero chegar lá em cima, no labirinto e às vezes penso que não quero e não me pergunte como nem o porquê - não faço (ainda) a menor idéia. Por vezes as coisas comigo são mesmo complicadas ou indecisas. Tento levar essa Idea enganchada e inoperante á falência e nem isso estou conseguindo. Por isso vou tentar pelo menos uma Concordata para as minhas idéias, mais fica evidente que tenho de mudar essas idéias burras, retardadas, e pouco inteligente, colocando em seu lugar idéias mais inteligentes, futuristas e modernas. Pronto, me sinto novamente impotente, quero minha vaquinha com o Fazendeiro, ela precisa ser alimentada, beber água, lamber sal e mel para engordar mais depressa e eu aqui no início do caminho atrabiliádo com esse famigerado labirinto como uma porteira fechando meu caminho. Aí está, onde anda as minhas idéias revolucionárias, Avançadas, inteligentes, progressistas, Artísticas ou até renovadoras. Nada feito, continua tudo em stand-by. Isso é que me irrita, me deixa piradão, lé,lé da cuca. Aqui deveria ser aplicada A Lei do talião (do latim Lex Talionis: lex: lei e talis: tal, parelho) consiste na justa reciprocidade do crime e da pena. Esta lei é freqüentemente simbolizada pela expressão olho por olho, dente por dente. É uma das mais antigas leis existentes. Nada mais justo, colocar o Fazendeiro com a vaca, comigo, Fazenda e tudo no lugar devido. Na verdade, essa lei encerra a idéia de justiça correspondência de correlação e semelhança entre o mal causado a alguém e o castigo imposto a quem o causou: para tal crime, tal e qual pena. Está no Direito hebraico (Êxodo, cap. 21, vers. 23/5): o criminoso é punido taliter, ou seja, talmente, de maneira igual ao dano causado a outrem. Observa-se que qualquer punição ao Fazendeiro seria a coisa mais justa que poderia acontecer, para essa punição acontecer nada melhor do que a lei de talião aquí aplicada por causar a sensação de impotência que estou sentindo. Deveria colocar o Fazendeiro em meu lugar e exigir que ele alimente a vaquinha. Pois acho que a única vaquinha que conheço são dos currais dos politicos e se pusermos esses politicos para trabalhar de mesmo, de verdade, quem sabe até o Brasil vai melhorar muito e vamos ter politicos com mais honestidade praticada mesmo a força.

PARA OBSERVAÇÃO:



      Dirceu Ayres

Precisamos observar que como diziam os antigos: (nem tudo que reluz é ouro), essa de achar que o que vemos está ou estaria certo, é muito duvidoso! Primeiro de tudo precisaremos saber que os nossos olhos estão sempre dentro das fantasias, das miragens e das alucinações, muito embora fazendo um teste nos classifiquem como normais, pois o ser humano ou não enxerga o que existe ou enxerga o que não existe, pois, vivem “vendo o ilusório” (ilusão) e isso não permite enxergar com precisão o real ou verdadeiro. Podemos observar que quando dormimos podemos enxergar quadros coloridos, cenas de várias situações, paisagens e muitas coisas que nem imaginávamos que existissem dentro de nós. Agora observem como podemos ser enganados pelos nossos próprios olhos: Se pegarmos uma folha de papel em branco e a dobrarmos no meio, ao abri-la de novo deixando cair uma gota de tinta na marca da dobra, e fechando novamente de forma que a tinta se espalhe, formando uma figura irregular, quando voltarmos a abrir-la terá tão somente uma mancha ou um borrão. No entanto, se mostrarmos a mesma mancha a outras pessoas veremos que cada pessoa enxerga de uma forma muito diferente: O TEMEROSO verá Monstros, O GUERREIRO verá instrumentos bélicos: O ERÓTICO verá cenas de orgias, e assim por diante. Cada pessoa põe no que vê parte de seus desejos inconsciente. Essas são provas que tem sido realizada ao longo dos tempos: Os Turcos se utilizam da borra do café para ler o futuro e os próximos acontecimentos na vida deles ou mesmo do mundo, os Dervixes colocam tinta na palma da mão fazendo-a fechar e abrindo-a de novo com a mesma finalidade dos Turcos. Já no Ocidente e em outras partes do mundo cada um faz de seu jeito. No Ocidente esses testes deram origem ao mais célebre teste usado hoje em Psicoterapia, e isso hoje tem o nome de seu autor – RORSCHACH. È de se perguntar! Que olhos serão esses? Olhos do pensamento?. Não, nada disso, os Neurologistas afirmam que quando sonhamos nossos olhos físicos, nossos globos oculares, convergem-se no que se denomina de estrabismo interno (fenômeno igual acontece quando uma pessoa é hipnotizada), na procura de nosso terceiro olho ou chacra de energia frontal, localizado no centro da fronte. Sabemos que é tão certo que enxergamos de olhos fechados, quanto às vezes que não enxergamos com os mesmos olhos abertos. Lembrem-se das esposas ou namoradas que ficaram duas horas no cabeleireiro e não notamos a diferença do penteado ou mesmo a troca de um bonito vestido e acabamos por gerar uma boa confusão com a parceira. Pensemos que se nossos olhos podem nos enganar e que basta às vezes, uma sombra ou uma tonalidade diferente de luz para que vejamos as coisas deformadas. Em verdade o que mais precisamos é de orientação para chegarmos a nossa verdadeira concentração e podermos praticar a meditação que sem orientação chega a nos parecer que está desfigurada. (Aleluia)

