segunda-feira, 18 de março de 2013

DIREITOS DOS HUMANOS EXISTEM?


           
     Dirceu Ayres

Temos um sujeito que é acusado de racista e homofóbico. Aí, eu pergunto: alguém que pede a senha do cartão de crédito de alguém (o famoso 171) merece algum respeito? Eu o qualifico, eufemisticamente, como desonesto. Para mim, este homem não tem qualquer valor. Parece ser um personagem indicado mesmo para fazer política no Congresso Nacional. Falam do Sen. Renan Calheiros, Zé Dirceu, Genoíno e companhia, (farinha do mesmo saco), o povão não faz tanto escândalo. Agora, um infeliz que não sabe ficar com a boca fechada é alvo da fúria Concordo plenamente com os cartazes alguns até bizarros. Deus ama todos, agora quero dizer, o cargo na comissão dos direitos humanos (desumanos) no Brasil, está em geral com péssima fama, parece que no Brasil só bandido tem direito, calma que eu explico; o preso tem auxilio detenção, a família da vitima não tem nem bananola, quando um bandido é morto, logo tem 4 ou 5 ou mais elementos dos tais direitos DESUMANOS lá para ver com seu familiares o que pode ser feito por eles, agora se o bandido mata uma pessoa de bem a família não chega a ver algum elemento dos tais direitos humanos, acredito que não então só entre nos, para defender bandido elegeram a pessoa certa, pois desde meu tempo de criança já se dizia, bandido defende bandido. Tentar virar alguma página de nossa vida e tentar aceitar essa situação, ledo engano, não conseguiremos. Essas pessoas são políticos e alguns até religiosos que usam uma perigosa lábia para ignorar o que é mal feito e se é político exerce cargo com alguma autoridade... Violam essa essas leis e até garantem que pode violar. É uma espécie de clérigos que garantem ser a única ligação entre vocês (nós) e DEUS, é assim que torna as pessoas convencidas a ajuda-los e até convertidas. Assim convence o suplicante a ser “laranja” jurar falsamente, se prestar a ser o grude de desgraça que ajuda o miserável. Políticos, sua mente os engana conforme seus pensamentos e/ou suas atitudes, você com esses procedimentos ambiciosos não está credenciado a ter caráter, não é e nunca será um homem de bem, pois suas sujeitas são incomensuráveis, por isso nunca será respeitado como uma boa pessoa. Direitos humanos como o que conhecemos deve ser mesmo indicado para gente com seu procedimento desvirtuado. O povão pode começar seu grito, juntem seus amigos, conhecidos dos conhecidos, não importa suas opções de vida só não larguem a luta, pelo menos por enquanto não larguem a sua luta pois se quiserem mudar o que já está feito só com alguma explicação nunca receberá ou nunca vai mudar seus reclamos eles irão procrastinar seus interesses.
                



O CHOVE E NÃO MOLHA


           

