quarta-feira, 27 de março de 2013

Ame, Evite até o Lúpus.

                 


     Dirceu Ayres

Amar sempre, este raciocínio foi abolido junto com as fitas de VHS, o Saputí, O abacate e algumas coisas que sabemos... Não existe mais. Assim como algumas dessas espécies entra em extinção, como a tecnologia é suplantada, como a medicina avança rápido demais para quem não estuda o comportamento humano também se altera com o passar das décadas. O homem inventou o Teatro para seu lazer, Inventou a TV e colocou o Teatro em segundo plano O “Love it or leave it” acabou junto com os sonhos de igualdade. Inventou o Computador e já deixou de lado a TV. Agora a Raiva e o ódio é que estão ativos. Não há opção de ignorar quem você não gosta. Ninguém quer mais saber do “tira por menos” ou o deixa ‘pra lá.’ Em função deste acontecimento, a incapacidade de simplesmente ignorar os desafetos, o mundo passou a praticar o ódio como deveria praticar o amor da era “hippie”. O maior exemplo disso são as muitas comunidades do tipo “eu odeio” em sites de relacionamento. Claro que o ódio não é uma invenção moderna. Amor e ódio são tão antigos quanto o Tempo que estamos na face da terra. O que abala é que odiamos todas as pessoas que se tornam obstáculos em nossas vidas. Odiamos o cara na nossa frente na fila, odiamos a moça do tele marketing que liga no final de semana, ou nos feriados ou quando estamos em uma paquera, quando estamos tomando uma cervejinha no bar da esquina. O jornalista; que trabalha na TV dizendo bobagem, Também odiamos todos os motoristas que estão na nossa frente no trânsito impedindo nosso acesso ao próximo caminho que nos leva para casa. Sempre odiamos as mulheres que nos dão o “fora”, A cerveja que não está bem gelada, o mau cheiro do ambiente em que estamos Diabos quanto ódio, quanta raiva. Não é de se admirar que tanto ódio tenha gerado a maior onde de falta de autoestima do mundo. Só se fala nisso. A autoestima não é nada senão o velho amor-próprio com roupinha nova. E o que é a falta de amor-próprio senão a falta de capacidade de amar? Se não amamos nem a nós mesmos como vamos ser capazes de amar qualquer um a nossa volta?. Talvez o remédio seja mesmo amar e fazer amor adoidado e para não encher a cabeça de minhocas, terem um Deus como quer que vocês o concebam e se drogar. Aceite meu convite... Vamos amar. Mas o mundo não vai se curar de suas mazelas se não começarmos a praticar o amor novamente e o mais depressa possível. O amor ao próximo, a nós mesmos, amor à vida, amor ao mundo. Nem que pra isso tenhamos que criar academias de amor ou até Bolsa Amor (na moda) onde todos possam desenvolver este músculo-bomba tão simbólico e representativo da vida chamados coração. Lá, sim, vai ser um bom lugar pra malhar. Esse é meu convite, amar, amar e amar. Vamos bombear mais sangue para o cérebro, mais sangue para o corpo todo, mais adrenalina, ter disritmia amorosa, sentir o coração pulsando com mais força e mais pressa, aí talvez descubra que está amando. Se praticarem esse exercício nunca sofrerá do mal de Alzheimer nem desenvolverão um mal horroroso chamado de Lúpus, uma espécie de “ALERGIA DE SI MESMO” doença desgraçada e sem cura, talvez porque nunca amou, ou ao contrário... Odiou.    


A PERIFERIA DAS CIDADES.

           

    Dirceu Ayres

Para começar, gostaria de dizer que se uma autoridade lesse meus escritos eu ficaria em maus lençóis. Pense, se eu for chamado para falar a respeito de periferia e ele dissesse: - Defina “Periferia”. Bom, ele mandou, mas, vou consultar o Aurélio. Lá diz que periferia é: Urb. Bras. “Numa cidade, a região mais afastada do centro urbano.” Logo, é um vocábulo geográfico e não econômico social. Então, a Barra e o Francês com seus mega condomínios e Vilas luxuosas com suas mansões são considerados periferia. Conclui-se que “periferia” é antes de tudo um termo incorreto que algum bastardo bolou para se referir às localidades pobres. O culto é à pobreza e não à periferia. Isso esclarecido, o jogo é assim. Essa apologia estabelecida pelo estado e pela mídia encerra um aspecto cruel e perverso. A lógica é simples. Já que o país não cresce e as pessoas não melhoram de vida, eles tratam de convencê-las de que isso não é tão ruim. Já que não se pode tirá-los da meleca vamos convencê-los de que é digno estar na meleca. E o pior: dotá-los de orgulho de estarem na miséria. É isso aí: ser pobre é legal, diria qualquer Político Municipal, estadual e ou federal. Quem sabe assim ficam quietinhos, já que o Estado não pode cumprir com sua obrigação de fazer o País evoluir. Até aí nada de novo. Lavagem cerebral é uma coisa usual neste país. O problema é que esta tática comporta efeitos colaterais indesejáveis. O primeiro é o aumento da autoestima, uma coisa até positiva se não ocorresse um efeito paradoxal. O que está acontecendo, na prática, não é só o contentamento resignado com o “status quo” de não melhorar de vida. Com o orgulho da pobreza, o moral dos “Manos” está inflado de tal forma que, ao invés de proporcionar dignidade, provoca, por ignorância e maldade, uma libertinagem que não respeita o próximo e que, num ponto extremo, culmina com os crimes que vêm acontecendo. O motivo é que esta tática abarca o discurso de vitimização abençoado pela esquerda e carreia a ideia de que existe um salvo Conduto para a postura agressiva e Zagaliana (postura de Zagalo) do: “Vocês vão ter que me engolir. Afinal, são vítimas da sociedade”. Todo o processo, claro, turbinado pela impunidade, essa instituição nacional. Como diria meu filho... “Tá ligado”?. Outra característica do culto à pobreza é a exaltação de Projetos de inclusão sociais geralmente ligados à arte e ao esporte. Não sei se escrevo que é enganoso ou enganador, mas com certeza posso usar que é Politicamente correto ser contra essa vitimização das classes mais pobres. Como se não bastasse explorá-los no Ano de eleição, enganá-los, usá-los e se aproveitar de sua ingenuidade honesta. Agora entenda morar na periferia não é morar nos bairros luxuosos, quando eles falam periferia, quer dizer Pobreza mesmo. Quando se refere à gente pobre sem nada mesmo, na pior. É da PERIFERIA. Essa de torcer a verdade, modificar para dificultar a compreensão dos menos letrados é digno da maestria deles, Políticos e interesseiros que trabalham com muito afinco, mas... Para ajudar de mesmo, seus parentes, amigos e correligionários.