OS PALHAÇOS


                     

             Dirceu Ayres

Os políticos Brasileiros continuam fazendo palhaçadas sem graça. Tenho dó dos verdadeiros palhaços, daqueles que num picadeiro de circo se esforçam para arrancar pelo menos um sorriso da platéia e, muita vez, não conseguem. Eles vivem disso. Já os políticos Brasileiros têm platéia cativa. Eles são os donos do circo, mestre de cerimônias e também são péssimos palhaços, sempre sabujamente aplaudido pelos seus séqüitos. Já me referi mais de uma centena de vezes, mas eles não lêem escritor de Cidade pequena. Há um tempo uma Senhora deixava de vez em quando um pitaco a respeito do que eu escrevia. Descobri muito depois que era minha vizinha que gostava de dar o seu pitaco indignada com comparação que eu sempre fazia e prometeu não ler mais nada que eu escrevesse. Não tenho ânimo de criticá-los. Mas esses políticos são tão produtivos no seu besteirol que ignorá-lo é confessar, em termos, falta de atenção. Já que me falta ânimo, vou escrever desanimado mesmo. Estas poucas palavras são em homenagem aos seguidores e entusiastas do ditador que repete todos os erros da história. Coisa de latino-americano, insistir no que deu errado em outros lugares, em outras épocas. Elas se referem à gloriosa eleição do Brasil para sediar a Copa de 2014. Gloriosa porque o Brasil competiu com... Desculpem, é gloriosa porque, mesmo competindo apenas consigo próprio, conseguiu não ser descartado. Acho que aí tem coisa. Ninguém quis, sobrou para o Brasil. Fica aquela perguntinha que não quer calar: por que outros não se interessaram? Mas voltemos, desanimadamente, aos palhaços políticos sem graça. Na cerimônia em que o Brasil foi eleito o político mor, disse: O Brasil vai cumprir o seu dever de casa. Depois, que vamos organizar uma copa espetacular, para argentino nenhum botar defeito. O fazer o dever de casa significa uma genuflexão aos interesses de alguma potência mundial ou — vá lá — aos caprichos petrolíferos de um Evo Morales, para quem o Brasil já baixou as calças? Não! Caímos abaixo desse nível. O dever de casa, aqui, é o passado pela FIFA, organismo que controla o futebol no mundo. É a ela que apresentaremos a lição feita para ganharmos um diploma. Até se entende. O Brasil é o país do futebol. Nada de mais abrirmos às pernas para o organismo que o controla e cujo embaixador no Brasil é a figura suspeitíssima do Presidente de figura suspeita e falo suspeitíssima porque, desanimado, a melancolia reprime somos mais rancorosos que comumente dirijo à bandidagem. E a afirmativa para argentino nenhum botar defeito? Nem abordo a deselegância de um chefe de Estado referir-se assim, ainda que de brincadeira de mau-gosto, a outra Nação. Elegância não se pode esperar de nossa família real. Mas, sabe-se, a Argentina atravessa uma crise e tem consciência disto. Nem se candidatou. Certamente seus governantes têm autocrítica e enxergam problemas mais sérios a resolver. Então a comparação fica muito mal. Feio para a nossa cara. Não seria melhor dizer para alemão nenhum botar defeito, pois a última copa foi lá? Ou referir os americanos, os franceses, os japoneses e coreanos? A Argentina não tem como avaliar nossas condições. Os americanos, alemães, franceses, japoneses e coreanos sim, estão habilitados. Mas nossos políticos são, digamos,
meio covarde e já demonstrou isto com Morales e Cháve.
 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