         Dirceu Ayres

É namoro ou amizade? Relação amorosa ou rola alguma coisa diferente? Rolo, cacho, ensaio de amor, alisado, lambida, romance ou pura clandestinidade? “Qualé, rapá?!”, indaga a nobre gazela. E o homem do tempo nem chove nem molha. Só no mormaço, só na lazeira olhando os espaços das nuvens esparsas formando caracol no céu. No tempo de amor mais remoto ao abocanhar a gata, não a deixava nem miar, era pau na papada com vontade ou sem vontade o importante era mesmo amar, quero dizer... Transar. Porque todos nós sabíamos sobre a fragilidade dos encontros amorosos, é difícil saber quando é namoro ou apenas um lero-lero, vida noves fora zero ou zero noves fora... Etc., e tal. Cada vez mais raro o pedido formal de enlace, aquele velho clássico: “Você me aceita em namoro”? Isso já era, já foi, tá longe, nunca mais!!! Agora é Barracubacu-baco-baco, escreveu não leu, uháu, o pau comeu. Acabou aquela de ficar pedindo com a maior gentileza, sendo educado, fino, elegante e outros bichos mais. O chove não molha já acabou, é “dente ou queixo”, faz ou não faz, não existe mais essa de “tire porque está doendo” é pá-pim burucutú, dentro. Não se tem mais tempo disponível para namorar. Quando eu era menino, saia para falar com a Namoradinha todo arrumado, com óleo e Brilhantina Glostora, o perfume era Desejo, o cabelo com um enorme topete todo penteado para trás e ares de Dom Juan. Entrava em sena o chove e não molha de sempre, a namoradinha fazendo seu “tipo” e dificultando tudo, mas quando travava o dente, só Deus para largar, dava tudo certo e ela saia ofegante, meio cansada, exaurida porém muito satisfeita embora fingida. Que época, não tinha mesmo o tal de chove e não molha. Acredito que as meninas gostavam dos rapazes mais atirados e desinibidos, pois a experiência nos mostrava que os rapazes que ficavam na base do chove e não molha, terminavam sem namoradas, sozinhos. Outra coisa que era com naquela época, só nos preocupávamos com as doenças venéreas, principalmente a famigerada Blenorragia que era o assombro dos meninos, qualquer sinal... Penicilina urgente e o restante era evitar as meninas que não tinha aprendido ainda como ser higiênica, ou ensinávamos ou reclamávamos ou então nunca mais saíamos com aquela garota. Certa vez em uma Cidade do Interior do estado a serviço da Petrobrás, à noite sem nada para fazer fui à casa de uma “comadre” Lá encontrei uma mocinha belíssima e novinha, depois dos, entretanto, chegamos aos finalmente e fomos para a cama. Ela era conhecida como “churrasquinho” (tinha sofrido acidente com café quente e queimou a barriga), ela foi logo dizendo! Só faço com a luz apagada! E eu que não ia fazer nada com a luz, disse apague. Começamos a ralar e rolar e de repente ao encostar a cabeça ao lado da dela, senti um mau cheiro horrível, que diabos é isso? Perguntei, ela ficou calada, eu saltei da cama acendi a lâmpada e logo achei, era a calcinha dela que ao tirar ela havia colocado para cima e ficou bem atrás de sua cabeça e quando estava por cima e fui colocar o rosto ao lado do dela encostei-me à desgraçada calcinha que ela não havia lavado pelo menos durante o último mês. Aí não precisava de chove e não molha nenhum. Com a luz acesa fui logo dizendo que quando ela se lavasse e ficasse mais higiênica eu voltaria, dei um dinheiro para comprar algum sabão ou sabonete e fazer a limpeza com bastante cuidado, sem chove e não molha e depois do banho uma lavagem de samba caitá e uma interna de baba timão. Linda como ela é será a querida dos meninos.

No país em que a presidente fala "estrupo" em discurso, qualquer erro é "rasoável".