COMO HIGIENIZAR SUAS CALCINHAS


                         
     Dirceu Ayres

Vimos um anúncio de plástico comestível e até antimicrobiana biodegradável e nos lembramos de orientar mulheres que esqueceram ou nunca tiveram noções de higiene. Embalagem comestível, biodegradável e antimicrobiana. Plástico comestível, biodegradável e com propriedades que inibem ou retardam o desenvolvimento de microrganismos. O novo produto, um polímero natural feito a partir de amido de mandioca e açúcares, é resultado do projeto de pós-doutorado da engenheira química Cynthia Ditchfield, do Laboratório de Engenharia de Alimentos, isso pode ser aproveitado e/ou usado quando do banho das mulheres em se referindo as suas calcinhas. Se quiser lavar no banho, se ligue nas dicas abaixo: Os sabonetes para o corpo que normalmente usamos no banho não são capazes de eliminar os fungos e bactérias do tecido das lingeries. Além disso, nunca deixe suas lingeries secando no banheiro, pois o ambiente é muito úmido e colabora com a proliferação dos bichinhos. Não é indicado também lavar as calcinhas em água quente, pois ela pode destruir as fibras dos tecidos e estragar o elástico das peças.Mas como sabemos que nossas leitoras são mulheres super poderosas que nem sempre dispõe de muito tempo, preparamos dicas para você que acha mais prático lavar suas calcinhas no chuveiro. Vejam só, é recomendável que se utilize água morna ou fria e um detergente líquido exclusivo para esta finalidade, como o Higicalcinha, o Lave Calcinha da DeMillus ou o da Mon Bijou (há ainda outras marcas, basta pesquisar no mercado!). As embalagens são estrategicamente feitas em tamanho pequeno, para deixar junto aos produtos de banho mesmo. Outra dica é o uso de um sabão de coco.Depois da lavagem, não deixe a peça no banheiro, coloque-a para secar na sombra, pois o sol pode deformar a renda ou a lycra. Para lavar sem ser no chuveiro, lembre-se que lavar na máquina nem pensar! As peças são muito delicadas e na máquina elas se misturam a outras roupas cheias de germes, suor, sujeira da rua, resto de alimentos dos panos de prato e etc. As poderosas que usam de marca, elas sabem que as lingeries da marca são confeccionadas de acordo com os critérios mais seguros de qualidade, agregando aos produtos o que a sempre inovadora tecnologia têxtil disponibiliza no mercado em termos de tecidos funcionais inteligentes: ação bacteriostática e antimicrobiana, absorção de umidade porosidade, proteção UV e estabilidade dimensional (comportamento do tecido durante lavagem), entre outras. Nosso organismo possui muitas glândulas secretoras, sendo por isso necessário higienizar nossas lingeries (soutien, calcinha, body, camisolas, etc) após cada uso. Sendo assim, pense comigo. Sair com uma gata, levar para um local confortável bastante confortável mesmo, esperar o strip-tease, ver e sentir que é higiênica, cheirosa, sabe fazer amor como poucas, transar uma ou duas vezes, sentir não só seu perfume, mas o perfume de sua pele, seu suor, seu calor, sua energia, ter um orgasmo enorme por causa da satisfação e como se tudo fosse pouco...Ainda tem a calcinha para ajudar a matar a fome, comendo-a.

BANHEIRO DAS MULHERES


          

   Dirceu Ayres

Quando era muito menino, poucas coisas me fascinavam tanto quanto banheiros e vestiários femininos. Eu queria saber como era. Mais do que saber como era ser uma mulher, uma questão deveras interessante, queria saber como elas eram. O que elas diziam, como faziam as coisas, como se portavam diante de sua intimidade, de seus corpos misteriosos e descobertos? Era um universo a ser desvendado e toda a minha busca após a puberdade, toda a tentativa de descoberta de um abrigo em um corpo feminino ainda abrigava aquela ansiedade infantil: como será que ela é? Um gesto pode ser mais intrigante e impactante ao olhar do que um volumoso par de nádegas enorme, proeminentes, lisos, rotundo, igualmente macios e bem bonitos. Imaginava as moças se despindo sem ter a perspectiva intrusa do observador. Não queria que se despissem para mim, queria saber como era o mundo delas, entre elas, sem que estivessem tentando causar alguma impressão. Queria saber como era lá. Se elas eram, delicadas ou grosseiras, se cuidavam umas das outras e o mais importante...Se lavava suas calcinhas na hora de entrar (ou sair) do banho. Bem eu acho que deixar a calcinha para outra pessoa lavar é o cúmulo da desorganização e ante-higiênica, mas existe outro ato próprio das mulheres que pode subjugar qualquer homem. É quando fazem aquele gesto incrível para tirar o sutiã, larga uma alça que vem decaindo devagar, apóia os seios com a outra mão, vai soltando a outra alça e quando as duas alças estão soltas...Vai decaindo a peça e aparece o esplendor. Dois seios esplendorosos com mamilos róseos e ariscos (excitados), são mesmo uma loucura. Observem os banheiros dos homens, Jesus Cristo, que cachorrada incrível Tirando a maravilhosa possibilidade de mijar de pé - a única vantagem real que temos sobre o sexo oposto - tudo o mais no mundo masculino é chato e previsível. Homens entram, dão uma conferida no espelho fazendo cara de sério ou mau, isso pode ocorrer tanto na entrada quanto na saída. Acho que o subtexto é: "Tô com cara de quem merece respeito?". E desde quando mijar é algo admirável? Tem quem lave a mão, tem quem não lave. Há os que lavam a mão antes de pegar no pinto, sugerindo que a mão está mais suja do que o dito cujo pois o mesmo, após o banho, não esteve em contato com nada impuro; ao contrário das mãos. É, em vestiários é normal andar pelado pra lá e pra cá mas no mictório uma boa olhada para a diagonal inferior pode ser muito desagradável. Há os que tentem fazer tudo em silêncio e os que fazem o maior estardalhaço. É desagradável. Tem quem urine soltando gases sem dó nem piedade. Fazer o quê Não seria o banheiro o local correto para este tipo de coisa? Tem que ser no banheiro e quando estiver só? Pensando na larga experiência que tenho em idas ao banheiro. Observando a dificuldade que é balançar o dito cujo sem fazer com que o chão fique todo respingado, tenho minhas dúvidas sobre a vantagem única do gênero. Levando tudo o que mencionei em conta, percebo que banheiro de mulheres continua interessante por não caber, na minha fantasia, nada desagradável, tudo é bonito, principalmente ELAS. Ora tudo em mulher bonita é bonito. Agora quando elas estão tirando as calcinhas e sentando no sanitário, depois subindo a calcinha com aquele jeito como se estivesse sacudindo as pernas, corrigindo o elástico por trás... Hô,lálá é o fim.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

EU ODEIO



              

   Dirceu Ayres

Na revista Veja antiga de nº. 2004 tem um artigo de Stephen Kanitiz onde ele se refere ao atendimento das companhias de crédito e outras similares onde começa dizendo: “Eu odeio ter de ligar para o meu cartão de crédito, para o meu provedor de serviços telefônicos, para o meu provedor de celular e para a grande maioria das empresas que têm mais de 3.000 funcionários, mas não têm como contratar uma única telefonista”. Ora o que ele não lembrou foi que: São empresas que dizem prezar o “relacionamento” que tem atenção para com o cliente e começam com uma gravação que, sem um bom-dia sequer, vai logo ditando ordens e instruções. “Se você é cliente com conta atrasada, disque 1. Se você é empresa jurídica, disque 2. Se você é um novo cliente, disque 5. E, se não for nenhuma das alternativas acima, dane-se!” É sempre assim que as companhias tratam a todos nós, sempre tento ter paciência para ser bem atendido. Ledo engano, logo lhe transfere para um departamento chamado “Todos os nossos atendentes estão ocupados”. Durante a longa espera, uma gravação pede: “Favor digitar o número do seu cartão de crédito, o número do seu protocolo de reclamação, o seu CEP, CPF e RG, bem como o nome completo de solteira da sua mãe”. Só que a primeira voz humana que aparece pede para ser repetido tudo novamente. Pior é quando uma empresa telefônica pede para digitar o número de seu telefone e DDD. Se nem a sua própria empresa de telefonia sabe o seu número de telefone, você só pode pensar que está na Empresa errada. Não desperdice o valioso tempo do atendente reclamando desse tempo de espera perdida. Você só tem cinco segundos, lembre-se de que o tempo precioso é o DELE, e é melhor usar os segundos para fazer a reclamação que realmente precisa ser feita. Passou do tempo, a linha cai. Apesar de eles terem o seu número de telefone no cadastro, jamais telefonará de volta. Eles simplesmente não têm tempo para isso, o desocupado nessa história é você é você sim quem não tem o que fazer. Na sua nova ligação nem tente solicitar ser atendido pela mesma pessoa que já sabe o seu CPF e RG, porque não transferem. O tempo precioso, repito, é o deles, eles estão trabalhando e já estão atendendo outra ligação e estão muito ocupados não podem dar um tempo a desocupado como nós. Você está conversando com uma empresa especializada, terceirizada, que pesquisou anos a fio a melhor forma de tratar (ou irritar) você. É o melhor que eles conseguem. Você é tão insignificante que falar com você foi considerado um serviço não essencial, por isso você foi terceirizado para uma outra empresa. Lembre-se de que o atendente e seu supervisor já ouviram todo tipo de desaforo possível antes de você disparar os seus. Eles são totalmente imunes. Todos já ouviram coisas muito piores do que as que você jamais seria capaz de dizer, e você só estará aumentando a sua pressão arterial à toa. Que Diabo de organização é essa?, Você para comprar um telefone chega até a ser bem atendido, mas depois que você já e considerado cliente ou consumidor, sei lá, só sei que você perde completamente seu valor, não é nada. Conheço um caso de uma garota que foi trabalhar em uma dessas Companhias (era seu sonho) só para ser importante e poder desligar o telefone na cara dos clientes ou gente que ela achava importante, não sei se é verdade, mais sei que é realmente assim que funciona melhor esquecer.