     Dirceu Ayres

Recentemente, em cerimônia para mulheres no Planalto, Dilma lascou um "estrupo". Ninguém registrou ninguém criticou, mas está no youtube. Agora leiam o que acontece no ENEM. “Razoável”, “enchergar”, “trousse”. Esses são alguns dos erros de grafia encontrados em redações que receberam nota 1.000 no Exame Nacional de Ensino Médio 2012 (Enem). Durante um mês, O GLOBO recebeu mais de 30 textos enviados por candidatos que atingiram a pontuação máxima, com a comprovação das notas pelo Ministério da Educação (MEC) e a confirmação pelas universidades federais em que os estudantes foram aprovados. Além desses absurdos na língua portuguesa, várias redações continham graves problemas de concordância verbal, acentuação e pontuação. Apesar de seguirem a proposta do tema “A imigração para o Brasil no século XXI”, os textos não respeitavam a primeira das cinco competências avaliadas pelos corretores: “demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita”. Cada competência tem a pontuação máxima de 200 pontos. Segundo o “Guia do participante: a redação no Enem 2012”, produzido pelo MEC, os 200 pontos na competência 1 são atingidos apenas se “o participante demonstra excelente domínio da norma padrão, não apresentando ou apresentando pouquíssimos desvios gramaticais leves e de convenções da escrita. (...) Desvios mais graves, como a ausência de concordância verbal, excluem a redação da pontuação mais alta”. O manual aponta, entre os desvios mais graves, erros de grafia, acentuação e pontuação. Na mesma redação em que figura a grafia “rasoavel”, palavras como “indivíduos”, “saúde”, “geográfica” e “necessário” aparecem sem acento. E ao menos dois períodos terminam sem o ponto final. Em outro texto recebido pelo GLOBO, aparecem problemas de concordância verbal, como nos trechos “Essas providências, no entanto, não deve (sic) ser expulsão” e “os movimentos imigratórios para o Brasil no século XXI é (sic)”. O mesmo candidato, equivocadamente, conjuga no plural o verbo haver no sentido de existir em duas ocasiões: “É fundamental que haja (sic) debates” e “de modo que não haja (sic) diferenças”. Uma terceira redação nota 1.000 apresenta a grafia “enxergar”, além de problema de concordância nominal no trecho “o movimento migratório para o Brasil advém de necessidades básicas de alguns cidadãos, e, portanto, deve ser compreendida (sic)”. Em outro texto, além da palavra “trousse”, há ausência de acento circunflexo em “recebê-los” e uso impróprio da forma “porque” na pergunta “Porém, porque (sic) essa população escolheu o Brasil?”. Pós-doutor em Linguística Aplicada e professor da UFRJ e da Uerj, Jerônimo Rodrigues de Moraes Neto diz que essas redações não deveriam receber a pontuação máxima. — A atribuição injusta do conceito máximo a quem não teve o mérito estimula a popularização do uso da língua portuguesa, impedindo nossos alunos de falar, ler e escrever reconhecendo suas variedades linguísticas. Além disso, provoca a formação de profissionais incapazes de se comunicar, em níveis profissional e pessoal, e de decodificar o próprio sistema da língua portuguesa — aponta Moraes Neto. Claudio Cezar Henriques, professor titular de Língua Portuguesa do Instituto de Letras da Uerj, reitera que, ao ingressar na universidade, esses alunos terão de se ajustar às normas da língua de prestígio acadêmico se quiserem se tornar profissionais capacitados. Ele observa que a banca corretora não usa o termo “erro”, mas “desvio”, algo que, segundo ele, é “eufemismo da moda”. — A demagogia política anda de braço dado com a demagogia linguística. É preciso lembrar que as avaliações oficiais julgam os alunos, mas também julgam o sistema de ensino. Na vida real, redações como essas jamais tirariam nota máxima, pois contêm erros que a sociedade não aceita. Afinal, pareceres, relatórios, artigos científicos, livros e matérias de jornal que contiverem esses desvios/erros colocarão em risco o emprego de revisores, pesquisadores e jornalistas, não é? — ele indaga. Logo que o MEC liberou a consulta ao espelho da redação, em fevereiro, o site do GLOBO publicou uma reportagem pedindo que estudantes enviassem redações com nota 1.000, junto com seus comprovantes. O objetivo era expor os bons exemplos no site. Porém, ao ler as redações, a equipe percebeu erros gritantes em várias dissertações. Foram enviadas ao MEC, então, quatro delas. Para não expor os alunos, os textos foram digitados, e as informações pessoais (nome, CPF e número de inscrição), omitidas. O GLOBO perguntou se os desvios não desrespeitavam os critérios estabelecidos pelo manual do MEC, e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (Inep) alegou que não comenta redações: “por respeito aos participantes, a vista pedagógica é dada especificamente a quem prestou o exame”. Segundo o Inep, “uma redação nota 1.000 deve ser sempre um excelente texto, mesmo que apresente alguns desvios em cada competência avaliada. A tolerância deve-se à consideração, e isto é relevante do ponto de vista pedagógico, de ser o participante do Enem, por definição, um egresso do ensino médio, ainda em processo de letramento na transição para o nível superior”. Sobre os critérios usados na correção da redação do Enem 2012, estabelecidos pela coordenação pedagógica do exame, a cargo de professores doutores em Linguística da Universidade de Brasília (UnB), o Inep informa que a análise do texto é feita como um todo. Segundo a nota, “um texto pode apresentar eventuais erros de grafia, mas pode ser rico em sua organização sintática, revelando um excelente domínio das estruturas da língua portuguesa”. ( O Globo)

Papa diz que Igreja não é "uma ONG beneficente". Um soco no queixo de CIMI, Pastoral da Terra e outros grupos que aparelharam a instituição.