PARADOXOS E PAU NOS BRASILEIROS


      


    Dirceu Ayres

Não sei a distância que separa o corredor conhecido como “túnel do tempo” até o plenário da Câmara e nem a extensão até chegar à sala da CPMI dos correios. Deve ser muito longo, quem sabe leva uma eternidade. Podemos supor que contem alguma substância BIO-ANTE- DEMOCRÁTICA que sempre apaga a memória dos senhores deputados da entrada até chegar à sala. Enquanto em outra sala, (plenário) se aprova um relatório que confirma a existência do MENSALÃO e o pagamento de deputados em troca de votos, noutro se inocentam os deputados, pois não houve Mensalão. Existem alguns participantes de um famigerado acordo na base do INOCENTA-LA-INOCENTA-CÁ e a cúpula do Executivo insiste em subverter o estado de Direito segundo os senhores Políticos e os entendidos. A sorte é que por mais que tentem subverter a ordem das coisas, a Democracia insiste em insistir. É a prática política que afunda no poço de lama onde chafurdam os praticantes desse toma-lá-dá-cá. Não falo só dos aparelhadores Petistas: a oposição, tanto ao preferir fazer Lula sangrar, como ao entrar em acordos de não-cassação mútua é tão porca e nojenta quanto à situação. Não há muito para que eu escreva, não sou comentarista Político. Minhas palavras refletem não só o meu rancor, mais a minha incompreensão também. Acredito até que o de todo Brasileiro de inteligência mediana normal. É a intolerância junto com incompreensão que assola a todos nesse grande País. Um país não se faz com delúbios e sílvios? Ou com paloccis, Caseiros, Cafetinas e outros “animais” desse tipo. Escolham, (políticos assim), sacaneiem ao máximo. Para mim, amigos, um país se faz com amor e civismo. Como vocês já devem ter notado (eu já notei), não ando com muito saco para comentar a política brasileira ultimamente. Mesmo porque de política nada se faz neste país desde a ascensão desta turma aproveitadora e sempre alcoolizada em Brasília. A grande novidade (pura sacanagem governamental) está sendo o tal Plano PAC. Lembra a história do Príncipe que queria casar com uma moça inocente. - Foi à luta; perguntou a primeira mocinha da Aldeia se ela sabia o que era aquilo, mostrando seu membro. A moça respondeu: “sei meu Príncipe, seu Pênis”. O Príncipe foi ao encontro da Branca de neve e fez a mesma pergunta, ela respondeu, “sei meu Príncipe é o seu belo Pênis”. Então desolado o Príncipe foi à gata Borralheira e fez a mesma pergunta e ela respondeu da mesma maneira que as outras já quase no desespero ele encontrou Chapeuzinho Vermelho e fez a mesma pergunta e ela disse “sei sim meu senhor, é uma minhoquinha”. Maravilhado com a resposta o Príncipe casou-se logo com ela e a noite na hora do banquete ele disse ao ouvido dela, o que você viu foi o meu Pênis minha querida, ao que ela retrucou...”Não meu Príncipe, é uma minhoquinha, Pênis é o do Lobo mau”. Deve ser um “Bicho” desse que o pessoal de Brasília quer colocar em nós. Bem é assim que está sendo visto e comentado por todas as classes sociais, o tal do PAC, pois ninguém acredita que isso não é mais do que uma jogada Política para uma nova eleição. Isso não mudará até que mudem esse tipo de governar e essa troca de toma lá e dá cá.

O SEXO COM ELA


        
     Dirceu Ayres

Hoje, posso dizer seguramente que não sabia o que era sexo antes de conhecer a Dani. Isso me remete há coisa de muitos anos atrás. O que nem é tanto tempo assim; muitos anos e poucos anos se confundem, se pensarmos em termos de história, mas que parece uma eternidade dada à insignificância dos envolvidos. Mas Dani não foi insignificante em muita coisa e até nas atitudes que eu deveria tomar. Menos no que mais importava: o sexo. Por isso, posso dividir minha vida sexual entre antes e depois de Dani. Não vou entrar em detalhes a respeito de sua compleição física isso não faz a menor diferença. Importa que o que a Dani me ensinou, macetes dos quais nunca mais abriria mão. E me fez entender uma lição, talvez a mais relevante que aprendi após sair da adolescência. A de que como tratar uma mulher na cama, seja ela quem for. Quase todas seguem um “modus operandi” que, desvendado, abre quase que literalmente as portas úmidas e quentes daquela gruta de amor que se usa para fluir a felicidade. Foi com a Dani que pela primeira vez notei que muitas dessas mulheres gostam de ser subjugadas durante o sexo. Ela foi a primeira que me pediu para sentar-lhe a mão nas ancas, dizer-lhe obscenidades no ouvido e chamar-lhe daquilo tudo que, em outra circunstância, as fariam registrar um boletim de ocorrência por calúnia e difamação. Sexo é uma questão de contexto, querido, sussurrava pelos poros, e pode anotar e grifar. Basicamente, eu acredito que não era atoa, Dani me entregava, sem qualquer ônus, um pacote de pequenas artimanhas que apenas uma devoradora de homens como ela poderia saber. Dani, gozava apenas quando comida de quatro. Posição essa que denota clara vontade de submissão e, por sinal, preferida por 9 entre 10 homens passivos ou ativos, segundo estou informado. Gostava e queria sempre ficar por baixo. Nada de dominar a parada, nada de se mostrar superior. Isso ela já fazia no seu cotidiano de mulher independente financeira e emocionalmente. Mas na hora de saciar seu desejo mais primitivo, gostava mesmo de ser dominada, domada e domesticada da maneira mais rude possível. Sexo com ela não era território para galanteios ou gentilezas, explicavam didaticamente seus gemidos gritados e empapados de suor e saliva. Ela era e continua sendo um animal, e assim deveria ser muito mal tratada. Com o tempo, notei que as dicas contidas no livro de regras da Dani valiam também para grande parte das mulheres com quem reparti uma cama, um banco de automóvel, uma pia de banheiro ou, se não me falha a memória etílica, uma sacada no 20º andar. Em todas as praças da Cidade e ruelas com várias meninas, até as amigas da própia Dani. Todas, de forma ou intensidade diferente, gostavam e pediam mais daquele preparado acre. Mas recém chegadas no meio dos entendidos nas transadas em geral. As garotas imaginavam-se, peladas e meladas, já pediam para serem enrabadas. É, isso me confundia às vezes. Porque quanto mais durona parecia a garota, mais submissa e indefesa ela se colocava ante um falus erectus.

NEM MACHO NEM BOIOLA




Dirceu Ayres

Os anos 60 foram marcados pela liberdade sexual, pela ideologia de igualdade, pelo exercício da paz e do amor e pela busca de igualdade entre os sexos. A mulher queria deixar de ser objeto e abrir mão da condição de mocinha subjugada. Era o começo da tentativa de acabar com o machismo e o macho dominante. Mas se as mulheres soubessem que isso ia dar em tanta boiolagem talvez nem tivessem começado o movimento. Nada a ver com gays. O que não dá é esse homem neo-boiola que não é nem homem e nem gay. É um enrustido do armário, escondido atrás de suas inseguranças. O tipo que faz strip tease pra si mesmo diante do espelho e ainda escolhe a música de fundo. Parece mulher. Não dá. É o tal que gasta metade do salário em cosméticos e a outra metade com tratamento de beleza. Esse tipo que só pensa em implante de silicone nas nádegas e no peitoral, que usa calcinha de lycra ou seda no lugar da cueca, que faz lipo todo mês e depila com cera quente. Tudo em nome da auto-estima e da saúde. Desde quando saúde tem a ver com tirar a sobrancelha e usar anel no dedão do pé? Esse ex-machão que virou casaca e fica contando calorias em todas as refeições e ainda pede gelatina diet de sobremesa gelatina diet é a coisa mais boiola do mundo. Pode ser machismo da minha parte, pode ser uma postura retrógrada, tanto faz. Mas a coisa está piorando a cada dia. Acabei de ouvir um comentário de amigos que está sendo contaminado pelo neo-boiolismo. No meio de uma transmissão esportiva o locutor deu receita de refeição light, dizendo que ele saiu para comprar uma pescadinha branca, que comeu com ervas e tomate com um pouquinho de azeite, enaltecendo as baixas calorias da refeição. Que é isso minha gente!? Falar de baixas calorias no meio de um clássico de futebol no Pacaembu pelo amor de Deus, Faça alguma coisa! Sei lá, coça o saco, cospe pro lado, limpa o nariz na mão e depois limpe a mão na calça, palita os dentes com a ponta de uma faca, joga uma sinuca no bar, faça qualquer coisa, mas tome uma atitude de macho! Macho à moda antiga, tipo analista de Bagé, pra ver se dá uma compensada! Cuida que ainda tá no começo E agradece a Deus por você ser totalmente careca porque se você tivesse cabelo ia ser sério candidato à escova definitiva de formol! Ou de chocolate! Esta é uma tirada com certo humor e não tem o intuito de ofender nenhum boiola, macho, machão, gay, lésbica, transexual, transgênere, gigante, anão, comentarista, blogueiro, leitor ou qualquer outro ser humano em geral. E, Não terá muita dificuldade de mostrar que ser macho não é tão difícil assim. Vire peão improvisado, monte nem que seja em um jumento (por cima lógico), vá a praia, aproveite para nadar um pouco, não precisa exibir sua musculatura com esses extraordinários bíceps, simplesmente tome banho de Mar e de Sol, uma caipirinha cai bem, tome seu transporte e GO HOME, vá descansar. Se nem é Macho nem Boiola, fica na tua bicho.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

ISSO SIM É UMA GUERRA SUJA.