               

    Dirceu Ayres

Papa Francisco decreta o fim da política na Igreja. Lugar de padre não é incitando violência, invasões, luta de classes. Lugar de padre é evangelizando. Igreja não é governo. No primeiro dia em que acordou como papa, Francisco mandou ontem diversas mensagens de que adotará um novo estilo de comando na Igreja Católica. Com gestos simbólicos, ele sinalizou novos tempos de austeridade e de humildade diante dos fiéis. E na primeira mensagem pastoral, defendeu que a igreja volte aos Evangelhos para não se reduzir a uma ONG beneficente. O novo papa rezou uma missa aos cardeais que o elegeram na Capela Sistina, com transmissão ao vivo pela TV. No cenário do conclave, defendeu que o catolicismo "caminhe" e seja "edificado" sobre bases sólidas. "A nossa vida é um caminho. Quando paramos, alguma coisa está errada", disse Francisco, escolhido para liderar um rebanho de 1,2 bilhão de fiéis num momento de crise na igreja. O argentino fez um chamado pela colaboração dos cardeais e estabeleceu uma espécie de lema para a Santa Sé em seu pontificado: caminhar, construir e difundir a palavra de Jesus. "Nós podemos caminhar o quanto quisermos, podemos construir muitas coisas, mas se não confessarmos [professarmos] Jesus Cristo, a coisa não anda. Nos tornaremos uma ONG beneficente, mas não a igreja", afirmou. Ao reforçar o apelo à religiosidade, o novo papa citou uma frase dura do escritor francês Léon Bloy (1846-1917): "Quem não reza ao Senhor reza ao diabo". "Quando não se confessa Jesus Cristo, se confessa o mundanismo do diabo, do demônio", disse Francisco. Em seguida, ele afirmou que não adianta ocupar altos cargos na hierarquia da igreja caso se vire as costas à cruz. A mensagem foi recebida como um aviso de que os religiosos devem zelar pela coerência entre o que pregam e o que fazem na vida diária. "Quando caminhamos sem a cruz, construímos sem a cruz e confessamos um Cristo sem a cruz, não somos discípulos do Senhor. Somos mundanos, somos bispos, padres, cardeais, papas, mas não discípulos do Senhor", disse, após instar os cardeais a "viver com a irrepreensibilidade que Deus pediu a Abraão". A mudança de estilo começou a ser notada pouco depois da eleição secreta, dentro do Vaticano. Assim que o conclave terminou, ele surpreendeu os cardeais ao permanecer de pé para receber os cumprimentos, em vez de se sentar no trono de pontífice. Na saída, recusou a limusine e voltou no ônibus que havia levado os eleitores à Capela Sistina. Mais tarde, na janela da Basílica de São Pedro, Francisco apareceu para o povo com uma veste branca simples e sem a capa vermelha e a estola dos papas. Também trocou o crucifixo de ouro, símbolo da opulência da igreja, pela cruz de prata que já usava nos tempos de bispo. Ao saudar os fiéis como bispo de Roma, pediu que rezassem por ele antes de conceder a bênção apostólica. De volta à roda dos cardeais, Francisco foi homenageado com um jantar e brincou com os colegas, após o brinde: "Deus os perdoe pelo que vocês fizeram", disse, em tom bem-humorado. Ontem, o papa chamou a atenção por quebrar o protocolo. De manhã, foi à Basílica de Santa Maria Maior sem carro oficial e fez uma visita surpresa ao hotel religioso onde ficou hospedado antes do conclave. Buscou suas malas, saudou os funcionários e fez questão de pagar a conta. (Folha Coturno Noturno)