     Dirceu Ayres

Pessoas se espantam e até criticam a guerra da         síria, a guerra que já matou mais de 70.000 (setenta mil) pessoas. Às vezes perguntamos e que tipo de guerra vivemos no Brasil? Pois o Brasil já passou de mais de 90.000 (noventa mil mortos) E é bom lembrar que mais da metade foram mortos a tiros e em sua maioria pelos famosos “DI MENÓ” E o restante pelos facínoras costumeiros mesmo. Mata-se porque a pessoa só vive em casa, porque sai muito de casa, só vive na rua, mata porque está no bar, porque está fora do bar, mata dentro do cinema, na boate, na padaria, na casa do parente, matou as cinco pessoas que conversavam na porta de um bar, enfim... O homem da TV deve ter razão, matam para ver o buraco da bala ou a queda da pessoa já morta. Pergunto-me sempre, que fazem nossos políticos que pelo menos não imitam a Itália quando a Máfia matava tudo que encontrava pela frente, imediatamente criaram uma lei parecia. Com a lei de talião. Matou morreu. Essa lei nasceu porque estavam revoltados com a morte do Sr. Aldo Moro Em 16 de março de 1978, o ex-primeiro-ministro italiano Aldo Moro foi sequestrado por um grupo extremista de esquerda, (brigada vermelha) ele foi morto 55 dias depois, quando exigências dos terroristas não foram cumpridas. Assim não foi preciso esperar mais nada, houve uma tomada de posição. Matavam tudo que era meliante de brigada vermelha, azul, amarela e todos que fazia parte de máfia ou outro movimento qualquer. Voltando ao Brasil comessamos logo a pensar se com essa politica que temos aí e esse estilo de política que está sendo praticada, um dia qualquer teremos um pouco de paz para criarmos nossos filhos e netos. Se praticarem um tipo de politica séria e tomarem providências com quem mata, logo teremos mudanças no jeito dos bandidos agirem. Há um adágio popular que diz: Quem tem C..... Ù, tem medo. Essa de matar mulheres e grávidas nem o Chico Picadinho fez. Matar no Brasil é a coisa mais fácil e cômoda que existe, não hà nem nunca houve punição séria, grande parte da justiça está dormindo e ainda tem quem diga que existe grupos e até politicos que tem interesse nesses bandidos pois prestam serviço para eles quando precisam. E sendo assim, estamos mesmo ferrados para viver com o que nos resta de vida.

A verdade é que a imprensa brasileira sempre foi tolerante com as besteiras de Lula e ajudou a criar o mito fanfarrão. Ou: Bobeou, Lula “passa o pente”…




     Dirceu Ayres

Luiz Inácio Apedeuta da Silva foi a Havana participar de um troço chamado “Conferência pelo Equilíbrio Mundial”. Atacou aquela velha senhora, a Dona Zelite, especialmente a imprensa, que perseguiria democratas e humanistas como Cristina Kirchner, Evo Morales, Hugo Chávez… No Brasil, disse ele, a “mídia” não gosta de ver pobre andando de avião. Vai ver é por isso que o fanfarrão tentou reinstaurar a censura no Brasil: para que passássemos a elogiar aeroportos fedorentos, caindo aos pedaços, entregues a uma gestão ineficiente, lotada de larápios. Vai ver ele e Dilma retardaram em quase dez anos a privatização do setor para dar uma lição aos jornalistas: “Vocês vão ter de aguentar o povo!”. Como é mesmo? “País rico é país sem conforto”. Em peregrinação pelo Brasil, José Dirceu ataca o Ministério Público, o Judiciário e, claro!, a imprensa — que estaria disposta a instaurar uma ditadura no Brasil. Não uma ditadura qualquer, mas do tipo nazifascista, segundo Rui Falcão, este democrata exemplar. Pois é… A verdade, no entanto, é bem outra. Ao longo dos anos, ao longo das décadas, o jornalismo brasileiro foi é complacente com Lula e sempre relevou — quando não promoveu — sua pletora de bobagens na suposição de que ele, afinal, era um autêntico representante do povo e tinha, por isso, licença especial para dizer tolices. Raramente Lula foi visto como aquilo que de fato era: um político empenhado na construção de um partido para disputar o poder. Era tratado como uma força da natureza; como o bom selvagem que vocalizava não um conteúdo político, mas uma mensagem vinda das entranhas da Terra. Seus juízos eram, sim, meio toscos — “mas ele não teve estudo, coitado!”. Suas soluções eram simplistas, primárias, notavelmente ignorantes — “mas ele é um representante das massas, e apontar suas burrices é manifestação de preconceito”. E se foi criando, então, o mito do homem que sabia tudo sem estudar nada. Numa entrevista à revista “Primeira Leitura”, que eu dirigia, Marilena Chaui comparou o chefão petista à deusa grega Métis (ainda vou recuperar a passagem; é notável). Voltemo-nos àquela entrevista que o então já bastante poderoso e influente Lula concedeu à revista Playboy em 1979. Que outra figura pública teria resistido à confissão de que iniciou sua vida sexual com animais? Que outra personalidade teria sobrevivido à admissão de que ficava de olho nas viuvinhas que entravam no sindicato para, recorrendo a seu vocabulário iluminado, “papá-las”? Atenção! Aquele notável líder da classe trabalhadora aproveitava-se da morte de um companheiro e da fragilidade da mulher — que tinha ido ao órgão de classe para cuidar da pensão — para, como se diz por aí, “passar o pente”. Que outra expressão do sindicalismo ou da política teria superado a revelação de que tinha na galeria dos homens admiráveis e admirados Hitler e Khomeini. Por quê? “Porque estavam do lado dos menos favorecidos…”, ele explicou. “Lá está o Reinaldo querendo ressuscitar velharias…” Não! Já demonstrei que não são velharias. As escolhas que Lula fez na política externa, por exemplo, indicam que coerência com seu passado. As escolhas que faz na política interna são compatíveis com aquela visão de mundo. E ousaria mesmo dizer que certos sucessos de sua vida privada — com repercussões na esfera pública — remetem àquela espreitador de viuvinhas. No sindicato, na Presidência e no partido, ele nunca soube distinguir suas necessidades privadas das questões coletivas. Isso está dado pelos fatos. A mentiraÉ mentira, das mais escancaradas, essa história de que a imprensa persegue Lula, o PT e os petistas. Ao contrário: há mais de 30 anos, essa gente está entre os pauteiros mais influentes do jornalismo. Com muita frequência, em razão de alinhamentos ideológicos e afinidades eletivas, é poupado das críticas. Não se trata aqui de apelar ao escatológico ou ao que parece anedótico para definir um homem inteiro. Usar um cargo num órgão de representação de classe para “papar” viúvas fragilizadas não define apenas um gosto sexual; define também um caráter. Afirmar que Hitler é um homem admirável, ainda que discorde de sua ideologia, por causa do “fogo de se propor a fazer alguma coisa” é mais do que a mera expressão de um juízo torto; Lula conseguiu atravessar a camada do horror para descobrir no facínora o ardor da transformação. O Lula de 1979 está presente no Lula de 2013 e, de fato, jamais o abandonou. A cada vez que confunde o público com o privado, em que toma a sua própria vida como metro de todas as coisas, quem se manifesta é o molestador de viúvas. A cada vez que justifica os crimes dos companheiros (os petistas ou os governantes delinquentes da América Latina), ouve-se a voz do admirador de Hitler e Mussolini. Não especulo se aquele Lula escatológico tem expressão ainda hoje em dia porque minha imaginação se nega a visitar certas paragens… Ataque à imprensa por quê? Com raras exceções, noticiou-se a sua óbvia e indevida intromissão na Prefeitura de São Paulo e mesmo no governo Dilma como se fosse algo natural, corriqueiro, aceitável. Lula decide na base do dedaço quem é e quem não é candidato no partido, e se considera isso muito normal porque, afinal de contas, ele é mesmo o líder inconteste no partido. Os mais sabujos veem nisso um “saudável processo de renovação” do partido. Num seminário, os porta-vozes do Apedeuta anunciam quem será o verdadeiro articulador do governo Dilma, e ninguém se ocupa de indagar: “Mas com quais credenciais que a tanto o habilitem, se não é deputado, não é senador, não é ministro, não é assessor da Presidência?”. Mas ao petismo não basta. Se o partido conseguisse cooptar todos os meios de comunicação menos um, seguiria reclamando e denunciando o “complô” da mídia contra as forças do povo, como naquela carta-programa dos nazistas… A imprensa que Lula agora ataca, tudo bem pensado, praticamente o inventou como líder e segue tendo com ele uma generosidade que a nenhum outro político é dispensada. Aquele que é hoje um dos homens mais poderosos do país ainda é visto por muitos como o ignorante amoroso, de bom coração, cheio de boas intenções, dono de uma intuição genial, interessado apenas na redenção do seu povo. Não há o que perguntar às cabras. A indagação teria de começar pelas viúvas… Texto publicado originalmente às 6h37 Por Reinaldo Azevedo